Pelo que eu já li da teoria, o fato dos nossos ancestrais terem incluído carne na alimentação originou uma sobra de energia e nutrientes que permitiu que um órgão tão dispendioso como o cérebro tivesse condições de crescer. Assim, a alimentação onívora não forçou o crescimento, apenas proveu "matéria prima" para que este fosse possível.
Esta idéia grotesca só piora ainda mais a situação: como que no frágil homo erectus pôde "sobrar energia" enquanto que no temível tigre dente-de-sabre isto não ocorreu? Como que no pequeno chimpanzé isto não ocorreu? Como pôde ter ocorrido justamente no animal MAIS DESPROTEGIDO da Natureza?
1 - porque para os tigres e grandes predadores a ingestão de carne já é e já era aproveitada para construção de outros atributos físicos. Tigres são bem maiores que humanos, como você mesmo admitiu. Eles já "gastam" o que comem em carne em músculos e tamanho.
Ninguém está propondo que alimentar-se de carne seja uma coisa mágica que faça cérebros crescerem;2 - porque as espécies evoluem independentemente, divergentemente, cada uma com suas vantagens para seu modo de vida específica e aproveitando suas próprias "oportunidades". Em outras palavras, pelo mesmo motivo que a formiga não é tão grande quanto o elefante, mas num nível menor;
3 - O homem é um dos maiores animais existentes atualmente, a imensa maioria dos seres é menor que os humanos. Isso não significa que seja o mais forte, e que não hajam muitas ameaças e etc. O homem ser frágil ou não, de qualquer forma, não afeta a possibilidade de nele ter evoluído um cérebro grande,
uma coisa não tem a menor relação com a outra.E Euzébio, o cérebro de carnívoros não cresceu tanto porque sua evolução foi em direção diferente.
Esta é uma desculpa e tanto... Mas não cola! O pobre homo erectus deve ter dividido seu terreno com temíveis animais carnívoros, que por sua vez seguiam na mesma "direção" evolutiva. Nada, ao meu ver, explica esta diferenciação.
Tentando explicar..... não é só o fato de ser carnívoro ou ter qualquer coisa em comum, que implica que duas espécies ou populações estejam na mesma direção evolutiva.
O ponto é que ter um cérebro maior não é vantajoso em todos os casos; mesmo que fosse em outras situações, não é por ser vantajosa que uma variação vem a existir.
O cérebro maior é inclusive um dispêndio desnecessário para a sobrevivência, tal como caudas dos pavões, ou rituais complexos de acasalamento - chimpanzés por exemplo, sobrevivem muito bem com o cérebro que tem. Por outro lado, se cérebros pouco maiores, e comportamentos por eles proporcionados fossem sexualmente selecionados (se os seres tivessem uma "tara" instintiva por isso), eles poderiam ser selecionados apesar de serem prejudiciais a adaptação, assim como a cauda do pavão, por exemplo, que exceto na corte sexual, é um estorvo.
Obviamente uma cauda enorme é uma cauda enorme, e um cérebro maior é um cérebro maior, apesar de ambos terem sido igualmente selecionados sexualmente, enquanto para a cauda do pavão não aparece outra utilidade, um cérebro maior ou mais capaz acabará tendo.
A evolução não tem um propósito definido de crescer o cérebro dos seres, as características que vão ser selecionadas são as que favorecem a sobrevivência da espécie. No caso dos carnívoros foram preferencialmente a musculatura, presas e dentes. Você pode ter um cérebro bem maior que um tigre, mas teria coragem de "sair no braço" com ele?
Não, assim como nossos fracos ancestrais também não tiveram. Não há condição evolutiva que justifique nosso cérebro avantajado, qualquer tentativa de explicação soará patética e será aceita apenas pelas mentes simplórias.
Sö se simplórias são as mentes que sabem que seleção sexual não é o mesmo que relação sexual.