Autor Tópico: Governo quer implantar trem-bala entre RJ e SP  (Lida 14572 vezes)

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Re: Governo quer implantar trem-bala entre RJ e SP
« Resposta #100 Online: 05 de Novembro de 2010, 18:37:13 »
E a novela continua....
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Alckmin negociará com Dilma novo trajeto para trem-bala

Governo paulista defende que ligação aos aeroportos de Viracopos e Guarulhos seja feita por outro tipo de trem

O governador eleito de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), vai negociar com o governo federal e a equipe de transição de Dilma Rousseff (PT) mudanças no traçado do Trem de Alta Velocidade (TAV). O próximo governo paulista quer que o TAV deixe de passar pelos aeroportos de Viracopos (Campinas) e Guarulhos. A ligação deles com São Paulo seria feita por um trem expresso separado, que trafegaria a 160 km/h.

O atual traçado do TAV prevê ligar Campinas ao Rio de Janeiro, passando obrigatoriamente por São Paulo e por Guarulhos no caminho. Mas, para a equipe que trabalha na transição do governo estadual, a melhor maneira de organizar o transporte entre os dois aeroportos e São Paulo é por meio de um trem regional, que poderia ser mais barato e ter saídas mais frequentes.

A ideia é que o TAV saia de São Paulo e, no caminho para o Rio, só tenha paradas depois da Região Metropolitana. A iniciativa privada seria responsável pela construção e administração da linha, que custaria por volta de R$ 3,5 bilhões.

Expresso Aeroporto

Caso a mudança no traçado do TAV seja aprovada, Alckmin deverá retomar um projeto que foi abandonado pelo atual governador, Alberto Goldman (PSDB). Trata-se do Expresso Aeroporto, um trem direto entre o centro de São Paulo e o Aeroporto de Guarulhos, cuja licitação não foi aberta mesmo após o edital ter sido lançado no fim do ano passado.

O motivo do abandono, segundo Goldman, havia sido a indefinição da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) sobre o terceiro terminal de Guarulhos - o que foi negado pela estatal. Agora, no entanto, o governador eleito pretende retomar o projeto, caso as negociações com o governo federal avancem. "O trem regional pode sair em intervalos até duas vezes menores que o TAV, de 10 em 10 minutos", disse Jurandir Fernandes, líder da equipe de transição.

http://ultimosegundo.ig.com.br/eleicoes/alckmin+negociara+com+dilma+novo+trajeto+para+trembala/n1237820203878.html

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Re: Governo quer implantar trem-bala entre RJ e SP
« Resposta #101 Online: 08 de Novembro de 2010, 21:51:19 »
BNDES financiará trem-bala pela TJLP por 30 anos

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou as condições que serão oferecidas, pelo banco, para o financiamento do Trem de Alta de Velocidade (TAV), que fará a interligação entre Rio de Janeiro, São Paulo e Campinas. Segundo nota divulgada hoje pela instituição, "a participação máxima de recursos públicos no financiamento será de até R$ 19,977 bilhões, atualizada pelo IPCA e limitada a 80% dos itens financiáveis pelo banco ou 60,3% do investimento total, o que for menor".

A nota esclarece que o financiamento será concedido integralmente com o custo de Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP, atualmente em 6% ao ano) acrescido de uma taxa de risco de crédito de 1% ao ano, para qualquer que seja o consórcio vencedor da licitação. O prazo de pagamento será de 30 anos, com seis meses de carência após a data prevista para o início da operação comercial. Os juros serão capitalizados durante o período de carência.

A entrega dos envelopes pelos consórcios está prevista para 29 de novembro de 2010. A sessão pública do leilão acontecerá em 16 de dezembro e a assinatura do contrato de concessão será no dia 11 de maio de 2011.

Os técnicos do BNDES argumentam, na nota, que a construção do TAV "é importante porque contribuirá para solucionar os gargalos no transporte de passageiros entre o Rio de Janeiro e São Paulo. Atualmente, a rodovia Presidente Dutra, que liga as duas cidades, opera em capacidade máxima. O mesmo ocorre com os aeroportos de Congonhas e Guarulhos".

O banco considera também que, para o consumidor, as condições do TAV "são competitivas". O valor máximo da tarifa será de R$ 199 para o trecho entre Rio e São Paulo, considerando-se o teto de R$ 0,49 por quilômetro, e a viagem terá duração de 1 hora e 30 minutos.

Em relação ao sistema tarifário, segundo a nota, "este introduzirá uma forte competição na ligação entre Rio de Janeiro e São Paulo, atualmente concentrada nas empresas aéreas. Os preços cobrados pelas companhias de aviação têm atingido até R$ 1,72 por quilômetro, muito superior à tarifa teto de R$ 0,49 por quilômetro fixada no edital".

