Alguém aqui pode me provar espiritualmente que a gravidade existe? Vamos lá, estou esperando. O quê? Argumentos?! Não me interessam argumentos, eu quero E-V-I-D-Ê-N-C-I-A-S (espirituais)! O quê? Método científico? Não me interessa método científico. Vamos, me dê uma prova onírico-esotérico-mediúnico-astrálica irrefutável da existência da gravidade!!! Não conseguiram? CHARLATÕES!!
Ateus-materialistas insistem no erro de pedir provas objetivas e evidências concretas da atuação dos Espíritos. Ora, como diabos provar materialmente o que é, por excelência, o não-material?! Há maior suprassumo da subjetividade, em nossa condição humana, do que a dimensão espiritual do homem? E ainda vem uma galera ter a audácia de cobrar evidência objetiva disso?
Não se pode provar ou refutar algo de uma determinada natureza por meio de ferramentas que não provenham da mesma natureza que o fenômeno em questão. A gravidade é um fenômeno físico. Ela pertence à natureza do que é físico. Por isso, ela pode ser fisicamente, e apenas fisicamente, provada ou refutada. Não importa o tempo que for gasto com as especulações e argumentações - o que é matemático só pode ser matematicamente provado, o que é físico só pode ser fisicamente provado, e o espiritual só pode ser espiritualmente refutado ou provado.
E então você pensa - mas pera aí - quais vão ser os métodos científicos, as provas concretas, as evidências objetivas que me convencerão da realidade espiritual? E é aí que digo novamente - ateus estão condenados... condenados por sua própria expectativa errada. Condenados por sua própria impostura intelectual. Condenados por falharem em suas empreitadas de voar com navios e navegar com aviões, que afundam enquanto eles acreditam tratar-se de algum problema técnico.
É incrível como o ateu planta a semente de sua própria frustração com o transcendental. É como um ser bidimensional que, ao ouvir falar de um cubo, rejeita absolutamente aquela misteriosa sugestão de um nível desconhecido de manifestação, e espera de braços cruzados que alguém sobreponha seis quadrados e o convença bidimensionalmente da profundidade. Para ele, ou as coisas possuem altura e largura, ou elas não existem. Eis que algum de seus amiguinhos menos prepotente e mais buscador decide partir em busca do cubo transcendental, reúne todos os seus esforços e finalmente o encontra! Mas, como ele se encontra em uma realidade bidimensional, e possui uma forma bidimensional, e toda uma interpretação bidimensional da vida e da percepção, ele enxerga ali seis quadrados justapostos. Aí nosso novo amiguinho organiza sua experiência e acredita ter dado início à revelação objetiva, universal e bidimensional dos seis quadrados sagrados! Funda alguma doutrina, seita, ou filosofia para espalhar a verdade de que o cubo são seis quadrados sagrados justapostos, e, de ignorância em ignorância, nosso amiguinho bidimensional crente e nosso amiguinho bidimensional ateu gastam todo o resto de suas existências meio a vãs especulações, teorizações e empreitadas que, travestidas de conflito, escondem bem aquilo no que se igualam - sua polarização, prepotência e bidimensionalização daquilo que transcende suas percepções ordinárias. No fundo, ambos são bem parecidos em matéria de negar o desconhecido e se manter na zona de conforto.
o segundo com certeza está sonhando.
Certamente, Gigaview! Todos nós estamos... a diferença é que alguns estão cientes, coniventes e cocriadores neste processo, enquanto boa parte simplesmente segue como autônomos, frutos de todos os condicionamentos que os determinaram. Muito se discute sobre o homem ser livre ou determinado. Eu diria que o homem nasce determinado e completamente condenado por seu destino, até que algum despertar consciencial, místico ou iluminativo o arrebate de si mesmo e rompa com tudo que o tornou quem ele pensa ser. Na verdade, eu descobri que não é tão difícil assim admitir a continuidade e transmigração da vida. O que nós temos de realmente "nosso"? Nossas predisposições genéticas, herdamos de nossos pais biológicos. Nossas crenças culturais, herdamos de nosso meio. Nossas inclinações morais, herdamos de nosso tempo. Nossos pensamentos, herdamos de nossos mortos. Nossos sentimentos, herdamos dos que nos cercam. Nossas tradições e instituições, herdamos dos séculos. Nossos corpos, herdamos do mineral, do vegetal, do animal e da evolução. Nossos átomos, herdamos das estrelas. Nada parece ter existência independente e separada por aqui. Todas as coisas são interdependentes e interligadas por uma teia cujas linhas são formadas por correntes de causas e efeitos. Convergências específicas destas linhas. Combinações singulares destas correntes. Max Heindel dizia que Deus se manifesta por meio de sua criação e de suas criaturas. E quanto a nós? O que sobra de exatamente "nosso"? O grande problema dos ateus não é nem terem desacreditado no Logos, mas o de terem acreditado demais em si mesmos. Eu só não digo que você vai despertar porque, se isso realmente acontecesse, não haveria mais "você" para permanecer de olhos abertos, mas, ao invés disso, uma pequena faísca divina lembrando-se de quem realmente é, presente neste único instante eterno, completamente liberto de todos os condicionamentos e julgamentos, escutando nada além da voz do silêncio que entoa louvores à dança cósmica.
On this bridge, Lorca warns - life is not a dream. Beware. And beware. And beware.
We are the authors of ourselves, co-authoring a gigantic Dostoevsky novel, starring clowns. This entire thing we're involved with called the world, is an opportunity to exhibit how exciting alienation can be. Life is a matter of a miracle that is collected over time by moments, flabbergasted to be in each other's presence. The world is an exam to see if we can rise into direct experience. Our eyesight is here as a test to see if we can see beyond it. Matter is here as a test for our curiosity. Doubt is here as an exam for our vitality. An assumption develops that you cannot understand life and live life simultaneously. Lorca, in that same poem said that the iguana will bite those who do not dream. And as one realizes that one is a dream figure in another person's dream, that is self awareness.