Ateus-materialistas insistem no erro de pedir provas objetivas e evidências concretas da atuação dos Espíritos. Ora, como diabos provar materialmente o que é, por excelência, o não-material?! Há maior suprassumo da subjetividade, em nossa condição humana, do que a dimensão espiritual do homem? E ainda vem uma galera ter a audácia de cobrar evidência objetiva disso?
Faço aqui adendo a comentários meus precedentes, para resumir a pendenga.
A tese defendida por Criso é a de que, do mesmo modo que não se pode requerer
prova espiritual da gravidade talqualmente é insensato exigir demonstração material da espiritualidade. O transcendente se observa, segundo ele, por outras vias que não as trilhadas pela ciência.
Té aqui tudo bem, quase.
O que o Criso não percebeu é que as vias perquiritórias que apresenta, no afã de mostrar que há o espiritual, são humanas, demasiado humanas, portanto materiais. É isso mesmo: esse mundo onírico-imaginoso que postula e a intuição mística, que seriam meios para sondar o insondável, são derivações das peculiaridades cerebrais. A faculdade imaginativa e a intuitiva existem no homem porque este possui o cérebro que tem. Sem cérebro (mais precisamente, sem o neocórtex) nada de intuição e imaginação. É fato que os místicos afiançam ser a massa cerebral mera interface, que permite à mente extracerebral, que é a que realmente pensa, interagir com a matéria. Contudo, entre especular e demonstrar há incomensurável distância.
De qualquer modo, obtemperei ao admirável opositor que o que se pede não é um televisor que focalize a espiritualidade, comprovando que os místicos estavam certos. O exigido é demonstração firme de que os
efeitos atribuídos à ação espiritual efetivamente dela provêm. Assim se um desencarnado possui a capacidade de comunicar com vivos, o que comprovaria a existência da imaginada outra dimensão, essa comunicação carece ser cotejada/comprovada com o devido rigor.
Agora, a quem interessado, pense cá comigo: se a espiritualidade-inteligente-comunicante é incapaz de evidenciar-se presente e atuante entre os vivos o que podemos concluir? Certamente que, se existem mortos vivos noutro mundo estes não se comunicam conosco e as pseudo-comunicações se elucidam aqui mesmo, no mundo material.
Pronto, falei.