Autor Tópico: Governo Bolsonaro  (Lida 112430 vezes)

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Offline Gigaview

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #800 Online: 05 de Novembro de 2018, 13:32:26 »
A idéia é reduzir também restrições ao porte?


Homicídios vão aumentar.

Matar bandido em legítima defesa ou invasão de propriedade é homicídio? Se for, deve aumentar muito.
Brandolini's Bullshit Asymmetry Principle: "The amount of effort necessary to refute bullshit is an order of magnitude bigger than to produce it".

Pavlov probably thought about feeding his dogs every time someone rang a bell.

Offline Peter Joseph

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #801 Online: 05 de Novembro de 2018, 14:36:39 »
« Última modificação: 05 de Novembro de 2018, 14:51:11 por Peter Joseph »
"Não é sinal de saúde estar bem adaptado a uma sociedade doente." - Krishnamurti

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Offline Gigaview

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« Última modificação: 05 de Novembro de 2018, 15:54:37 por Gigaview »
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Offline Gigaview

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #803 Online: 05 de Novembro de 2018, 15:48:02 »
No caso de um drone que dispara contra um bandido armado (e filma toda a operação), quem é o "homicida"? O operador do drone? O comandante que autoriza o disparo? Ou responsável pela polícia que opera o drone? Pelo que sei não existe jurisprudência para "homicídios" cometidos por drones. Não estaria aí a lacuna da lei que faltava para uma política de extermínio?
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Offline Peter Joseph

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #804 Online: 05 de Novembro de 2018, 15:50:51 »
No caso de um drone que dispara contra um bandido armado (e filma toda a operação), quem é o "homicida"? O operador do drone? O comandante que autoriza o disparo? Ou responsável pela polícia que opera o drone?

Talvez a IA que comanda o Drone?

Citar
Não estaria aí a lacuna da lei que faltava para uma política de extermínio?


Estes abaixo daqui um tempo vão estar bem melhores e bem mais economicamente viáveis. Talvez sejamos caçados pelo exterminador de pobres do futuro e seu cão cibernético.

Alguém mais preocupado?


[/youtube]
« Última modificação: 05 de Novembro de 2018, 16:07:20 por Peter Joseph »
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Offline Peter Joseph

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #805 Online: 05 de Novembro de 2018, 15:56:21 »
Quem sabe, um pouco depois disto, entremos na nova fase da sociedade - Exterminismo:

Citar
Exterminismo: ‘Solução Final’ Num Futuro Automatizado de Desigualdade e Escassez

https://ominhocario.wordpress.com/2018/01/12/exterminismo-solucao-final-num-futuro-automatizado-de-desigualdade-e-escassez/


« Última modificação: 05 de Novembro de 2018, 16:07:28 por Peter Joseph »
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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #806 Online: 05 de Novembro de 2018, 16:05:15 »
Excelente!!!!!

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Offline Buckaroo Banzai

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #807 Online: 05 de Novembro de 2018, 17:59:37 »
No caso de um drone que dispara contra um bandido armado (e filma toda a operação), quem é o "homicida"? O operador do drone? O comandante que autoriza o disparo? Ou responsável pela polícia que opera o drone? Pelo que sei não existe jurisprudência para "homicídios" cometidos por drones. Não estaria aí a lacuna da lei que faltava para uma política de extermínio?

Se não é um drone autônomo, deve ser idêntico ao uso de uma arma convencional.

Drones autônomos que devem complicar mais e talvez diluir a responsabilidade legal em diversas pessoas. Talvez possa haver alguma analogia com minas terrestres, mas deve ser improvável haver algo útil como referência.

Previsivelmente se for para alguém se lascar mais significativamente, deverá ser o mais inferior na cadeia de comando. Conforme vai se subindo as patentes deve se ter coisas como aposentadoria compulsória com motorista, segurança, e massagistas disponíveis.





A idéia é reduzir também restrições ao porte?


Homicídios vão aumentar.

Matar bandido em legítima defesa ou invasão de propriedade é homicídio? Se for, deve aumentar muito.

Homicídio por razão banal mesmo, discussão, ou ir matar o Ricardão, etc. Já acontece e deve tender a aumentar conforme mais livre for se armar e andar armado.

Também latrocínio, já que os criminosos podem adotar uma estratégia mais segura de matar primeiro e não render, se assumirem que o risco de morte aumentou suficientemente. Eles já matam por menos. E com isso em algum grau também talvez homicídios culposos meio acidentais em se pensar que alguém era um assaltante que iria matá-lo, meio como acontece de vez em quando em situações domésticas, quando alguém mata um familiar acreditando ser um invasor.

O menos significativo deve ser aumento de uso efetivo de arma em legítima defesa, uso incluindo apenas ameaça, sem efetuar disparos, ou com disparos de advertência apenas.

