Autor Tópico: Governo quer implantar trem-bala entre RJ e SP  (Lida 14571 vezes)

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Offline HSette

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Re: Projeto do trem-bala Rio-São Paulo
« Resposta #75 Online: 22 de Julho de 2007, 18:49:05 »
Uma última vez: diante de seu tom agressivo e despropositado, o que fica claro é que você demonstra incapacidade de permanecer nesse ambiente.
Esqueça-me, por favor.
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Re: Projeto do trem-bala Rio-São Paulo
« Resposta #76 Online: 22 de Julho de 2007, 18:51:52 »
Uma última vez: diante de seu tom agressivo e despropositado, o que fica claro é que você demonstra incapacidade de permanecer nesse ambiente.
Esqueça-me, por favor.
Não fui eu que comecei a "desconsiderar" os posts do outro, se para você isso não é uma ofensa então você que não deveria estar fora de uma APAE, ainda mais se estivesse certo, mas fala uma baboseira como essa e ainda fala para te esquecer, então nem entre aqui no fórum pois o fórum foi feito para DISCUTIR.
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Re: Projeto do trem-bala Rio-São Paulo
« Resposta #77 Online: 23 de Julho de 2007, 00:54:15 »
Está louco? FHC tirou o Brasil do buraco rapaz, quer falar a verdade e me fala uma baboseira dessas, sabe o que é plano real? Vai estudar que falar que os outros são bem estudados e falar uma merda dessas é se rebaixar mesmo.
Tirou do buraco como, com o Plano Real? P/ começar o Plano Real nem é de autoria dele, ele só apresentou um projeto que já havia sido preparado pelo ministro anterior. No mais concordo com a mensagem do HSette, salvo o valor da taxa de juros que era de 25%. Chegou a mais de 40% no segundo mandato, mas durou pouco. http://www.bcb.gov.br/?COPOMJUROS

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Re: Projeto do trem-bala Rio-São Paulo
« Resposta #78 Online: 23 de Julho de 2007, 01:13:00 »
Concordo que existe o risco do trem ser tomado pelo trânsito de passageiros, uma idéia que poderia diminuir esse risco seria que o trem só serviria para passageiros do aeroporto, realizando o check-in antes de entrar no trem.

Um trem exclusivo. Outra coisa talvez seria integrar Cumbica com o centro via trem rápido, nos mesmos moldes do projeto, e também com check-in antes de embarcar no trem.
Dificilmente seria viável um trem exclusivo ligando os aeroportos ao centro de São Paulo. A idéia original de trem comum seria muito melhor.

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Temma

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Re: Projeto do trem-bala Rio-São Paulo
« Resposta #79 Online: 23 de Julho de 2007, 01:23:00 »
Votei.
Mas estou embasando minhas opiniões na realidade dos fatos.
Todos os indicadores que buscam avaliar a atratividade do Brasil para investidores estrangeiros avançaram muito, e são extremamente positivas.

mas você sabe, hsette, que muitos dos méritos do governo lula são do governo anterior, da conjuntura mundial ou, quem sabe, do governo atual mesmo, hehe.


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« Última modificação: 23 de Julho de 2007, 01:25:32 por Temma »

Offline Daniboy

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Re: Projeto do trem-bala Rio-São Paulo
« Resposta #80 Online: 23 de Julho de 2007, 01:34:11 »
Está louco? FHC tirou o Brasil do buraco rapaz, quer falar a verdade e me fala uma baboseira dessas, sabe o que é plano real? Vai estudar que falar que os outros são bem estudados e falar uma merda dessas é se rebaixar mesmo.
Tirou do buraco como, com o Plano Real? P/ começar o Plano Real nem é de autoria dele, ele só apresentou um projeto que já havia sido preparado pelo ministro anterior. No mais concordo com a mensagem do HSette, salvo o valor da taxa de juros que era de 25%. Chegou a mais de 40% no segundo mandato, mas durou pouco. http://www.bcb.gov.br/?COPOMJUROS
Claro que não foi de autoria, mas o plano ficou em vigor e em seu mandato trouxe a estabilidade que era tão desejada, sim chegou a 40% mas quando acabou seu mandato tudo estava em plena ordem como deveria estar.
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Re: Projeto do trem-bala Rio-São Paulo
« Resposta #81 Online: 23 de Julho de 2007, 03:44:07 »
Claro que não foi de autoria, mas o plano ficou em vigor e em seu mandato trouxe a estabilidade que era tão desejada, sim chegou a 40% mas quando acabou seu mandato tudo estava em plena ordem como deveria estar.
Vejamos a situação no final do segundo mandato de FHC:
  • depender de ajuda do FMI
  • inflação voltando à casa dos dois dígitos
  • um dólar por R$4,00
  • Selic a 25%
  • reservas cambiais em apenas US$5bi
  • dívida líquida do setor público passou de 28,1% do PIB a 56,5% do PIB
Isso quer dizer "em plena ordem como deveria estar"? P/ mim isso é um descalabro.

