Autor Tópico: Governo quer implantar trem-bala entre RJ e SP  (Lida 14574 vezes)

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Re:Governo quer implantar trem-bala entre RJ e SP
« Resposta #150 Online: 21 de Setembro de 2012, 18:38:29 »
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Alemães e italianos revelam interesse pelo trem-bala

O modelo de edital para a etapa inicial do projeto teve sua primeira audiência pública nesta terça (11) em Brasília, com a participação de vários grupos

Representantes de grupos italianos e alemães divulgaram interesse em participar do novo projeto do trem-bala ligando Campinas-SP-Rio nesta terça-feira (11).

Na semana passada, representantes de grupos franceses, espanhóis, canadenses e japoneses já haviam manifestado publicamente interesse no projeto.

O modelo de edital para a etapa inicial do projeto teve sua primeira audiência pública nesta terça (11) em Brasília, com a participação de vários grupos.

Representantes da Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT) e do BNDES apresentaram o modelo da primeira etapa do projeto, em que o governo vai contratar o tipo de trem e quem vai manter e operá-lo por um período de 40 anos.

Na etapa seguinte, o governo vai contratar uma empresa para construir a linha do trem e as estações. O governo receberá da vencedora da primeira concorrência e pagará à segunda.

Se houver diferença, o governo se compromete a bancar o prejuízo. Houve poucos questionamentos apresentados pelos participantes da audiência, a maioria sobre dúvidas em relação a impedimentos das empresas que entrarem em uma etapa participarem das fases posteriores. E também relativos aos cronogramas previstos no edital.

A previsão do governo é licitar a primeira etapa no ano que vem. Com o resultado, o governo vai contratar uma empresa para realizar o projeto executivo da obra para, só então, iniciar a contratação da segunda etapa (a empresa que vai construir o projeto).

A ideia é fazer a segunda licitação em 2014 e já ter trechos entre cidades em operação em 2016. A linha completa do trem-bala ficaria pronta em 2020.

Giovanni Rocca, representante da Ferrovie Dello Estato Italiane, estatal que fatura 8,2 bilhões de euros, disse que a companhia está interessada em participar de todas as etapas da projeto, mas tem interesse especial em desenvolver o projeto executivo para o governo.

Segundo ele, a estatal hoje opera mil quilômetros de ferrovias de alta velocidade e vai apresentar em duas semanas um novo trem, desenvolvido por sua subsidiária Ensaldo-Breda em parceria com a canadense Bombardier, o ETR-1000.

O novo trem será capaz de alcançar velocidade máxima de 400 km/h. Helcio Aunhão, diretor da Siemens, que tem a tecnologia de trens de alta velocidade alemães, informou que a empresa mantém seu interesse em participar do projeto brasileiro e que aguarda mais esclarecimentos do governo sobre os termos do edital.

http://www.rac.com.br/noticias/campinas-e-rmc/144666/2012/09/11/alemaes-e-italianos-revelam-interesse-pelo-trem-bala.html
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Governo estuda levar TAV para PR e MG

Em encontro com engenheiros e executivos brasileiros e estrangeiros de empresas do setor de transportes, o superintendente da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Hélio Mauro França, disse ontem que é "uma decisão de governo" ir além do trem-bala que vai ligar as cidades de Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro e criar uma malha ferroviária de transporte de passageiros por meio da tecnologia de trens de alta velocidade (TAV). Estudos de demanda para os trechos SP-Curitiba, SP-Belo Horizonte e SP-interior paulista-Triângulo Mineiro são conduzidos pelo Ministério dos Transportes e ficarão prontos em 2014, logo após a assinatura do contrato com o vencedor do leilão do trem-bala SP-RJ, previsto para novembro do ano que vem.

Segundo França, a garantia expressa pelo governo de que a opção pelo trem-bala envolve vários projetos é "um aceno" ao setor privado, que passaria a enxergar maior escala para investimentos no setor. Além disso, a ideia afasta a possibilidade de repetir o fracasso do primeiro leilão do TAV SP-RJ, em julho de 2011, quando nenhum empresa apresentou propostas.

