Donald Trump promete aceitar Jerusalém como capital de Israel22 de dezembro de 2016 Mundo, Política
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Uma das prioridades do governo de Donald Trump, que irá assumir a presidência dos Estados Unidos em 20 de janeiro, é reconhecer Jerusalém como a capital indivisível de Israel. Em entrevista a um programa de rádio Kellyane Conway, uma das assessoras da equipe de transição do governo americano, afirmou que essa será uma das principais medidas do novo presidente.
“Essa é uma grande prioridade para o presidente eleito. Ele deixou muito claro durante a campanha”, disse ela revelando que a embaixada norte-americana deixará Tel Aviv, cidade reconhecida internacionalmente como a capital de Israel, para Jerusalém. “É algo que nosso amigo Israel, um grande amigo no Oriente Médio, apreciaria. E algo que muitos judeus americanos se expressaram a favor. É um grande passo. Parece um movimento fácil de fazer”, afirmou Conway.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, está confiante que Trump irá realizar suas promessas. “Conheço muito bem Donald Trump. Acredito que sua atitude, seu apoio a Israel está claro. Ele tem sentimentos muito claros sobre um Estado judeu, sobre as pessoas judaicas, não há dúvidas sobre isso”, afirmou ele em entrevista à rede CBS.
Trump já se mostrou a favor de Israel e contra a Palestina diversas vezes, tanto que já cogitou colocar seu genro, o judeu ortodoxo Jared Kushner para assumir um posto de primeiro escalão em 2017. Ele acredita que seu genro pode “fazer a paz no Oriente Médio”.
Guerra contra Israel
Mas a decisão do republicano faz com que o clima no Oriente Médio fique ainda mais tenso com o Irã ameaçando atacar o país judeu. O representante da Palestina na ONU, Riyad Mansour, já ameaçou que tornará a vida “miserável” para os Estados Unidos se de fato a embaixada americana seja instalada em Jerusalém, uma vez que eles disputam a cidade.
O Irã, ums dos maiores inimigos de Israel, também ameaça Trump com medo que ele suspenda o pacto nuclear que foi assinado em 2015 pelo presidente Barack Obama. Na campanha eleitoral, Trump deixou claro que é contra o pacto nuclear que ele chamou de “desastre” e de “pior acordo já negociado”.
“Os inimigos podem querer impor uma guerra contra nós com base em dados falsos e só levando em consideração sua capacidade material. Pois essa guerra significaria a destruição do regime sionista [Israel], engoliria toda a região e pode levar a uma guerra mundial”, sublinhou o ministro iraniano Hossein Dehghan. (Revival Times)
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