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Re: Projeto do trem-bala Rio-São Paulo
« Resposta #82 Online: 23 de Julho de 2007, 03:58:17 »
Está louco? FHC tirou o Brasil do buraco rapaz, quer falar a verdade e me fala uma baboseira dessas, sabe o que é plano real? Vai estudar que falar que os outros são bem estudados e falar uma merda dessas é se rebaixar mesmo.
Tirou do buraco como, com o Plano Real? P/ começar o Plano Real nem é de autoria dele, ele só apresentou um projeto que já havia sido preparado pelo ministro anterior. No mais concordo com a mensagem do HSette, salvo o valor da taxa de juros que era de 25%. Chegou a mais de 40% no segundo mandato, mas durou pouco. http://www.bcb.gov.br/?COPOMJUROS
Mas o ministro anterior (do governo anterior) era o próprio FHC...o pessoal pode criticar um monte o FHC mas uma coisa é certa...ele pegou um governo bem pior que o Lula... e o Lula continou praticamente a mesma política economica do FHC...
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Re: Projeto do trem-bala Rio-São Paulo
« Resposta #83 Online: 23 de Julho de 2007, 04:28:19 »
Tirou do buraco como, com o Plano Real? P/ começar o Plano Real nem é de autoria dele, ele só apresentou um projeto que já havia sido preparado pelo ministro anterior. No mais concordo com a mensagem do HSette, salvo o valor da taxa de juros que era de 25%. Chegou a mais de 40% no segundo mandato, mas durou pouco. http://www.bcb.gov.br/?COPOMJUROS
Mas o ministro anterior (do governo anterior) era o próprio FHC
Você se confundiu aqui. O Plano Real não foi iniciado no governo FHC, mas sim no governo Itamar quando o FHC era ministro, mas o projeto já havia sido aprontado pelo ministro anterior, o Rubens Ricupero, que caiu por causa das parabólicas. O que o FHC fez ao assumir o ministério foi apenas apresentar o projeto já terminado e pronto p/ ser anunciado. E quando o FHC assumiu a presidência, o último ministro da economia havia sido o Ciro Gomes.
Citar
...o pessoal pode criticar um monte o FHC mas uma coisa é certa...ele pegou um governo bem pior que o Lula... e o Lula continou praticamente a mesma política economica do FHC...
Bem pior? Quais indicadores econômicos eram piores em dez/1994 do que em dez/2002? E quanto a continuar a política econômica, as semelhanças só ocorreram porque o governo FHC foi obrigado a mudar sua política econômica no segundo mandato, como condição necessária p/ receber a ajuda do FMI. Porque até então a coisa estava sem rumo. Se desde que ele assumiu pela primeira vez, ele tivesse deixado o câmbio livre, feito superávit p/ diminuir o endividamento e aumentar as reservas financeiras (o que na época teria sido mais fácil), e se as decisões sobre a Selic fossem exclusivamente técnicas em vez de políticas, ele teria elegido o seu sucessor.

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Re: Projeto do trem-bala Rio-São Paulo
« Resposta #84 Online: 23 de Julho de 2007, 07:53:29 »
Está louco? FHC tirou o Brasil do buraco rapaz, quer falar a verdade e me fala uma baboseira dessas, sabe o que é plano real? Vai estudar que falar que os outros são bem estudados e falar uma merda dessas é se rebaixar mesmo.
Tirou do buraco como, com o Plano Real? P/ começar o Plano Real nem é de autoria dele, ele só apresentou um projeto que já havia sido preparado pelo ministro anterior. No mais concordo com a mensagem do HSette, salvo o valor da taxa de juros que era de 25%. Chegou a mais de 40% no segundo mandato, mas durou pouco. http://www.bcb.gov.br/?COPOMJUROS

Valeu pela correção da taxa de juros.
O que, cá pra nós, não alivia muito a barra, né.

No mais, o que mais me assusta é esse mito em torno de FHC / Plano Real.
Além de o Plano ter sido elaborado em um governo anterior, o que FHC fez foi implodi-lo ao manter a taxa cambial defasada por um bom período, artificialmente, até que a "casa caiu".
Esperou só vencer as eleições para o segundo mandato e implementou uma maxi-desvalorização que faliu o país.
Isso é História, mas muito a colocam embaixo do tapete.
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Re: Projeto do trem-bala Rio-São Paulo
« Resposta #85 Online: 23 de Julho de 2007, 09:01:29 »
Eu ja não estava ai na época, mas lembro que a situação estava ruim no fim do segundo mandato do FHC por causa da eminente eleição do Lula, não era isso?
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Re: Projeto do trem-bala Rio-São Paulo
« Resposta #86 Online: 23 de Julho de 2007, 10:37:22 »
Eu ja não estava ai na época, mas lembro que a situação estava ruim no fim do segundo mandato do FHC por causa da eminente eleição do Lula, não era isso?