"É um aceno para o leilão. Existe uma visão no país de que é preciso ampliar o modal ferroviário de passageiros, considerando aspectos locais e regionais. O TAV é uma das etapas. É um aceno para o programa de transferência de tecnologia [para a implantação do trem-bala]. É mais atrativo para a indústria se eu ofereço uma perspectiva de escala", disse França, que participou de um painel da 18ª Semana de Tecnologia Metroferroviária, seminário que ocorre em São Paulo.

Para Nelson Cabral, diretor- comercial da multinacional Bombardier, a maior fabricante mundial de trens de alta velocidade, a notícia é animadora. "A tendência é de melhorar as condições de transferências de tecnologia, um dos critérios para ganhar a concorrência do trem-bala", avalia. "É importante que o governo mostre que tem um plano de investimento para uma malha e não um único projeto, pois facilita o planejamento e as perspectivas de retorno do investimento privado, que é bastante específico", completa.

A intenção do governo de levar o trem-bala para Curitiba, Belo Horizonte e Triângulo Mineiro é conhecida desde 2010, mas desde então não havia notícia sobre o andamento dos estudos. Segundo o dirigente da ANTT, há evidências de viabilidade comercial para se explorar esses trechos. "São Paulo, Belo Horizonte e Curitiba são cidades com bom fluxo, agora é preciso fazer avaliação de tempo de viagem e necessidade da demanda", ponderou França.

"Estamos avançando nas análises, que contemplam uma linha de alta velocidade de 416 quilômetros de São Paulo a Curitiba", informou. Quanto a Minas, uma linha sairia de São Paulo rumo a Belo Horizonte e outra para o norte paulista, sentido Triângulo Mineiro. França apresentou uma transparência com fotos de satélite destacando os traçados do futuro trem-bala, mas não quis dar mais detalhes do projeto.

Ele concentrou sua palestra no projeto atual do trem-bala, que está em fase de realização de audiências públicas e tem leilão marcado para maio de 2013. O governo exige que as empresas vencedoras do leilão invistam pelo menos R$ 35 bilhões. Em troca, as companhias terão o direito de explorar a operação ferroviária por 40 anos.

A extensão do trem-bala para outras regiões do país foi comemorada por alguns empresários. Um deles, que preferiu não se identificar, questionou a ligação Campinas-São Paulo do atual projeto e cobrou agilidade na conexão com Curitiba. "Campinas e região são muito bem servidas por ótimas rodovias. O trajeto pela Régis Bittencourt para o sul do país é um inferno, a estrada é péssima e sempre tem acidentes que interrompem a viagem. Além disso, o aeroporto Afonso Pena em Curitiba está sempre fechado por causa do mau tempo. O governo poderia deixar de lado o trecho de Campinas e priorizar o trecho sul, cuja viagem é mais dramática."

http://www.revistaferroviaria.com.br/index.asp?InCdEditoria=2&InCdMateria=16599&DtDataINI=&DtDataFIN=&TxBusca=&pagina=
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Trem-bala já movimenta 19 grupos

Após três licitações fracassadas, a completa reformulação das regras para o trem de alta velocidade (TAV) está conseguindo atrair o interesse da iniciativa privada pelo projeto. Pelo menos 19 empresas (entre grupos de construção, operadores ferroviários e fabricantes de máquinas e equipamentos) já se movimentam para a disputa. O edital definitivo deve ser publicado no mês que vem.
 
O que mais tornou o projeto atrativo para as empresas foi o fato de o governo, agora, pagar completamente o custo das obras civis do empreendimento - previstos, nos estudos originais, em R$ 27 bilhões. Essas obras incluem terraplenagem, além de construções de pontes, viadutos e túneis, por exemplo. Além disso, a concessionária também ficará livre da dor de cabeça das desapropriações - e do custo decorrente delas.

"A modelagem ficou equilibrada e por isso sinto que as empresas estão mais animadas, com muito estrangeiro interessado", diz a advogada Letícia Queiroz de Andrade, sócia do Siqueira Castro Advogados. O atual processo de licitação, em fase de audiências públicas, tem o objetivo de definir a concessionária de um dos mais ambiciosos projetos brasileiros de infraestrutura nos últimos anos, que terá direito a um contrato de 40 anos.
 