A perspectiva, de acordo com o BNDES, é que o trem-bala deverá transportar, inicialmente, 32 milhões de passageiros por ano e gerar receitas totais de mais de R$ 2 bilhões por ano. O prazo de implantação previsto é de seis anos. A estimativa de demanda, esclarece a nota, foi feita pelo consórcio Halcrow-Sinergia, vencedor da licitação internacional para a realização do estudo sobre o TAV.

http://www.istoedinheiro.com.br/noticias/40519_BNDES+FINANCIARA+TREMBALA+PELA+TJLP+POR+30+ANOS

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Re: Governo quer implantar trem-bala entre RJ e SP
« Resposta #102 Online: 25 de Novembro de 2010, 15:45:28 »
ANTT deve decidir até amanhã se adia leilão do trem-bala

O presidente da Associação Brasileira da Indústria Ferroviária (Abifer), Vicente Abate, afirmou hoje que o governo dará uma resposta até amanhã se acatará ou não o pedido de adiamento do leilão do Trem de Alta Velocidade (TAV), o trem-bala que interligará Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro.

Abate esteve reunido no final da manhã com o diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Bernardo Figueiredo, para discutir o documento encaminhado pela associação, solicitando o adiamento do leilão por seis meses. Abate reafirmou que as entidades e seus associados têm interesse no projeto do trem-bala, mas que a mudança da data permitiria uma melhor avaliação da proposta e poderia garantir uma presença maior de concorrentes na disputa.

A entrega das propostas pelos consórcios tem prazo até 29 de novembro e o leilão de concessão está previsto para 16 de dezembro.

http://www.istoedinheiro.com.br/noticias/42177_ANTT+DEVE+DECIDIR+ATE+AMANHA+SE+ADIA+LEILAO+DO+TREMBALA

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Offline Spitfire

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Re: Governo quer implantar trem-bala entre RJ e SP
« Resposta #103 Online: 25 de Novembro de 2010, 16:35:58 »
Sp pode entrar com o trem... a bala já esta correndo solta no RJ.  ::) :no: |(

Offline Diegojaf

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Re: Governo quer implantar trem-bala entre RJ e SP
« Resposta #104 Online: 25 de Novembro de 2010, 16:42:24 »
Sp pode entrar com o trem... a bala já esta correndo solta no RJ.  ::) :no: |(
Seu podre. Roubou minha piada... ¬¬
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

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Re: Governo quer implantar trem-bala entre RJ e SP
« Resposta #105 Online: 25 de Novembro de 2010, 17:26:18 »
Brasileiras podem deixar consórcio coreano do trem-bala

Considerado favorito na disputa pelo trem-bala brasileiro, o consórcio coreano poderá sofrer baixas. Segundo fontes ligadas ao processo, algumas empresas ainda não conseguiram entrar em acordo com os líderes do grupo e estariam prestes a desistir do negócio. Entre elas, estão as construtoras Contern (do Grupo Bertin), Galvão Engenharia e Carioca.

Um dos principais pontos de discórdia é a exigência dos coreanos de que as companhias brasileiras assumam mais responsabilidades no consórcio e aumentem a participação em dinheiro. Até o início da semana, o grupo era composto por 20 companhias, sendo 10 estrangeiras e 10 nacionais (entre elas Galvão, Carioca, Constran, S.A. Paulista, Toniolo, C.R. Almeida e Contern). A Contern foi a única empresa a responder ao pedido de entrevista feito pelo Estado. A empresa afirmou apenas que 'ainda está analisando os aspectos jurídicos e comerciais' do projeto.

Já os representantes do consórcio coreano afirmaram que não podem falar dos sócios por causa das cláusulas de confidencialidade, mas destacaram que conseguiram um novo parceiro no País. Segundo fontes, além dessa empresa, quem ficar no consórcio terá aumento das participações.

O grupo coreano é visto no mercado como o mais forte para levar a concessão do Trem de Alta Velocidade (TAV), entre Campinas, São Paulo e Rio. No último ano, os asiáticos gastaram quase R$ 20 milhões em estudos e sondagens nas áreas onde o empreendimento vai passar.

O apetite parece tão forte que o grupo foi o único a não pedir ao governo o adiamento do processo. A entrega da proposta financeira deverá ser feita na segunda-feira - isso se o governo não sucumbir à pressão feita por outros grupos.

Nos últimos dias, o Ministério dos Transportes, Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e Casa Civil receberam vários pedidos de prorrogação dos prazos da licitação.

Entre eles, estão os feitos pelo Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários (Simefre), Associação Brasileira da Indústria Ferroviária (Abifer) e Associação Paulista de Empresários de Obras Públicas (Apeop).

Eles argumentam que não tiveram tempo suficiente para elaborar as propostas financeiras e fazer um projeto adequado para um empreendimento do tamanho do TAV, calculado em R$ 33 bilhões.

Até ontem à noite, franceses, alemães, canadenses e japoneses, detentores de tecnologia de trens de alta velocidade, ainda não haviam decidido se participariam ou não do processo de licitação. Entre as grandes construtoras, havia o mesmo clima de indefinição.

http://estadao.br.msn.com/economia/artigo.aspx?cp-documentid=26493184

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Re: Governo quer implantar trem-bala entre RJ e SP
« Resposta #106 Online: 26 de Novembro de 2010, 16:12:42 »
Traçado do trem-bala atravessa mais de 300 áreas de mineração

Caminho ainda é preliminar, mas gera protestos de mineradoras, que falam em desabastecimento de material de construção

Além de dividir ao meio um hospital e a sede uma prefeitura, passando também por mananciais, um campo de golfe e condomínios residenciais de luxo, o traçado do trem-bala atravessa mais de 300 áreas com processos de mineração. São regiões que já produzem, outras que abrigam pesquisas, algumas requeridas para lavra, em processo de licenciamento ou colocadas em disponibilidade pelo próprio governo para atividades de extração mineral no estado de São Paulo.


