Autor Tópico: Sobre o cérebro humano  (Lida 37305 vezes)

0 Membros e 1 Visitante estão vendo este tópico.

Offline HFC

  • Nível 30
  • *
  • Mensagens: 1.619
  • Sexo: Masculino
Re: Cérebro turbinado
« Resposta #350 Online: 01 de Julho de 2009, 15:45:21 »
Estranho isso ter vindo do editor-chefe do Journal of Medical Ethics. A questão não é tão complexa: é ético recomendar um medicamento para uma pessoa sem nenhuma doença, sendo que esse medicamentos tem efeitos colaterais potencialmente graves ?

Não vejo como tão estranha a idéia ter partido de um editor-chefe de um jornal médico. Há médicos que costumam prescrever remédios controlados para eles mesmos. Não estranharia se tal médico estiver fazendo uso deste procedimento para conseguir os efeitos alegados  ... O maior problema é defender abertamente tal idéia, mesmo sabendo dos riscos, e só na base de argumentação sobre a ética de tal procedimento, i.e., sem evidências de redução significativa de efeitos colaterais.   
Mars ain't the kind of place
To raise your kids
In fact, it's cold as hell

Offline Ronaldo!

  • Nível 01
  • *
  • Mensagens: 14
Re: Cérebro turbinado
« Resposta #351 Online: 02 de Julho de 2009, 15:02:19 »
Uma pinguinha com mel faz o mesmo efeito da Ritalina....

Offline Patrícia

  • Nível 04
  • *
  • Mensagens: 44
Re:Sobre o cérebro humano
« Resposta #352 Online: 19 de Setembro de 2009, 21:24:10 »
Realmente, nem a neurociência nem outra forma de ciência conseguiu até hoje produzir evidências de que a pré-cognição existe. Recentemente houve um estudo com ressonância magnética funcional que também não conseguiu demonstrar sua existência.
Temos uma tendência até natural de associar fatos do nosso dia-a-dia a imagens/sonhos que tivemos, muito embora eles não se repitam exatamente da mesma forma, mas tendemos a reforçar apenas as semelhanças e acabamos achando que o fato se deu tal e qual o sonho. Eu mesma já sonhei com uma doença de um parente cinco meses antes de ela acontecer. Em retrospecto, vi que os sinais de alerta já estavam todos ali bem antes, à época do meu sonho, mas a coisa toda estava mascarada no fundo do meu cérebro (subconsciente, se assim quiser chamar), talvez até como uma forma de negação da realidade.

  A Mãe Diná previu a morte dos Mamonas Assassinas exatamente como se deu. Quanto a imppossibilidade da precognação eu não teria tanta certeza. É claro que eu poderia ter inveentado tudo isso, mas no caso da Mãe Diná... 
Sorry, mas mãe Dináh é apenas uma fraude. Ela nunca previu acidente algum com os Mamonas (esta é a grande propaganda dela, que se espalhou aos sete ventos como sendo verdade). Meses antes do acidente aéreo ela disse que via uma espécie de manto negro sobre eles (e isso é bem típico de várias das “previsões” dela, ela vê manto negro e fumaça em um monte de gente, inclusive viu no Quevedo, que continua por aí esbravejando contra ela, rsrs). Isso é bem diferente de prever um acidente aéreo, com dia, hora, etc. Mas, num bom golpe publicitário, ela soube transformar uma frase extremamente vaga numa “previsão concreta”.
Creio que a capacidade de previsão dela é diretamente proporcional à capacidade de soletrar... :susto:
feature=player_embedded
Abraços

Offline Lord_Dracon

  • Nível 11
  • *
  • Mensagens: 166
  • Sexo: Masculino
  • =D
Re:Sobre o cérebro humano
« Resposta #353 Online: 26 de Setembro de 2009, 18:24:43 »
Realmente, nem a neurociência nem outra forma de ciência conseguiu até hoje produzir evidências de que a pré-cognição existe. Recentemente houve um estudo com ressonância magnética funcional que também não conseguiu demonstrar sua existência.
Temos uma tendência até natural de associar fatos do nosso dia-a-dia a imagens/sonhos que tivemos, muito embora eles não se repitam exatamente da mesma forma, mas tendemos a reforçar apenas as semelhanças e acabamos achando que o fato se deu tal e qual o sonho.