O presidente da Alstom no Brasil, Marcos Cardoso Costa, anunciou em entrevista recente ao Valor uma parceria com a estatal francesa de operação ferroviária Société Nationale des Chemins de fer Français (SNCF, que opera o TAV naquele país) para estudar e eventualmente disputar em conjunto o projeto brasileiro, mas que a Alstom não deve liderar dos investimentos. "Preferimos destinar nosso capital ao desenvolvimento de nossos produtos", disse.
 
O caso da Alstom deve se repetir na maioria dos consórcios: os fabricantes de tecnologia não irão liderar os investimentos. A canadense Bombardier também tem interesse no projeto. "Acompanhamos de perto o projeto brasileiro há vários anos e somos naturais interessados. Estamos em conversas com diversas empresas, como operadores da Alemanha e da Itália, além de grupos brasileiros de concessão", disse um executivo da Bombardier ao Valor.
 
A fabricante espanhola Construcciones y Auxiliar de Ferrocarriles (CAF) já informou que formará um consórcio, com a também espanhola Renfe, estatal operadora de trens. Os japoneses da Mitsui estão formando um consórcio em associação com outras grandes companhias daquele país, como Toshiba, Hitachi e Mitsubishi Heavy Industries.
 
Os sul-coreanos, liderados por Samsung, LG e Hyundai, estão em processo de definição de dois representantes locais e ainda pretendem firmar parceria com uma empresa especializada em concessão. O grupo já desembolsou em estudos do TAV brasileiro cerca de US$ 10 milhões desde 2006.
 
Além do fornecedor da tecnologia, todo consórcio deve ter - como sócio ou subcontratado - um operador especializado, experiência que só existe no exterior. A maioria das cerca de 50 companhias operadoras pelo mundo é estatal - um obstáculo a mais para o projeto brasileiro. "As estatais existem primeiramente para cumprir uma função social, não para dar lucro. Ficaria difícil explicar, para a população de determinado país, um investimento grande sendo feito fora de seu território", resume Letícia, do Siqueira Castro.
 
Pelo montante a ser aplicado pela concessionária (cerca de R$ 9 bilhões), fontes da área jurídica dizem que os consórcios devem ser liderados por empresas com perfil investidor - como subsidiárias de grandes grupos originados da construção pesada, além de companhias especializadas em concessão de transportes e fundos de investimento.
 
Dentre as candidatas de concessão, Odebrecht Transport, CCR (de Andrade Gutierrez e Camargo Corrêa) e Invepar (de fundos de pensão e da OAS) estão interessadas. Já descartaram participação OHL Brasil, EcoRodovias e Triunfo Participações e Investimentos.
 
No ramo da construção, estão interessados Queiroz Galvão, CR Almeida e o grupo Galvão. "Somos interessados, inclusive na concessão. Cada vez mais queremos estar em projetos em que podemos prestar serviços [em vez de atuar apenas na construção]", diz o presidente do grupo Galvão, Dario Galvão, que ainda espera as regras definitivas.
 
Pelo volume de investimentos, o número de concorrentes deve ser menor que o dos aeroportos - quando 28 empresas e fundos de investimento, em 11 consórcios, apresentaram propostas. Fonte que assessora uma empresa arrisca um número: quatro consórcios.
 
Para Luciano Amadio, presidente da Associação Paulista de Empresários de Obras Públicas (Apeop), o número de concorrentes pode aumentar. "Concessão hoje é muito disputada. Pequenas e médias se juntam e mesmo quem não atua em concessão hoje pode passar a atuar", diz.
 
O governo também está exigindo a presença de um operador especializado - algo presente também no leilão dos aeroportos, em fevereiro. A diferença é que, agora, o Planalto está "filtrando" os operadores antes da disputa, exigindo pré-requisitos. Se no caso dos aeroportos o objetivo era dar celeridade ao processo, agora o governo busca o "estado da arte" da tecnologia.
 
A minuta do edital exige uma experiência de dez anos - o que elimina o operador da Coreia do Sul, o Korea Railroad Corporation, que está na atividade desde 2004. Fontes acreditam que o governo vai flexibilizar as regras, fazendo com que a condição de dez anos de experiência possa ser aceita até o início da operação - prevista para 2020. Segundo especialistas, a experiência coreana é importante por ser similar ao projeto brasileiro, com topografia desfavorável.
 
