Autor Tópico: Governo Bolsonaro  (Lida 112667 vezes)

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Offline Marciano

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #6725 Online: 11 de Outubro de 2019, 17:09:29 »
Não há na pobreza o que explorar, pobre é o incapaz ou impossibilitado de gerar riqueza.

Se explora, uma capacidade de gerar riqueza.  Sendo que a riqueza gerada é apropriada em parte por essa capacidade explorada. Um  contrato em que ambas as  partes se  beneficiam mutuamente.  Parece bom assim.

Mão-de-obra barata gera riqueza dos patrões.

E costuma também gerar a maior alegria para os empregados, que trabalhavam antes em condições piores e com salários menores. Ficam felizes com o novo emprego e não são forçados a trabalhar, podem procurar outro emprego quando quiserem.

É por isso que quando um país capitalista abre uma fábrica em países pobres os pobres desses países ficam felizes por serem explorados. É que antes estavam em condições piores ainda, crianças trabalhando em lavouras de cana-de-açúcar, por exemplo.
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Offline Agnoscetico

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #6726 Online: 11 de Outubro de 2019, 18:06:12 »
Pesquisas mostram que Moro é a única figura proeminente neste governo que ainda não sofreu importante desgaste de imagem. Mesmo com o lance todo do Intercept.

Continuando assim, seria um forte candidato em 2022 porque agrada muito aos bolsominions, agrada aos que votaram no Bozo mas não eram bolsominions, e não tem a rejeição do Bozo para aqueles que não votaram no Bozo.

Em uma hipotética disputa Bolsonaro x Moro, pode ser que nenhum dos dois se eleja (vai depender de como estiverem as coisas na ocasião), mas é quase certo que Bolsonaro teria menos votos que Moro. Então, se essa possibilidade existe, uma candidatura de Moro significaria  que Bolsonaro não se reelegeria de jeito nenhum.

Os dois abraçados e disputando a socos o mesmo projeto de poder de extrema direita. A diferença é que Moro ainda é preservado pela parte da imprensa lavajatista mesmo depois de todos os podres revelados e as cabeçadas que dá no governo.

Então qual seria solução: Votar no extremo oposto, esquerdista que fosse pró-Maduro ?

Tá faltando um candidato isentão que não seja movido por pacotes ideológicos mas sim por pontos específicos em cada questão como aborto, liberalismo econômico, ecologia, etc.

Não tem um político que eu conheça que seria um presidente razoável. Ciro Gomes é destemperado, os dos PSDB estilo Alckmin desconheço algum que tenha feito algo de relevante, os da esquerda adora criticar elites, falar de feminicídio, LGBTcídio e usar assistencialismo pra conseguir voto, etc.

NOTA: E não confundirem isentão com esse que se dizem centrão como PSDB. Aquilo ali não é isentão, é enrolação.







Primeiro, o extremo oposto à extrema direita atual no Brasil seria o PSTU ou PCO, não me recordo de mais nenhum partido de esquerda radical no Brasil.

Segundo, em política não existe isenção, todos tem um lado.

Terceiro, qualquer política tem orientação ideológica, seja de quem for. Se for privatizante é uma ideologia, se for estatizante é outra, se tanto faz é outra, e todas são orientadas por alguma razão, idéia ou valor. Na hora que algum presidente abrir a discussão sobre a aborto, seja qual for a opinião ou atuação dele, será cobrado por seus eleitores e não eleitores sobre o assunto, mesmo que seja neutro ou isento, que aliás também é uma posição político-ideológica.

Quarto, você não ter um candidato que pareça razoável, pode ser algo bom dentro do clima de "salvador da pátria" que existe nas nossas eleições presidenciais, essa sensação pode nos ajudar a sermos mais critícos como relação a eles e não fechar os olhos e votar nesse porque representa o oposto do outro, sem enxergar que está levando um pacote incrível de imbecilidade junto.

Fale por si, não pelos outros. O fato de não conhecer exemplos de pessoas imparciais, não quer dizer que não existe.

Como eu seria classificado segundo esses critérios abaixo? Esquerda ou direita?

- Sou contra liberação das armas (por não ser garantia de se efetiva na diminuição de criminalidade). Sou de esquerda?

- Sou a favor de ecologia (que foi apropriada pela esquerda, sendo que antes era isentona; até um dos fundadores do Greenpeace teria falado sobre apropriação que marxistas fizeram da causa ecológica). Seria eu de esquerda?
Apesar de que a URSS na questão de energia nuclear (suja) como em Chernobyl e no caso do mar de Aral de ecologistas não tiveram nada; assim como PT, Aldo Rabelo na questão da Raposa Serra do sol e os índios que eram contra construção de usina de energia.