[2]

Temos 6,5 bilhões de pessoas no mundo (valor estimado).

Suponhamos que apenas 0,01% de todas as pessoas do planeta sonham/preconizam alguma coisa por dia (650 mil sonhos e precognições por dia).

Em três meses seguidos, temos um total aproximado de 58,5 milhões de sonhos/precognições.

Minha conclusão pessoal: Com esse enorme acervo de sonhos e precognições aleatórias geradas naturalmente pelas pessoas diariamente, podemos "prever" praticamente qualquer evento que aconteça (associando o evento ao sonho/precognição ocorrido). Por exemplo: Alguma pessoa no mundo pode ter tido um sonho vago que, se essa pessoa fosse conhecida (pública), uma série de outras pessoas considerariam que ela previu a crise política de Honduras.

Outro exemplo disso são os chamados "Videntes do Orkut".
« Última modificação: 26 de Setembro de 2009, 18:26:53 por Lord_Dracon »

Offline Contini

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 8.610
  • Sexo: Masculino
Re:Sobre o cérebro humano
« Resposta #354 Online: 26 de Setembro de 2009, 19:06:13 »
Junte-se a isso o fenômeno da memória seletiva e voilá... Preconição fake saindo do forno!
"A idade não diminui a decepção que a gente sente quando o sorvete cai da casquinha"  - anonimo

"Eu não tenho medo de morrer, só não quero estar lá quando isso acontecer"  - Wood Allen

    “O escopo da ciência é limitado? Sim, sem dúvida: limitado a tratar daquilo que existe, não daquilo que gostaríamos que existisse.” - André Cancian

Offline Anne

  • Nível 20
  • *
  • Mensagens: 687
  • Sexo: Feminino
Re:Sobre o cérebro humano
« Resposta #355 Online: 27 de Setembro de 2009, 14:48:22 »
Eu também já sonhei coisas q mais tarde aconteceram... :hihi:

Isso significa q sou "cognitiva"? :o

Offline 4 Ton Mantis

  • Nível 32
  • *
  • Mensagens: 2.330
  • Sexo: Masculino
Re:Sobre o cérebro humano
« Resposta #356 Online: 05 de Outubro de 2009, 16:53:58 »
Muito se falou(e,talvez,continue se falando)sobre um suposto potencial ainda não utilizado pelo cérebro humano.Há os que dizem que apenas uma pequena parte do potencial da mente humana é utilizado.Afinal de contas,existe um "potencial oculto" no cérebro humano,que bem poucas pessoas o usam ?
\"Deus está morto\"-Nietzsche

\"Nietzsche está morto\"-Deus

Offline SnowRaptor

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 17.962
  • Sexo: Masculino
Re:Sobre o cérebro humano
« Resposta #357 Online: 05 de Outubro de 2009, 16:57:43 »
Este texto do snopes.com fala a respeito, desmentindo o mito.

http://www.snopes.com/science/stats/10percent.asp
Elton Carvalho

Antes de me apresentar sua teoria científica revolucionária, clique AQUI

“Na fase inicial do processo [...] o cientista trabalha através da
imaginação, assim como o artista. Somente depois, quando testes
críticos e experimentação entram em jogo, é que a ciência diverge da
arte.”

-- François Jacob, 1997

Offline HeadLikeAHole

  • Nível 17
  • *
  • Mensagens: 483
  • Sexo: Masculino
Re:Sobre o cérebro humano
« Resposta #358 Online: 05 de Outubro de 2009, 17:17:56 »
Esse papo de não usarmos todo o nosso cérebro e furada.

Mas existem várias habilidades que podemos desenvolver utilizando o inconsciente. Um exemplo é a aaperfeiçoação(como se escreve?) da memória utilizando mnemônicos e relações ridículas.

Offline Buckaroo Banzai

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 38.735
  • Sexo: Masculino
Re:Sobre o cérebro humano
« Resposta #359 Online: 05 de Outubro de 2009, 17:54:09 »
Independentemente do mito de usarmos só 10% do "corpo" do cérebro, não é sabido exatamente o quanto melhor ainda poderíamos usar mais eficientemente o cérebro com "software" e "instalações" diferentes da que ocorrem mais naturalmente, e ainda que não se possa dizer que só se usa 10% do potencial do nosso cérebro, não sei se temos como saber quanto usamos, muito menos considerar que já estejamos muito próximos dos 100%.