Os operadores japoneses se destacam, já que o país foi o pioneiro em trens de alta velocidade. O chamado Shinkansen, na rota entre Tóquio e Osaka, foi inaugurado em 1964, com velocidade máxima de 270 km/h.
 
O operador também não pode ter registrado acidentes fatais há uma década - o que elimina o chinês China Railways, que registrou um acidente em 2011 com 33 mortos. "O governo está colocando como elemento fundamental a segurança da operação", diz Roberto Dias David, gerente executivo da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
 
O governo também exige que o capital mínimo da sociedade deve ser de R$ 1,5 bilhão - o que deve barrar competidores de pequeno porte. "É um projeto para onde estão sendo destinados grandes aportes públicos, então é uma forma de conceder para quem tenha solidez", diz a advogada Maria Virgínia Mesquita, do Machado, Meyer, Sendacz e Opice Advogados. "[A regra] atende a própria lei de licitações, que demanda a melhor proposta", completa a advogada Ana Carina de Souza.
 
Apesar dos pré-requisitos, o critério final para a escolha do consórcio será o preço. Uma fórmula classificará os candidatos com base em dois critérios principais: maior valor de outorga paga ao governo e, paralelamente, menor custo decorrente da tecnologia escolhida pelo consórcio - número que deve ser apresentado pelo proponente.
 
O vencedor arcará com a chamada "superestrutura", o que inclui material rodante (trens), via permanente (trilhos e dormentes), proteção acústica da via e equipamentos de manutenção. O custo previsto é de R$ 8,75 bilhões, sendo 70% financiados pelo BNDES. A estatal Empresa de Planejamento e Logística (EPL) terá 10% da concessionária, conforme explica Fernando Marcondes, do L.O. Baptista SVMFA Advogados.

http://www.investe.sp.gov.br/noticias/lenoticia.php?id=17078&c=6&lang=1

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Re:Governo quer implantar trem-bala entre RJ e SP
« Resposta #151 Online: 31 de Outubro de 2012, 16:22:58 »
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Primeira etapa do trem-bala já tem candidatos

A Empresa de Planejamento Logístico espera concluir até o fim do mês a análise das quase duzentas contribuições feitas em audiência pública ao projeto do trem-bala entre São Paulo e Rio de Janeiro. O passo seguinte será encaminhar o edital de licitação pública ao governo para que seja aprovado e divulgado. A expectativa é que o processo seja concluído até o fim de novembro. O leilão da primeira etapa do projeto deve ser realizado seis meses depois. A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) chegou a anunciar a data de 29 de maio de 2013.

"Se houver atraso vai haver descolamento na data final do leilão, mas se houver atraso será coisa pequena", disse o presidente da EPL, Bernardo Figueiredo.

Pelo menos cinco grandes empresas já manifestaram interesse em participar da primeira etapa da implantação do trem-bala brasileiro. Na semana passada, Figueiredo teve encontro com representantes da Alstom Brasil, braço nacional do grupo francês GEC Alstom, que atua na área de infraestrutura de energia e transporte, mas não quis detalhar o resultado. Siemens, Mitsui Brasil, Caf e Talgo também teriam demonstrado interesse no processo.

"Os representantes dessas empresas não só confirmaram interesse como se manifestaram na audiência pública com sugestões para aumentar a atratividade do projeto. Continuamos conversando com todo mundo. Já fizemos uma rodada de conversas, mas não há nenhum novo encontro previsto."

A Alstom Brasil, que atua no país há 55 anos e foi a fornecedora de 96 carros para a Linha 2 do Metrô de São Paulo, confirma a participação no processo. "A Alstom tem a intenção de seguir na sua parceria com a operadora francesa SNCF e, nesse âmbito, Alstom e SNCF reafirmam o interesse no projeto e vão continuar discutindo isso com todas as partes interessadas, utilizando os seus conhecimentos a fim de ajudar a trazer a tecnologia de trens de alta velocidade para o Brasil", informa nota da empresa.