O traçado previsto para o trem-bala

Dezenas de tipos de substâncias minerais estão no caminho do primeiro Trem de Alta Velocidade (TAV) do País, entre as quais ouro, caulim, argila, bauxita, granito, calcário, areia. O levantamento, entregue pelas mineradoras à Agência Nacional dos Transportes (ANTT), a partir de dados do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), não inclui processos minerários no território do Rio de Janeiro, estado bem mais mosdesto em atividades deste tipo. O trajeto de 511 quilômetros de extensão cortará 38 cidades para levar passageiros de Campinas ao Rio de Janeiro, passando por São Paulo.

O desenho ainda não é definitivo: para manter as premissas de custos e outras questões poderá ser alterado em até um quilômetro para cada lado da ferrovia. A margem, porém, é insuficiente para tirar o trem do caminho de inúmeros empresários, governantes, ambientalistas e famílias insatisfeitas com a perspectiva de remoção. Orçado em R$ 34,6 bilhões - há quem diga que pode chegar ao dobro deste valor conforme as contingências que teriam sido excluídas do traçado original -, o empreendimento deve ser licitado em 16 de dezembro, segundo o cronograma atual. A entrega das propostas dos interessados em participar do leilão está prevista para o próximo dia 29.

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As mineradoras relatam que o caminho do trem, onde está, vai interromper importantes projetos de mineração, muitos já em produção. E poderá provocar desabastecimento de materiais de construção – dada a quantidade de projetos de infraestrutura alavancados pelo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), pelo Minha Casa Minha Vida, além das Olimpíadas de 2016 e a Copa do Mundo de 2014. Também alertam o governo para os riscos com a segurança da operação da ferrovia.

De acordo com o Sindicato da Indústria de Mineração de Pedra Britada do Estado de São Paulo (Sindipedras), os estudos preliminares que culminaram no traçado do trem-bala não abordaram a questão da estabilidade do solo em áreas em bacias com material fino, como areia e também não consideraram a distância exigida pelas vibrações resultantes do uso de explosivos nas áreas de frente de lavra.

Perigo de pedras no caminho

Como resposta, a ANTT publicou em seu site a possibilidade de alterar trechos que atravessam as pedreiras. O trem-bala deve se desviar das pedras no caminho, em caso de risco para a operação. “O Traçado Proposto deverá desviar de pedreiras, pois há limitações técnicas à passagem do TAV Rio de Janeiro - Campinas por trechos sujeitos a explosões com dinamite a distância relativamente curta, em face de vibrações e
estilhaços de rochas, que implica a desativação total dessa atividade mineraria, envolvendo potencial de indenizações de alto valor”.

Para os representantes da indústria, porém, não ficou claro onde o traçado será alterado, já que são inúmeros pontos de exploração distribuídos em municípios como Santa Isabel, São Paulo, Arujá, Guararema. “O governo ainda não nos deu resposta. Quem vai tratar desses assuntos será a concessionária que vencer a licitação”, informa Sandra Maia, que representa as mineradoras por meio do Sindicato das Indústrias de Extração de Areia de São Paulo (Sindareia).

Indenizações subestimadas?

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), ator fundamental na elaboração dos estudos do trem-bala, reitera que o projeto de engenharia ainda não está pronto e sua responsabilidade “caberá, inteiramente à concessionária do TAV a responsabilidade pela realização do projeto de engenharia, assim como pelos custos finais do empreendimento”. “Os estudos sobre o TAV possuem caráter referencial e não vinculam as estimativas de custo do empreendimento”, acrescenta o banco de fomento em resposta ao iG. “Em função disso, os custos de desapropriação e reassentamento serão calculados a partir do novo traçado proposto pelos licitantes”.

Os estudos preliminares não discriminam as despesas com as mineradoras. Os custos socioambientais consumirão cerca de 10% do valor do projeto - cerca de R$ 3,9 bilhões. A cifra, que inclui gastos com indenizações, compra de terras e compensações ambientais, é considerada insuficiente por empresas e políticos que estão no meio do caminho do TAV. “O custo de desapropriações será substancialmente elevado, dada a existência não apenas de empresas em funcionamento, mas também de jazidas já requeridas, em fase de pesquisa ou de obtenção de portaria de lavra junto ao DNPM, as quais deverão ser indenizadas, como determina a lei.”

Areia abastece 70% de São Paulo

Segundo o Sindipedras, os empreendimentos no meio do traçado respondem por reservas de minerais de 800 milhões de toneladas de pedras para a construção civil, com vida últil de mais de 100 anos. E geram um total de 800 empregos diretos.

Já a areia produzida no Vale do Paraíba abastece 70% do mercado de areia para a construção civil da região metropolitana de São Paulo. “O eventual choque da implantação da ferrovia sobre expressiva parcela de minerações irá acarretar como conseqüência inevitável, além de impacto sobre abastecimento do produto, danos econômicos e sociais de grave monta, uma vez que a atividade é responsável por boa parte da movimentação economico-financeira daquelas regiões, gerando inúmeros empregos diretos e indiretos”.

