É off-topic, mas vou morder a isca pela Nina.
1. Não há nada que corrobore uma alegada existência histórica de Jesus;
sei sei....
http://www.apologia.com.br/?p=14
Em primeiro lugar, o link que você postou não contém evidências, e sim argumentos.
Em segundo lugar, como os argumentos são um tanto quanto fracos, vou rebatê-los.
FATOR 1 – QUEM IRIA CRER EM UM CRUCIFICADO?
R: As pessoas
adoram mártires e histórias legendárias. Consideram inspirador quem dá sua vida por uma causa. O mártir em questão não precisa sequer ter existido. Ou pode ser um completo fora-da-lei - vide Jesse James.
Agora, vamos ao contexto: Judá, séculos I e II, tendo sua história antiga - não algo portentoso como Roma ou a Grécia, mas algo que os judeus consideravam como
sua história. Até que chegou Roma. Aos judeus mais "nacionalistas", qualquer mito que falasse de um judeu indo contra o poder romano e sendo crucificado por pregar uma vertente do judaísmo (o que era o cristianismo na época, senão um judaísmo esotérico?) seria ouvido e repetido.
A maior parte
dos romanos poderia até considerar uma vergonha a crucificação, mas ei, eram judeus e não romanos.
Aliás, sobre a crucificação, há outra coisa que cheira mal: o alegado Jesus ter sido enterrado, e não deixado para os abutres comerem, no melhor estilo romano.
FATOR 2 – NEM DAQUI NEM DE LÁ
O site fala de estereótipos, mas ironicamente traça um estereótipo dos romanos da época que não bate com a História. Roma era bastante tolerante no relativo a cultos locais (tanto que permitiu aos judeus que continuassem seu judaísmo na boa), e por ser um império grande, tinha fluxos culturais dos mais diversos locais - gauleses, gregos, ibéricos, entre outros. Roma da época tinha unidade política, mas não cultural.
E o site também esquece de citar o perfil comum do soldado romano da época. Roma, a metrópole, era gigantesca e altamente culturalizada, mas os soldados eram sujeitos relativamente pobres, atraídos pela promessa de espólios, pouco culturalizados. É extremamente fácil um invasor pouco culturalizado absorver a cultura local.
Muitos romanos podem ter visto o culto estranho da Judéia da seguinte perspectiva: "bom, eles focaram o culto em um dos deuses".
Então, surge uma vertente do judaísmo, que incluiria também romanos, e com promessas (infundadas, devo dizer) de um paraíso.
Tentar trazer um salvador Judeu para a porta de um Romano normal teria menos sucesso do que tentar levar um à porta de um nazista
Apenas um comentário: ao que parece, os soldados romanos até gostavam do judaísmo, mas consideravam-no muito exigente para seguí-lo. Se eu achar a fonte, posto aqui.
Portanto, o argumento é bastante fraco.
O texto é longo, espero que não se importe de eu responder por partes.