Acho que não. O FHC fez uma cagada hiper-mega gigante quando se recusou a desvalorizar o real frente ao dolar em 1998. O páis perdeu bilhões de reais em questão de dias, até que, quando estávamos na eminência de quebrar, literalmente falando, com reservas cambiais  baixíssimas, eles desvalorizou o real tardiamente, fez empréstimos gigantescos do FMI e mergulhou o pais em recessão, juros elevadíssimos e dependência total de capital estrangeiro. Todo o segundo mandato dele foi horrível por conta daquele erro e também pela quebra da Rússia e recessão mundial. Quando ele estava saindo, o país tava começando a ganhar mais fôlego. No segundo ano do Lula é que as coisas começaram a melhorar no lado financeiro e junto a conjectura mundial. Tanto é que hoje, pode até parecer milagre, ma spela primeira vez desde a fundação do Brasil, o país tem dinheiro para quitar, integralmente, a dívida externa, que é a maior do mundo.
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Re: Projeto do trem-bala Rio-São Paulo
« Resposta #87 Online: 23 de Julho de 2007, 13:39:47 »
Bem pior? Quais indicadores econômicos eram piores em dez/1994 do que em dez/2002? E quanto a continuar a política econômica, as semelhanças só ocorreram porque o governo FHC foi obrigado a mudar sua política econômica no segundo mandato, como condição necessária p/ receber a ajuda do FMI. Porque até então a coisa estava sem rumo. Se desde que ele assumiu pela primeira vez, ele tivesse deixado o câmbio livre, feito superávit p/ diminuir o endividamento e aumentar as reservas financeiras (o que na época teria sido mais fácil), e se as decisões sobre a Selic fossem exclusivamente técnicas em vez de políticas, ele teria elegido o seu sucessor.
Bom... se o FHC era o ministro do governo anterior a que ele se tornou presidente é claro que esses indicadores não eram tão ruins... em dezembro...

Vocês se esquecem do Plano Collor, ou de quando a inflação era descontrolada (todo dia o preço era diferente), ou quando congelaram os preços e teve um desabastecimento do comércio, isso não foi o que o Lula enfrentou, ou foi? o que eu to dizendo é que o FHC pegou um país pior que o Lula pegou, e algumas coisas que o Lula gosta de se gabar foi coisa do governo passado, por exemplo o Bolsa Familia... o que é o Bolsa familia? eles juntaram o vale gás, com o bolsa escola e mais outros vales dados no outro governo e renomearam pra parecer que foi inventado por eles, e apenas ampliaram o programa... e uma coisa que o FHC não fez que o Lula fez... o FHC não liberava muita verba para o MST o Lula libera, e o resultado disso é: mais invasões... o FHC privatizou a telefonia e alguns bancos e olha... podem dizer que foi vendido a preços menores e etc e tal... mas eu duvido que SE o Lula tivesse feito isso as privatizações seriam melhores (principalmente considerando o histórico de escandalos do governo Lula)...
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Re: Projeto do trem-bala Rio-São Paulo
« Resposta #88 Online: 23 de Julho de 2007, 14:44:06 »
Bem pior? Quais indicadores econômicos eram piores em dez/1994 do que em dez/2002? E quanto a continuar a política econômica, as semelhanças só ocorreram porque o governo FHC foi obrigado a mudar sua política econômica no segundo mandato, como condição necessária p/ receber a ajuda do FMI. Porque até então a coisa estava sem rumo. Se desde que ele assumiu pela primeira vez, ele tivesse deixado o câmbio livre, feito superávit p/ diminuir o endividamento e aumentar as reservas financeiras (o que na época teria sido mais fácil), e se as decisões sobre a Selic fossem exclusivamente técnicas em vez de políticas, ele teria elegido o seu sucessor.
Bom... se o FHC era o ministro do governo anterior a que ele se tornou presidente é claro que esses indicadores não eram tão ruins... em dezembro...

Vocês se esquecem do Plano Collor, ou de quando a inflação era descontrolada (todo dia o preço era diferente), ou quando congelaram os preços e teve um desabastecimento do comércio, isso não foi o que o Lula enfrentou, ou foi?

Fabi, ninguém está atacando o Plano Real, foi um bom plano, trouxe estabilidade a época e acabou com a inflação, acontece que FHC se vendeu como "pai do Real", colheu os frutos se elegendo, e fodeu o plano mantendo a paridade apenas para se reeleger. Se for pra considerar o FHC responsável por alguma coisa no plano Real, é pela parte ruim.

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Re: Projeto do trem-bala Rio-São Paulo
« Resposta #89 Online: 24 de Julho de 2007, 05:38:27 »
Bem pior? Quais indicadores econômicos eram piores em dez/1994 do que em dez/2002? E quanto a continuar a política econômica, as semelhanças só ocorreram porque o governo FHC foi obrigado a mudar sua política econômica no segundo mandato, como condição necessária p/ receber a ajuda do FMI. Porque até então a coisa estava sem rumo. Se desde que ele assumiu pela primeira vez, ele tivesse deixado o câmbio livre, feito superávit p/ diminuir o endividamento e aumentar as reservas financeiras (o que na época teria sido mais fácil), e se as decisões sobre a Selic fossem exclusivamente técnicas em vez de políticas, ele teria elegido o seu sucessor.
Bom... se o FHC era o ministro do governo anterior a que ele se tornou presidente é claro que esses indicadores não eram tão ruins... em dezembro...

Vocês se esquecem do Plano Collor, ou de quando a inflação era descontrolada (todo dia o preço era diferente), ou quando congelaram os preços e teve um desabastecimento do comércio, isso não foi o que o Lula enfrentou, ou foi?