Hospital e prefeitura ao meio

Bonfílio Alves Ferreira, secretário de meio ambiente de Caieiras, uma das cidades mais afetadas pelo traçado, afirma que a estimativa de custo do projeto não reflete a realidade da obra, porque os estudos ainda são muito preliminares. “No edital não está previsto fornecimento de sistema de energia, não há estudos suficientes de geotecnia. A opção ferroviária é corretíssima, mas não desse jeito. Tem que ter todos os custos definidos e esclarecidos. Para mim isso é uma aventura grave que não poderia estar acontecendo”, opina.

Pelo desenho atual, o trem-bala passará no meio de uma maternidade construída há apenas dois anos em Caieiras. O mesmo acontece com a sede da Prefeitura. O desvio de um quilômetro previsto no estudo, jogaria a linha do trem nos municípios vizinhos. “Se for para um lado, acaba com Franco da Rocha e, se for por outro, passa por cima de Cajamar”, cita outro funcionário.

Em Itupeva, o trem-bala atravessaria um campo de golfe e um condomínio de luxo. O diretor de Obras da cidade, Francisco Adolfo de Arruda Fanchini, enviou manifesto à ANTT para alertar sobre os riscos e os prejuízos que implicam o traçado. Segundo ele, empreendimentos imobiliários foram interrompidos pelas incertezas do projeto do trem.

http://economia.ig.com.br/empresas/infraestrutura/tracado+do+trembala+atravessa+mais+de+300+areas+de+mineracao/n1237839517149.html

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Re: Governo quer implantar trem-bala entre RJ e SP
« Resposta #107 Online: 26 de Novembro de 2010, 18:54:13 »
Projeto do trem-bala é adiado para abril de 2011

Entrega das propostas estava prevista para segunda-feira

O governo decidiu adiar para o dia 11 de abril a entrega das propostas do leilão do trem-bala, que ligará as cidades de São Paulo, Campinas e Rio de Janeiro. O leilão foi marcado para o dia 29 de abril.

A decisão foi anunciada pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). O adiamento atende a inúmeros pedidos de investidores.


Trem-bala coreano: consórcio era apontado como o único apto a entregar na segunda-feira propostas para leilão nas atuais condições

A entrega das propostas estava prevista para próxima segunda-feira, com o leilão marcado para o dia 16 de dezembro. Com a mudança, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) terá de reconhecer em seu balanço de quatro anos, a ser divulgado em dezembro, que sua obra de maior valor terá de sofrer um novo adiamento.

O projeto do trem-bala recebeu críticas de representantes de consórcios formados por empresas estrangeiras e grandes empreiteiras. A decisão dada pela ANTT aconteceu depois de encontro do diretor-geral, Bernardo Figueiredo, com investidores na sede do órgão em Brasília. Estiveram presentes na reunião representantes de seis tecnologias distintas para operação do TAV, o trem de alta velocidade – fabricantes da Espanha, França, Alemão, Japão, China e Coreia do Sul. Compareceu também o consórcio Invepar, que reúne os fundos de pensão da Previ, Petros, Funcef e a empreiteira OAS.

O consórcio liderado por empresas coreanas foi o único que se manifestou publicamente a favor das regras do edital. O grupo reunia 22 empresas. "Há uma certa decepção", diz o representante do TAV Brasil, Paulo Benites. "Trabalhamos duro para cumprir o prazo anterior, mas continuamos interessados no projeto". Com mais tempo, a formação do consórcio divulgada hoje poderá ser alterada com a entrada de mais empresas. Benites evitou comentar a desistência da construtora Contern, do grupo Bertin.

Os consórcios japonês, chinês, alemão, entre outros, desistiram do projeto dadas as alterações recentes das regras. Segundo afirmaram fontes ligadas a essas empresas, o projeto, orçado em R$ 33,1 bilhões, subestimou os custos e superavaliou as projeções de demandas por passageiros. Recentemente, o governo permitiu a entrada dos fundos de pensão e o subsídio de R$ 5 bilhões por parte do BNDES para cobrir eventuais projeções de queda de demanda.

Justificativa da ANTT

Depois de passar a semana inteira negando que cancelaria o projeto, o diretor-geral da ANTT justificou que o adiamento foi tomado por causa da "firme convicção" do governo federal de que novos interessados aparecerão para apresentar propostas.

“O governo recebeu manifestações concretas e objetivas de grupos empresariais que confirmaram o interesse no projeto, mas demandaram prazo adicional”, disse Bernardo Figueiredo. Ele admitiu que apenas um consórcio - o dos coreanos - iria apresentar proposta pelo projeto do trem-bala.

"Temos a consciência de que penalizamos um consórcio que se esforçou para apresentar uma proposta na segunda-feira", disse Figueiredo em conversa com os jornalistas, depois da reunião com os investidores. Segundo uma das pessoas presente à reunião, Figueiredo dirigiu-se aos representantes dos coreanos com um pedido de desculpas pelo adiamento.

Figueiredo afirmou que quatro grupos empresariais, além do coreano, podem participar da concorrência pelo trem-bala. Mas, segundo ele, esses grupos poderão se unir em determinados grupos.