A Talgo, fabricante espanhola de trens de alta velocidade, também manifestou interesse em participar ainda no ano passado. Embora tenha escritórios na Alemanha, EUA, Cazaquistão e Bósnia, é a sede da empresa, na Espanha, onde são fabricados os trens de alta velocidade usados na linha que liga Madri a Sevilha, que cuida do projeto do trem bala brasileiro. Executivos da Siemens, que forneceu equipamentos para o trem-bala Madri-Barcelona, manifestaram em maio o interesse da empresa em participar do projeto brasileiro. Em setembro, a espanhola CAF (Construcciones y Auxiliar de Ferrocarriles), que fez a modernização de 354 trens da Rio Trens, anunciou a formação de um consórcio com a também espanhola Renfe para disputar a primeira fase do leilão do Trem de Alta Velocidade (TAV) entre Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro.

Alguns especialistas têm criticado a viabilidade do projeto. O trem-bala, indicado para distâncias médias entre cidades de grande concentração populacional, custaria muito caro ao Brasil e provavelmente teria que ter a passagem subsidiada pelo governo. Na Espanha, que tem população de 45 milhões de pessoas, mas recebe 40 milhões de turistas por ano, a ligação Madri-Barcelona é deficitária. "O trem-bala brasileiro dificilmente ficaria pronto no prazo de seis anos. Está se tentando dar o pulo de um calhambeque para uma Ferrari, quando um trem com velocidade menor ficaria mais barato", diz Flávio Zambelli Cerquinho, professor da ISE Business School.

O trem de alta velocidade consiste em uma linha de 510 km entre as duas capitais. De São Paulo sairia uma segunda linha de 97 quilômetros até Campinas. O custo da obra é estimado em R$ 33,3 bilhões. Ele transportaria cerca de 33 milhões de pessoas no primeiro ano de operação.
 
http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2012/10/26/primeira-etapa-do-trem-bala-ja-tem-candidatos
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Investidor do trem-bala terá mais garantias

Seguro contra uma demanda baixa para o trem foi uma das principais questões levantadas pelos interessados no projeto
 
O governo estuda incluir um mecanismo de proteção para investidores do trem-bala em caso de falta de clientes. Essa espécie de seguro contra uma demanda baixa para o trem que vai ligar Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro foi uma das principais questões levantadas pelos interessados no projeto.

O edital definitivo do Trem de Alta Velocidade (TAV) deve ser publicado até terça-feira, conforme cronograma. No período em que a primeira versão do edital (minuta) ficou em consulta pública, mais de 1.200 contribuições foram feitas ao projeto.

Cerca de dez dessas questões estão sendo analisadas pela presidente Dilma Rousseff e pela alta cúpula da Casa Civil e dos ministérios dos Transportes, Fazenda e Planejamento, além de representantes da Empresa de Planejamento e Logística (EPL) e da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

Os investidores sempre questionaram as projeções de demanda do governo. Por isso, a inclusão de alguma proteção contra eventual frustração de expectativa sempre foi defendida pelas empresas.

No edital feito para o leilão fracassado de 2011, o governo incluiu um seguro. Se a demanda de passageiros fosse inferior à projetada pelo governo em alguns períodos, haveria corte na taxa de juros do financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Agora, uma das possibilidades avaliadas é compartilhar o risco da demanda entre o vencedor do leilão e a União, caso ela não se mantenha.

Nesse cenário, a outorga fixa, com base em cada quilômetro de viagem (o mínimo é de 66,12 reais por quilômetro trafegado comercialmente por trem de referência de 200 metros), seria substituída por um porcentual da receita da operadora. Se a demanda for inferior à prevista, o consórcio poderá pagar um valor de outorga menor. Se a demanda for maior, a receita será dividida entre as duas partes.

http://veja.abril.com.br/noticia/economia/investidor-do-trem-bala-tera-mais-garantias
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Trem-bala já custou R$ 30 milhões à União

Passados cinco anos desde que foi anunciado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o projeto do trem de alta velocidade segue no papel. Seus custos, não. 
 
Por meio da Lei de Acesso a Informações, o Valor perguntou à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) quanto já foi gasto pelo governo até agora com o projeto do trem-bala, planejado para ligar Rio de Janeiro, São Paulo e Campinas.

