Temos assistido nos últimos dias a escalada da obscena campanha de desestabilização desencadeada pelas potências imperialistas, Grande Satã à testa, contra a indômita República Islâmica do Irã. É ominoso propósito dos auto-nomeados ‘Senhores do Universo’ obstar o desenvolvimento econômico autônomo e soberano do país em tela, impedindo-lhe o pleno acesso à energia nuclear, recurso com o qual o país tenciona diversificar sua infra-estrutura energética , tornando-se menos dependente da importação de combustível, uma vez que o refino de petróleo para tais fins torna-se a cada ano mais oneroso; assim sendo, querem os odiosos imperialistas levar a orgulhosa nação persa às barras do Conselho de Segurança da ONU, para assim apensar a chancela de uma pretensa legitimidade jurídica às sanções econômicas com que pretendem sufocar a ummah iraniana. Afortunadamente, contudo, a República Islâmica do Irã, representada pelo corajoso governo do presidente Mahmoud Ahmadinejad (cognominado como ‘ultra conservador’ pela mídia mainstream em sintomática operação de diversionismo conceitual , pois se trata de um legítimo reformador), bem como sob a sábia égide do Ayatullah Khamenei, tem resistido valentemente a tais tentâmenes de chantagem.
Reiteradas vezes tem a República Islâmica do Irã asseverado não ser de seu talante a criação de um arsenal de armas atômicas, mas tão somente o emprego pacífico de tal tecnologia; não obstante, ainda que o país pretendesse levar a cabo um programa de armamento nuclear, isto lhe seria de lídimo e irreprochável direito, pois trata-se de decisão que compete tão somente à escolha soberana de cada nação, e não à ultrajante empáfia dos que se arrogam em donos do planeta. Destarte, tem a República Islâmica do Irã incontrastável direito à posse de dispositivos bélicos atômicos, caso julgue ser tal medida necessária à defesa de sua integridade territorial.
Ademais, há também nisto tudo um repulsivo componente de hipocrisia, pois todos sabem que Israel dispõe de armamento nuclear, arsenal esse que o moloch sionista jamais poderia ter obtido caso não contasse com total anuência da parte de seus svengalis estadunidenses. Destarte, por que cargas d´água pode o Estado Sionista deter armas atômicas, enquanto isto é vedado à República Islâmica? Os baalberiths ‘intelectuais’ a soldo do Imperialismo apreciam imenso alegar que a ‘arquitetura internacional de poder’ seria abalada caso o Irã passasse a contar com armamento nuclear. Pois muito bem: e a quem a interessa a manutenção da atual estrutura geopolítica de poder? À imensa maioria da Humanidade ou a um punhado de nações que exploram indiscriminadamente o planeta como se este fosse seu quintal? Pouco importa, portanto, a vigência de tal ‘ordem’, uma vez que vai de encontro às necessidades e desígnios da maioria. Deve, pois, a República Islâmica do Irã infrene trilhar sua trajetória soberana, destinando seus investimentos em tecnologia nuclear da forma que bem lhe aprouver, quer seja para fins meramente civis, quer seja para objetivos militares.
Por fim, encerro tecendo algumas considerações para os que pensam de acordo com Olavo de Carvalho. O supracitado autor amiúde sói verberar contra o advento de um ‘Governo Mundial’ sob a égide da ONU, que representaria a sinistra aliança entre um cipoal de partidos, movimentos e ONG’s globalistas/esquerdizantes, de um lado, e os grandes interesses corporativos do capitalismo monopolista, de outro; como anteparo para tal dinâmica, assevera o filósofo, estariam os Estados Unidos da América, principal salvaguarda do capitalismo liberal e da democracia. Pois muito bem: os factos acima referidos ilustram precisamente a tentativa do ‘Governo Mundial’, com total apoio e incentivo dos EUA, em subjugar uma nação independente mediante toda sorte de pressões e ameaças. O que Olavo de Carvalho teria a dizer, portanto, a esse respeito?
Alfredo Sousa