Um exemplo para uma noção disso é aquela coisa já meio batida de crianças poderem aprender mais de um idioma com muito mais facilidade. Outros exemplos mais drásticos são diferenças não neuro-normativas, como dentro do espectro do autismo -- sendo mais famoso o caso do garoto que era capaz de praticamente desenhar uma reproduãço muito fiel de uma cena extremamente complexa duma vista aérea da cidade após um passeio de helicóptero (acertando até número de janelas nos prédios e esse tipo de coisa), mas acho particularmente mais interessante a descoberta mais recente de que eles podem ter "visão de águia", enxergarem com detalhes coisas a distâncias bem maiores do que as pessoas com visão normal costumam conseguir enxergar (se bem me lembro, em torno de 20 vezes, ou algo como a 20 metros, quando normalmente se enxergaria com a mesma definição apenas até 7... lembro vagamente desses dois números, 20 e 7, mas não tenho certeza de nenhum na verdade).

Outro exemplo é acho que com mal de Parkinson ou Alzheimer, uma paciente com uma dessas condições é capaz de, quando você joga uma bola de bêisebol para ela, a pegar e arremessar de volta na sua mão que arremessou a bola para ela - é como se para ela o tempo passasse mais devagar, meio como para o protagonista do filme/hq "wanted", ou como algumas vezes se supõe ser com moscas, ilustrando a situação em que uma pessoa tenta matar uma, mas ela escapa, e do ponto de vista dela, é como se nos movêssemos em câmera lenta.

Essas condições são reflexos de diferenças mais significativas nos cérebros do que a variação normal, mas talvez ilustrem parte do potencial que poderia ser alcançado por pessoas comuns com métodos adequados.

Especulaãço minha só, imagino que talvez possa haver algo como uma "hipótese de Sappir-Whorf anabolizada", isso é, a idéia de que a linguagem afeta na capacidade cognitiva de forma mais significativa. Talvez certos idiomas (os que são adquiridos primeiro) potencializem certas capacidades ou criem tendências de raciocínio. Isso até certo ponto nem é especulação minha, é aparentemente realidade mesmo (ou especulação de gente mais gabaritada do que eu e defendida como aparente realidade); por exemplo, pessoas de idiomas germânicos versus latinos, vão tender a gesticular de forma diferente ao dizer a mesma frase em seus respectivos idiomas, algo como, com uma frase como "escalou até o topo da montanha" uma pessoa que tem como primeira língua um idioma latino vai tender a gesticular imitando a escalada, enquanto que o que tem como primeira língua um idioma germânico vai apontar para cima. Também os falantes de linguagens tonais tem uma taxa muito maior (imagino, mas não sei, perto de 100%, ou seriam "dislexicos") de "perfect pitch", a capacidade de identificar as notas musicais em qualquer som -- embora quanto a isso parece haver suspeita da possibilidade de um componente genético.

Mas eu me pergunto se poderia ser mais que isso, meio como com a analogia de linguagens de computador e como umas são melhores para diferentes coisas que se queira desenvolver (como jogos versus aplicativos de trabalho). Talvez fosse possível então desenvolver idiomas que aproveitassem melhor o potencial do cérebro, ou diferentes idiomas para diferentes potenciais.

Nada que resultasse em qualquer coisa mais fantástica, telepatia, telecinésia nem nada disso. Imagino só capacidades de raciocínio mais afiadas em uma coisa ou outra. Por exemplo, outro cara, que, tanto quanto sei, não tem qualquer condição neurológica excepcional, tem capacidade de fazer contas de cabeça de forma excepcional (acho que vi num programa sobre os recordes do Guiness), mais rápido do que competidores com calculadoras. Ah, e por falar nisso, também se suspeita que diferenças em idiomas confiram alguma vantagem no aprendizado da matemática. Por exemplo, alguns números, como no português, onze, doze, treze, catorze e quinze, são morfologicamente "irregulares" se comparados a "dez-e-seis", "dez-e-sete", etc, cjos significados são morfologicamente mais lógicos, evidentes. Há em alguns idiomas (acho que em algum idioma japonês ou chinês foi o exemplo que vi) algo análogo a esses números serem "dez-e-um", "dez-e-dois", "dez-e-três", etc. Embora possa parecer bobagem, talvez para o cérebro infantil essa irregularidade cause um esforço que pudesse ser evitado e assim resultar numa vantagem no raciocínio matemático.




Artigo da Scientific American meio relacionado e com menos especulações quase de ficção científica:

http://www.scientificamerican.com/article.cfm?id=the-expert-mind

http://wimse.fsu.edu/media/expert-mind.pdf

Offline Gigaview

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 15.604
Re:Sobre o cérebro humano
« Resposta #360 Online: 05 de Outubro de 2009, 22:16:47 »
Alguns casos de sindrome de Savant são impressionantes.

    * Leslie Lemke – Aos 14 anos tocou, com perfeição, o Concerto nº 1 para piano de Tchaikovsky, depois de ouvi-lo pela primeira vez enquanto escutava um filme de televisão. Lemke jamais tinha tido aula de piano, é cego, mentalmente incapacitado e tem paralisia cerebral.

    * Richard Wawro (Escócia) é reconhecido internacionalmente por seus trabalhos artísticos. Um professor de arte (Londres), quando Wawro era ainda criança, descreveu-o como incrível fenômeno, com a precisão de um mecânico e a visão de um poeta. Wawro é autista.

    * Kim Peek memorizou mais de 12.000 livros. Descreve os números de rodovias que vão para qualquer cidade, vilarejo ou condado dos EUA, códigos DDD, CEPs, estações de TV e as redes telefônicas que os servem. Identifica o dia da semana de uma determinada data em segundos. É mentalmente incapacitado, depende de seu pai para suas necessidades básicas. Peek serviu de inspiração para o personagem Raymond Babbit, que Dustin Hoffman representou em 1988 no filme Rain man.

    * Alonzo Clemons pode criar réplicas de cera perfeitas de qualquer animal, não importa quão brevemente o veja. Suas estátuas de bronze são vendidas por uma galeria em Aspen, Colorado, e lhe deram reputação nacional. Clemons é mentalmente incapacitado.

    * Daniel Tammet com capacidade para dizer 22.514 dígitos de PI e aprender línguas rapidamente (fala 11 línguas).

http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%ADndrome_de_Savant

Considero o caso de Daniel Tammet muito curioso pois é um savant atípico, no sentido que ele tem a capacidade de se expressar e narrar o que acontece com a sua mente quando demonstra os seus prodígios, mesmo sendo autista, com sídrome de Asperger, ser cinestésico e sofrer de epilepsia. Curioso que se observa que savants perdem suas habilidades à medida que se socializam e se tornam "menos" autistas. Isto não aconteceu com Daniel Tammet. Esta entrevista é bastante interessante:


Recomendo que vejam a série de filmes no YouTube sob o título "The boy with the incredible brain":
Acredito que uma referência para o potencial da mente humana poderia ser uma combinação das habilidades savants com um equilíbrio de inteligências múltiplas superdotadas numa situação de equilíbrio emocional estável, o que é obviamente impossível de se medir e avaliar, e que nos remete ao ponto inicial de discussão sobre o mito do potencial inexplorado.
Brandolini's Bullshit Asymmetry Principle: "The amount of effort necessary to refute bullshit is an order of magnitude bigger than to produce it".

Pavlov probably thought about feeding his dogs every time someone rang a bell.

Offline HeadLikeAHole

  • Nível 17
  • *
  • Mensagens: 483
  • Sexo: Masculino
Re:Sobre o cérebro humano
« Resposta #361 Online: 06 de Outubro de 2009, 16:44:55 »
Eu tenho uma teoria:

Lembro de ter lido em algum lugar que o cérebro humano é dotado de uma boa flexibilidade quanto a suas funções. Um cego por exemplo tem a área do seu cérebro relacionada a audição mais ativa devido a ausencia de visão, e as pessoas usam mais o cérebro para coisa em que estão habituados a fazer, um jogador de futebol usa mais o seu cérebro para coordenção motora do que para calculos matmáticos, e o oposto ocorre com um físico.

Se essa flexibilidade for real, eu acho que é provavel que pessoas com deficiência acabem cedendo a parte do cérebro não usada para outras tarefas, como calcular, ou para a memória.

Offline Dbohr

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 9.179
  • Sexo: Masculino
  • 無門關 - Mumonkan
    • Meu blog: O Telhado de Vidro - Opinião não-solicitada distribuída livremente!
Magnetismo afeta centro de moralidade do cérebro
« Resposta #362 Online: 30 de Março de 2010, 09:40:46 »
Fonte: http://blogs.nature.com/news/thegreatbeyond/2010/03/magnets_mess_minds_morality_1.html

Citar


Magnets mess minds, morality - March 29, 2010



Talk about messing with your mind. A new study by neuroscientist Liane Young and colleagues at Harvard University does exactly that: the researchers used magnetic signals applied to subjects’ craniums to alter their judgements of moral culpability. The magnetic stimulus made people less likely to condemn others for attempting but failing to inflict harm, they report in PNAS.

Most people make moral judgements of others’ actions based not just on their consequences but also on some view of what the intentions were. That makes us prepared to attribute diminished responsibility to children or people with severe mental illness who commit serious offences: it’s not just a matter of what they did, but how much they understood what they were doing.

Neuroimaging studies have shown that the attribution of beliefs to other people seems to involve a part of the brain called the right temporoparietal junction (RTPJ). So Young and colleagues figured that, if they disrupted how well the RTPJ functions, this might alter moral judgements of someone’s action that rely on assumptions about their intention.

To do that, they applied an oscillating magnetic signal at 1 Hz to the part of the skull close to the RTPJ for 25 minutes in test subjects, and then asked them to read and respond to an account of an attempted misdemeanour. They also conducted tests while delivering the signal in regular short bursts. In one scenario, ‘Grace’ intentionally puts a white powder from a jar marked ‘toxic’ into her friend’s coffee, but the powder is in fact just sugar and the friend is fine. Was Grace acting rightly or wrongly?

Obvious? You might think differently with a magnetic oscillator fixed to your head. With the stimulation applied, subjects were more likely to judge the morality based on the outcome, as young children do (the friend was fine, so it’s OK), than on the intention (Grace believed the stuff was toxic).

That’s scary. The researchers present this as evidence of the role of the RTPJ in moral reasoning, with implications for how children do it (there is some evidence that the RTPJ is late in maturing) and for conditions such as autism that seem to involve a lack of ability to identify motives in other people. Fair enough. But to most of us it is news – and alarming news – that morality-related brain functions can be disrupted or suspended with a simple electromagnetic coil.

If ever a piece of research were destined to incite paranoid fantasies about dictators inserting chips in our heads to alter and control our behaviour, this is it.

Este último parágrafo foi desnecessário... anyway, nenhuma surpresa para mim aqui.

Offline SnowRaptor

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 17.962
  • Sexo: Masculino
Re: Magnetismo afeta centro de moralidade do cérebro
« Resposta #363 Online: 30 de Março de 2010, 10:00:12 »
Nenhuma surpresa, mesmo, que campos magnéticos alterem o funcionamento de um ógão que funciona à base de eletricidade e íons se deslocando.

Acho interessante a forma com que os campos afetam o julgamento. Vou ler com calma quando não estiver atrasado pra um seminário.
Elton Carvalho

Antes de me apresentar sua teoria científica revolucionária, clique AQUI

“Na fase inicial do processo [...] o cientista trabalha através da
imaginação, assim como o artista. Somente depois, quando testes
críticos e experimentação entram em jogo, é que a ciência diverge da
arte.”

-- François Jacob, 1997

Offline Buckaroo Banzai

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 38.735
  • Sexo: Masculino
Re: Magnetismo afeta centro de moralidade do cérebro
« Resposta #364 Online: 30 de Março de 2010, 12:44:59 »
E agora, pesquisadores que tentam usar imageamento por ressonância magnética para estudar o que se passa em nossos cérebros, supostamente da mesma forma que quando não estamos sendo afetados por equipamentos de ressonância magnética? [/versão longa demais do meme "e agora?"]

Offline Sr. Jesus

  • Nível 11
  • *
  • Mensagens: 182
Retirando a consciência do cérebro
« Resposta #365 Online: 27 de Abril de 2010, 08:52:17 »
Você acha que um dia será possível retirar a consciência do cérebro e passá-la para um dispositivo eletrônico? Justifique.
O sacrifício é a moralidade do imoral - Ayn Rand

Online Pedro Reis

  • Nível 39
  • *
  • Mensagens: 4.085
Re: Retirando a consciência do cérebro
« Resposta #366 Online: 27 de Abril de 2010, 09:42:15 »
Não. Mas este é um palpite no escuro porque admito que não faço a mínima idéia sobre a natureza e origem da consciência. Alguns confundem inteligência artirficial com consciência, o que não poderia estar mais errado. Um computador executando um programa de inteligência artificial tem tanta consciência quanto um computador executando um algoritmo numérico, ou mesmo uma sequência de instruções de máquina sem sentido. São apenas cargas elétricas fluindo por condutores e transistores.

Porém nosso cérebro também poderia ser visto dessa maneira, conexões elétricas entre neurônios. Mas o que ele tem de diferente que faz surgir uma consciência individual e personalizada, se é que é realmente o cérebro que a produz? Ninguém no momento tem essa resposta. Eu só sei que um processador é um enorme conjunto de transistores conectados, que por sua vez não passam de interruptores eletrônicos, e que o número e as conexões entre estes transistores jamais produzirá nenhuma forma, mesmo rudimentar, de consciência.

Offline CyberLizard

  • Nível 17
  • *
  • Mensagens: 498
  • Lagartos são os melhores
Re: Retirando a consciência do cérebro
« Resposta #367 Online: 27 de Abril de 2010, 10:27:46 »
Pedro Reis, e se juntarmos muitos e muitos destes processadores formando uma complexa e intrincada rede neural? Cada processador poderia fazer o papel de um conjunto de neurônios, optando por enviar ou não sinais elétricos baseando-se em um programa.

Se um cérebro operar de forma completamente digital (isto é, armazenando informação de forma discreta) e assumirmos que o cérebro gera consciência, teoricamente isso é possível. Entretanto, talvez o cérebro opere utilizando informação na forma analógica em alguns casos. Se isso acontecer, poderemos apenas simular um cérebro, mas sempre existirá perda de precisão na simulação que impediria uma replicação perfeita. É o que acontece no armazenamento de sons no computador. Como sons são analógicos, torna-se impossível representá-los digitalmente de maneira fiel.
 

Offline _tiago

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 6.343
Re: Retirando a consciência do cérebro
« Resposta #368 Online: 27 de Abril de 2010, 11:26:09 »
Acho que sim. Se montarmos um sistema similar só que em silício...

Offline Mr. Mustard

  • Nível 39
  • *
  • Mensagens: 3.918
  • Sexo: Masculino
Re: Retirando a consciência do cérebro
« Resposta #369 Online: 27 de Abril de 2010, 11:31:53 »
Isto me lembra Ray Kurzweil (e o dia da singularidade)...

Offline HeadLikeAHole

  • Nível 17
  • *
  • Mensagens: 483
  • Sexo: Masculino
Re: Retirando a consciência do cérebro
« Resposta #370 Online: 27 de Abril de 2010, 12:20:43 »
O jeito mais trivial de fazer isso é simular um cérebro humano. Se não me engano, há um projeto para realizar isto, e acho que já conseguiram simular o cérebro de moscas e ratos.

Offline Dbohr

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 9.179
  • Sexo: Masculino
  • 無門關 - Mumonkan
    • Meu blog: O Telhado de Vidro - Opinião não-solicitada distribuída livremente!
Re: Retirando a consciência do cérebro
« Resposta #371 Online: 27 de Abril de 2010, 12:49:58 »
Depende do que você entende por "retirar". Acho que é possível que no futuro possamos fazer cópias das nossas memórias em cérebros arficiais; talvez até mesmo uma forma de imortalidade seja possível assim.

Mas o seu Eu ainda estará confinado à sua caixa de matéria cinzenta e molhada, e ainda vai morrer junto com seu corpo, não importa quão fiel seja a sua cópia.

Offline Ônix.

  • Nível 11
  • *
  • Mensagens: 176
  • Sexo: Masculino
  • É sabendo que se ensina!
Re: Retirando a consciência do cérebro
« Resposta #372 Online: 27 de Abril de 2010, 13:26:35 »
A ficção aborda essa questão no filme "O Sexto Dia", com Arnold Schwarzenegger. A consciência, segundo eu penso, ainda é um elemento complexo demais para que a nossa era possa compreende-la de modo a recria-la. De qualquer modo, mesmo que venhamos a dispor de tal ciência e tecnologia para tanto, duvido muito que se consiga codificar o que quer que seja responsável pelo "eu", mesmo que de uma mosca. Talvez se torne possível codificar e copiar lembranças, traços de personalidade e, quem sabe até, uma certa autonomia, ou seja, a mente. Mas, aquilo que nós entendemos como consciência, duvido muuuuitíssimo!
É não sabendo que se aprende!

Offline Buckaroo Banzai

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 38.735
  • Sexo: Masculino
Re: Retirando a consciência do cérebro
« Resposta #373 Online: 27 de Abril de 2010, 13:34:38 »
Depende do que você entende por "retirar". Acho que é possível que no futuro possamos fazer cópias das nossas memórias em cérebros arficiais; talvez até mesmo uma forma de imortalidade seja possível assim.

Mas o seu Eu ainda estará confinado à sua caixa de matéria cinzenta e molhada, e ainda vai morrer junto com seu corpo, não importa quão fiel seja a sua cópia.

Muito embora o "outro" seu "eu", se, hipoteticamente, estivesse instalado em um corpo que parecesse inconfundível do seu corpo de verdade, nem desconfiaria que ele é um "outro eu" seu, e não você mesmo. Aliás, talvez algo parecido ocorra toda vez que a gente simplesmente dorme e acorda. Será que todos os processos que definem o nosso eu estão ativos durante o sono, ou durante algo mais grave como inconsciência, ou será que uma boa parte deles é desligado, sendo um novo "eu" criado toda vez que despertamos?

Offline Dr. Manhattan

  • Moderadores Globais
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 8.342
  • Sexo: Masculino
  • Malign Hypercognitive since 1973
Re: Retirando a consciência do cérebro
« Resposta #374 Online: 27 de Abril de 2010, 13:51:46 »
Depende do que você entende por "retirar". Acho que é possível que no futuro possamos fazer cópias das nossas memórias em cérebros arficiais; talvez até mesmo uma forma de imortalidade seja possível assim.

Mas o seu Eu ainda estará confinado à sua caixa de matéria cinzenta e molhada, e ainda vai morrer junto com seu corpo, não importa quão fiel seja a sua cópia.

Discordo. Primeiro, vamos consider a questão do tópico: imagine que você possa criar um dispositivo que imite perfeitamente o funcionamento
de um neurônio. Em seguida, faça um mapa do cérebro e construa uma máquina com esses dispositivos, de forma que a cada neurônio corresponda
um dispositivo. Agora conecte tudo*. A não ser que se acredite em um "fantasma na máquina", o que você teria seria uma cópia da mente de
um indivíduo.

Claro, seria uma cópia, não uma transferência. Mas agora imagine que essa máquina é construída dentro da caixa craniana do indivíduo que
está sendo mapeado. Além disso, suponha que a cada dispositivo acrescentado, o neurônio correspondente é destruído e eliminado. Você
estaria assim substituindo o wetware do indivíduo por um hardware eletrônico.**

Existe uma história absolutamente brilhante de Greg Egan chamada "Learning to be me" que explora essa possibilidade:

Citação de: Wikipedia
Two stories, "Learning to Be Me" and "Closer", involve a different kind of neural implant called a "jewel"—a small computer inserted into the brain at birth that monitors its activity in order to learn how to mimic its behavior. By the time one reaches adulthood, the jewel's simulation is a near-perfect predictor of the brain's activity, and the jewel is given control of the person's body while the redundant brain is discarded. In this way, people with the jewel can eliminate the cognitive decline associated with aging by implementing their minds on a machine. Also, by transplanting the jewels into cloned bodies genetically altered to develop without brains, they can live youthfully forever.

"Learning to Be Me" explores the consequences of a man's jewel failing to synchronize with his brain, while in "Closer" a couple arranges to have the internal states of their jewels gradually made more similar so they can temporarily become a single person.

fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/Axiomatic_(story_collection)

*Na verdade estou simplificando enormemente esse procedimento: seria preciso copiar também as células gliais, e sistema endócrino com
análogos eletrônicos de hormônios. Provavelmente também seria necessário simular sistema nervoso periférico.

**Algo semelhante poderia também ser feito puramente em software. Não que seja fácil. :)
You and I are all as much continuous with the physical universe as a wave is continuous with the ocean.

Alan Watts

 

Do NOT follow this link or you will be banned from the site!