O que o Plano Collor tem a ver com os mandatos do Lula ou do FHC? Realmente o Lula não enfrentou isso que você citou, e muito menos o FHC. A única crise de desabastecimento que ele teve que enfrentar foi a falta de gás GLP, na greve da Petrobrás. Como a greve foi longa e complicada (politicamente falando), o governo começou a fazer propaganda p/ todos substituirem os equipamentos de aquecimento a gás por equipamentos elétricos, para que não fossem tão afetados por uma possível nova greve da Petrobras. Com isso o consumo de energia elétrica disparou e o resultado foi o risco de apagão, já que houve investimentos na infra-estrutura de energia na época. Qual o resultado p/ as pessoas? Ser obrigado a consumir menos porque senão pagava multa, e um aumento monstruoso no custo do kWh porque as empresas alegaram que com a diminuição na arrecadação (causada pela diminuição do consumo) elas não tinham como suportar os seus custos. Congelamento de preços e inflação descontrolada o FHC não chegou a pegar também, mas esta última deixou de herança.

Citar
o que eu to dizendo é que o FHC pegou um país pior que o Lula pegou,

Mais uma vez, quais indicadores econômicos eram piores em dez/1994 do que em dez/2002?

Citar
e algumas coisas que o Lula gosta de se gabar foi coisa do governo passado, por exemplo o Bolsa Familia... o que é o Bolsa familia? eles juntaram o vale gás, com o bolsa escola e mais outros vales dados no outro governo e renomearam pra parecer que foi inventado por eles, e apenas ampliaram o programa... e uma coisa que o FHC não fez que o Lula fez... o FHC não liberava muita verba para o MST o Lula libera, e o resultado disso é: mais invasões... o FHC privatizou a telefonia e alguns bancos e olha... podem dizer que foi vendido a preços menores e etc e tal... mas eu duvido que SE o Lula tivesse feito isso as privatizações seriam melhores (principalmente considerando o histórico de escandalos do governo Lula)...

Sim, o Bolsa família foi uma maneira de simplificar as diversas bolsas e diminuir a burocracia (o que permite diminuir um pouco o tamanho da máquina do estado), já que era óbvio que as famílias que precisavam de todas essas bolsas eram sempre as mesmas, ou seja, as famílias pobres.
Qual a quantidade de invasões de terra pelo MST nos governos  FHC e Lula? E a diferença na liberação de dinheiro nos dois casos é que no segundo caso também há liberação de crédito para que o agricultor consiga produzir algo, e assim sustentar sua propriedade e pagar as dívidas. Se fizerem só assentamento sem liberação de crédito (como o FHC fazia), você só está jogando dinheiro fora.
Quanto às privatizações, o tema é longo e estou sem tempo agora p/ discutir isso.

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Re: Governo quer implantar trem-bala entre RJ e SP
« Resposta #90 Online: 26 de Novembro de 2009, 16:24:05 »
Custo do trem-bala só será conhecido em meados de 2010

O verdadeiro custo do trem-bala brasileiro deverá ser conhecido somente na metade do ano que vem. A percepção das empresas que pretendem participar do projeto é de que só após a divulgação do edital de licitação, que ainda será submetido à consulta pública, será possível iniciar uma avaliação mais precisa dos custos envolvidos na construção do trecho que ligará Campinas, São Paulo e Rio.

Por enquanto, o orçamento de R$ 34,6 bilhões é tido como superficial, pois diversos detalhes têm de ser mais bem explicados para que se tenha uma dimensão exata do volume de recursos necessários. Ontem, Philippe Mellier, presidente mundial da divisão de transportes da Alstom, endossou o coro das empresas de que os dados apresentados até o momento não permitem prever com exatidão quanto vai custar a implantação do trem-bala no País.

Na opinião de Mellier, entre as principais variáveis que ainda precisam ser melhor dimensionadas estão o o custo das obras de engenharia, as compensações ambientais e a desapropriações de terrenos que estão no trajeto previsto. “É difícil saber se vai custar R$ 34,6 bilhões com tanta antecedência”, disse Mellier, em entrevista a jornalistas brasileiros que visitaram a sede da Alstom, em Paris.

No estudo apresentado pelo governo, o maior peso é o das obras de infraestrutura, 71%, seguido pelas desapropriações e medidas socioambientais, 11,3%. O restante está dividido entre os trens e os sistemas e equipamentos complementares. A previsão é de que o trajeto entre as três cidades totalize 511 quilômetros.

Para Mellier, a fabricação e a entrega dos trens e do material de sinalização não requerem prazos tão longos quanto as obras. Isto significa que, no que compete aos fabricantes de equipamentos, é possível ter o trem-bala em funcionamento antes da realização dos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio.

Mellier não deu maiores detalhes sobre os possíveis parceiros da empresa no Brasil para a formação do consórcio que deverá disputar a licitação.

As declarações do presidente da Alstom ocorrem no momento em que cresce a pressão de empresas interessadas em participar da construção do trecho para que o governo brasileiro assuma maiores responsabilidades no projeto.

Hoje, as principais reivindicações dizem respeito à mitigação dos riscos de a demanda estimada não se confirmar, e os custos ambientais e de desapropriações serem maiores do que os previstos no estudo elaborado pela consultoria Holcrow. Para as empresas, o ideal é que o governo compartilhe parte destes riscos.