Ajustes no edital

O diretor-geral da ANTT descartou a possibilidade de mudanças nas regras do edital, mas disse que poderá ocorrer ajustes no texto para esclarecimento de determinadas questões. Ele não deu maiores esclarecimento sobre os "retoques" nas regras.

Segundo Figueiredo, a prorrogação da data do leilão não compromete os prazos para o início e conclusão das obras do trem-bala. O início das obras depende da concessão da licença prévia ambiental, que, segundo ele, poderá ser obtida ainda em 2011, como previsto em anteriormente.

Bernardo Figueiredo diz que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva entendeu como melhor decisão adiar a data diante da probabilidade de ter um leilão mais competitivo.

http://economia.ig.com.br/empresas/infraestrutura/exclusivo+projeto+do+trembala+e+adiado+para+abril/n1237840293640.html

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Offline uiliníli

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Re: Governo quer implantar trem-bala entre RJ e SP
« Resposta #108 Online: 26 de Novembro de 2010, 18:56:54 »
Sp pode entrar com o trem... a bala já esta correndo solta no RJ.  ::) :no: |(

Parece uma divisão justa :biglol:

Offline Geotecton

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Re: Governo quer implantar trem-bala entre RJ e SP
« Resposta #109 Online: 27 de Novembro de 2010, 01:30:10 »
Qual é a demanda e a que públicos atenderá o trem-bala para que se que justifique todo o enorme gasto?
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Offline uiliníli

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Re: Governo quer implantar trem-bala entre RJ e SP
« Resposta #110 Online: 27 de Novembro de 2010, 01:33:33 »
Qual é a demanda e a que públicos atenderá o trem-bala para que se que justifique todo o enorme gasto?

À tarifa de 200 reais não vai ser o trabalhador comum que vai fazer uso quotidiano desse meio de transporte. O trem bala vai concorrer é com a ponte aérea. Mas eu me pergunto se o dinheiro não seria melhor investido ampliando-se os aeroportos.

Offline Geotecton

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Re: Governo quer implantar trem-bala entre RJ e SP
« Resposta #111 Online: 27 de Novembro de 2010, 01:56:07 »
Qual é a demanda e a que públicos atenderá o trem-bala para que se que justifique todo o enorme gasto?

À tarifa de 200 reais não vai ser o trabalhador comum que vai fazer uso quotidiano desse meio de transporte. O trem bala vai concorrer é com a ponte aérea. Mas eu me pergunto se o dinheiro não seria melhor investido ampliando-se os aeroportos.

Ou melhorando a malha ferroviária de tal modo que permitisse o transporte de cargas e também de passageiros, estes em trens muito mais velozes que os nossos, embora mais lentos que os trens-bala, tais como os usados pela Amtrack em algumas rotas nos EUA.
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Re: Governo quer implantar trem-bala entre RJ e SP
« Resposta #112 Online: 02 de Dezembro de 2010, 15:25:00 »
Adiamento do trem-bala favorece debate que ainda não houve sobre custo-oportunidade do projeto
 
Com os R$ 33 bilhões da obra dá para duplicar as malhas de metrô de São Paulo e do Rio e aumentar o calado de oito portos

Receoso de que pudesse faltar competição, o governo adiou do dia 16 para 29 de abril o leilão para a escolha do consórcio que vai construir e operar o trem-bala entre São Paulo-Rio-Campinas, com estações nos aeroportos do Galeão, de Guarulhos e de Viracopos.

É um projeto grandioso, caro e polêmico, orçado em R$ 33 bilhões, estimativa que pode dobrar, segundo outras fontes, inclusive a da consultoria inglesa que fez o primeiro estudo de massa. A idéia é que a obra esteja pronta até 2015, a tempo de ser inaugurada como vitrine das realizações brasileiras antes das Olimpíadas no Rio.

A repercussão do adiamento tomou o que representa outra chance de discussão sobre a oportunidade do projeto como sinal de recuo do governo diante das pressões dos grupos interessados em disputar a concessão. Houve as duas coisas. Se o leilão fosse mantido no dia combinado, o provável é que se apresentasse apenas o consórcio que reúne o fabricante de trens de alta velocidade, conhecidos por TAV, da Coréia do Sul a empreiteiros e investidores nacionais.

A expectativa é que a obra atraia fabricantes do Japão, França, China e Espanha, países detentores da tecnologia do TAV, assim como a Coréia. Todos foram convidados pelo governo a considerar os termos do projeto, inclusive a premissa de repasse de tecnologia.

As incertezas atribuídas às eleições, mais que desinteresse pelas condições do leilão, explicam a relutância dos grupos potenciais. O projeto tem riscos, o maior dos quais é o de jamais alcançar o ponto de equilíbrio entre a receita e despesa - mais ainda durante o período de amortização do investimento, já considerando o prazo de carência. Mas o governo oferece condições excepcionais.

O consórcio vencedor se habilita a um financiamento do BNDES, com juros favorecidos, de até R$ 19,8 bilhões. A garantia é o próprio ativo, ou seja, a concessão. Insuficiências de receita oriundas de frustração do tráfego poderão ser compensadas, já que, conforme os termos do edital do leilão, há teto para a cobrança de tarifas.

