Alienígena, na boa, você choveu no molhado, quando choveu. Quando não, ficou desidratado que pareceu até com sede e garganta seca demais para conseguir articular palavras. Sinceramente, não disse praticamente nada, mas eu sempre vou pela civilidade, então faço minha parte para tentar trazer essa, que nem era para chegar a ser uma "discussão" unilateral, a algum nível racional. Por favor, preste atenção além dos seus preconceitos contra mim, que estão te afetando, e ao El Elyon também. Nem sei se faz sentido continuar nisso, porque eu vi que você até já respondeu minha pergunta. Só é lamentável que ela seja a confissão da ditadura mesmo, com muitos rodeios só pra tentar negar que é pura ditadura sem sentido.
É muita castração de liberdade isso que vocês defendem, não acham? Por que um profissional tem que ser um servo de um órgão que restringe sua liberdade se uma ética mais livre apenas exigiria que o profissional declare ao paciente que aquele procedimento não é cientificamente reconhecido pela comunidade científica? Restringir mais que isso é ditadura. Ciência é ditadura?
Castração total. No mundo civilizado, o que, é claro, não inclui o Brasil, para atuar em determinadas áreas é preciso passar anos estudando, se especializando, para conquistar o direito, isto é, uma licença para atuar. Maldito liberalismo e a tal divisão do trabalho - de todas, sua pior invenção, a mais totalitária, foi a ciência moderna - restringiu toda a liberdade humana. Para ser livre, quero dizer, minimamente livre, pois tem um método a seguir, é preciso fazer ciência pura, isto é, pesquisa - coisa que raramente dá dinheiro, poder, status, tudo que o mundo moderno mais valoriza. Do contrário, restam as ciências aplicadas, que não dão liberdade, pois como o próprio termo diz se restringe à aplicação da ciencia, mas dão dinheiro, poder e status mais facilmente. Em Liberlandia tudo seria diferente. Se poderia ser engenheiro pela manhã, pintor à tarde e ainda dissecar uns corpos à noite, sem precisar de autorização. Por isso que não se vê mais Da Vinci's por aí. Anarquia já!!!
Alienígena, você pelo menos foi honesto em responder que o que defende é mesmo castração total e ditadura da ciência e da tecnologia. Tomara que não rejeite meu agradecimento também, como o El Elyon, pois vou te agradecer a honestidade ao responder minha primeira e minha terceira perguntas, muito embora a minha segunda pergunta, não por acaso a central, ninguém respondeu, ou seja, justificar um porquê, que não seja pura arbitração pessoal autoritária, para essa castração ditatorial.
Tudo que defendo é a demarcação científica, pelo bem da liberdade de escolha, contra a charlatanice e pseudociência, no meio científico tão e somente. O indivíduo não é obrigado a se submeter à tratamento convencional - o que não faltam são padres, pastores, pais de santo, curandeiros e bichos-grilo oferecendo cura pela fé, no poder da oração, do passe, dos chás, dos cristais, das pirâmides e o escambau. Contudo, também é direito do indivíduo, se ele assim o desejar, buscar ajuda profissional, baseada no conhecimento estritamente científico. E para que isso seja possível os especialistas precisam ser profissionais, isto é, estritamente científicos - do contrário ficamos todos vulneráveis, já que não podemos nos especializar em cada área para saber distinguir o que é convencional do que não é, ter que pesquisar, ler livros inteiros e artigos diversos cada vez que marcamos uma simples consulta para ter certeza de que não seremos enganados. É ingênuo supor que um "especialista" que se sente desobrigado com ética profissional se sentirá obrigado com ética pessoal - alertando seus clientes para os riscos de se consultarem com ele.
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Tudo que defendo é a demarcação científica, pelo bem da liberdade de escolha,"
E eu não? Você está me acusando do contrário? Mostre. Na verdade, de nós aqui, só eu defendo isso. Você defende uma ditadura sobre os que se formam. Eu defendo a liberdade desses também escolherem o "mundo" em que quiserem viver ou transitar entre eles livremente.
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contra a charlatanice e pseudociência, no meio científico tão e somente."
Lutar contra charlatanice e pseudociência eu deixo para Don Quixote. O que defendo é que as pessoas sejam informadas de que estão sendo atendidas sob preceitos cientificamente acedidos ou não, não importa quem seja o que atende, que também deve ter sua liberdade garantida. Apenas que isso fique claro e certificadamente registrado em cada ato. E também defendo que golpistas devem ser combatidos
em qualquer meio em que atuem, em nome do que quer que atuem, mas uma pessoa adulta só é vítima de golpe quando
ela própria assim entende e pode provar, além de decidir agir, denunciar e querer justiça, não quando um "paizão" quer "cuidar dela nas fraudinhas".
Nem o indivíduo que é tratado nem o que trata deve ser obrigado a tratar convencionalmente. Liberdade não é só para "o freguês", a suposta "vítima" que "precisa ser protegida por um papai estatal" de "aproveitadores".