Esta e outras reivindicações constam da consulta pública encerrada em 15 de outubro passado. Agora, o governo corre contra o tempo para disponibilizar o edital da licitação até o fim do ano para nova consulta. Só depois da publicação é que as empresas poderão começar a elaborar suas propostas, o que deve levar cerca de seis meses.

http://ultimosegundo.ig.com.br/economia/2009/11/26/custo+do+trem+bala+so+sera+conhecido+em+meados+de+2010+9182819.html

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Offline Mr. Mustard

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Re: Governo quer implantar trem-bala entre RJ e SP
« Resposta #91 Online: 27 de Novembro de 2009, 09:47:38 »
Poxa, notei que o tópico nasceu em 2006... E o Governo "ainda" quer implantar o trem-bala...
Estamos em 2009 e ainda nem edital de licitação existe...
Se todos os desejos do Governo levarem quatro anos para ser realizarem...


Offline Mr. Mustard

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Re: Governo quer implantar trem-bala entre RJ e SP
« Resposta #93 Online: 27 de Novembro de 2009, 10:26:41 »
É só uma versão maior do "fura-fila", queria o quê?

Hehehehe. Pode crê. :ok:

Offline _tiago

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Re: Governo quer implantar trem-bala entre RJ e SP
« Resposta #94 Online: 27 de Novembro de 2009, 10:45:40 »
Com essa grana daria pra montar duas linhas de trem, será? Por que necessariamente um trem-bala??

Offline Buckaroo Banzai

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Re: Governo quer implantar trem-bala entre RJ e SP
« Resposta #95 Online: 28 de Novembro de 2009, 21:56:26 »
Sem contar possíveis diferenças no custo da manutenção. Será que a velocidade do trem bala permite transportar mais pessoas em mais tempo do que mais linhas e ampliação mais low-tech do sistema? (mais vagões, locomotivas um pouco mais potentes, mas ainda não-bala, etc)

Offline Unknown

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Re: Governo quer implantar trem-bala entre RJ e SP
« Resposta #96 Online: 07 de Dezembro de 2009, 17:59:44 »
Citação de: [url=http://www.revistabrasileiros.com.br/secoes/o-lado-b-da-noticia/noticias/1151/]Brasileiros[/url]
País em alta velocidade

Mesa de abertura do seminário, com a presença do ministro da Fazenda, Guido Mantega, enaltece as boas perspectivas do Brasil

Com a presença do ministro da Fazenda, Guido Mantega, foi aberto na manhã desta segunda-feira (7) o seminário "Brasil nos Trilhos", promovido pela Brasileiros e a Ex-Libris Comunicação Integrada, com o apoio institucional da Prefeitura de Guarulhos. Henrique Amarante da Costa Pinto, superintendente do BNDES (Banco de Desenvolvimento Econômico e Social), Hélio Mauro França, superintendente-executivo da Associação Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e Sebastião Almeida, prefeito de Guarulhos, foram os outros integrantes da mesa inaugural.

Transmissão ao vivo do seminário aqui.

O prefeito de Guarulhos abriu oficialmente o evento, depois da execução do hino nacional. Sebastião Almeida agradeceu a presença de todos e falou da importância em se discutir as obras dos trens que envolvem a cidade. Ele contou de sua experiência recente em um Trem de Alta Velocidade (TAV) na França. Em viagem de Lyon até Paris, com mais de 400 km de distância, Almeida disse que realizou o percurso em pouco menos de duas horas, com conforto e segurança.

"Não vejo a hora do TAV chegar aqui", disse, entusiasmado. Por fim, o prefeito lembrou do aniversário de 449 anos de Guarulhos, comemorado na terça-feira, dia 8. "Parabéns Guarulhos, parabéns ao País. Não tem presente melhor para a cidade do que discutir esse tema, na véspera do aniversário de 449 anos. Muito obrigado", encerrou.

Em seguida, em rápido discurso, Hélio Mauro França, superintendente-executivo da Associação Nacional de Transportes Terrestres(ANTT), falou sobre o projeto em geral e a função que cabe à Associação, isto é, acompanhar de perto a execução e desenvolvimento das obras. França retorna ao debate na primeira mesa do dia, com o tema "O TAV, o Expresso Aeroporto e o Trem de Guarulhos: novas perspectivas de desenvolvimento econômico".

Henrique Amarante da Costa Pinto, superintendente do BNDES (Banco de Desenvolvimento Econômico e Social), foi curto em sua fala, mas disse que a instituição tem muito orgulho em participar do projeto do TAV. "É o maior projeto, talvez, da história do Brasil", disse.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, encerrou a mesa de abertura. Bem humorado, brincou com o prefeito de Guarulhos. "Para mim é uma honra estar aqui em Guarulhos. Venho pouco, porque o prefeito não convida", disse, arrancando risadas da plateia, que compareceu em bom número à mesa de abertura do seminário.

Mantega disse que demorou mais de uma hora para chegar ao local do evento, o Teatro Adamastor. "Se tivermos o trem, vou demorar um pouco mais de dez minutos", lembrou e continuou brincando com Almeida. Contou que esteve na Alemanha na última semana, ao lado do presidente Lula e fez uma viagem de TAV de Berlim até Hamburgo. "Uma distância de quase 500km foi feita em 1h30. O meu trem corria mais do que o dele!", brincou com o prefeito.

Em seguida, Mantega fez um extenso panorama da economia do País e falou sobre as ótimas perspectivas para o futuro. Disse que o projeto do trem, com orçamento de US$ 20 bilhões, é muito complexo e envolve muitas áreas. "Tempos atrás, seria irresponsabilidade fazer esse projeto, mas hoje o Brasil tem condições de encarar um desafio dessa magnitude", analisou.