Offline JJ

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #808 Online: 06 de Novembro de 2018, 10:48:02 »


O embaixador Meirelles


Brasil  06.11.18 10:41


Olavo de Carvalho se ofereceu para ocupar o cargo de embaixador em Washington, mas Jair Bolsonaro foi aconselhado a indicar outro nome para a vaga: Henrique Meirelles.


O governo dos Estados Unidos apoia essa escolha.


https://www.oantagonista.com/brasil/o-embaixador-meirelles/




« Última modificação: 06 de Novembro de 2018, 10:53:02 por JJ »

Offline JJ

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #809 Online: 06 de Novembro de 2018, 10:56:02 »


O Meirelles certamente seria uma escolha muito boa.



 :ok: :ok: :ok: :ok: :ok: :ok: :ok: :ok: :ok: :ok: :ok: :ok: :ok: :ok: :ok: :ok: :ok:



Offline JJ

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #810 Online: 06 de Novembro de 2018, 11:03:37 »
 

Para  o   O   pode até dar algum outro cargo, mas  não um cargo tão importante como o de embaixador em Washington.


Talvez  um cargo como adido cultural  do Brasil nos Estados Unidos,  como prêmio  pelos serviços prestados para família B ,    ou  não ?   



« Última modificação: 06 de Novembro de 2018, 11:25:58 por JJ »

Offline JJ

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #811 Online: 06 de Novembro de 2018, 11:10:41 »

Embaixador de Israel no Congresso


Brasil  06.11.18 10:59

O embaixador de Israel no Brasil, Yossi Shelley, participa do evento em comemoração aos 30 anos da promulgação da Constituição de 1988, com a presença de Jair Bolsonaro.


https://www.oantagonista.com/pagina/1/

Offline JJ

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #812 Online: 06 de Novembro de 2018, 11:12:13 »



Índicio de que há um certo  "acompanhamento"   para que promessa de campanha seja cumprida. 

Offline JJ

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #813 Online: 06 de Novembro de 2018, 11:13:10 »



Acho que alguns exportadores brazucas  não estão gostando muito dessa  promessa  de mudança de embaixada...

Offline JJ

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #814 Online: 06 de Novembro de 2018, 11:42:26 »
Ao mudar embaixada para Jerusalém, o Brasil corre risco de isolamento


por Reginaldo Nasser — publicado 04/11/2018 01h36, última modificação 04/11/2018 03h00

Bolsonaro tenta mimetizar a linguagem e o estilo de Trump, mas parece se esquecer de que não está à frente de uma potência mundial
 

 
Carl de Souza/AFP


Sionistas
Eleitores de Bolsonaro ostentam uma bandeira de Israel


Confirmando o que já havia anunciado durante campanha, o presidente eleito, Jair Messias Bolsonaro, declarou a um jornal israelense de direita, o Israel Hayoun, que o Brasil deverá transferir sua embaixada para Jerusalém. Com isso, o Brasil viria a se juntar aos EUA e a Guatemala, os dois únicos países da comunidade internacional que desobedeceram a Resolução 478 do Conselho de Segurança das Nações Unidas (agosto de 1980), que diz ser uma violação do direito internacional a manutenção de qualquer embaixada naquela cidade.


Em 5 de dezembro de 2017, contrariando não apenas o consenso da comunidade internacional, mas também décadas de política externa dos EUA, Donald Trump reconhecia Jerusalém como a capital do Estado de Israel, respaldando-se no Jerusalem Embassy Act, aprovado em 1995. Evidentemente, não se trata de uma questão puramente legal, nem muito menos de ordem estratégica, uma vez que tanto em governos republicanos (dois mandatos de Bush) como nos de democratas (Clinton e Obama) essa decisão sequer foi cogitada.

Leia também:

Bolsonaro confirma a jornal de Israel intenção de transferir embaixada
Mesmo ignorado por Trump, plano de Bolsonaro pró-EUA ameaça o Brasil


Na verdade, o motivo principal encontra-se numa articulação de poderosos setores lobistas nos EUA, envolvendo grupos evangélicos e sionistas que sustentaram campanha de Trump e mantém financiamento das eleições de meio de mandato agora em novembro.


Sheldon Adelson, de ascendência judaica, conhecido por seu explícito apoio ao governo de Netanyahu, ficou furioso em maio de 2017 com o então secretário de Estado Rex Tillerson, que protelou a decisão da transferência da embaixada, a depender do processo de paz na região. Adelson, um dos 20 homens mais ricos do mundo, doou cerca de 80 milhões de dólares para a eleição de Trump.


Mas, afinal de contas, o que representaria essa mudança diplomática? Alguns militantes palestinos, cansados da retórica dos democratas norte-americanos e de certos setores da comunidade internacional, chegaram a dizer que, com Trump, ao menos o processo de ocupação sistemática por parte de Israel ficaria mais transparente, dando maior visibilidade as ações militares israelenses que são praticadas à revelia da comunidade internacional. Mas aceitar a anexação ilegal de Jerusalém, principalmente a parte Oriental, legitimaria as ações ilegais de Israel, bem como a contínua expulsão da população palestina e a privação de direitos dos residentes da cidade.