Líder de Greenpeace abandonou a ONG por causa da infiltraçao marxista e explica como

https://www.noticiasagricolas.com.br/noticias/meio-ambiente/107168-lider-de-greenpeace-abandonou-a-ong-por-causa-da-infiltracao-marxista-e-explica-como.html


- Sou a favor do aborto. Sou esquerdista? Edir Macedo q antes até apoiou petistas, agora apóia Bozo, mas é favor do aborto. V~e que definição exata de esquerda e direita se perde quando muda interesse;


- Não sou nem contra nem favor provatização. Não sou desses que acredita que tudo que é privado tem necessariamente qualidade melhor; conheço casos de coisas que são públicas e são melhores em qualidade (mesmo que não seja em recursos) e vice-versa. E mesmo em países de primeiro mundo, como Canadá, EUA, Austrália, etc, não há homogeneidade sobre como serviços privados ou públicos são prestados e em que áreas; o Canadá o plano de saúde é público; nos EUA, não, etc.

- Agora sou contra causas como cotas raciais (nos EUA poderia ter até sentido, mas no Brasil que não teve apartheid, segregação e processo de ingress em faculdades é diferente de lá, isso não tem sentido); e contra também contra defesa de bandidos que matam, roubam, estupram e muitos progressistas acham que são apenas vítimas inocentes da sociedade. Por mim que morram. Seria eu fascista de extrema-direita?


Por esses pontos e outros, não tem definir na prática (porque na teoria ideológica utópica cada um deve se achar certo; como eu não tenho ideologia nem utopia nem definição, sou cético e não tomo ideologia nenhuma como verdade absoluta inquestionável).


Então, pela sua própria posição sobre esse temas você tem um lado político, em geral ligado ao liberalismo, que conota uma ideologia, um conjunto de idéias por trás do modo que você vê e defende as coisas, assim como para todas as pessoas ou para qualquer assunto sócio-político.

Em política não existe imparcialidade, isso é coisa para um mediador, juiz ou equivalente, não para alguém que defende um ponto de vista, um idéia, um conjunto de valores. Você tem um lado para cada uma das coisas que defendeu aí em cima, não tem lógica falar em imparcialidade ou até mesmo parcialidade, já que por definição você não pode ser a favor e contra o aborto ao mesmo tempo.

E sim, a esquerda moderna passou a defender muitos valores do liberalismo ocidental, como direitos humanos, feminismo, aborto, defesa de minorias, etc...

Não tenho lado político nenhum, não tenho culto a personalidade (como lulólatras, bolsólatras, ciretes, etc) nem sigo pacotes ideológicos. Me baseio em fatos pra ser a favor ou contra algo e não em capricho ou empatia apenas. Sou contra liberação das drogas porque sei dos transtornos que ela provoca (seja a curto ou longo prazo); a favor da legalização do aborto não porque sou contra a vida do bebê, mas como último recurso e mal-necessário caso a prevenção não seja feita ou falhe; não sou crente em infalibilidade em nenhum sistema político ou econômico - capitalismo não é eficiente em áreas que não trazem retorno financeiro assim como políticas assistencialistas sociais que a curto prazo podem parecer dar certo, mas alongo prazo os custos pra manter. Sou cético político.



Offline Agnoscetico

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #6727 Online: 11 de Outubro de 2019, 18:12:26 »
Não há na pobreza o que explorar, pobre é o incapaz ou impossibilitado de gerar riqueza.

Se explora, uma capacidade de gerar riqueza.  Sendo que a riqueza gerada é apropriada em parte por essa capacidade explorada. Um  contrato em que ambas as  partes se  beneficiam mutuamente.  Parece bom assim.

Mão-de-obra barata gera riqueza dos patrões.

E costuma também gerar a maior alegria para os empregados, que trabalhavam antes em condições piores e com salários menores. Ficam felizes com o novo emprego e não são forçados a trabalhar, podem procurar outro emprego quando quiserem.

É por isso que quando um país capitalista abre uma fábrica em países pobres os pobres desses países ficam felizes por serem explorados. É que antes estavam em condições piores ainda, crianças trabalhando em lavouras de cana-de-açúcar, por exemplo.

Não confunda alívio com felicidade.
E isso depende de caso pra caso.
Imaginar que todos empregados vão enfrentar o mesmo tipo de carga e ficar todos felizinhos no final do dia tem que ser alienado ou não deve saber como é trabalho duro da classe baixa tendo que pegar vários ônibus (se alguém tiver sorte de ter carona, com local bem provido de transporte público ou perto, menos mal).   
Não percebo felicidade quando vejo empregados resmungando que não são reconhecidos nos empregos, etc.