O ministro da Fazenda falou sobre a evolução do Produto Interno Bruto (PIB) e sobre o bom final de 2009, com economia aquecida. "O povo brasileiro está consumindo, porque constituímos um grande mercado interno. O mercado de massa é uma realidade no Brasil. São mais de 100 milhões de habitantes da classe média comprando", disse.

Entrevista com Guido Mantega:
<a href="http://www.youtube.com/v/SzefvLbaZoU" target="_blank" class="new_win">http://www.youtube.com/v/SzefvLbaZoU</a>

Sobre a crise econômica mundial, o ministro lembrou que o Brasil recuperou-se rapidamente e tem fundamentos sólidos para continuar progredindo. "Estamos começando um novo ciclo econômico, que será ainda mais vigoroso que o ciclo anterior", garantiu Mantega, enaltecendo o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), fundamental, segundo ele, para estimular a economia em diversas áreas de infraestrutura.

"Temos Copa do Mundo, em 2014, e a Olimpíada, em 2016, e precisamos estar prontos. O TAV se insere nesse conjunto de projetos de grande envergadura que vamos fazer. Não é um projeto isolado. É um Brasil com potencial enorme. O TAV é um símbolo do novo Brasil. Não significa só que o Brasil foi colocado nos trilhos, mas está crescendo em alta velocidade. Vai ser um projeto que vai fazer o País entrar na modernidade", finalizou o ministro.

A próxima mesa de debates será "O TAV, o Expresso Aeroporto e o Trem de Guarulhos: novas perspectivas de desenvolvimento econômico".
Citação de: [url=http://www.revistabrasileiros.com.br/secoes/o-lado-b-da-noticia/noticias/1153/]Brasileiros[/url]
Os custos da velocidade

Na segunda mesa do dia, debates focam nos gastos dos projetos de trem de alta velocidade no Brasil

A segunda mesa do seminário "Brasil nos Trilhos" teve as participações de Hélio Mauro França, Henrique Amarante da Costa Pinto, já presentes na breve abertura do início do dia, e Silvestre Eduardo Rocha Ribeiro, Coordenador de Planejamento e Gestão da Secretaria dos Transportes Metropolitanos (Governo do Estado de São Paulo). O foco do debate foi o TAV (Trem de Alta Velocidade), o Expresso Aeroporto, o Trem de Guarulhos e as novas perspectivas econômicas que os projetos trazem.

Hélio Mauro França, superintendente-executivo da Associação Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), foi o primeiro a subir ao palanque e, com uma apresentação de slides, mostrou a evolução dos trens rápidos e a maneira como ele é utilizado em países de primeiro mundo, como China, Japão, Coreia do Sul e praticamente toda a Europa.

Outro ponto importantíssimo no debate dos trens rápidos é o meio ambiente. Mauro França citou esse lado, dizendo que a emissão de gás poluentes na atmosfera será infinitamente menor quando os trens estiverem rodando. Ele também falou sobre a segurança dos trens de alta velocidade. Segundo França, nunca ouve um acidente fatal na história. Além do Brasil, muitos outros países estão com projetos para a construção de linhas de trens rápidos.

Depois, o superintendente da ANTT apresentou o projeto da linha que vai ligar São Paulo ao Rio de Janeiro. A linha, que passa por Guarulhos, vai ligar o Aeroporto do Galeão até a cidade de Campinas, cruzando cidades como Resende, Aparecida e São José dos Campos. "O Trem de Alta Velocidade traz uma nova alternativa para nossas necessidades", completou França

Henrique Amarante da Costa Pinto, superintendente do BNDES, falou em seguida sobre a responsabilidade de Guarulhos na execução do projeto. "O planejamento do município vai influenciar diretamente nos benefícios que o município irá receber em troca", lembrou. Amarante apresentou mais alguns slides com os custos do projeto. Ele também falou sobre como se daria a concessão dos direitos do projeto, por meio de um leilão no qual a empresa compradora seria uma espécie de parceira.

Silvestre Eduardo Rocha Ribeiro foi o último a ter a palavra e, inicialmente, também falou um pouco sobre os custos do TAV e apresentou algumas fotos ilustrativas de onde exatamente seriam os terminais dos trens. Depois, Ribeiro argumentou sobre todos os quesitos onde o trem traria benefícios: social, econômico, transporte, urbanístico e ambiental. Após o fim da apresentação de Silvestre Eduardo Rocha Ribeiro, a plateia teve a oportunidade de fazer algumas perguntas, respondidas de maneira rápida.

O evento tem uma breve pausa para o almoço e, por volta das 14 horas, voltará com uma mesa composta por Juan Frigério, do Escritório Foster & Partners, da Grã Bretanha, pela professora Dra. Raquel Rolnik, da FAU/USP, e também pelo professor Dr. Jaime Waisman, da Poli/USP, com debate zobre o efeito da construção de um trem de alta velocidade em uma cidade.
Citação de: [url=http://www.revistabrasileiros.com.br/secoes/o-lado-b-da-noticia/noticias/1154/]Brasileiros[/url]
Os impactos

Terceira mesa de debates do seminário discute questões importantes sobre impactos ambientais, humanos e sociais com a construção dos trens

A terceira mesa de debates do seminário "Brasil nos Trilhos" aprofundou bastante quais os possíveis impactos ambientais, humanos e sociais com a construção dos trens de alta velocidade. Com o tema "O efeito da construção de um trem de alta velocidade em uma cidade", a mesa contou com Juan Frigério, do Escritório Foster & Partners, da Grã Bretanha, com a professora Dra. Raquel Rolnik, da FAU/USP, além do professor Dr. Jaime Waisman, da Poli/USP.