Mesmo discordando frontalmente das ações do governo dos EUA em relação ao conflito Israel-Palestina é preciso levar em consideração que, apesar de ter custos políticos, econômicos e militares seriamente comprometidos devido a esse patrocínio de Israel, estamos falando de uma grande potência. Diferentemente de nosso “Trump brasileiro”, que apesar de mimetizar sua linguagem e estilo, não dispõe daquilo que é o princípio básico das relações internacionais:    os recursos de poder  .


Trump e Bolsonaro


Trump tem poder para contrariar a ONU, Bolsonaro não... (Mandel Ngan e Nelson Almeida/AFP)


A escolha da embaixada também é indicativa da inserção internacional do Brasil. É muito preocupante quando o presidente eleito justifica sua decisão afirmando que Israel é um Estado soberano e que, portanto, deve decidir sobre qual deve ser sua capital, e não outros povos. Mais do que a mudança da embaixada, a posição adotada é reveladora da forma pela qual o País deverá proceder em relação ao processo de paz, contrariando toda a história da política externa brasileira.


Em 8 de junho de 1967, durante Guerra dos Seis Dias, apenas algumas horas depois que as forças armadas israelenses capturaram uma parte de Jerusalém, o ministro da Defesa, Moshe Dayan, repreendeu as tropas que penduraram uma bandeira israelense no santuário de Al-Aqsa. Dayan pediu a um dos soldados para removê-la, era um ato desnecessariamente provocativo.


Aparentemente, o presidente eleito não se importa em saber que Jerusalém é uma cidade ocupada após um conflito armado, nem se interessa em saber também as razões pelas quais as potências ocidentais, mesmo os aliados incondicionais dos EUA, respeitam a decisão do Conselho de Segurança da ONU.


Ao que parece o capitão reformado Jair Messias Bolsonaro segue unicamente os passos do presidente Trump e sua base de apoio eleitoral que, de forma semelhante ao que acontece nos EUA, se respalda na articulação entre setores evangélicos e sionistas de direita no Brasil.


Em maio de 2017, o governo do Paraguai seguiu a decisão de Trump, transferindo sua representação diplomática de Tel Aviv para Jerusalém. Quatro meses depois, o governo do novo presidente, Mario Abdo Benítez, reverteu a decisão, causando forte reação do estado israelense.


O caso do Paraguai serve para nos mostrar que, independentemente da posição que venhamos a adotar em relação ao processo de paz de um dos conflitos mais longevos da história, a decisão denota falta de planejamento na conduta diplomática, com risco de o País ficar isolado perante a comunidade internacional.


Infelizmente, voltamos a uma das frases mais emblemáticas que caracterizaram a política externa brasileira após o golpe de 1964: “tudo o que é bom para os EUA é bom para o Brasil”. A diferença é que, em relação ao apoio a Israel, nunca os EUA estiveram tão isolados. De um lado estão os EUA, Guatemala e Brasil. De  outro, os 190 países membros da ONU. Eis um sinal do governo que ainda não começou.


https://www.cartacapital.com.br/internacional/ao-mudar-embaixada-para-jerusalem-o-brasil-corre-risco-de-isolamento


« Última modificação: 06 de Novembro de 2018, 11:47:39 por JJ »

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #815 Online: 06 de Novembro de 2018, 11:51:33 »


Mudança de embaixada para Jerusalém gera polêmica



Lu Aiko Otta e Jamil Chade, CORRESPONDENTE, O Estado de S.Paulo
02 Novembro 2018 | 22h00


A mudança da embaixada brasileira em Israel de Tel-Aviv para Jerusalém, confirmada pelo presidente eleito, Jair Bolsonaro, pode interromper uma trajetória de crescimento da parceria entre o Brasil e os países árabes. A afirmação é do presidente da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, Rubens Hannun.


Quinto destino das exportações brasileiras, os países árabes ensaiam também sua entrada no financiamento a investimentos em infraestrutura do País. Produtores de petróleo, eles concentram 40% dos recursos de todos os fundos soberanos do mundo.


“Existe o risco de uma interrupção, mas ele não está claro”, disse Hannun ao Estado. No ano passado, as exportações brasileiras para o conjunto dos países árabes somaram US$ 13,6 bilhões. Neste ano, as vendas estão 15% abaixo do registrado em 2017, nos valores acumulados até junho. Mas a projeção é que o volume de vendas chegue a US$ 20 bilhões em 2022.



O Brasil tem hoje uma posição forte como fornecedor de alimentos para a região. Essa posição foi conquistada, entre outras coisas, por causa da posição equilibrada que o Brasil mantém no conflito entre Israel e a Palestina, segundo Hannun. Os países árabes dão pouco espaço a concorrentes de produtos brasileiros que tentam ingressar em seus mercados. Uma vez contrariados, avalia, eles poderão passar a olhar para outros fornecedores, como a carne da Austrália, da Turquia e da Argentina, ou o frango da França.



