Eu li a tal reportagem. Por uma "infeliz" coincidência, acabei de ler um livro em que a mola mestra do romance, passado no século 19, é um
maçom ateu até a medula, que é convertido através de um milagre por intervenção direta de uma Nossa Senhora aleijada. Sim, é verdade.
Mas o que tem isso a ver com a reportagem? Acontece que o ateu convertido se desconverte, depois de perder todos seus bens devido ao fato da Loja maçônica a que pertencia ter retirado todo o "apoio" por causa de sua conversão ao catolicismo. Mais: o milagre da santinha vai perdendo o efeito com o passar do tempo, o que faz renascer a descrença no figurão.
Entrementes, o papa é sequestrado e... bem, leiam o livro!
Então, se o romance é pelo menos meio verdadeiro, ou melhor, nem de todo ficção, maçons podem perfeitamnete ser ateus, ao contrário do que afirma a tal reportagem (Superinteressante, setembro/2005).
A propósito, o livro é "Os subterrâneos do Vaticano", do francês André Gide.
Ainda vou escrever à Abril por causa desta reportagem.
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