Segundo a agência, foram sacados R$ 29,1 milhões dos cofres da União para bancar a ideia. O desembolso, de acordo com a ANTT, foi utilizado para "a realização dos estudos de viabilidade que embasaram a concepção da modelagem econômico-financeira e de concessão, a elaboração de editais de concessão, a execução de estudos preliminares para avaliação do impacto ambiental do empreendimento, trabalhos de consultoria técnica e de apoio jurídico". A cifra também embute a realização de audiências públicas.

A agência informou que o montante não inclui os custos relativos ao pessoal da equipe responsável pelo projeto, mas não informou que repasse seria esse.

O fato é que, depois de cinco anos e R$ 30 milhões desembolsados, o projeto retornou, praticamente, à estaca zero. O governo argumenta que continua a se basear nas premissas dos estudos já realizados. A modelagem do trem-bala, no entanto, foi radicalmente alterada e hoje está distante do que se previa originalmente, com o propósito de dissolver dúvidas básicas e provar a viabilidade do negócio. O governo passou os últimos anos pressionado pelos potenciais interessados no empreendimento, que questionavam o preço final do trem e a demanda de passageiros. O resultado dessa equação foram três tentativas frustradas de licitar a obra.

Agora, a expectativa do governo é lançar o novo edital para a operação do trem-bala até o fim deste ano. As propostas comerciais deverão ser entregues pelas empresas até o dia 30 de abril de 2013. A licitação está prevista para maio do ano que vem. O governo também está contratando consultorias para fazer o desenho da engenharia da obra. Numa segunda etapa, será licitada a construção da linha, o que está previsto para 2014. O início de operação de alguns trechos é almejado para 2018. Pelo novo modelo que está em elaboração, agora serão os próprios empreendedores que terão de dizer qual será o custo final da obra.

http://www.sinfer.org.br/site/ultimas_noticias.asp?id_noticia=29167843
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Governo banca vagão vazio de trem-bala

Para garantir operadores na licitação, edital incluirá nova forma de cobrança, por passageiro, e não por trem. Também deve ser afrouxada a exigência de que empresas tenham no mínimo dez anos de experiência

Para garantir uma empresa para operar o trem-bala ligando Campinas-SP-RJ, o governo decidiu bancar a operação até mesmo com trens vazios.

"Uma pessoa no Japão pode achar que não teremos passageiros entre São Paulo e Rio de Janeiro. Como não vemos o menor risco de isso acontecer, resolvemos assumir esse risco", disse Bernardo Figueiredo, presidente da EPL, sócia governamental do operador.

As mudanças foram solicitadas pelos consórcios interessados em operar o sistema e fornecer os trens.

O plano do governo é fazer uma primeira licitação para escolher um operador. Esse operador vai embolsar os recursos das passagens e pagar uma outorga ao governo pelo uso do sistema. O governo pretende usar esse dinheiro para pagar, num prazo de 30 anos, a construção da linha.

Caso o dinheiro das passagens não seja suficiente para cobrir os custos da construção, o governo vai bancar a diferença, conforme a Folha antecipou no ano passado.

A reclamação dos operadores era justamente que parte desse risco estava sendo repassada para eles. Isso porque, no pré-edital, o governo queria receber por trem que saísse da estação um valor de R$ 66 por quilômetro rodado.

Se o trem rodasse com passageiros insuficientes, quem ficaria no prejuízo seria o operador. O problema era agravado pelo fato de haver exigências mínimas de número de trens que devem rodar por hora. Entre Rio e SP, por exemplo, o edital exige três trens nas horas de pico.

Agora, o governo definirá a quantia a ser paga pela empresa com base no número de passageiros.

A decisão de assumir o risco do prejuízo adiou o lançamento do edital definitivo para a licitação do operador, previsto para hoje, porque é preciso refazer os cálculos.

A expectativa agora é que ele saia até o fim de novembro, com ajustes em relação ao pré-edital disponível para consulta pública.