Os riscos de algum modo estão mitigados para o investidor. Para o contribuinte, tais condições são menos claras. Em países com obras desse porte normalmente o empreendimento é 100% estatal, o que faz o custo ficar transparente. Aqui se optou pela empresa privada com financiamento por meio de banco público e garantia estatal, modelo que torna o custo social do projeto muito mais opaco.

As obras com R$ 33 bi

A questão relevante não é de natureza financeira. O que importa - e ainda está pouco discutido, especialmente no Congresso -, é o custo-oportunidade do trem-bala vis-à-vis as outras prioridades. O coordenador do núcleo de Infraestrutura e Logística da Fundação Dom Cabral, Paulo Tarso Resende, estimou, em artigo recente, uma lista impressionante de projetos equivalentes a um trem-bala, se tomássemos o custo do projeto como uma medida monetária.

Um trem-bala a R$ 33 bilhões equivale ao custo somado do aumento do calado de oito portos, incluindo os de Santos e Paranaguá, mais a duplicação das malhas de metrô de São Paulo e do Rio, com acesso aos aeroportos de Guarulhos e Galeão.

Com a mobilidade urbana nas duas capitais à beira do colapso – com congestionamentos de 120 a 180 quilômetros diários nas horas de pico em São Paulo -, não há só um problema viário, mas de saúde pública gravíssimo.

As outras prioridades

A análise do especialista da Fundação Dom Cabral merece reflexão. “Todas as regiões têm suas necessidades e dividir os recursos para resolver gargalos diversos é uma demonstração de gestão pública avançada e mais comprometida com a eficiência e competitividade”, ele escreveu.

Quais prioridades? Além do caos urbano, ele enumera o aumento da densidade ferroviária, principalmente nas fronteiras agrícolas, a duplicação das principais rodovias do Sudeste, Sul e Centro-Oeste, melhoria dos acessos na entrada das cidades e a mais falada que executada ampliação dos aeroportos. A lista continua.

Plano, cadê o plano?

Duas questões aparecem como notas de rodapé dos megaprojetos que o governo fincou para os sucessores, no plural, pois vão alem de um mandato de quatro anos.

A primeira é que demandam pouca mão-de-obra depois da construção ou empregos muito específicos, o caso do trem-bala e pré-sal.

Segundo, tais projetos levarão a taxa de investimentos em quatro anos a 23%/26% do PIB, sem que se saiba o plano de consistência para integrá-los à estabilidade macroeconômica. O adiamento do leilão é o último trem para que se faça esse debate.

A polêmica do traçado

O que há a discutir não é só a prioridade do trem-bala, mas mesmo o seu propósito. Para o desenvolvimento não deve ser. Até hoje não há coisa assim no Canadá e EUA, países desenvolvidos com dimensões continentais.

Onde há, como no Japão, une regiões harmônicas – tal como pensado na campanha do senador Aloizio Mercadante ao governo de São Paulo, em 2006. A idéia era unir o triângulo Campinas, São José dos Campos, São Paulo. Depois, Sorocaba. Olhe-se a fotografia noturna dessa região no Google Earth: é uma mancha urbana única.

O trem-bala desconcentraria a ocupação urbana para onde há grande oferta de terrenos e maior qualidade de vida, aliviando as áreas centrais. A linha SP-Rio passa pela Serra das Araras, de proteção ambiental, e une cidades sem conexão urbana. Então, para quê?
 
http://www.cidadebiz.com.br/conteudo_detalhes.asp?id=54006

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Re: Governo quer implantar trem-bala entre RJ e SP
« Resposta #113 Online: 15 de Junho de 2011, 17:17:09 »
Secretário descarta adiamento do leilão do trem-bala

Segundo Marcelo Perrupato, secretário nacional de Políticas de Transporte, processo ocorrerá mesmo se houver apenas um

O secretário nacional de Políticas de Transporte, Marcelo Perrupato, afirmou nesta quarta-feira que não há previsão de novo adiamento do leilão do Trem de Alta Velocidade (TAV), previsto para ocorrer em 29 de julho. A data limite para entrega das propostas, no entanto, é 11 de julho. "Até ontem, quando conversei com o Bernardo (Bernardo Figueiredo, presidente da ANTT), não havia nenhuma novidade em relação a esse assunto", disse, após participar de painel em encontro de logística e transporte, realizado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

Perrupato afirmou ainda que gostaria que mais de um grupo participasse da concorrência, mas admitiu que, se apenas um consórcio apresentar proposta, o processo transcorrerá normalmente. O executivo ressaltou que o traçado proposto no edital é apenas referencial e que o grupo que vencer a disputa poderá aprimorar o trajeto, desde que mantenha os pontos de passagem definidos previamente. "A definição do traçado vai depender também da tecnologia a ser utilizada pelo consorcio vencedor", ressaltou.