A única coisa mais certa que você disse foi a palavra "estritamente" para se referir ao que é "científico". Você admite a limitação de alcance da ciência aí. Mas o problema não é só que ciência é limitada ao que é natural e não místico. Ciência também é limita pelo erro, pela falha, pelo engano, não podendo assumir uma posição ditatorial de inerrância inefável e intocável, como se fosse uma deusa perfeita e indiscutível. A comunidade científica inteira pode estar errada em muitíssimos casos, aspectos e pontos, e um dissidente pode estar certo, e ninguém pode ter o direito de vedar a possibilidade de alguém de fora aceitar que ele esteja em vez da comunidade. Apenas deve estar claro que ele é dissidente, pelo menos em algum ponto, da comunidade, porque ninguém joga a psicologia inteira fora só por discordar dos "papas" dela quanto a algum ponto, como a possibilidade da cura gay através da psicologia, e um gay pode não querer pastores e pajés e curandeiros, mas um psicólogo dissidente, até porque, em muitos assuntos "científicos", sejam objetivos ou subjetivos, como a psicologia e a economia, surgem "correntes, doutrinas e escolas", por vezes antagonicamente discordantes. Tais correntes surgem, frequentemente, de um dissidente que se destaca e, não raro, termina por provar que toda a comunidade precedente estava errada. É soberba ditatorial demais impor o que você crê que é científico em cima de quem quer liberdade, quando você não pode oferecer garantia absoluta de que está certo e os outros errados. É só arrogância e presunção o que você defende, se não for ideologia gayzista, no caso da cura gay aqui na questão central do tópico.
A retórica que você incluiu não está expressando nada além dos seus sentimentos pessoais quanto ao(s) tema(s). Por mim, tudo bem que você assuma suas posições, mas se não se esclarecer nelas, são puro alvitre imposto sem fundamento, gosto pessoal e nada mais. Se alguém "passa anos estudando para atuar profissionalmente" e inveja quem "se dá bem com pouco esforço em cima de incautos" não tem o direito de tentar castrar esse último. Pode tentar alertar as pessoas sobre os supostos fatos científicos em que crê, mas não ditar que alguém deva submeter-se a eles.
Pois digo o mesmo - sua retórica reflete apenas seus sentimentos pessoais. E por mim tudo bem que você assuma suas posições, mas sem argumentos razoáveis, não passam de puro alvitre imposto sem fundamento.
E não, profissionais não tem o direito, mas sim o dever de denunciar os charlatões que se passam por profissionais, minando a credibilidade geral - pois conquistaram esse direito, se especializando e se submetendo à ética profissional. Não é premiando o erro, o engano, o Gerson, que se promove uma sociedade livre, pacífica e harmoniosa, mas punindo-o. A sociedade moderna se baseia na credibilidade das instituições - credibilidade esta que foi conquistada graças á maldita ciência autoritária, repressora das crendices, superstições e preconceitos, no seu meio.
Ao me devolver dessa forma a minha observação, você está admitindo o fato de que só está impondo seus valores pessoais, na defensiva de que "eu também assim faço" então "estamos quites". Agradeço essa confissão, e nem vou acusar mais essa falácia contra mim, até porque, com ela, você respondeu finalmente minha questão: vocês ditam de forma puramente arbitrária, sem qualquer argumento impessoal para a ditadura que impõem.
OK! E isso deve até encerrar a nossa parte aqui também nessa minha postagem, como a minha com o El Elyon creio estar encerrada.
As outras palavras são só palavras de vitrine, iluminadinhas só para fazer boa apresentação do produto à venda, mas nada dizem que importe, e menos ainda respondem qualquer coisa a mim, além de emitir só mais falácias contra meus pontos, que nada defendem de "enganação, erro e Gerson", como está bastante explícito no que eu já disse muito bem: nenhum profissional pode atuar nessas "enganações" em nome da ciência ou da formalidade da formação profissional.
E só mais uma informação minha para vocês: não sou anticiência, apenas não sou adepto religioso dela, como vocês se mostram ser. As dimensões do mundo para mim são mais amplas que só isso. Mas isso, deixando bem claro, não é argumento para nada, só mais informação para dar um basta nessas outras gracinhas introjetadas de mim de "maldita ciência", tá certo? Nunca chamei ciência de maldita, apenas de venerada em excesso. Existe mais que ciência no mundo. Isso tudo é só ridículo e nada mais.