O valor mínimo que o governo queria do operador pela outorga era de R$ 27,6 bilhões (em valores de 2008). Mas esse valor deverá ser um pouco maior, porque o grupo que vai construir a linha do trem-bala (infraestrutura) também será o responsável pela colocação dos trilhos (superestrutura). No pré-edital, a superestrutura ficava com o operador.

O governo também vai afrouxar a exigência de experiência de operação de dez anos -que, na prática, excluía a chance de o grupo sul-coreano Korail participar.

Grupos japoneses, franceses, alemães, espanhóis, italianos e canadenses mostraram interesse e podem disputar essa etapa.

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mercado/75206-governo-banca-vagao-vazio-de-trem-bala.shtml

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Re:Governo quer implantar trem-bala entre RJ e SP
« Resposta #152 Online: 10 de Novembro de 2012, 02:38:19 »
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Hyundai poderá disputar leilão de trem-bala

O governo federal decidiu reduzir de dez para cinco anos, desde que sem registro de acidentes nesse período, a exigência de tempo mínimo de experiência das empresas interessadas em disputar a construção e operação do trem de alta velocidade que ligará São Paulo ao Rio de Janeiro e a Campinas. A medida atendeu ao pedido do grupo liderado pela coreana Hyundai, que tem oito anos e meio de experiência no setor, e servirá para "ampliar o processo de competição", disse ontem o presidente da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), Bernardo Figueiredo.

"Vamos flexibilizar porque temos que reconhecer que o grupo coreano desenvolveu uma tecnologia, opera e nunca teve acidente. Não tinha sentido excluir um operador importante", disse Figueiredo, depois de fazer palestra em um encontro de empresas de construção pesada, em Porto Alegre. Segundo ele, o edital para o trem-bala será publicado até o fim de novembro, um mês depois do previsto, devido aos "aperfeiçoamentos" necessários após a audiência pública da Agência nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

Até agora pelo menos cinco empresas manifestaram interesse em participar da primeira etapa do trem de alta velocidade. Além a Hyundai, a relação inclui a Alstom Brasil, subsidiária do grupo francês GEC Alstom, a alemã Siemens, a japonesa Mitsui e as espanholas CAF e Talgo. O projeto do trem-bala brasileiro, orçado em R$ 33,3 bilhões, prevê uma linha de 510 quilômetros entre o Rio e Campinas, passando por São Paulo.

Figueiredo também informou que o pacote de concessões e investimentos nos portos brasileiros deverá ser lançado na próxima semana. Ele não especificou o dia, mas admitiu que poderá ser na terça-feira. Sem antecipar detalhes do programa, disse que o governo está olhando "todo o litoral brasileiro" para definir novas concessões e confirmou que há "preocupação" em profissionalizar a gestão das companhias docas, que atuam como autoridade portuária.

Conforme o presidente da EPL, o pacote de modernização do setor portuário seguirá a mesma linha do programa de concessão de rodovias e ferrovias, anunciado em agosto. Ou seja, superar os "lapsos" na infraestrutura no país. Questionado sobre o montante de investimentos no programa, citou como referência o Plano Nacional de Logística Portuária (PNLP), que estima uma demanda de R$ 40 bilhões em aportes até 2030.

A necessidade de adaptações dos projetos a partir das audiências públicas realizadas pela ANTT também foi o motivo para o atraso em um mês do cronograma dos primeiros lotes do programa de concessão rodoviária, formados pela BR-116 em Minas Gerais e pela BR-040 de Brasília a Juiz de Fora (MG), disse Figueiredo. De acordo com ele, os editais deverão sair em dezembro, enquanto os leilões deverão ser realizados em janeiro de 2013. O pacote de concessão de estradas prevê investimentos de R$ 42,5 bilhões na duplicação de 5,7 mil quilômetros.

Segundo Figueiredo, a lógica dos programas do governo federal para expansão da malha rodoviária e ferroviária é ligar o país inteiro com estradas de ferro "abertas" e "eixos rodoviários estruturantes" concedidos.

http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2012/11/7/hyundai-podera-disputar-leilao-de-trem-bala
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Trem-bala terá parada na Água Branca

Projeto inicial previa estação no Campo de Marte; veículo de alta velocidade fará conexão com linha da CPTM na zona oeste

O Trem de Alta Velocidade (TAV) que ligará Campinas, São Paulo e Rio não deverá mais ter uma parada no Campo de Marte, na zona norte da capital paulista. A estação do trecho paulistano do trem-bala provavelmente será a Água Branca, na zona oeste. Ela já pertence hoje a uma linha de trem metropolitano e, até 2016, deverá ser conectada a uma nova linha de metrô, a Linha 6-Laranja.