[...]




https://politica.estadao.com.br/noticias/geral,mudanca-de-embaixada-para-jerusalem-gera-polemica,70002581971



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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #816 Online: 06 de Novembro de 2018, 12:38:04 »


“Os militares terão lugar de destaque neste governo”


Brasil  06.11.18 11:57


Volta a repetir o presidente eleito Jair Bolsonaro, ao deixar o evento em comemoração aos 30 anos da promulgação da Constituição de 1988.



https://www.oantagonista.com/brasil/os-militares-terao-lugar-de-destaque-neste-governo/


« Última modificação: 06 de Novembro de 2018, 13:44:54 por JJ »

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #817 Online: 06 de Novembro de 2018, 12:39:22 »

Fachin deixa para Segunda Turma pedido de Lula que questiona Moro ministro


Brasil  06.11.18 11:55


Edson Fachin não vai decidir individualmente sobre o pedido da defesa de Lula pela liberdade do petista e pela nulidade da condenação no caso tríplex após Sergio Moro ter aceitado integrar o futuro governo Bolsonaro, informa o Jota.


“O ministro deixou o caso para ser analisado pela 2ª Turma do STF.



Ainda não há data para o julgamento.”

Fachin pediu que, no prazo de cinco dias, o STJ, o TRF-4 e a 13ª Vara da Justiça Federal no Paraná prestem esclarecimentos. Na sequência, o caso seguirá para manifestação da PGR.

Vale lembrar que a Segunda Turma do STF agora tem Cármen Lúcia em lugar de Dias Toffoli.


https://www.oantagonista.com/brasil/fachin-deixa-para-segunda-turma-pedido-de-lula-que-questiona-moro-ministro/



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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #818 Online: 06 de Novembro de 2018, 12:41:41 »


Se  decidissem pela liberdade do "cara" e  pela  "nulidade da condenação no caso tríplex" .


Provavelmente um soldado e um cabo seriam designados para uma certa missão.  E não haveria povo reclamando nas ruas por causa da ação do soldado e do cabo,  pelo contrário iria é ter comemoração.



 :biglol:



« Última modificação: 06 de Novembro de 2018, 12:43:57 por JJ »

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #819 Online: 06 de Novembro de 2018, 13:38:23 »
Bolsonaro critica Folha, omite informações e ameaça cortar propaganda


No Jornal Nacional, presidente eleito disse que imprensa que não 'se comportar' não terá mais publicidade do governo
By Equipe HuffPost


"Não quero que ela acabe, mas no que depender de mim, na propaganda oficial do governo, imprensa que se comportar dessa maneira, mentindo descaradamente, não terá apoio do governo federal”, disse Jair Bolsonaro.

ASSOCIATED PRESS


"Não quero que ela acabe, mas no que depender de mim, na propaganda oficial do governo, imprensa que se comportar dessa maneira, mentindo descaradamente, não terá apoio do governo federal”, disse Jair Bolsonaro.


Um dia após ser eleito presidente da República, Jair Bolsonaro voltou a criticar a Folha de S. Paulo e afirmou que "imprensa que se comportar dessa maneira" não terá mais qualquer propaganda do governo federal.

Em entrevista ao Jornal Nacional exibida na noite de segunda-feira (30), ele disse que a Folha "se acabou" e criticou reportagens publicadas pelo jornal sobre uma funcionária fantasma de seu gabinete, mas omitiu informações.

O capitão da reserva citou o caso de Walderice dos Santos da Conceição, a Wal do Açaí, ex-assessora dele na Câmara dos Deputados que vendia açaí e prestava serviços particulares ao parlamentar em Angra dos Reis (RJ), local em que o presidente tem uma casa.

Reportagem publicada pela Folha em janeiro revelou que o deputado usava dinheiro público para pagar Walderice. Desde 2003, ela figurava como funcionária do gabinete, com salário de R$ 1,3 mil ao mês.

Ao Jornal Nacional, Bolsonaro disse que, em janeiro, quando a Folha visitou a loja de açaí em Angra, a funcionária estava de férias da Câmara. Ele, no entanto, não mencionou que a reportagem retornou à cidade fluminense em agosto e Walderice estava vendendo açaí no horário de expediente da Câmara.

Ela pediu demissão do gabinete em agosto, após esta reportagem. Na época, o deputado confirmou a demissão e disse que o "crime dela foi dar água para os cachorros".

"Ações como essa por parte de uma imprensa, que mesmo te mostrando a injustiça que cometeu com uma senhora, ao não voltar atrás, logicamente que eu não posso considerar essa imprensa digna. Não quero que ela acabe, mas no que depender de mim, na propaganda oficial do governo, imprensa que se comportar dessa maneira, mentindo descaradamente, não terá apoio do governo federal", disse Bolsonaro ao Jornal Nacional.