Em inglês, Frigério ofereceu um panorama de projetos do escritório em que trabalha. Com a ajuda de slides, o arquiteto mostrou diversos trabalhos em cidades ao redor do mundo. São obras de melhorias urbanas em edifícios, aeroportos, áreas culturais, como museus, além de espaços de educação, como universidades.

Segundo Frigério, o escritório tem preocupação enorme com os impactos ambientais dos projetos, além de grande cuidado com a sustentabilidade. "É curioso estarmos aqui falando sobre o Trem de Alta Velocidade (TAV), uma forma limpa de transporte, enquanto os líderes mundiais estão em Copenhague (Dinamarca), falando sobre aquecimento global, emissão de gás carbônico", comparou.

O arquiteto apresentou modelos modernos e ultrapassados de planejamento urbano e afirmou que é preciso repensar certas ideias insustentáveis do ponto de vista ambiental, como o uso excessivo do carro em grandes cidades. "A maior parte da emissão de gás carbônico vem de transportes como o carro. Por isso, o TAV pode reduzir muito a emissão de CO2. Temos de ter visões sustentáveis", finalizou Frigério.

Em seguida, a professora Raquel Rolnik esquentou o debate, fazendo um contraponto ao projeto do TAV. Rolnik questionou várias questões em torno da construção dos trens. "Ninguém falou até agora que a cidade de Guarulhos não tem nenhum trem. E agora teremos três, mais ou menos com o mesmo trajeto", indagou.

A professora abordou, entre outros problemas, a eterna divergência política entre os níveis federal, estadual e municipal quando se fala em qualquer projeto de infraestrutura. "Se quisermos imaginar um novo patamar de desenvolvimento no nosso País, a primeira coisa que se deve mudar é o planejamento e a gestão. O que foi apresentado aqui hoje me pareceu o antiplanejamento", criticou, acrescentando que o cidadão não quer saber das discordâncias dos governantes, e sim melhorar a mobilidade urbana, um problema cada vez mais grave nas grandes metrópoles do Brasil.

"Obras de infraestrutura têm impactos grandes na vida das pessoas e precisam ser pensadas dessa perspectiva também. Tenho certeza de que o Brasil está ficando gente grande, como disse o ministro Mantega aqui, mas temos de incorporar nessa discussão algo que não foi pensado, que é o planejamento mais profundo desses projetos", encerrou Rolnik, muito aplaudida pela exposição.

"Acho que a professora Raquel esgotou as questões do presente. Então, vou falar do futuro, porque estaremos todos mortos lá e vocês não vão me cobrar pelas bobagens que eu venha a falar aqui", brincou o professor Jaime Waisman, da Poli/USP, ao começar o seu breve discurso.

Waisman fez uma breve análise do futuro da região do Vale do Paraíba com a construção dos trens. Primeiro, disse que os projetos podem transformar São Paulo e Rio de Janeiro em uma macrometrópole, como se imaginou no passado. Depois, o professor falou dos impactos positivos da construção dos trens, como o ganho de tempo em viagens, a substituição de meios de transporte poluentes, como o carro, por uma energia 100% limpa.

Para encerrar, Waisman falou dos possíveis problemas que o projeto do TAV pode trazer à região, como os grandes impactos ambientais. "Existem parques verdes no Vale do Paraíba, como os da Serra do Japi e Serra das Araras, que precisam ser preservados. A questão ambiental não pode ser tratada como problema. Ela não pode ser empurrada para debaixo do tapete, tem de ser tratada de forma consciente, séria", alertou.

O professor ainda lembrou a questão da água, pois há várias bacias hidrográficas e mananciais na região. "Se não cuidarmos, podemos comprometer o abastecimento de água para uma população enorme, além de impactos ambientais graves", disse, completando que o projeto do TAV é uma oportunidade e um desafio grande para a melhoria das cidades envolvidas.

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Re: Governo quer implantar trem-bala entre RJ e SP
« Resposta #97 Online: 02 de Fevereiro de 2010, 10:02:45 »
Indústria pede índice de nacionalização de 60% para o trem-bala

A indústria ferroviária brasileira solicitou ao governo a inclusão de um índice mínimo de nacionalização, de 60%, para o Trem de Alta Velocidade que ligará Campinas, São Paulo e Rio. O pleito dos fabricantes segue a mesma linha de outros setores, como o de petróleo e gás no caso do pré-sal.

Em jogo, segundo estimativas da Abifer (entidade que representa o segmento), um mercado de até R$ 4 bilhões entre material rodante, sinalização e uma parcela de equipamentos da via permanente.

O valor é praticamente o dobro de um faturamento do setor em um ano. Em 2009, a indústria ferroviária terminou o ano com resultado de R$ 2,1 bilhões. “Ao longo de quatro anos, é quase que 50% a mais de faturamento”, afirmou.

Vicente Abate, presidente da Abifer, acredita que a proposta será aceita, já que o índice de 60% de conteúdo nacional é o mesmo exigido pelo BNDES para praticamente todos os setores financiados pelo banco.