O governo estadual planeja que a Estação Água Branca vire um "hub" ferroviário - dela também deverão sair os trens regionais que ligarão São Paulo a cidades do interior, como Santos, Sorocaba e Jundiaí. Essa última ligação é a única que está confirmada para o local, mas o Estado já sinalizou que os outros dois trechos também deverão sair da estação da zona oeste.

A informação de que ela, além disso, será a provável parada do TAV na capital paulista foi dada por Bernardo Figueiredo, presidente da Empresa de Planejamento e Logística (EPL) - estatal que coordena os planos de logística de transportes em nível federal. "A proposta foi do governo estadual, mas é interessante. É mais vantagem você articular com as outras linhas de trens regionais do que colocar em outro lugar", afirmou, logo após sair de reunião com integrantes da Secretaria de Estado de Logística e Transportes. Figueiredo afirmou ainda que um acordo de cooperação entre os governos federal e estadual foi assinado para que o assunto seja tratado de maneira conjunta.

Segundo ele, é possível que exista ainda uma outra estação em São Paulo, o que está previsto para ser definido ainda nas próximas semanas. O planejamento do governo federal é que o edital do trem-bala saia até o fim de novembro, após um novo adiamento em outubro. Os contratos deverão ser assinados em meados do ano que vem. De acordo com Figueiredo, o prazo para o início da operação, anteriormente definido para 2020, poderá ser adiantado para 2018.

Trilhos
A aposta nos trens regionais e no TAV para melhorar a mobilidade interurbana no Estado e na Região Sudeste é um reflexo do aumento da frota de carros em São Paulo - que em fins de semana e feriados acaba travando as principais rodovias. O próprio secretário de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, costuma dizer que as concessionárias de estradas pedem para que trens como o de Jundiaí saiam logo do papel.

A opção da Água Branca como novo "hub" ocorre principalmente por causa da saturação da Estação da Luz, antigo ponto de encontro de várias linhas interurbanas de trens como as que vinham de Santos e do ABC paulista. O início da operação da Linha 4-Amarela do Metrô, que também tem na estação um dos seus pontos finais, fez até mesmo o governo estadual retirar sua ligação com a Linha 10-Turquesa da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), que vai até Rio Grande da Serra.

Para receber as novas linhas de trem e de metrô, a Estação Água Branca terá de ser remodelada. O projeto do Estado prevê duas novas ruas, uma de cada lado dos trilhos, com ligação até a Avenida Santa Maria. O quarteirão formado pelas Ruas Crasso e Tibério, ambas perpendiculares à Guaicurus, será transformado em ponto de acesso da estação.

Agrado
Já a provável saída da estação do TAV do Campo de Marte agrada às empresas de aviação civil que hoje usam o local. Grande parte da área do aeroporto teria de ser remanejada para construção da nova estação, o que irritou pilotos e empresários do ramo. Além disso, a falta de uma conexão de metrô no local também pesava contra a sua escolha como estação base para o trem-bala em São Paulo.

http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,trem-bala-tera-parada-na-agua-branca-,956667,0.htm

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Offline Diegojaf

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Re:Governo quer implantar trem-bala entre RJ e SP
« Resposta #153 Online: 02 de Março de 2015, 14:59:40 »
Enquanto isso, em MG... :(



É incrível. Pra esses caras, o custo dessa obra é dinheiro de pinga, traria retorno para toda a população e já estava praticamente certo. Mas mudou o governo e agora o PT está tão preocupado em desacreditar o governo anterior que nega discutir qualquer projeto, dizendo ainda que não vai aceitar nenhuma PPP.
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

http://umzumbipordia.blogspot.com - Porque a natureza te odeia e a epidemia zumbi é só a cereja no topo do delicioso sundae de horror que é a vida.

 

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