"Entusiastas do governo Temer" beira ao espantalho. E "prova lícita" no caso parece ser aquilo que o MP assim declarar.
Acho que isso não é ainda inquestionável. Fico curioso com como responderam às questões da defesa de Temer. Algumas delas são nas linhas de se seria plausível que houvesse edições, se aproveitando desses aspectos "naturais" da gravação. Deve ser muito difícil afirmar categoricamente que não.
Inclusive essas 200 interrupções parecem depor contrariamente à asserção, não sei se de peritos ou apenas jornalistas, de que não teria havido interrupções, inferido pelo ruído de fundo de algum programa de rádio. Se houve 200 interrupções, como é que o programa de rádio, que não teve as mesmas 200 interrupções, ainda teve a mesma duração, na gravação? Ele deveria aparecer mais curto do que "no mundo real".
A única contestação possível deve ser de 200 interrupções e re-iniciações instantâneas, pois de outra forma tal programa de rádio ouvido ao fundo teria que ter sido inserido para sugerir esse período integral e contínuo de diálogo.
Não deve ser impossível, de maneira alguma, que tivesse havido esses duzentos cortes e re-iniciações instantâneas, e talvez essa seja a maneira mais low-tech plausível de constatar a legitimidade da gravação, se for averiguado que o hardware/software utilizado as faz mesmo nesse intervalo "zero" de tempo, a ponto de praticamente manter o "tempo real" do que é gravado.
Mas além dessas, não havia sido afirmado que tinha sido apagado um trecho significativo onde ambos falavam de mulheres?
Talvez o lance de gravação de rádio no fundo tenha sido só palpitada de jornalistas ou peritos de rádio, talvez "peritos" com aspas. Se não, isso está meio estranho.
Foram publicadas também respostas àquelas perguntas da defesa?