Na entrevista, o novo presidente também criticou reportagem da Folha publicada em 18 de outubro sobre empresários impulsionarem disparos por WhatsApp contra o PT. O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) abriu uma investigação sobre o caso.

"Por si só esse jornal se acabou. Não tem prestígio mais nenhum. Quase todas as fake news que se voltaram contra mim partiram da Folha de S. Paulo. Inclusive a última matéria, onde eu teria contratado empresas fora do Brasil, via empresários aqui para espalhar mentiras sobre o PT. Uma grande mentira, mais um fake news do jornal Folha de S. Paulo, lamentavelmente", disse Bolsonaro.



Globo e Alckmin reagem a Bolsonaro


As críticas do presidente eleito à imprensa provocaram reação de outros veículos de comunicação e de adversários políticos. O jornal O Globo afirmou que Bolsonaro "persiste no erro" ao ameaçar a imprensa com corte de verbas publicitárias, caso se considere atingido por alguma reportagem.


"Como qualquer cidadão, o governante tem todo o direito de reclamar do trabalho jornalístico, mas pelos meios devidos, como a Justiça. Não pode utilizar o poder do Estado para punir veículos por decisão própria, sem qualquer mediação legal. Trata-se de ataque à liberdade de imprensa, protegida pela Constituição", disse texto do jornal.


Derrotado no primeiro turno na disputa presidencial, Geraldo Alckmin (PSDB) criticou a fala do capitão da reserva. "Começou mal. A defesa da liberdade ficou no discurso de ontem", disse em referência ao discurso feito pelo presidente após o resultado do segundo turno, no último domingo (28).


Geraldo Alckmin

@geraldoalckmin
 · 29 de out de 2018
 Começou mal. A defesa da liberdade ficou no discurso de ontem.


Geraldo Alckmin

@geraldoalckmin
Os ataques feitos hoje pelo futuro presidente à Folha de São Paulo representam um acinte a toda a Imprensa e a ameaça de cooptar veículos de comunicação pela oferta de dinheiro público é uma ofensa à moralidade e ao jornalismo nacional.

23:32 - 29 de out de 2018
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Em entrevista ao HuffPost Brasil na última semana, o cientista político Leandro Consentino, do Insper, apontou os riscos em o Executivo privilegiar abertamente veículos que fazem apenas cobertura favorável ao governo.


"Democracia tem a ver com pressupostos e regras claras, e não tem a ver com os melhores amigos."

Ele lembrou, no entanto, que o governo do ex-presidente Lula (PT) também teve episódios de rixa com os principais veículos de imprensa do País. O petista passou boa parte de seu mandato acusando os jornais e emissoras de TV de "imprensa golpista".

"No começo do governo Lula, fizeram uma reportagem e ele [Lula] tentou expulsar um correspondente do País. São situações muito ruins para um País democrático."


Bolsonaro volta a falar sobre kit gay


Ainda na entrevista ao Jornal Nacional, Bolsonaro voltou a falar do que apelidou de "kit gay" ao responder sobre o que diria para brasileiros homofóbicos, diante de relatos de agressões no País.

O presidente disse "agressão contra um semelhante tem que ser punida na forma da lei. E se for por um motivo como esse, tem que ter sua pena agravada". Ele afirmou ter recebido o rótulo de homofóbico.

"Fui contra a um kit feito pelo então ministro da Educação, [Fernando] Haddad, em 2009 para 2010, onde chegaria nas escolas um conjunto de livros, cartazes e filmes onde passariam crianças se acariciando e meninos se beijando", afirmou Bolsonaro.

Chamado de "kit gay" por setores conservadores, o Escola sem Homofobia (saiba mais aqui), era uma proposta do MEC (Ministério da Educação) de 2011 que nunca chegou às escolas. O objetivo era debater a sexualidade no ambiente escolar, como forma de reconhecer a diversidade sexual e alertar sobre o preconceito.

Em 15 de outubro, o TSE determinou a remoção de vídeos em que o então candidato à Presidência usa a expressão para atacar seu opositor, Fernando Haddad (PT). Na campanha, o capitão da reserva disse reiteradas vezes que o petista, quando ministro, teria distribuído o "kit gay", em referência ao livro "Aparelho Sexual e Cia".

"A difusão da informação equivocada de que o livro em questão teria sido distribuído pelo MEC [Ministério da Educação](...) gera desinformação no período eleitoral, com prejuízo ao debate político, o que recomenda a remoção dos conteúdos com tal teor", escreveu o ministro Carlos Horbach, na decisão.

