Mas o estudo dos fenômenos hipnóticos está hoje solidamente incorporado ao domínio da ciência cognitiva normal, com artigos sobre hipnose publicados em algumas das mais seletivas revistas científicas e médicas.
Conhecemos uma pessoa que diz o mesmo de fenômenos paranormais, citando artigos publicados em revistas científicas das mais seletivas, a AAAS e tudo o mais.
Da reportagem:
As escalas de Stanford variam de zero, para indivíduos que não respondem a nenhuma das sugestões hipnóticas, a 12, para aqueles que são sensíveis a todas elas. A maioria das pessoas alcança a pontuação média (entre 5 e 7); 95% da população obtêm uma pontuação de pelo menos 1.
Estou situado na escala marciana de insônia no grau 17 (por extrapolação, pois a escala só vai até 12) e na Stanford em -17 (menos 17).
Ainda do texto:
A suscetibilidade de uma pessoa à hipnose também permanece coerente a despeito das características do hipnotizador: o gênero, a idade e a experiência do hipnoterapeuta têm pouco ou nenhum efeito na capacidade de um indivíduo ser hipnotizado. Da mesma forma, o sucesso não depende de o indivíduo estar motivado ou ser especialmente propenso. Um indivíduo muito suscetível será hipnotizado mesmo sob uma variedade de condições experimentais e terapêuticas, ao passo que uma pessoa menos suscetível não será, apesar de seus sinceros esforços. (Atitudes e expectativas negativas podem, entretanto, interferir na hipnose.)
Não se fala, no texto, em formação acadêmica do hipnotizador, em autoridade, mas em experiência. Isso o cara tinha, de montão.
Por outro lado, ser suscetível à hipnose está relacionado à capacidade de uma pessoa concentrar-se em atividades como ler, ouvir música ou sonhar acordado.
Eu leio muito, ouço música durante horas, todos os dias, enquanto dirijo, enquanto espero alguma coisa. Só não tenho o hábito de sonhar acordado, tampouco dormindo, o que faço tanto quanto zebras e cavalos, mas raramente tenho sonhos, pelo menos que me lembre.
Minha experiência foi semelhante à dos editores da Scientific American, mencionados ao fim do texto, no box, no entanto, comigo, não deu em nada. Até descruzar os dedos, coisa que o (pobre) hipnotizador sugeriu que eu não conseguiria fazer, foi a maior moleza.