E, para informação de vocês, não sou anarquista nem libertário, nada disso. Vocês é que se mostram preconceber perfis por um par de postagens, e falham fragorosamente. Não são bons perfiladores, muito menos adivinhos, como o El Elyon chega a se achar. Sou contra liberação de drogas, contra aborto indiscriminado entre outras coisas. Vir com essas gracinhas de "Anarquia já", "Liberlândia" e "ramos mais entusiastas (do libertarianismo)" não está acertando alvo nenhum do lado de cá. Só fiquei assistindo o showzinho de preconceito até agora. Recomendo parar com essas infantilidades que nada agregam e não expõem de vocês uma boa imagem. Preconizo muita ordem, muita organização. Um médico ou engenheiro ou qualquer profissional, se quiser atuar de forma extra-convencional, tem que seguir um protocolo bem rígido e controlado de ação, com seu paciente ou cobaia voluntária ou cliente assinando um termo bem elaborado de cientificação de não oficialidade e convencionalidade da conduta ou procedimento. Assim, se um engenheiro for contratado por alguém que queira construir no seu terreno isolado um prédio de 10 andares feito de sabão e cola escolar para morar nele, e aceitar a tarefa, ou se um gay quiser conversar horas pagas com um psicólogo para tentar deixar de ser gay, ninguém mais tem que se meter nisso.
Não importa o que você é, o que defende, no que acredita, o que deseja - aqui só importam seus argumentos. Esperneio é inútil. Demonstre a lógica da necessidade de se extinguir a demarcação científica, acolhendo o charlatanismo, a pseudociência e bichogrilice nas ciências aplicadas, para benefício de uma sociedade mais livre, pacífica e harmônica.
O conhecimento, livre de crendices, superstições e preconceitos está no rol da liberdades, tanto quanto as crendices, superstições e preconceitos. É direito do indivíduo, que assim o desejar, ter a confiança de saber onde ir buscar o conhecimento - o que só a ciência, a demarcação científica, pode fornecer.
Liberdade não é passar a mão na bunda do guarda! Não há liberdade sem regras.
Não é preciso ser especialista em nada para diagnosticar a cegueira ideológica que deixa vocês em transe diante de qualquer contrariação que se apresente. Bastar continuar a notar e anotar os sinais de síncope argumentativa:
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Não importa o que você é, o que defende, no que acredita, o que deseja - aqui só importam seus argumentos."
Como se eu tivesse declarado isso como algum "argumento" e não para esclarecimento em resposta aos gracejos infantis que vocês me ofereceram como parte dos seus "argumentos". E os argumentos de vocês? Importam? Porque ainda não vi nenhum.
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Esperneio é inútil."
Você afirma mas mostra não acreditar nisso, pois é só o que tem feito. Se alguém com deficiência visual ainda não vê o ululante fato, é seguir mais um pouco:
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Demonstre a lógica da necessidade de se extinguir a demarcação científica,"
Eu até pergunto: você me citou, mas será que se enganou e errou a citação? Essa resposta não foi para outra pessoa? Para mim não é, pois eu deixei absolutamente claro defender essa demarcação, inclusive com um procedimento formal que descrevi.
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acolhendo o charlatanismo, a pseudociência e bichogrilice nas ciências aplicadas, para benefício de uma sociedade mais livre, pacífica e harmônica."
Deve mesmo ter me citado errado, pois não proponho "acolher" nada disso, assim como não advogo em benefício de sociedade pacífica e harmônica, nem identifico que uma sociedade de indivíduos mais livres seja relacionada a pacifismo e harmonia. Não conto com paz e harmonia nas sociedades, só com vitórias nas liberdades individuais possíveis, que já são naturalmente tão poucas.
Você está peticionando esses princípios, pressupondo que eu os peticione também, e os está lançando como se fossem sua resposta para minha pergunta central:
porque vocês têm que ser os pais autoritários protetores de adultos livres em assuntos que não dizem respeito a mais ninguém?"
O conhecimento, livre de crendices, superstições e preconceitos está no rol da liberdades, tanto quanto as crendices, superstições e preconceitos. É direito do indivíduo, que assim o desejar, ter a confiança de saber onde ir buscar o conhecimento - o que só a ciência, a demarcação científica, pode fornecer.
Liberdade não é passar a mão na bunda do guarda! Não há liberdade sem regras."
E que importância têm essas peças de "argumentos" em que concordamos completamente, com única exceção do negritado, que não é mais que tua crença e não minha, muito menos de todos?
Desperdiçar espaço com umas linhas extras para encher o texto de linguiça?
O que eu não posso dar suporte é em transformar alguém que se dedicou ao estudo da dita "ciência", em qualquer de seus ramos especializados para diversas profissionalizações, em uma besta cativa agrilhoada que não pode mais ter a liberdade de ter momentos de questionamento e contestação, não por acaso os motores do progresso, inclusive científico, sem ser automaticamente acusado de charlatão. É até uma insanidade pensar que quem tanto estudou é que tem maiores condições de questionar pontos do "conhecimento científico", mas deixar essa "tarefa lucrativa do engodo" para quem nem sequer estudou nada dela. É irracional, numa palavra gentil.
Em resumo, você parece que está falando comigo mas parece que não está, sei lá... Ou será que é cegueira e surdez ideológica mesmo? Isso tudo mais tá parecendo uma plantação de espantalho com um pé de milho sufocado no meio, mas tenho certeza e vou apostar que vocês não usam falácias assim por esporte, então vou aceita que é ideologia obliterante do pensamento, nada intencional.