Na decisão, Horbach lembrou que o MEC já esclareceu a questão. "O próprio Ministério da Educação já registrou, em diferentes oportunidades, que a publicação em questão não integra a base de livros didáticos distribuídos ou recomendados pelo governo federal", diz o texto.



https://www.huffpostbrasil.com/2018/10/30/bolsonaro-diz-que-folha-de-s-paulo-acabou-mas-omite-informacoes-sobre-wal-do-acai_a_23575811/



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« Resposta #820 Online: 06 de Novembro de 2018, 13:43:33 »

Bolsonaro confirma que Magno Malta estará no governo


Brasil  06.11.18 13:33


Jair Bolsonaro disse hoje a jornalistas, na saída do Congresso, que não poderia dar o nome de novos ministros, mas acrescentou que “não podemos prescindir” da atuação de Magno Malta no futuro governo.


Malta não topou ser o candidato a vice de Bolsonaro para tentar a reeleição ao Senado no Espírito Santo, o que não se concretizou.


https://www.oantagonista.com/brasil/bolsonaro-confirma-que-magno-malta-estara-no-governo/




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« Resposta #821 Online: 06 de Novembro de 2018, 14:26:06 »


O ‘chanceler simbólico’ de Bolsonaro


Brasil  06.11.18 13:28


Eduardo Bolsonaro vai aos EUA na próxima semana para se reunir com representantes do governo americano, incluindo o vice-presidente, Mike Pence, e o secretário de Estado, Mike Pompeo.

Segundo o Estadão, o deputado também deve se encontrar com o empresário Donald Trump Jr., filho do presidente americano.


Segundo Eduardo Bolsonaro, o objetivo da agenda é “mais simbólico”.

“Já que meu pai não pode viajar, a gente vai representando ele. O objetivo desses encontros é estreitar relações com o governo americano e dizer que o Brasil está acenando de maneira favorável para ter uma aproximação com os EUA.”


Não esqueça de chamar o Olavo.


https://www.oantagonista.com/brasil/o-chanceler-simbolico-de-bolsonaro/


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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #822 Online: 06 de Novembro de 2018, 15:15:41 »
Educação, o primeiro ‘front’ da guerra cultural do Governo Bolsonaro




Adepta do Escola sem Partido, futura gestão cogita revisionismo sobre a ditadura, além de incentivar vigilância a professores para “expurgar Paulo Freire” das escolas


Proposta educação Bolsonaro

Alunos formam fila em colégio da Polícia Militar em Porto Velho. DAIANE MENDONÇA SECOM/RONDÔNIA


B. P.
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São Paulo 5 NOV 2018 - 00:07   BRST


Antes mesmo de ganhar a eleição, Jair Bolsonaro já aparecia em vídeos convocando pais e alunos a delatar professores que promovam, segundo suas palavras, “doutrinação ideológica”. Agora, políticos do PSL incentivam o patrulhamento contra “o comunismo e a ideologia de gênero”. Eleita deputada estadual por Santa Catarina, Ana Caroline Campagnolo criou um canal para denúncias contra professores. Nesta quinta-feira, a Vara da Infância e da Juventude acatou representação do Ministério Público Estadual e considerou ilegal o canal mantido por Campagnolo, determinando também a retirada do ar de vídeos em que ela aparece conclamando pais e alunos a denunciarem.


MAIS INFORMAÇÕES

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Não se trata de iniciativas isoladas, pelo contrário. A pregação contra a suposta sexualização de crianças nas escolas e a “doutrinação” de esquerda na educação são facetas centrais da campanha vitoriosa de Bolsonaro, que também estão presentes na estratégia de mobilização de forças conservadoras e de extrema direita pelo mundo, parte das chamadas “guerras culturais”. Uma semana após a votação, já há sinais de que a Educação será um dos primeiros fronts do bolsonarismo que chega ao poder.


Na Câmara dos Deputados, na euforia após a vitória do capitão reformado do Exército, o tema também se moveu. O projeto “Escola sem Partido”, que veta várias práticas, entre elas o uso da palavra “gênero” e da expressão “orientação sexual” nas escolas, foi pautado para ser discutido em uma comissão especial. A votação acabou, no entanto, adiada. “Esse tema não é apenas do Parlamento. Ganhou as ruas. É um tema do Brasil. Pautaremos na próxima semana para debate democrático”, prometeu o deputado presidente da comissão, Marcos Rogério (DEM-RO).


Os efeitos já são sentidos em escolas e universidades pelo país, que registraram nos últimos dias episódios de denúncias a professores e rusgas entre apoiadores e detratores de Bolsonaro. Em Fortaleza, o professor de história Jam Silva Santos foi acusado de doutrinação após exibir o filme Batismo de Sangue, baseado em um livro de Frei Betto sobre a ditadura, a estudantes do ensino médio no colégio Santa Cecília. Um aluno gravou trecho do filme que parou nas redes sociais, onde Santos sofreu linchamento virtual sob a alegação de crítica velada a Bolsonaro. Na segunda-feira, ele foi recebido no colégio com aplausos dos estudantes, que consideraram injustas as críticas ao professor. Ele exibe o filme em suas aulas há cinco anos e nunca havia tido problemas semelhantes.