A Consulta Pública para a preparação do edital do Trem de Alta Velocidade foi encerrada na sexta-feira.

http://colunistas.ig.com.br/guilhermebarros/2010/02/02/industria-pede-indice-de-nacionalizacao-de-60-para-o-trem-bala/

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Re: Governo quer implantar trem-bala entre RJ e SP
« Resposta #98 Online: 15 de Abril de 2010, 09:57:33 »
Trem-bala deve gerar produção de mais de mil vagões de passageiros

Mais de mil vagões de passageiros do trem-bala poderão ser produzidos no Brasil após a implantação da linha que interligará Campinas, São Paulo e Rio, segundo previsão da Associação Brasileira da Indústria Ferroviária (Abifer).

Com isso, segundo Vicente Abate, presidente da entidade, a atratividade do projeto aos grandes fabricantes mundiais fica praticamente garantida. O projeto do Trem Bala deverá exigir a transferência de tecnologia ao País.

“Os primeiros carros virão do exterior, mas dez anos depois, conforme o estudo de demanda, será preciso dobrar o número de unidades”, afirmou.

Pelo projeto, 336 vagões serão utilizados durante os primeiros dez anos.

Nas contas da Abifer, a produção também deverá atender a outros projetos em estudo no País, como o que liga São Paulo a Belo Horizonte.

http://colunistas.ig.com.br/guilhermebarros/2010/04/15/entidade-preve-producao-de-mais-de-mil-vagoes-de-passageiros-com-o-trem-bala/

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Re: Governo quer implantar trem-bala entre RJ e SP
« Resposta #99 Online: 26 de Maio de 2010, 16:32:05 »
Subsídio ao trem-bala pode chegar a R$ 8 bilhões

Tesouro Nacional vai financiar cerca de R$ 20 bi do projeto durante 30 anos, por meio do BNDES; custo total será de R$ 34 bi

O pacote de bondades do governo federal para tornar o Trem de Alta Velocidade (TAV) atraente para o setor privado deve incluir um subsídio no financiamento que será concedido pelo Tesouro Nacional. O custo do empréstimo para a construção do trem-bala, definido em TJLP (hoje em 6% ao ano) mais 1%, poderá cair para até TJLP menos 3% se houver frustração na demanda de passageiros prevista no edital de licitação.

"Essa é uma decisão do governo para eliminar os riscos de demanda existentes no projeto", afirma o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos. Segundo ele, o objetivo é criar uma faixa de variação da taxa de juros que assegure por dez anos uma cobertura da demanda. "Trata-se de uma medida que, no nosso entender, só vai aumentar a segurança do investidor. Mas esperamos que a demanda seja atingida já no primeiro ano de operação."

O Tesouro Nacional vai financiar, por meio do BNDES, cerca de R$ 20 bilhões durante 30 anos - todo o empreendimento custará R$ 34,6 bilhões. Numa simulação simples, considerando que o fluxo de passageiros se mantenha abaixo do esperado durante os dez anos e que seja adotada TJLP menos 3%, o subsídio do governo atingiria a cifra de R$ 8 bilhões, segundo cálculos do professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Fabio Gallo.

Mas é preciso ressaltar que os juros devem variar conforme o comportamento do volume de passageiros. Se a demanda subir, a taxa também sobe, explicam especialistas. A expectativa é que, no primeiro ano de operação, o TAV, entre Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro, transporte 32,6 milhões de pessoas. Profissionais experientes na área observam, no entanto, que em outros países a demanda estimada não é atingida nos primeiros anos.

Road show

A proposta de redução dos juros foi apresentada em uma espécie de road show para os investidores interessados no empreendimento. Alguns consideraram a iniciativa positiva para diminuir os riscos do projeto.

Segundo o presidente do Grupo Trends, Paulo Benites, que auxilia o consórcio coreano, a proposta do governo de criar essa banda para o fluxo de passageiros se assemelha ao modelo usado na linha 4 do metrô de São Paulo. "Quanto menor for a demanda, maior o subsídio. É uma proteção a mais para o empreendedor. Estamos vendo com bons olhos as medidas propostas."

Além da redução dos juros, o governo estuda a possibilidade de estender o prazo de financiamento de 30 anos para 40 anos ou criar um empréstimo adicional para equilibrar as contas da empresa se houver queda de receita. Tudo isso para dar competitividade ao leilão de concessão do trem-bala.

Vários países já manifestaram interesse pelo projeto, como Espanha, Japão, China, França e Alemanha, além da Coreia. Eles aguardam a liberação do processo pelo Tribunal de Contas da União para definir a participação, ou não, na disputa.

Na avaliação do especialista Gerson Toller, diretor da feira Negócios nos Trilhos, uma das grandes dificuldades dos investidores é o fato de, praticamente, não haver históricos no mundo para fazer comparações. Ele explica que, em quase todos os países, quem construiu o trem-bala foi o governo, que repassou a administração para a iniciativa privada.

"Os dois casos privados, Eurotúnel (hoje estatal) e Taiwan, não deram certo. O Brasil deveria seguir o exemplo do metro de São Paulo e fazer uma PPP (Parceria Público-Privada)".

http://economia.ig.com.br/empresas/infraestrutura/subsidio+ao+trembala+pode+chegar+a+r+8+bilhoes/n1237636134569.html

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