Offline -Huxley-

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #6728 Online: 11 de Outubro de 2019, 18:19:48 »
Não há na pobreza o que explorar, pobre é o incapaz ou impossibilitado de gerar riqueza.

Se explora, uma capacidade de gerar riqueza.  Sendo que a riqueza gerada é apropriada em parte por essa capacidade explorada. Um  contrato em que ambas as  partes se  beneficiam mutuamente.  Parece bom assim.

Mão-de-obra barata gera riqueza dos patrões.

E gera a pouca riqueza que os pobres assalariados têm. Quem está no setor não capitalista de subsistência ou trabalhando por conta própria normalmente está em situação pior.
« Última modificação: 11 de Outubro de 2019, 19:06:35 por -Huxley- »

Offline Pedro Reis

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #6729 Online: 11 de Outubro de 2019, 19:14:24 »


Não há na pobreza o que explorar, pobre é o incapaz ou impossibilitado de gerar riqueza.

Se explora, uma capacidade de gerar riqueza.  Sendo que a riqueza gerada é apropriada em parte por essa capacidade explorada. Um  contrato em que ambas as  partes se  beneficiam mutuamente.  Parece bom assim.

Sergiomgbr - Filósofo contemporâneo da pós-realidade.

Offline Sergiomgbr

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #6730 Online: 11 de Outubro de 2019, 19:45:33 »
Falácia do apelo à emocionalidade piegas vetorial.
Até onde eu sei eu não sei.

Offline JJ

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #6731 Online: 11 de Outubro de 2019, 21:16:13 »


Não há na pobreza o que explorar, pobre é o incapaz ou impossibilitado de gerar riqueza.

Se explora, uma capacidade de gerar riqueza.  Sendo que a riqueza gerada é apropriada em parte por essa capacidade explorada. Um  contrato em que ambas as  partes se  beneficiam mutuamente.  Parece bom assim.

Sergiomgbr - Filósofo contemporâneo da pós-realidade.



Pedro,


Empatia não é coisa para psicopatas do tipo Ayn Rand ou Rothbard e semelhantes. 

« Última modificação: 11 de Outubro de 2019, 21:20:22 por JJ »

Offline Marciano

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #6732 Online: 11 de Outubro de 2019, 21:23:38 »
Em 1992, o Congresso americano propôs proibir importações de produtos fabricados por crianças. Anos depois, o economista Paul Krugman comentou o efeito dessa medida. “O resultado direto foi que as fábricas têxteis do Bangladesh deixaram de contratar crianças. Mas essas crianças foram de volta para a escola? Retornaram a lares felizes? Não segundo a (ONG) Oxfam, que descobriu que, despedidas das fábricas, elas acabaram em trabalhos piores, ou nas ruas – e muitas se viram obrigadas a se prostituir.”

Paul Krugman, “Reckonings; Hearts And Heads”, The New York Times, 22 de abril de 2001.
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Offline JJ

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #6733 Online: 11 de Outubro de 2019, 21:35:20 »
Derrota da diplomacia da bajulação


"Numa decisão que surpreendeu aliados que faziam fé na subserviência de Bolsonaro e Ernesto Araújo a Washington, governo brasileiro não consegue apoio de Trump na disputa pela próxima vaga na OCDE, que reune os países mais ricos do mundo," escreve Paulo Moreira Leite, do Jornalistas pela Democracia
11 de outubro de 2019, 07:39 h




Com a experiência de quem passou oito anos entre o Fundo Monetário Internacional e o banco de desenvolvimento criado pelos BRICS, o bloco economico-diplomático formado por Brasil, Russia, India, China e Africa do Sul, o economista Paulo Nogueira Batista Jr. deixou um registro sob medida para se prever o fiasco produzido pela diplomacia subserviente de Jair Bolsonaro e Ernesto Araújo , que nos últimos meses alimentou a ilusão de que o país estava com ingresso garantido na OCDE, a organização que desde a Guerra Fria reune as economias dos país alinhados com Washington.



"Os americanos mostram-se sempre complicados," escreve ele no recém lançado "O Brasil não cabe no quintal de ninguém,"livro que retrata sua experiência internacional. "Comportam-se, em geral, de maneira prepotente, consideram-se líderes natos e hereditários. Não sabem trabalhar em aliança. Coisa curiosa: com os americanos, é difícil cooperar mesmo quando há concordância de posições. Passei por isso mais de uma vez nos oito anos em que tive contato  regulares com as delegações dos EUA no G20 e a diretoria desse país nos FMI".

No mesmo trecho, o economista anuncia "um aviso aos navegantes: os americanos desprezam visceralmente comportamentos subservientes. Quantas vezes testemunhei a indiferença e, não raro, os maus tratos dispensados a seus satélites, especialmente latino-americanos". 

São palavras sob medida para se compreender o ambiente de decepção gerado pela revelação de que a Casa Branca acabara de comunicar, reservadamente,  seu esforço para emplacar dois parceiros prioritários a ingressar na OCDE -- a Argentina e a Romenia.

A decepção e mal-estar que a notícia produziu entre os aliados de Bolsonaro levou a Embaixada norte-americana, em Brasília, a divulgar uma nota na qual reafirma seu apoio ao ingresso brasileiro na OCDE -- uma declaração de intenções, genérica, sem compromissos maiores nem medidas concretas.

Os aliados de um governo que se tornou o grande saco de pancadas da cena internacional, como se viu na última Conferência da ONU e nos frequentes confrontos com o presidente da França, Emmanuel Macron, que voltou a ganhar pontos junto ao eleitorado de seus francês de ataques disparados contra as tolices do colega brasileiro, reagiram como maridos traidos diante da opção por Buenos Aires. Compreende-se.


Num país onde ideias de altivez e soberania, expressas na obra de Paulo Nogueira Batista Jr, são marginalizadas, a postura subserviente tornou-se marca registrada e já denunciada por diplomatas de várias escolas, como Rubens Ricúpero, de impecáveis credenciais tucanas.

Com Bolsonaro, o Brasil tornou-se o único país do mundo a possuir, no comando de sua diplomacia, um personagem como Ernesto Araújo, capaz de escrever uma artigo ( "Trump e o Ocidente"), num tom descaradamente bajulatório, como nunca se viu entre nações soberanas.

Em palavras que ajudaram a pavimentar sua escolha para o ministério sem jamais ter ocupado numa única Embaixada, Araujo define a atuação internacional de Donald Trump como um esforço para "submeter o Ocidente a uma terapia de recuperação da personalidade perdida " na qual procura "o reestabelecimento do contato com o próprio inconsciente". Alguns parágrafos adiante, sempre no tom de dependência, o futuro chanceler  refere-se a "um Deus por quem os ocidentais anseiam ou deveriam ansiar, o Deus de Trump".


Com este espírito Bolsonaro e Araújo viajaram para os Estados Unidos em março e, conforme relatado num comunicado oficial da visita, assinado pelos dois governos, ali conversaram sobre o ingresso do país na OCDE. "O Presidente Trump manifestou seu apoio para que o Brasil inicie o processo de acessão com vistas a tornar-se membro pleno da OCDE", diz o texto.

Referindo-se ao presidente brasileiro com palavras especialmente gentis, atribuindo-lhe um  "status de líder global", o comunicado deixa registrado que Bolsonaro já começava a fazer concessões diplomáticas nessa direção, antes mesmo  do país receber  qualquer benefício concreto.  Assim, o cidadão com "status de líder global" concordou que "começará a abrir mão do tratamento especial e diferenciado nas negociações da Organização Mundial do Comércio, em linha com a proposta dos Estados Unidos." Em português claro: num universo de guerra comercial no qual todo tratamento preferencial é uma vantagem da qual ninguém abre mão sem contrapartidas compensadoras, Bolsonaro deixou claro que estava já começaria a fazer concessões -- antes de receber a mercadoria, postura sob medida para ser atingido por  diplomatas de Washington, que "desprezam visceralmente comportamentos subservientes".

Há uma grande ironia nesta história, contudo.  O saldo é bom para nosso país. Do ponto de vista das necessidades do país, o Brasil não tem o menor interesse econômico nem diplomático de ingressar na OCDE.

Criada sob liderança dos Estados Unidos nos tempos da Guerra Fria, a instituição é um braço utilizado por Washington e demais países de PIB avantajado para monitorar o crescimento das nações médias, impondo normas e restrições de acordo com os interesses das economias  centrais. Não por acaso, até aqui o único governo brasileiro a demonstrar interesse efetivo para ingressar na OCDE foi Michel Temer, que chegou a instalar um embaixador em Paris, sede da organização, para tentar uma vaga de qualquer maneira.

Basta consultar o mapa do mundo para reparar que nações como China, Rússia e Índia estão fora da OCDE e jamais viram qualquer vantagem real em bater a sua porta. Foram estes países que, ao lado do Brasil, constituíram os Brics, um polo alternativo e mais adequado a seu grau de desenvolvimento e características socioeconômicas.

Cedo ou tarde, quando for possível livrar-se de um governo ruinoso como Bolsonaro-Paulo Guedes, é nesta direção que o Brasil deve caminhar.

Alguma dúvida?


https://www.brasil247.com/blog/derrota-da-diplomacia-da-bajulacao



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Os   bô  minions  são um bando  de tontos  que achavam que a Nova  Diplomacia Lambe Botas  iria dar grande resultados, mal sabem esses trouxas que  autoridades americanas não respeitam puxa sacos de  3° mundo. 

 :biglol:


Eles respeitam quem peita eles, e não quem lambe as botas deles.


 8-)


« Última modificação: 11 de Outubro de 2019, 22:03:44 por JJ »

Offline JJ

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #6734 Online: 11 de Outubro de 2019, 22:06:30 »
Em 1992, o Congresso americano propôs proibir importações de produtos fabricados por crianças. Anos depois, o economista Paul Krugman comentou o efeito dessa medida. “O resultado direto foi que as fábricas têxteis do Bangladesh deixaram de contratar crianças. Mas essas crianças foram de volta para a escola? Retornaram a lares felizes? Não segundo a (ONG) Oxfam, que descobriu que, despedidas das fábricas, elas acabaram em trabalhos piores, ou nas ruas – e muitas se viram obrigadas a se prostituir.”

Paul Krugman, “Reckonings; Hearts And Heads”, The New York Times, 22 de abril de 2001.



Nenhuma novidade, eu já tinha lido isso aí, acho que foi no micótico site Mi co ses, ou em algum outro  imbecilóide  site  liber lóide. 

 8-)

Offline Pedro Reis

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #6735 Online: 11 de Outubro de 2019, 22:17:41 »
Falácia do apelo à emocionalidade piegas vetorial.

Não...


Parece bom assim.

A imagem exibe o contraste entre realidade e devaneio.

Offline JJ

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #6736 Online: 11 de Outubro de 2019, 22:24:52 »
Falácia do apelo à emocionalidade piegas vetorial.

Não...


Parece bom assim.

A imagem exibe o contraste entre realidade e devaneio.



Você não percebe que eles estão melhor do que se estivessem desempregados ?  E que por isso eles deveriam estar felizes e agradecidos aos céus e aos seus empregadores ?

Não percebe também que isso é uma prova de que o sistema capitalista é o melhor sistema possível ?  E que jamais será superado ?

« Última modificação: 11 de Outubro de 2019, 22:27:03 por JJ »

Offline Pedro Reis

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #6737 Online: 11 de Outubro de 2019, 22:31:29 »

Citação de: Sergiomgbr
Não há na pobreza o que explorar...


Citação de: Sergiomgbr
Um contrato onde ambas as partes se beneficiam mutuamente.


Citação de: Sergiomgbr
Parece bom assim.


Da série: "Meu mundo é uma bolha."

Offline Sergiomgbr

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #6738 Online: 11 de Outubro de 2019, 22:41:23 »
Isso. A Terra é. Nada de terraplanismo.
Até onde eu sei eu não sei.

Offline JJ

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #6739 Online: 11 de Outubro de 2019, 22:48:34 »

Da série: "Meu mundo é uma bolha."



Ou da série: "Esses pobres reclamam demais. Nunca estão satisfeitos"

Offline JJ

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #6740 Online: 11 de Outubro de 2019, 22:49:48 »
Isso. A Terra é. Nada de terraplanismo.


Só terraoquismo   (Bolha=> Terra oca).



Offline Marciano

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #6741 Online: 11 de Outubro de 2019, 23:50:13 »
Em 1992, o Congresso americano propôs proibir importações de produtos fabricados por crianças. Anos depois, o economista Paul Krugman comentou o efeito dessa medida. “O resultado direto foi que as fábricas têxteis do Bangladesh deixaram de contratar crianças. Mas essas crianças foram de volta para a escola? Retornaram a lares felizes? Não segundo a (ONG) Oxfam, que descobriu que, despedidas das fábricas, elas acabaram em trabalhos piores, ou nas ruas – e muitas se viram obrigadas a se prostituir.”

Paul Krugman, “Reckonings; Hearts And Heads”, The New York Times, 22 de abril de 2001.




Nenhuma novidade, eu já tinha lido isso aí, acho que foi no micótico site Mi co ses, ou em algum outro  imbecilóide  site  liber lóide. 

 8-)


Se você leu isso em algum site imbeciloide, vou te dar uma chance de não ser imbecil, ou seja, ficar lendo em fontes imbeciloides,  e ler na fonte original, por acaso, também esquerdista.

https://www.nytimes.com/2001/04/22/opinion/reckonings-hearts-and-heads.html

Esta não deve ser imbeciloide para você. Confira.
« Última modificação: 12 de Outubro de 2019, 00:35:54 por Marciano »
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Offline Marciano

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #6742 Online: 11 de Outubro de 2019, 23:59:55 »

Citação de: Sergiomgbr
Não há na pobreza o que explorar...


Citação de: Sergiomgbr
Um contrato onde ambas as partes se beneficiam mutuamente.


Citação de: Sergiomgbr
Parece bom assim.


Da série: "Meu mundo é uma bolha."

Não são cortadores de cana cubanos, por acaso? Como este aqui:


https://www.14ymedio.com/nacional/cortadores-cana-denuncian-condiciones-trabajo_0_1789021083.html



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Offline Marciano

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #6743 Online: 12 de Outubro de 2019, 00:07:26 »
Trabajadores vinculados al corte de caña en Holguín se quejaron del abandono a que fueron sometidos y de las múltiples violaciones a sus derechos laborales durante la cosecha que acaba de finalizar.



Los integrantes de la Unidad Económica Básica del central Loynaz Hechavarría del municipio Cueto aseguran haber trabajado más de 16 horas diarias a partir de las cinco de la mañana, durante los más de cuatro meses que duró la recolecta.

Heriberto Cuenca Tamayo, operador de una combinada cañera, dijo a 14ymedio que su brigada había sido víctima de violaciones de la ley laboral y fue el grupo más sufrido: a pesar del intenso calor que hizo en estos meses, carecían de agua fría por falta de hielo. Tampoco recibieron la ropa de trabajo prometida, y comían lo que resolvían por su cuenta, ya que ni café les ofrecían.

Heriberto Cuenca Tamayo, operador de una combinada cañera, dijo a 14ymedio que su brigada había sido víctima de violaciones de la ley laboral

Mencionó que la empresa todavía incumple el pago en moneda convertible del estímulo que les corresponde por contrato de trabajo a los integrantes de la brigada. También lamentó la falta de asistencia técnica que los auxiliara en las roturas de las combinadas para el corte de caña. Ellos solo cobran como operadores, pero también tienen que ejercer de mecánicos, trabajo para el que no están calificados.

“Quedamos abandonados en las ocasiones que se rompieron las máquinas y para seguir trabajando tuvimos que gestionar personalmente las piezas y el arreglo”, contó a este diario Cuenca Tamayo.


 
Junto a sus compañeros, manifestó sentirse desprotegido. Los jefes solo hablan de obligaciones, de orden, de disciplina y de exigencia. “Cuando dicen que hay que hacer más con menos, parece que están pensando en más esfuerzo y menos condiciones, más deberes y menos derechos”.

“Ni en la Constitución ni en ninguna otra ley cubana está establecido legalmente el derecho a huelga, pero tampoco el sindicato resolvió nuestros problemas a pesar de plantearlos en varias ocasiones”, aseguró este trabajador de la caña.

Por su parte Mario González, jefe de zafra de la Empresa Azucarera, informó que Holguín incumplió el plan de producción de azúcar al no alcanzar la cifra prevista de 207.801 toneladas, faltando casi 4.000 toneladas para llegar a la meta. En esta zafra la provincia molió con cinco centrales azucareros de los 10 con los que contaba hasta el año 2002.


 
El funcionario explicó que entre las causas que llevaron al fracaso están las averías en las combinadas, las paradas en las molidas de los centrales por la falta de caña, ocasionadas por llegar tarde los pelotones a los frentes del corte, y otras de índole organizativo. “Hubo caña suficiente en los campos, pero no se supo hacerla llegar a los centrales”, aseveró Mario González en un programa de la radio local.



Da fonte citada acima.

A diferença deve ser que cortadores de cana cubanos toma "soma" antes de cortar cana.
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Offline Agnoscetico

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #6744 Online: 12 de Outubro de 2019, 00:12:20 »
Em 1992, o Congresso americano propôs proibir importações de produtos fabricados por crianças. Anos depois, o economista Paul Krugman comentou o efeito dessa medida. “O resultado direto foi que as fábricas têxteis do Bangladesh deixaram de contratar crianças. Mas essas crianças foram de volta para a escola? Retornaram a lares felizes? Não segundo a (ONG) Oxfam, que descobriu que, despedidas das fábricas, elas acabaram em trabalhos piores, ou nas ruas – e muitas se viram obrigadas a se prostituir.”

Paul Krugman, “Reckonings; Hearts And Heads”, The New York Times, 22 de abril de 2001.

Ou seja, devemos voltar a era que era o fim do século 19, como em fábricas inglesas onde havia exploração de trabalho a exaustão de crianças?

E há trabalhos e trabalhos, não se pode comparar isso ...


Operação flagra trabalho escravo e infantil em carvoarias do interior de SP




... a isso


How to Make TONS OF MONEY from a Lemonade Stand!










« Última modificação: 12 de Outubro de 2019, 00:15:37 por Agnoscetico »

Offline Marciano

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #6745 Online: 12 de Outubro de 2019, 00:40:03 »
Em 1992, o Congresso americano propôs proibir importações de produtos fabricados por crianças. Anos depois, o economista Paul Krugman comentou o efeito dessa medida. “O resultado direto foi que as fábricas têxteis do Bangladesh deixaram de contratar crianças. Mas essas crianças foram de volta para a escola? Retornaram a lares felizes? Não segundo a (ONG) Oxfam, que descobriu que, despedidas das fábricas, elas acabaram em trabalhos piores, ou nas ruas – e muitas se viram obrigadas a se prostituir.”

Paul Krugman, “Reckonings; Hearts And Heads”, The New York Times, 22 de abril de 2001.

Ou seja, devemos voltar a era que era o fim do século 19, como em fábricas inglesas onde havia exploração de trabalho a exaustão de crianças?

E há trabalhos e trabalhos, não se pode comparar isso ...


Operação flagra trabalho escravo e infantil em carvoarias do interior de SP




... a isso


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Não seja exagerado! Isto é uma falsa dicotomia. Além do mais, mesmo naquela época aposto como os pobrezinhos gostaram, pois só aceita voluntariamente um trabalho desses quem estava em situação pior antes, a não ser em Estados socialistas, onde o governo determina onde trabalhamos, quanto ganhamos, etc.

Pergunte a qualquer cubano que ingressa ilegalmente nos Estados Unidos se ele se importa com trabalho mal pago rejeitado por americanos. Eles vão para lá justamente para isso, para terem esses trabalhos. Pelo menos a maioria deles.
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Offline Marciano

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #6746 Online: 12 de Outubro de 2019, 07:57:40 »
Precisamos fazer alguma coisa acerca de crianças usadas pelo tráfico também. Isso também é exploração do trabalho infantil.
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Offline Marciano

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #6747 Online: 12 de Outubro de 2019, 08:00:28 »
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Pesquisa revela aumento de crianças entre 10 e 12 anos no tráfico de drogas do Rio

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O número de crianças com idade entre 10 e 12 anos que entram para o tráfico de drogas no Rio de Janeiro passou de 6,5% em 2006 para 13% em 2017, segundo uma pesquisa do Observatório de Favelas divulgada nesta terça-feira.

O estudo aborda novas configurações de redes criminosas após a implantação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), com o objetivo de aprofundar a compreensão sobre o perfil e as práticas de jovens no tráfico e como isso afeta a saúde pública, para "oferecer subsídios para a construção de políticas e ações públicas". As entrevistas foram realizadas entre maio de 2017 e abril de 2018.


Entre os 261 entrevistados no Departamento Geral de Ações Socioducativas (Degase) e em comunidades do Rio, a maioria têm entre 16 e 24 anos, compondo 62,8%, é do sexo masculino (96,2%), e se declara preto e pardo (72%). Embora não tenham sido ouvidas crianças, os pesquisadores observaram um aumento do ingresso delas no crime com base nas respostas que os entrevistados deram sobre si próprios. Também foram ouvidos profissionais que atuam em serviços de saúde e policiais.

As principais motivações para fazer parte do tráfico de drogas são "ajudar em casa" e "ganhar muito dinheiro", mencionadas por 62,1% e 47, 5%, respectivamente. Essas razões também foram citadas para permanecer na atividade criminosa. A dificuldade em se inserir no mercado de trabalho foi mencionada por 11,1% dos entrevistados. Outras apresentadas são "relação com amigos" (15,3,%) e a "adrenalina decorrente da atividade" (14,6%).

O dinheiro que recebem no tráfico é gasto principalmente com necessidades básicas e desejos de consumo imediatos. A pesquisa revela que 77,4% disseram usar os rendimentos com a família, 68,2% com a compra de roupas e 51,7% com atividades de lazer. Por outro lado, 10,3% mencionam utilizar este recurso para a compra de drogas, e apenas 3,8% afirmaram realizar algum tipo de poupança ou investimento.

A publicação indica ainda que 78,2% não frequentam a escola, mas 21,8% disseram continuar estudando. Segundo os pesquisadores, essa distinção acontece principalmente devido à forma como entram no tráfico.