De acordo com o Sindicato dos Professores do Ceará (APEOC), os casos de denúncias por suposta “doutrinação ideológica” têm crescido no Estado este ano. Desde janeiro, pelo menos cinco professores, além de Jam Silva Santos, estiveram sob a mira de críticos nas redes sociais. Um deles é Euclides de Agrela, professor de história e sociologia da Escola Estadual Otávio Terceiro de Farias, em Fortaleza. Uma discussão entre ele e um aluno, expulso de sala depois de ofendê-lo, foi filmada e viralizou em páginas de apoio a Bolsonaro, que atrelaram a fala do professor sobre atitudes “nazifascistas” atribuídas ao ex-capitão à sua militância pelo PSOL, partido ao qual é filiado.


Agrela admite que se exaltou e teve reação descabida à confrontação do estudante bolsonarista, mas condena a divulgação fora de contexto dos vídeos em sala de aula, que lhe rendeu ameaças de morte. “Tive que sair de casa por alguns dias. Um clima de terror.” O vice-presidente da APEOC, Francisco Reginaldo Pinheiro, afirma que o sindicato criou um canal para prestar apoio a educadores vítimas de intimidação e patrulhamento nas escolas. “Defendemos a liberdade de ensino. Existem espaços adequados para queixas de pais e alunos. Expor o professor em rede social é perigoso, coloca sua segurança em risco. Infelizmente isso está se tornando recorrente por causa da polarização ideológica motivada pela política”, diz Pinheiro.


Paulo Freire e os grandes males


O plano de governo em educação é considerado vago em vários pontos como valorização do professor ou reforma do ensino médio, mas a equipe de Bolsonaro explicita bem suas prioridades. Aponta que “um dos maiores males atuais é a forte doutrinação” e promete “expurgar a ideologia de Paulo Freire”, o patrono da educação brasileira, embora atualmente as bases curriculares tanto do ensino fundamental quanto do médio não façam referência aos métodos do educador. “A rejeição a Paulo Freire é uma estratégia narrativa”, afirma Daniel Cara, coordenador da Campanha Nacional pelo Direito à Educação e ex-candidato ao Senado pelo PSOL. “Porque ele simboliza o estímulo ao senso crítico e a própria pedagogia, que, na visão de Bolsonaro, significam doutrinação.”



Adeptos do Escola sem Partido protestam contra Paulo Freire. REPRODUÇÃO


Cara não está sozinho na avaliação. “O que Paulo Freire preconiza é aceito no mundo inteiro. Estive em Cingapura, primeiro lugar no (teste educacional) Pisa, e eles citaram Paulo Freire como alguém que inspira o país a buscar as aspirações educacionais que desejam”, disse à revista Nova Escola Cláudia Costin, coordenadora do Centro de Excelência e Inovação de Políticas Educacionais (CEIPE) da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e ex-diretora do Banco Mundial.


Outro desejo do futuro Governo é, também, a reinserção no currículo escolar das disciplinas de educação moral e cívica, algo abolido após o fim da ditadura militar. Durante a campanha, o general Aléssio Ribeiro Souto, um dos designados por Bolsonaro para elaborar o plano de educação, chegou a questionar a teoria da evolução e defender o criacionismo no ensino de ciências. “Se a pessoa acredita em Deus e tem o seu posicionamento, não cabe à escola querer alterar esse tipo de coisa”, afirmou Souto.


Souto também prega uma revisão do período ditatorial nas aulas de história, exigindo que se conte “a verdade” sobre o regime. “É uma concepção autoritária da educação”, diz Luiz Carlos de Freitas, pesquisador e professor aposentado da Unicamp. “Enxergam qualquer pensamento diferente do deles como um risco, que deve ser combatido com disciplina e repressão. E, ao combaterem uma possível ideologia com a imposição de suas crenças, acabam caindo na contradição de promover doutrinação às avessas. É um retrocesso.” Atualmente, ao contrário do material didático adotado em colégios militares, que se referem ao golpe militar como “revolução de 1964”, os livros do MEC definem o regime como uma ditadura. O criacionismo consta na Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Já a  educação sexual, que tanto mobiliza Bolsonaro, já vem sendo atacada há anos e é tratada apenas de maneira transversal com foco em sexualidade no último ano do ensino fundamental.


Os obstáculos para colocar as ideias em prática


Para colocar em prática as propostas direcionadas à área a partir do próximo ano, Bolsonaro terá de entrar em rota de colisão com as diretrizes do Plano Nacional de Educação (PNE) e da Base Nacional Comum Curricular, além de apelar à influência no Congresso. As propostas de revisão de currículo nas escolas se chocam com determinações recentes do Conselho Nacional de Educação, órgão independente que auxilia as tomadas de decisão do MEC e é responsável pela definição da Base Curricular. A reforma do ensino infantil e fundamental já está finalizada, enquanto a do ensino médio deve ser concluída até o fim do ano. Como os mandatos de conselheiros do órgão foram renovados por Michel Temer, Bolsonaro teria de esperar pelo menos dois anos para mudar parte da mesa diretora, que hoje prioriza o enxugamento de disciplinas e tem praticamente fechada a lista de livros didáticos recomendados nas escolas.

