Pelo que venho acompanhando essa gritaria da anistia do Caixa 2, creio que estão fazendo barulho em torno do nada.
Lei Penal não pode retroagir para prejudicar. Logo, a anistia
JÁ existe. Não tem que anistiar algo que a presente lei já anistiou.
Se querem anistiar crimes relacionados, como corrupção e lavagem de dinheiro, podem até colocar essa frase literal na lei que ela será declarada inconstitucional pelo STF.
Portanto, acho que são debates inócuos e creio que isso não preocupa.
Sobre o caso Geddel, estou frontalmente contrário ao governo Temer de tentar colocar panos quentes.
Muito mais que isso: esse episódio revelou que o próprio Michel Temer está agindo com os critérios da velha política, fazendo
justamente o que a população condena.
Ficou muito feio e não só feio: evidenciou que o atual presidente levou adiante um comportamento inaceitável e plenamente passível de crítica e campanha contrária.
Pessoalmente, eu já começo essa campanha contrária.
Esse tipo de coisa precisa ser varrida da política, deve ser prática do passado, condenável e execrável.
Não é esse o comportamento de um governo nascido de um
impeachment, de um evento traumático, apesar de necessário.
Além disso, está tendo que lidar com uma recessão que insiste em se manter, é um governo que tem em sua base aliada muitos supostos envolvidos com as investigações da Lava-Jato.
Com tudo isso, o que acabou aparecendo para a sociedade é que esse governo está gastando energia para priorizar assuntos pessoais de um ministro "arengueiro".
No momento em que o governo pede à população sacrifícios para vencer a crise, em nome do bem comum, acaba sendo flagrado se mobilizando completamente para defender interesses pessoais de um ministro.
Esse Geddel não era pra não ter mais nem o cheiro dele na cadeira de ministro. Já devia ter sido sumariamente demitido na semana passada quando das denúncias iniciais de Marcelo Calero.
Piorou agora porque o próprio Temer apareceu ainda embalado pelas velhas e censuráveis práticas que a sociedade não tolera mais.
Muito bom tudo isso ter acontecido e o mocinho da história é o ex-ministro da Cultura.
Por tudo isso, o MBL, juntamente com outros movimentos de rua, está organizando novas manifestações para gritar no ouvido desses políticos fisiológicos e ultrapassados que o momento atual é outro e que eles precisam se ajustar sob pena de serem atropelados pela História tal qual foi a finada ex-Mandioca: