Autor Tópico: Sobre o cérebro humano  (Lida 37307 vezes)

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Offline Feliperj

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Re: Pesquisadores identificam parte crucial da arquitetura do cérebro
« Resposta #400 Online: 12 de Janeiro de 2011, 12:59:34 »
Muito interessante, tb, é são as novas descobertas com relação ao que se chamou de " A Energia Escura do Cérebro", publicado na Sciam, em 2010....Vale a pena ler.


Offline 4 Ton Mantis

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Re:Sobre o cérebro humano
« Resposta #401 Online: 14 de Janeiro de 2011, 09:22:04 »
http://hypescience.com/nossos-cerebros-estariam-encolhendo/?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+feedburner%2Fxgpv+(HypeScience)


Sabemos que nossa forma de vida atual, a evolução dos humanos, se deve ao nosso cérebro avantajado. Se não fosse por ele, ainda estaríamos desenvolvendo ferramentas rudimentares para caçar animais e não navegando na internet. Pensando assim, seria natural que nosso cérebro estivesse crescendo, certo? Mas a verdade é que ele está ficando cada vez menor. O cérebro dos nossos ancestrais de 30 mil anos atrás era um bocado maior – para ter uma ideia da diferença, feche sua mão e “subtraia” a parte do dedo mindinho e do anelar. Essa seria a quantidade de cérebro que nós “perdemos”. Mas não se desespere. Ter o cérebro menor não quer dizer que estamos ficando mais burros. Na verdade, pode significar justamente o oposto.

Segundo Brian Hare, cientista da Universidade de Duke, um cérebro menor pode ser sinal de mais inteligência. Ele estuda chimpanzés e bonobos, ambos primatas muito similares aos humanos.Bonobos possuem cérebros menores, mas são menos violentos e preferem trabalhar em grupo, enquanto os chimpanzés, na maioria das vezes, só conseguem resolver problemas quando estão sozinhos. Por exemplo, se a comida está faltando, os bonobos se unem para resolver o problema. Já os chimpas, quando confrontados com a mesma situação, se recusam a trabalhar juntos, mesmo que entendam o que precisam fazer para resolver o problema.
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Offline Buckaroo Banzai

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Re:Sobre o cérebro humano
« Resposta #402 Online: 14 de Janeiro de 2011, 13:35:13 »
O cérebro diminuiu um bocado desde o tempo dos cro-magnons e os seus contemporâneos em outros continentes. Uma vez vi uma foto com esses crânios lado a lado a crânios dos respectivos continentes lado a lado, e parece uma foto de crânios adultos ao lado de crânios adolescentes. Mas o tamanho do corpo também diminuiu.

A idéia mais comum que já ouvi, embora nunca tenha lido mais que especulações a respeito, é de que, meio como ocorreu com os animais domésticos (todos têm cérebros reduzidos se comparados aos selvagens), a civilização e a proteção que ela oferece permitiu ao ser humano prescindir um pouco do seu potencial de inteligência para a sobrevivência e reprodução. Os humanos precisavam mais de um cérebro maior/mais inteligência quando eram mais selvagens, da mesma forma que os animais selvagens supostamente precisam de maior inteligência quando não protegidos pelos seus criadores humanos.

Por outro lado, já tinha me ocorrido uma possibilidade alternativa que talvez seja mais ou menos na linha dessa hipótese, só que eu pensava sobre neotenia/pedomorfia (o que também é sugerido indiretamente aí com esse aspecto comportamental e a comparação de chimpanzés e bonobos). Outra hipótese, talvez até a preferida, para a diminuição do cérebro, ao menos nos cães domésticos, é que eles são como se parassem de se desenvolver no estágio de "adolescentes", e isso teria sido o que foi realmente o fenótipo neurofisiológico selecionado quando foi feita seleção objetivando (conscientemente ou não) maior docilidade. Talvez seja o mesmo com outras espécies domésticas, e até dos humanos "mais" modernos.

Offline Derfel

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Re:Sobre o cérebro humano
« Resposta #403 Online: 14 de Janeiro de 2011, 16:48:43 »
Não poderia ser apenas uma razão com o tamanho do corpo? Corpo maior=cérebro maior

Offline ANDREWaim

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Re:Sobre o cérebro humano
« Resposta #404 Online: 14 de Janeiro de 2011, 18:05:23 »
Já ouvi que a estatura média do homem está aumentando, mas, não sei o quanto isto é verdade.

Se os cálculos para se chegar a conclusão de que houve diminuição consideram apenas o espaço que o cérebro ocupava dentro do crânio dos primeiros homens e se observa então uma diminuição aparente do cérebro (após comparação com homens de nossa atualidade), creio que (havendo realmente um aumento na estatura média do homem) a razão em relação ao aumento de estatura corroboraria ainda mais com a afirmação.

Seria interessante comparar com outros hominídeos (como o neandertal) que possuía cerca de 1,65 m (levando em consideração esta razão em relação ao "tamanho do corpo").

Mas, quais variáveis poderiam ser consideradas para se chegar ao "tamanho do corpo"? Altura, Volume, massa muscular?
"A biologia é o estudo das coisas complexas que dão a impressão de ter um design intencional." [?] Richard Dawkins - O Relojoeiro Cego.


Offline Derfel

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Re:Sobre o cérebro humano
« Resposta #405 Online: 14 de Janeiro de 2011, 18:10:58 »
Na verdade houve uma grande diminuição de tamanho do homem a partir do sedentarismo causado pela agricultura. Hoje, com a modificação do padrão alimentar, o homem vem aumentando de tamanho com as gerações, mas ainda é mais baixo que os caçadores-coletores.

Offline ANDREWaim

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Re:Sobre o cérebro humano
« Resposta #406 Online: 14 de Janeiro de 2011, 18:28:25 »
Na verdade houve uma grande diminuição de tamanho do homem a partir do sedentarismo causado pela agricultura. Hoje, com a modificação do padrão alimentar, o homem vem aumentando de tamanho com as gerações, mas ainda é mais baixo que os caçadores-coletores.

Verdade.

Seria ótimo ter mais informações sobre como se chegou a conclusão de que o cérebro humano está diminuindo e quais critérios foram considerados para se evitar possíveis enganos!
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Offline uiliníli

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Re:Sobre o cérebro humano
« Resposta #407 Online: 14 de Janeiro de 2011, 19:41:59 »
Seria ótimo ter mais informações sobre como se chegou a conclusão de que o cérebro humano está diminuindo e quais critérios foram considerados para se evitar possíveis enganos!

Essa conclusão provavelmente deve vir do volume da caixa craniana de fósseis relativamente recentes comparados a crânios atuais. Esse é o critério usual.

Offline Fabrício

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Re:Sobre o cérebro humano
« Resposta #408 Online: 14 de Janeiro de 2011, 20:15:50 »
Citar
Pensando assim, seria natural que nosso cérebro estivesse crescendo, certo? Mas a verdade é que ele está ficando cada vez menor. O cérebro dos nossos ancestrais de 30 mil anos atrás era um bocado maior – para ter uma ideia da diferença, feche sua mão e “subtraia” a parte do dedo mindinho e do anelar. Essa seria a quantidade de cérebro que nós “perdemos”.

É o efeito do funk, axé music, novelas, Faustão, Datena, Gugu e similares :hihi:...
"Deus prefere os ateus"

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Sobre o cérebro humano
« Resposta #409 Online: 14 de Janeiro de 2011, 20:52:32 »
Não poderia ser apenas uma razão com o tamanho do corpo? Corpo maior=cérebro maior

Segundo a wikipedia, eu me enganei um pouco quanto a altura, não eram significativamente mais altos, só mais cabeçudos mesmo, embora a altura variasse e pudessem ser um pouco mais altos de região em região. O quanto essa diferença de tamanho do crânio pode ser explicado só pela diferença de tamanho eu não sei, mas parece que perde bastante poder de explicar com esses dados mais corretos. Acho que devo ter visto estimativas a partir só dos crânios ou de qualquer besteira sem embasamento que li e não me lembrei depois.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Sobre o cérebro humano
« Resposta #410 Online: 14 de Janeiro de 2011, 21:29:48 »
Texto de 1997 sobre o mesmo assunto:

Citar

Ann Gibbons

When paleontologist Stephen J. Gould teaches his history of life course to
Harvard undergraduates, he flashes slides from popular media that depict
human ancestors marching through time. The earliest members of our genus,
Homo, appear short and stooped, but as time passes, our forebears gradually
grow taller and bigger brained. The march of progress culminates in the
implicit masterpiece of evolution--big-brained, upright, modern humans.

But this popular view of human evolution is wrong, says Gould, who is the
most visible critic of the long-standing notion that our lineage evolved
gradually and inexorably toward a bigger, brainier human. Compelling proof
that he's right has now come from the fossil record. In the 8 May issue of
Nature, a new study of the bones of 163 early members of Homo who lived 2
million to 10,000 years ago suggests that our bodies--and brains--have
gotten smaller lately, not bigger. Anthropologists have long thought that
some members of the Homo lineage, the Neandertals, were brawnier than we
are, but the new study, based on skull volume and two skeletal indicators of
body mass, shows that the same was true of our direct ancestors.

What's more, the study shows that the recent downsizing trend is just the
latest twist in a complex history of brain and body size. Evolution
apparently favored brawn early in human history: At least one early human
already stood 1.85 meters (6 feet 1 inch) tall 1.8 million years ago. But
brains stayed relatively small until 600,000 years ago, when they underwent
a tremendous growth spurt that lasted until 50,000 years ago. It has been
downhill ever since, with our brains and bodies shrinking by about 10% on
average--perhaps, the authors speculate, because changes in technology and
lifestyle have rendered muscular bodies unnecessary. "The bottom line is
that body size did vary through human evolution," says paleoanthropologist
John Kappelman of the University of Texas, Austin. That variation
"challenges the traditional view that living humans are the epitome of large
body and brain size," says Christopher Ruff, a biological anthropologist at
Johns Hopkins University and the study's lead author.

----------------------------------------------------------------------------




Brawn and brain. Two skeletal measures yielded a history of body mass, shown below with brain size. After expanding for half a million years, both have declined in recent millennia.




Putting that view to the test has been difficult because anthropologists
can't measure early humans from head to toe, or "even from pelvis to toe,"
says Ruff, as the fossils from any one skeleton are too fragmentary. As a
result, researchers have tried indirect means of estimating body size, such
as skull thickness or tooth and eye-socket size. These methods, however,
have proven to be unreliable, probably because factors such as activity,
diet, or climate can also influence them, says Ruff. For the past decade, he
has been trying to find better measures.

One feature that seems to fit the bill is the head of the femur, or
thighbone. In studies of living humans, Ruff and others have found that the
breadth of this femoral head is proportional to the mass of a person's
body--the bigger the body, the bigger the femoral head supporting its
weight--and they have developed equations that express the relation. A team
including Ruff and paleoanthropologists Erik Trinkaus of the University of
New Mexico and Trenton Holliday of the College of William and Mary in
Williamsburg, Virginia, has now applied this equation to fossil femora from
93 individuals.

To check their results, Ruff and colleagues used a second method for
estimating body mass based on stature, which they gauged from the length of
limb bones, and on the breadth of the pelvis, as measured (or estimated)
between the two widest points of the flaring iliac bones. They applied this
measure to 96 fossils (including 26 for which they also had femoral heads)
and got results that closely matched those based on the femoral head. The
agreement "helped increase my confidence that we were getting fairly
unbiased estimates of body weight," says Ruff. Finally, they compared those
estimates with their own and others' published measurements or estimates of
cranial capacity to get brain size relative to body size.

In an earlier, less comprehensive study with Pennsylvania State University
paleoanthropologist Alan Walker, Ruff had found that one H. erectus fossil,
the 1.5 million year old Nariokotome boy who lived near Lake Turkana in
Kenya, would have stood 1.85 meters (6 feet 1 inch) tall and weighed 71
kilograms (156 pounds) if he had reached adulthood. The new study confirmed
that six-footers were already striding around east Africa at that time, but
their brains were about two-thirds the size of ours--and stayed that size
for a million years.

The stasis ended when "there was a truly extraordinary increase in brain
size from about 600,000 to 30,000 years ago," says Trinkaus. This coincides,
he notes, with the expansion of early humans to colder climates, which could
have reinforced selection for larger brains to plan the use of seasonal
resources. The trend in brain size continued over the past 100,000 years
through the Neandertals to early modern humans. Brain size peaked at about
10% larger than ours in early modern humans, such as the people who lived in
caves at Skhul and Qafzeh in Israel 90,000 years ago and the cave painters
at the Cro-Magnon rock shelter in France 30,000 years ago.

Meanwhile, body size continued a slower increase, peaking within the last
100,000 years. Indeed, the new analysis shows that Neandertals were the
champions of brawn, outweighing contemporary humans by 30%. Their brains
were also larger than ours in absolute terms, but their ratio of brain size
to body mass was about 10% lower. This finding solves an important
mystery--why Neandertals' activities don't look particularly intelligent in
the fossil record, despite their big brains: "People always go on about
Neandertals having larger brains than ours, but this disproves that if you
take into account body size," says Leslie Aiello of University College
London. In a commentary in Nature, Kappelman suggests that the result will
require "critical re-thinking" about the behavior of Neandertals, implying
that it "was probably decidedly non-modern--and more dependent on brawn than
brains."

The decline in both brain and body size since the days of the Neandertals
and Cro-Magnons may be due to tools or social skills that reduced our
ancestors' reliance on sheer brawn, says Ruff. And as the body shrank, so
did the brain. Trinkaus points out other factors that may have contributed
to the trend in recent millennia: for example, poor nutrition as agriculture
replaced the varied fare of hunter-gatherers with a poorer diet. Other
researchers have found that stature was smallest in the Neolithic and Middle
Ages, although Ruff suggests that better nutrition has allowed some
populations to bounce back to their Pleistocene heights, including Americans
and northern Europeans.

Kappelman and Richard Smith of Washington University in St. Louis believe
that the trends in brain and body size that the Ruff study has traced are
real. They are less convinced by Ruff's absolute values for body mass,
however, because he calibrated his equations on living humans. The modern,
sedentary lifestyle may have thrown off the relation between body mass and
skeletal features. Kappelman suggests that athletes might be a better basis
for the equations.

But those concerns, he adds, won't affect the most important conclusions.
Body and brain size reflect the different ways our ancestors adapted to
their environments--suggesting that "they were behaving differently than
us," says Kappelman. And, as far as the human physique goes, the march of
progress is definitely a myth.

Volume 276, Number 5314 Issue of 9 May 1997, pp. 896 - 897
©1997 by The American Association for the Advancement of Science.


http://pubpages.unh.edu/~jel/512/allometry.html


Offline Buckaroo Banzai

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Re:Sobre o cérebro humano
« Resposta #411 Online: 14 de Janeiro de 2011, 21:33:54 »
Algo recente sobre um livro recente que usa informações meio ultrapassadas:

Citar
[...] And their brains were not all that big. Boskop itself is a large skull, but it is a clear standout in the sample of ancient South African crania; other males range from 1350 to 1600 ml (these are documented by Henneberg and Steyn 1993). That is around the same as Upper Paleolithic Europeans and pre-Neolithic Chinese. LSA South Africans fit in with their contemporaries around the world.
To be sure, there has been a reduction in the average brain size in South Africa during the last 10,000 years, and there have been parallel reductions in Europe and China -- pretty much everywhere we have decent samples of skeletons, it looks like brains have been shrinking. This is something I've done quite a bit of research on, and will continue to do so, because it's interesting. But it is hardly a sign that ancient humans had mysterious mental powers -- it is probably a matter of energetic efficiency (brains are expensive), developmental time (brains take a long time to mature) and diet (brains require high protein and fat consumption, less and less available to Holocene populations). [...]

http://johnhawks.net/weblog/reviews/brain/paleo/lynch-granger-big-brain-boskops-2008.html

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Sobre o cérebro humano
« Resposta #412 Online: 14 de Janeiro de 2011, 21:45:40 »
Citar
The incredible shrinking human brain
Sun, Mar 14 2010 05:12 | Palaeoanthropology | Permalink
The Times Online recently ran a story about a French team that have made an endocast by digitally scanning inside the skull of Cro-Magnon 1, perhaps the most famous of all Upper Palaeolithic skulls. The mould of Cro-Magnon highlights what has been long known about these European early modern humans since their first discovery in 1868 - they had bigger brains than us. In fact, average human brain size has been decreasing during the last 30,000 or so years. This revelation was rather troubling for nineteenth-century anthropologists who sought to link brain size with intelligence. Not only did these early modern humans have a larger brain volume than us, but so too did the Neanderthals, who were regarded by many at the time as “a barbarous and savage race” (Schaaffhausen 1858). To add injury to insult, the decrease in head size coincides with some of the greatest cultural innovations in human history.

The Times article forwards a number of the various hypotheses about why brain size has decreased. Antoine Balzeau reasons that “the cerebellum — a brain structure linked to language and concentration — appears to take up a larger proportion of the head now than in the time of Cro Magnon 1.” While it is true that the cerebellum is proportionally larger in modern humans, it is proportionally smaller than in apes, by around 20%. We still don’t know enough about brain function to be able to say what advantage, if any, a larger cerebellum would give us.

Second up, is the suggestion that big heads are somehow an adaptation to cold climate. There are a number of problems with this idea. If having a large skull is an adaptation to cold environments we would expect to see such traits peaking in the aftermath of the Last Glacial Maximum around 20,000 years ago, many millennia after Cro-Magnon walked the earth. As a general rule people living in Arctic regions tend to have more rounded heads, unlike the long headed Cro-Magnon. What’s more, the limbs of Cro-Magnon and their kin are quite long, contradicting Allen’s Rule which predicts that species will evolve smaller appendages as an adaptation to colder climes. Their body type also differs markedly from that of Neandertals, for whom there is a better case to made of being cold-adapted.

The article goes on to suggest diet as a driving force behind the decrease in head size. Cranial robusticity has indeed been shown to correlate with diet. It is important, however, to make the distinction between cranial size and robusticity. While the two are related they do not necessarily go hand in hand. While the Gravettian populations were undoubtedly more robust than most modern-day populations, they are not especially robust when compared to the Mesolithic populations of Téviec and Hoëdic or modern Aboriginal Australian or Fuegian populations. It is also unclear what dietary innovation could account for the decrease in head size. We have unambiguous evidence for the control of fire at around 250,000 years ago, while agriculture did not appear until around 10,000 years ago. The dates just don’t add up.

The article suggest one more hypothesis for the downsizing of the brain: “… with high infant mortality, only the toughest survived — and the toughest tended to have big heads.” Infant mortality is an ever-present problem for humans because bipedalism has constrained the size of the birth canal. If anything, giving birth to a larger headed children is going to lead to increased mortality for both the mother and child. Indeed, natural selection has restricted in utero brain growth in humans, with a large proportion of brain development occurring outside of the womb. In most non-human primates, the brain is close to adult size by the first year of life. In humans, on the other hand, near-adult brain size is not reached until about ten years of age.

Perhaps, the best explanation for the larger head size of our ancestors is one that the authors failed to mention – allometry. Bigger animals have bigger brains. While the cranial capacity for modern humans is large for a primate of our size, it is still only about a quarter of the size of that of an elephant. The decrease in brain size during the late Pleistocene was also accompanied by a decrease in body size. In other primates that show a decrease in brain size, there is an accompanying decrease in body size. Having a larger brain comes at a cost. The brain is a greedy glucose-guzzling tissue. The is possible that our smaller brain has allowed us to reallocate energy for other bodily functions.

References and further reading
Henneberg M. Evolution of the human brain: is bigger better?. Clin Exp Pharmacol Physiol 1998, 25:745-749.

Schaaffhausen H. On the crania of the most Ancient Races of Man. Müllers Archiv 1858:453.

Ruff C, Trinkaus E, Holliday T. Body mass and encephalisation in Pleistocene Homo. Nature 1997: 387: 173–6.


http://adhominin.com/id=4152453199173583192

Offline Lion

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Ultrassom em excesso pode prejudicar a formação do cérebro
« Resposta #413 Online: 16 de Dezembro de 2011, 19:19:18 »
Citar
Técnica expõe o feto a uma rajada de ondas mecânicas de alta frequência, usadas em laboratório para dissociar e até matar células

O primeiro é miraculoso: aquele que nos mostra um projeto de gente em nosso ventre, coraçãozinho já formado, batendo acelerado. Esse confirma que a gravidez é uterina – ou denuncia uma gravidez tubária, que precisa ser rapidamente abortada para não colocar em risco a vida da mãe. Os seguintes, sempre solicitados pelo médico, revelam a boa formação do cérebro e de outros órgãos do corpo, e mais tarde atestam a saúde da placenta ou acusam seu envelhecimento precoce e mostram se a posição do cordão umbilical exigirá algum cuidado especial no parto.

Recentemente, contudo, a facilidade de fazer ultrassonografias popularizou os exames eletivos, como os tridimensionais em alta resolução, “para ver o rostinho do bebê”. Há até quem compre seu aparelho portátil, “para monitorar o bebê o tempo todo” – o que foi o caso de Tom Cruise durante a gravidez de sua mulher, Katie Holmes, processo acompanhado sem trégua pela mídia. Tais exames, segundo alguns sites, seriam “completamente isentos de malefícios” e, portanto, poderiam ser feitos “à vontade”.

Mas qualquer pessoa diz qualquer coisa na internet, e a verdade é um pouco diferente. O exame de ultrassonografia expõe o embrião ou feto a uma rajada de ondas mecânicas de alta frequência, usadas em laboratório para dissociar e até matar células. Por isso, Pasko Rakic, um dos maiores especialistas no desenvolvimento pré-natal do sistema nervoso, suspeitou que o exame não fosse tão inofensivo assim.

Em um estudo publicado em 2006, Rakic mostrou que, aplicada a fêmeas prenhes de camundongos em condições comparáveis às dos exames feitos em humanas, a ultrassonografia pode, sim, prejudicar a migração dos neurônios que formarão o cérebro dos filhotes. Até 15 minutos de exposição ao ultrassom não têm efeito detectável: sem a ultrassonografia, apenas 5% dos neurônios em migração do local onde nascem até seu destino no córtex cerebral ficam dispersos pelo caminho, como que perdidos ou atrasados. Mas com 30 minutos de exposição total ao ultrassom, a porcentagem de neurônios fora da rota sobe para 9% e vai aumentando com o tempo de exposição até um máximo de 19%, com a maior exposição ao ultrassom no estudo: 7 horas.

O efeito é pequeno. Além disso, ainda não se sabe se tem conseqüências detectáveis sobre os fetos examinados e certamente não é razão para você ir correndo cancelar seu exame ou impedir que sua filha ou irmã façam os seus. Anos e anos de ultrassonografia durante o pré-natal confirmam que riscos eventuais de uma exposição pequena valem os benefícios oferecidos à mãe e ao bebê pelos exames feitos por razões médicas, que mantêm a exposição ao mínimo necessário.

O importante, contudo, é reconhecer que a ultrassonografia não é “completamente isenta de malefícios”: ela pode, sim, prejudicar a formação do cérebro, e, quanto maior for a exposição do feto ao ultrassom, maior será o risco de sua formação ser perturbada, sobretudo em exames tridimensionais de alta resolução, que empregam ultrassons mais fortes. Por maior que seja a curiosidade, ultrassonografia não é fotografia e deve ser usada, como os remédios, com bom-senso e orientação médica.

Pasko Rakic foi orientado pelo advogado de sua universidade, a Yale, a não responder a e-mails de gestantes perguntando se deveriam ou não fazer os exames pedidos pelo médico nem dar declarações à imprensa. Mas ficou feliz em saber que, por causa de seu estudo, Tom Cruise voltou atrás: a pequena Suri não foi bombardeada desnecessariamente por ondas de ultrassom durante a gestação.

http://www2.uol.com.br/vivermente/noticias/tecnicas_permitem_ver_o_rosto_do_bebe_durante_a_gravidez.html

Offline SnowRaptor

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Re:Ultrassom em excesso pode prejudicar a formação do cérebro
« Resposta #414 Online: 16 de Dezembro de 2011, 20:21:18 »
Citar
O exame de ultrassonografia expõe o embrião ou feto a uma rajada de ondas mecânicas de alta frequência, usadas em laboratório para dissociar e até matar células

Espantalho?

Dizer isso é a mesma coisa que dizer que suco faz mal porque é principalmente composto de água, que todos sabemos que é capaz de afogar pessoas.
Elton Carvalho

Antes de me apresentar sua teoria científica revolucionária, clique AQUI

“Na fase inicial do processo [...] o cientista trabalha através da
imaginação, assim como o artista. Somente depois, quando testes
críticos e experimentação entram em jogo, é que a ciência diverge da
arte.”

-- François Jacob, 1997

Offline Südenbauer

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Re:Ultrassom em excesso pode prejudicar a formação do cérebro
« Resposta #415 Online: 16 de Dezembro de 2011, 23:49:25 »
Simples. É só fazer uma tomografia.





Parece que o problema é quanto períodos prolongados de ultrassonografia, como aqueles em que a pessoa monitora em casa. Então, nada a temer.

Offline Cumpadi

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Re:Ultrassom em excesso pode prejudicar a formação do cérebro
« Resposta #416 Online: 17 de Dezembro de 2011, 00:19:59 »
Citar
O exame de ultrassonografia expõe o embrião ou feto a uma rajada de ondas mecânicas de alta frequência, usadas em laboratório para dissociar e até matar células
Dizer isso é a mesma coisa que dizer que suco faz mal porque é principalmente composto de água, que todos sabemos que é capaz de afogar pessoas.

Também achei estranho, a que ondas mecânicas que são usadas para matar células ele se refere?
http://tomwoods.com . Venezuela, pode ir que estamos logo atrás.

Offline Hold the Door

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Re:Ultrassom em excesso pode prejudicar a formação do cérebro
« Resposta #417 Online: 17 de Dezembro de 2011, 00:36:19 »
Não dá para extrapolar dessa forma os resultados de camundongos para humanos. O período de gestação é diferente, 3 semanas para camundongos e 40 para humanos, os tamanhos são obviamente diferentes, os mecanismos de migração neuronal também aprensentam diferenças. Seria bom também ver no artigo original como foi feita a exposição. Foi de uma vez ou em várias exposições? Foi concentrado no período de migração neuronal ou dividido por todo o período de gestação?
Hold the door! Hold the door! Ho the door! Ho d-door! Ho door! Hodoor! Hodor! Hodor! Hodor... Hodor...

Offline 4 Ton Mantis

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Re:Sobre o cérebro humano
« Resposta #418 Online: 21 de Fevereiro de 2012, 20:40:16 »
http://www1.folha.uol.com.br/bbc/1051261-jejum-pode-ajudar-a-proteger-cerebro-diz-estudo.shtml


Jejuar um ou dois dias por semana pode proteger o cérebro contra doenças degenerativas como mal de Parkinson ou de Alzheimer, segundo um estudo realizado pelo National Institute on Ageing (NIA), em Baltimore, nos Estados Unidos.

 "Reduzir o consumo de calorias poderia ajudar o cérebro, mas fazer isso simplesmente diminuindo o consumo de alimentos pode não ser a melhor maneira de ativar esta proteção. É provavelmente melhor alternar períodos de jejum, em que você ingere praticamente nada, com períodos em que você come o quanto quiser", disse Mark Mattson, líder do laboratório de neurociências do Instituto, durante o encontro anual da Associação Americana para o Avanço da Ciência, em Vancouver.

 Segundo ele, seria suficiente reduzir o consumo diário para 500 calorias, o equivalente a alguns legumes e chá, duas vezes por semana, para sentir os benefícios.

 O National Institute of Ageing baseou suas conclusões em um estudo com ratos de laboratório, no qual alguns animais receberam um mínimo de calorias em dias alternados.

 Estes ratos viveram duas vezes mais que os animais que se alimentaram normalmente.

INSULINA

 Mattson afirma que os ratos que comiam em dias alternados ficaram mais sensíveis à insulina --o hormônio que controla os níveis de açúcar no sangue --e precisavam produzir uma quantidade menor da substância.

 Altos níveis de insulina são normalmente associados a uma diminuição da função cerebral e a um maior risco de diabetes.

 Além disso, segundo o cientista, o jejum teria feito com que os animais apresentassem um maior desenvolvimento de novas células cerebrais e se mostrassem mais resistentes ao stress, além de ter protegido os ratos dos equivalentes a doenças como mal de Parkinson e Alzheimer.

 Segundo Mattson, a teoria também teria sido comprovada por estudos com humanos que praticam o jejum, mostrando inclusive benefícios contra a asma.

 "A restrição energética na dieta aumenta o tempo de vida e protege o cérebro e o sistema cardiovascular contra doenças relacionadas à idade", disse Mattson.

 A equipe de pesquisadores pretende agora estudar o impacto do jejum no cérebro usando ressonância magnética e outras técnicas.
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Offline gogorongon

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Re:Sobre o cérebro humano
« Resposta #419 Online: 22 de Fevereiro de 2012, 01:32:39 »
Talvez, mas sinto que emburreci. Vai demorar para eu recuperar o nível de raciocínio que tinha antes.

Offline Hold the Door

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Re:Sobre o cérebro humano
« Resposta #420 Online: 22 de Fevereiro de 2012, 08:22:12 »
Talvez, mas sinto que emburreci. Vai demorar para eu recuperar o nível de raciocínio que tinha antes.

Fazer jejum duas vezes por semana é bem diferente de ficar sem comer por longos períodos para tentar emagrecer vários quilos...
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Offline Geotecton

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Re:Sobre o cérebro humano
« Resposta #421 Online: 22 de Fevereiro de 2012, 13:57:47 »
Legal. Agora posso emagrecer e, de quebra, dizer que fiquei mais "inteligente"... :lol:
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Offline luclima

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Re:Sobre o cérebro humano
« Resposta #422 Online: 23 de Fevereiro de 2012, 14:51:45 »
Nada a ver com emagrecimento nem com inteligencia, mas quem sabe ajuda.

Voltando à pesquisa, não é de se estranhar que o homem primitivo não tinha a fartura de alimentos que vemos hoje no mundo civilizado. Ele tinha que caçar, rezar e sacrificar vidas quando estava com fome, sem perceber que só a primeira funcionava.

Offline Sergiomgbr

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Re:Sobre o cérebro humano
« Resposta #423 Online: 23 de Fevereiro de 2012, 15:05:26 »
Nada a ver com emagrecimento nem com inteligencia, mas quem sabe ajuda.

Voltando à pesquisa, não é de se estranhar que o homem primitivo não tinha a fartura de alimentos que vemos hoje no mundo civilizado. Ele tinha que caçar, rezar e sacrificar vidas quando estava com fome, sem perceber que só a primeira funcionava.
Bem vindo(a) luclima, mas, se me permite o aparte, sacrificar vidas também indiretamente ajudaria a combater a fome, já que diminuiria a competição por comida em certos casos. :P
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Sergiomgbr

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Re:Sobre o cérebro humano
« Resposta #424 Online: 23 de Fevereiro de 2012, 15:09:10 »
O fato de que o cérebro é um grande consumidor de gorduras, faz pensar duas vezes antes de considerar qualquer jejum. Talvez o bom senso seja a melhor via.
Até onde eu sei eu não sei.

 

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