 
Jair M. Bolsonaro

@jairbolsonaro

 Por muito tempo nossas instituições de ensino foram tomadas por ideologias nocivas e inversão de valores, pessoas que odeiam nossas cores e Hino. Hastear uma bandeira do Brasil não tem relação com política, mas com o orgulho de ser brasileiro e a esperança de tempos melhores.

6:44 PM - Nov 2, 2018
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Se quiser impor as ideias de seus correligionários já no início de mandato, entre elas o revisionismo da ditadura, que, segundo o general Souto, passa pela eliminação de livros que “não tragam a verdade sobre 1964 [ano do golpe militar]”, criacionismo, ensino de moral e cívica e foco nas matérias de ciência, matemática e português, o novo governo precisaria transferir para o Congresso o poder de determinar as disciplinas no currículo. “Bolsonaro já deu mostras de desprezo pelas regras do jogo democrático”, critica Daniel Cara. “O caminho para emplacar suas medidas na Base Curricular seria um rompimento institucional com o Conselho.”


Olavo Nogueira Filho, diretor do movimento Todos Pela Educação, lamenta que os planos para educação não tenham sido debatidos na campanha e critica a falta de profundidade dos projetos de Bolsonaro, cujo plano conclui dizendo que a educação precisa “evoluir para uma estratégia de integração” entre os governos federal, estadual e municipal, sem maiores detalhes. “Infelizmente, o debate sobre políticas educacionais não ocorreu nessas eleições. Há muitas propostas em discussão na esfera suprapartidária. Espero que o novo governo esteja disposto a ouvi-las para buscar avanços duradouros na área.”


PAGAR POR UNIVERSIDADE PÚBLICA DEPENDE DE MUDANÇA NA CONSTITUIÇÃO


No plano já ventilado por apoiadores de Bolsonaro, há propostas como a cobrança de mensalidade nas universidades que dependem de alterações na Constituição – a gratuidade está prevista em todos os níveis do ensino público. Para revogar as cotas raciais, desejo antigo do presidente de extrema direita, que pretende manter apenas as cotas sociais, ele teria de mexer na lei de 2012 que reserva vagas para estudantes negros e indígenas nas instituições federais. As emendas dependeriam de aprovação em dois turnos na Câmara e no Senado. Pelos acenos favoráveis a seu partido, que elegeu a segunda maior bancada de deputados, o governo não teria grandes entraves para aglutinar maioria em torno dos projetos, mas corre o risco de desperdiçar capital político previsto para reformas que lhe exigirão mais esforços, como a tributária e a da Previdência.


Dentro da intenção de levar ordem e disciplina ao ambiente escolar, se destaca a proposta de construir um colégio militar em cada capital brasileira. Hoje existem 13 instituições de ensino fundamental e médio vinculadas ao Exército no país, sendo 11 delas localizados em capitais. O custo por aluno nesse modelo é três vezes maior que o da escola pública. Além do investimento, o desempenho dos colégios militares costuma ser inflado pelo fato de adotarem processos seletivos na admissão de estudantes. A promessa de campanha, entretanto, teria pouco impacto no contexto de problemas complexos da educação nacional. “O Brasil tem mais de 40 milhões de alunos. Somos um país que carece de políticas públicas para resolver a dificuldade de acesso e permanência nas escolas, especialmente entre a população mais vulnerável. Os colégios militares são um recurso de baixo alcance, que, no fim das contas, acabam beneficiando os estudantes de melhor condição”, afirma Anna Helena Altenfelder, presidente do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec).



https://brasil.elpais.com/brasil/2018/11/01/politica/1541112164_074588.html
« Última modificação: 06 de Novembro de 2018, 15:18:52 por JJ »

Offline JJ

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #823 Online: 06 de Novembro de 2018, 15:21:25 »

Uau,  fantástico. 


Agora  expurgando  PF   e  retornando  disciplinas  de  "educação moral e cívica"   a educação no Brasil irá melhorar muito.


 :biglol:




Offline Peter Joseph

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #824 Online: 06 de Novembro de 2018, 15:23:43 »
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Antes mesmo de ganhar a eleição, Jair Bolsonaro já aparecia em vídeos convocando pais e alunos a delatar professores que promovam, segundo suas palavras, “doutrinação ideológica”. Agora, políticos do PSL incentivam o patrulhamento contra “o comunismo e a ideologia de gênero”. Eleita deputada estadual por Santa Catarina, Ana Caroline Campagnolo criou um canal para denúncias contra professores.

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