Alguem aí já leu alguma coisa da Golden Dawn?
Li parcialmente um livro (do qual não me lembro o nome agora) relatando a história desta sociedade.
Lembro-me da briga de egos, desilusão, farça que se confunde com a própria origem da dita sociedade na forma
de cartas cifradas, mestres dos quais somente uns poucos escolhidos tem acesso (Blavatsky...)
Seus fundadores eram maçons e Rozacruzes.
Li numa época em que procurava saber se havia alguma coisa de fato intrigante e digna de nota no misticismo/hermetismo
(fora o aspecto histórico-sociológico-psicológico-estético da coisa toda), mas fiquei bem desapontado com que encontrei.
Adotei a seguinte abordagem: se quer aprender sobre um assunto que desconhece procure primeiro nas melhore fontes,
nos livros mais respeitados e estimados, nos professores/instituições/etc/etc mais conceituados.
Como consequência, nomes como a GD, Crowley e Thelema, Blavatsky e Teosofia e muitos outros surgem de imediato.
Mas o que vi foi fabricações, charlatanismo, (auto)enganos, desilusão, barracos e escândalos causados por egos inflados e
muita, muita ingenuidade, credulidade e mal-caratismo.
Se é assim entre os melhores, imagino no resto...
Ora, são humanos, diriam e a ciência, por exemplo, não está imune a isto.
São, mas embora na ciência estas coisas tambem aconteçam, elas não perduram por muito tempo e são devidamente descartadas.
É isto ou ainda ensinam o Lysenkoismo e a geração espontânea nas escolas?
Adotei a mesma abordagem no que diz respeito ao misticismo de cunho (neo)pagão, do qual nutria alguma simpatia (por causa do seu teor
anti-cristão) e fiquei igualmente desapontado. Que o digam os Wiccans fluffy-bunnies ou não, Margareth Murray e o besteirol
que a Llewellyn publica a rodo... a grande maioria deste pessoal leva astrologia e pseudo-história a sério - deprimente.
Alguem ai fez ou faz busca semelhante? talvez seja melhor por isto em outro tópico.
Quanto as religiões abrahâmicas e suas afins e a quase totalidade das demais, preferiria antes a insanidade que abraça-las.
No meu ver, se salvam (parcialmente) apenas o budismo e o taoísmo, consideradas somente em seus aspectos mais filosóficos
e menos dogmáticos. Inclusive se algum forista acha (como alguns historiadores da filosofia, Abbagnano, por exemplo) que não existiu
filosofia fora do mundo ocidental, sugiro que leia Surendranath Dasgupta e Fung Yu-lan (ou Youlan). Chineses e Indianos foram tão criativos
e inovadores quanto os gregos neste campo.
A impressão que ficou é que a verdadeira mágica é a ciência (e lógica e filosofia), e os verdadeiros grimórios os livros de física,
matemática e de outras ciências.
Disse Galileu: "The Book of Nature is written in the language of mathematics"
Espero aprender um pouco dela algum dia, se minha indisciplina e falta de foco deixarem. Coisa que na faculdade não tive muito sucesso.