O projeto completo do TAV, que ligará Rio de Janeiro, São Paulo e Campinas (SP), tem prazo estabelecido no edital para ser concluído em até seis anos. Ontem, o presidente da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Bernardo Figueiredo, afirmou que há quatro empresas de tecnologia interessadas em participar da licitação, mas não citou nomes.

http://economia.ig.com.br/empresas/infraestrutura/secretario+descarta+adiamento+do+leilao+do+trembala/n1597030479866.html

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Re: Governo quer implantar trem-bala entre RJ e SP
« Resposta #114 Online: 11 de Julho de 2011, 19:48:31 »
Sem interessados, leilão do trem-bala fracassa

O leilão do trem da alta velocidade fracassou. Nenhum grupo se apresentou na concorrência nesta segunda-feira, data marcada para as empresas entregarem seus envelopes com suas propostas.

O evento ocorreu na Bolsa de Valores de São Paulo. As propostas deveriam ter sido entregues até as 14h desta segunda-feira.

Entretanto, apenas grupos que detêm tecnologia --e que estavam interessadas em atuar como fornecedoras-- estiveram na Bovespa para verificar se havia ou não interessados no empreendimento --entre os quais estavam franceses da Alstom, japoneses da Mitsui e sul-coreanos, além de dois outros grupos que não quiseram se identificar.

Uma comissão iria receber os documentos, em envelopes lacrados, que seriam encaminhados nesta tarde à ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) e abertos no dia 29, data marcada para o leilão.

A ANTT confirmou hoje que nenhuma empresa entregou proposta. O governo decidiu manter a data dele, mesmo com novas exigências do TCU (Tribunal de Contas da União) e três pedidos oficiais de adiamento.

Venceria o leilão quem oferecesse a menor tarifa para os serviços, a partir de uma tarifa-teto fixada em R$ 199,73.



Reportagem da Folha do dia 7 mostrou que as cinco grandes empreiteiras do país só aceitavam entrar com R$ 3 bilhões de capital próprio no trem-bala. O valor é próximo de 5% do custo calculado por elas para o projeto.

O governo calculou que o custo do projeto estaria hoje em R$ 38 bilhões. O governo se compromete a ser sócio com cerca de R$ 4 bilhões, emprestaria outros R$ 22 bilhões via BNDES (com possibilidade de subsídio de R$ 5 bilhões) e colocaria ainda recursos estimados no mercado entre R$ 3 bilhões e R$ 5 bilhões, via fundos de pensão e empresas públicas.

O projeto do trem-bala prevê a ligação das cidades de Campinas, São Paulo e do Rio de Janeiro. Com cerca de 500 quilômetros (km) de extensão, vai passar por aproximadamente 40 municípios.

Na última sexta-feira, o diretor-geral da ANTT, Bernardo Figueiredo, garantiu que o certame não seria adiado e que não haverá mudanças no edital.

"A decisão é de não mudar nada", disse Figueiredo.

Perguntado sobre o risco de uma licitação vazia, caso nenhum concorrente entregue propostas nesta segunda-feira, Bernardo afirmou que não havia sinalização de que um adiamento melhore as condições do leilão.

http://www1.folha.uol.com.br/mercado/941882-sem-interessados-leilao-do-trem-bala-fracassa.shtml

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Re: Governo quer implantar trem-bala entre RJ e SP
« Resposta #115 Online: 13 de Julho de 2011, 14:28:21 »
Estatal pode administrar trem-bala

A operação e manutenção do trem-bala pode acabar nas mãos do governo federal. Diante da dificuldade de conseguir do setor privado o compromisso de assumir uma série de riscos envolvidos na operação, o Palácio do Planalto pode jogar para a Etav, estatal criada para ser sócia do empreendimento, uma parcela maior de responsabilidade sobre o trem que ligará Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro.

No modelo original da licitação, que fracassou, a estatal entraria como sócia das empreiteiras e da empresa fornecedora da tecnologia do trem-bala. A participação da Etav na gestão do negócio seria limitada. Agora, o governo estuda ampliar a participação da estatal.

O Estado apurou que uma das alternativas é encontrar um sócio privado para operar a linha em parceria com a estatal. A empresa, uma sociedade anônima de capital fechado, onde a União terá maioria das ações, teve a criação autorizada em maio, depois de aprovação de projeto de lei pelo Congresso.

A definição da operadora da linha será feita na primeira fase da licitação, que deve ocorrer no início de 2012. A estatal será vinculada ao Ministério dos Transportes e ainda terá os detalhes de sua atuação regulamentados. A lei que cria a empresa prevê que a Etav poderá 'administrar e explorar o patrimônio relacionado ao transporte ferroviário de alta velocidade, quando couber', além de tarefas como a responsabilidade pela obtenção de licença ambiental. A empresa cuidaria ainda de desapropriações.

A possibilidade de a Etav operar o trem-bala ou futuras linhas de alta velocidade é admitida 'em caráter excepcional', em caso de falência da operadora, por exemplo. Mas a própria lei prevê a participação da empresa como sócio ou acionista minoritária em outras sociedades.

No modelo original, a Etav já bancaria custos estimados em R$ 3,4 bilhões, sobretudo por meio de gastos com desapropriações. No novo modelo, a participação estatal poderá crescer.

No caminho da carga. A fórmula apresentada segunda-feira pela ANTT para tirar o trem-bala do papel não é nova. Ela segue a lógica do modelo que será adotado no setor ferroviário de carga, com a figura da empresa que cuida da infraestrutura e manutenção da via e com o operador da linha. A diferença é que, ao contrário do transporte de carga que admitirá várias empresas usando a via férrea, o TAV terá apenas um operador. É ele que deverá assumir o risco de demanda.