Fonte: https://extra.globo.com/casos-de-policia/pesquisa-revela-aumento-de-criancas-entre-10-12-anos-no-trafico-de-drogas-do-rio-22936337.html
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Offline Marciano

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #6748 Online: 12 de Outubro de 2019, 08:03:50 »
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Aumenta entrada de crianças na rede de tráfico de drogas no Rio

Um estudo feito pelo Observatório de Favelas, organização da sociedade civil que fica no Complexo da Maré, zona norte da cidade, demonstrou aumento de 50% do número de crianças entre 10 e 12 anos que entram na rede do tráfico de drogas. Segundo a pesquisa, em 2006, a faixa etária correspondia a 6,5% do total de jovens inseridos no tráfico. No ano passado, a participação deles subiu para 13%.

A faixa etária de 13 a 15 anos concentra o maior número de jovens inseridos no comércio ilegal de drogas, 54,4% dos entrevistados. Esse perfil já havia sido identificado em pesquisas anteriores.

O estudo dá conta ainda dos números sobre evasão escolar, que também têm relação com o ingresso no universo do tráfico. A maior parte dos entrevistados parou de estudar aos 15 ou 16 anos. Como justificativa para o abandono da escola, 40,4% afirmaram que foi para ganhar dinheiro para ajudar a família ou ainda para comprar bens de consumo.

A diretora do Observatório de Favelas, Raquel Willadino, reforçou que parte dos jovens tem ficado um tempo maior na escola, mas a questão financeira é a principal responsável pela evasão.

“Os espaços voltados para a formação profissional não são compatíveis com o perfil destes jovens, que geralmente têm baixa escolaridade. É necessária a flexibilização desses critérios para que os jovens tenham acesso a oportunidades de trabalho”, disse Raquel, uma das autoras da pesquisa.

De acordo com o levantamento, 78,2% dos entrevistados não vão à escola. Geralmente, as últimas séries frequentadas por esses jovens são a 5ª, a 6ª e a 7ª do ensino fundamental.  Parte dos adolescentes, correspondente a 16,1%, até chega ao ensino médio, mas essa escolaridade não se materializa no ingresso no mercado do trabalho.

Sobre as motivações para entrar na rede do tráfico, as justificativas estão ligadas, em sua maioria, à situação econômica. “Ajudar a família” ocupa o primeiro lugar, com 62,1% das respostas, seguida pelo desejo de “ganhar muito dinheiro”, que corresponde a 47,5% das motivações.

Perfil

A pesquisa, que foi realizada entre maio do ano passado e abril de 2018, ouviu 150 jovens inseridos na rede do tráfico de drogas em favelas do Rio e 111 adolescentes do Departamento Geral de Ações Sócioeducativas (Degase) e, assim, traçou o perfil destas pessoas.

Jovens do sexo masculino representam a a maioria na pesquisa, com 96,2%. Eles se autodenominam negros ou pardos (72%) e, em sua maioria, foram criados apenas pela mãe (50,2%). O último dado se alinha com diversas pesquisas, como a do Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) 2010, que aponta um aumento de famílias chefiadas por mulheres, passando de 22,2% em 2000 para 37,3% em 2010.

Algumas mudanças também foram notadas em comparação com pesquisas anteriores, como, por exemplo, a religião dos jovens. Cerca de 40% deles afirmaram que não têm religião, mas acreditam em Deus. Por outro lado, verificou-se o aumento dos evangélicos (31,1%).  Já os católicos correspondem a 11,1%.

O estudo revelou também que, enquanto nas décadas de 1970 e 1980, havia forte representação de religiões afro-brasileiras nas comunidades populares, nesta pesquisa apenas 1,5% dos entrevistados afirmaram seguir religiões de matriz africana. O número pode ser reflexo do atual “acirramento de práticas de opressão e intolerância religiosa em diversas favelas dirigido às religiões de matriz africana”, conforme expõe a análise.

Outro dado identificado durante a pesquisa foi o aumento dos jovens que afirmam viver um relacionamento estável (70,2%), seja com esposas ou namoradas. Além disso, 45,5% já têm filhos, o que se torna mais um motivador para largar os estudos e ingressar no tráfico, visto que a justificativa de sustentar a família é muito usada por eles.

A pesquisa em questão foi desenvolvida pelo eixo de Segurança Pública e Direito à Vida do Observatório de Favelas e fala sobre as novas configurações das redes criminosas após a implantação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), no Rio de Janeiro. O estudo busca oferecer subsídios para a construção de políticas e ações públicas que visem combater a lógica da guerra às drogas.


Fonte: http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2018-07/aumenta-entrada-de-criancas-na-rede-de-trafico-de-drogas-no-rio

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #6749 Online: 12 de Outubro de 2019, 14:37:43 »
Tem mais. Ceteris paribus, se melhorassem muito as condições de vida desses trabalhadores, nativos iriam se interessar pelos empregos, e eles são mais qualificados. Os imigrantes ficariam desempregados.

Não é fácil resolver um problema sem criar outro.
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