Mas os investidores ainda têm uma série de dúvidas em relação aos planos do governo. Eles não sabem, por exemplo, como será feita a conexão entre a primeira e a segunda licitação. 'Se o preço do projeto for superior ao previsto no atual edital, quem vai bancar a diferença?', questionam fontes ligadas ao projeto.

Além disso, não se sabe quem vai arcar com os gastos do projeto executivo, que custará em torno de 5% do valor total do projeto. 'Esse custo estará no preço das empresas que disputarão a primeira etapa?', indaga o presidente da Associação Paulista de Empresários de Obras Públicas (Apeop), Luciano Amadio.

http://estadao.br.msn.com/economia/estatal-pode-administrar-trem-bala

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Offline Sergiomgbr

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Re: Governo quer implantar trem-bala entre RJ e SP
« Resposta #116 Online: 13 de Julho de 2011, 15:18:23 »
Esse trem bala podia ser um metrosão bala, assim seriam pagas menos desapropriações. :umm:
Até onde eu sei eu não sei.

Offline _tiago

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Re: Governo quer implantar trem-bala entre RJ e SP
« Resposta #117 Online: 14 de Julho de 2011, 09:14:42 »
Eu ainda prefiro uma malha ferroviária ligando BH, Sp, Interior de Sp, Curitiba e Rio, isso só de início, ao invés de uma linha cara e restrita que liga pouca coisa.

Offline Geotecton

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Re: Governo quer implantar trem-bala entre RJ e SP
« Resposta #118 Online: 14 de Julho de 2011, 09:51:58 »
Eu ainda prefiro uma malha ferroviária ligando BH, Sp, Interior de Sp, Curitiba e Rio, isso só de início, ao invés de uma linha cara e restrita que liga pouca coisa.

Usando um sistema de transporte de passageiros aos moldes da Amtrak no nordeste do EUA.
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Offline Derfel

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Re: Governo quer implantar trem-bala entre RJ e SP
« Resposta #119 Online: 14 de Julho de 2011, 15:55:42 »
Independente da viabilidade ou não do projeto, a sensação que tenho é que o empresariado brasileiro não é muito afeito a empreendimentos de risco, o que acaba sobrando para o poder público, que cria um serviço, desenvolve e depois repassa pronto para a iniciativa privada através de privatizações.

Offline Geotecton

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Re: Governo quer implantar trem-bala entre RJ e SP
« Resposta #120 Online: 14 de Julho de 2011, 16:22:53 »
Independente da viabilidade ou não do projeto, a sensação que tenho é que o empresariado brasileiro não é muito afeito a empreendimentos de risco, o que acaba sobrando para o poder público, que cria um serviço, desenvolve e depois repassa pronto para a iniciativa privada através de privatizações.

Uma das coisas que contribui para esta "aversão" ao risco é a tradição de não cumprimento dos contratos, ou das "regras do jogo" no jargão empresarial, por parte do Estado.
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Re: Governo quer implantar trem-bala entre RJ e SP
« Resposta #121 Online: 14 de Julho de 2011, 16:52:25 »
Independente da viabilidade ou não do projeto, a sensação que tenho é que o empresariado brasileiro não é muito afeito a empreendimentos de risco, o que acaba sobrando para o poder público, que cria um serviço, desenvolve e depois repassa pronto para a iniciativa privada através de privatizações.

Uma das coisas que contribui para esta "aversão" ao risco é a tradição de não cumprimento dos contratos, ou das "regras do jogo" no jargão empresarial, por parte do Estado.
Ou então a idéia de que por ser uma necessidade (pública ou política), o governo há de ceder para ter a obra.

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Offline Liddell Heart

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Re: Governo quer implantar trem-bala entre RJ e SP
« Resposta #122 Online: 14 de Julho de 2011, 16:56:46 »
Independente da viabilidade ou não do projeto, a sensação que tenho é que o empresariado brasileiro não é muito afeito a empreendimentos de risco, o que acaba sobrando para o poder público, que cria um serviço, desenvolve e depois repassa pronto para a iniciativa privada através de privatizações.

Uma alternativa seria dar liberdade para empresas estrangeiras, desregulando um pouco o fluxo de investimentos, ou acabar com nossa burocracia, que é cara, lenta e corrupta.
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Offline Geotecton

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Re: Governo quer implantar trem-bala entre RJ e SP
« Resposta #123 Online: 17 de Julho de 2011, 09:44:45 »
Independente da viabilidade ou não do projeto, a sensação que tenho é que o empresariado brasileiro não é muito afeito a empreendimentos de risco, o que acaba sobrando para o poder público, que cria um serviço, desenvolve e depois repassa pronto para a iniciativa privada através de privatizações.

Uma alternativa seria dar liberdade para empresas estrangeiras, desregulando um pouco o fluxo de investimentos, ou acabar com nossa burocracia, que é cara, lenta e corrupta.

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Re: Governo quer implantar trem-bala entre RJ e SP
« Resposta #124 Online: 18 de Julho de 2011, 18:15:22 »
E com a nossa corrupção.
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