A questão é tão ampla para mim que precisaria dividi-la em muitas partes, mas para não ficar prolongando demais o texto, usando suas próprias palavras, se me permite, citaria o fato de que a “inexistência” também não se sustenta o suficiente para ser tida como verdade.
Por quê? Precisa ter em mente que, se não há motivos para se acreditar que existam 7 gigantescos parafusos interplanetários orbitando as estrelas do cinturão de Orion, então a afirmação de que eles não existem se sustenta por si só. É a questão do Ônus da Prova.
Se não existem motivos para acreditar que existe vida em planetas distantes por que a ciência continua buscando respostas? A “afirmação” de que não existe não se sustenta sozinha?
O fato é que a dúvida é sempre mais pertinente que a certeza, por isso buscamos respostas; E ainda bem já que a certeza “acredita” que já possui todas as elas.
O ônus da prova entre jogo toda vez que quaisquer “afirmações” são feitas, pois elas impõem uma “verdade”. E toda verdade requer uma “comprovação”.
As duas versões me parecem possíveis, mas nenhuma delas é “´provável”, pelo menos, ainda. Enquanto isso os indícios e evidências ou mesmo a ausência desses não me parecem suficientemente convincentes para tomar uma posição.
Confesso que não estou acreditando no que estou lendo. Quer dizer que se alguém disser mesmo que existe um Deus em forma de macarrão, que voa e exige que nos tornemos piratas, devemos mesmo aceitar a possibilidade dessa pessoa estar certa, mesmo que esta se recuse a provar seu ponto de vista?
Como disse anteriormente, tudo que se “afirma” exige confirmação, mesmo uma afirmação contrária a uma afirmação absurda. Para questões do tipo Carl Sagan tem um bom conselho: abra sua cabeça, mas não o suficiente para que o cérebro caia de dentro dela.
Estou aberta a ambas as versões porque ainda não encontrei algo que “positivamente” ultrapasse as especulações, mas não sinto quaisquer necessidades de construção de uma versão própria caracterizada.
Como assim? Olha o seu mundo à sua volta. Acha mesmo que foi um velho barbudo transcendental que criou tudo isso? Olha pro tamanho do Universo! Acha que há um Deus cuidando exclusivamente da gente? Acha que é impossível a vida e todas as coisas terem surgido por si só ou por um motivo que não envolva um ser inteligente? Acha possível que um ser complexo como Deus tenha existido do nada?
Que motivos há para acreditar que a vida e todas as coisas surgiram por si só? Que motivo há para acreditar que o universo não sugere um projeto inteligente? Que motivo há para acreditar que um universo tão complexo tenha surgido do nada? E veja, não estou questionando as teorias, mas os seus motivos para acreditar nelas.
A idéia toda de Deus é incrivelmente estapafúrdia. É por isso que ele não existe e os ateus estão certos.
Como também é estapafúrdio fazer uma afirmação sem ter a “prova” que a sustente. Acredito sim que possa não existir um deus e que os ateus estejam certos, mas não tenho provas disso, portanto não afirmo. Veja o que foi dito sobre o ônus da prova em:
http://pt.wikipedia.org/wiki/ateísmo.
Penso que se deus existe toda tentativa de compreensão é irrelevante. E se não existe não há o que relevar.
Se não faz diferença entre existir um Deus e não existir um Deus, porque devemos considerar a possibilidade dele existir? Nâo tá meio óbvio a resposta?
Explicando de outra maneira, para mim é irrelevante dar forma às idéias, pois isso não as explica, podendo inclusive levar ao erro. As idéias, sendo sujeitas ao plano intelectual, se bastam sem que precisem ter uma face ou personalidade, por exemplo. Não é a existência ou inexistência que não faz diferença, mas sua forma, pois a dúvida faz sim, toda a diferença;
Tudo é relativo! Como pode ver ao lado, não escolhi essa frase ao acaso. Sou realmente influenciada por essa opinião. Penso que um “ponto de vista” (referencial) é apenas uma entre as muitas possibilidades de observar a mesma coisa. É preciso, se possível, ver de dentro e de fora, de perto e a distancia, dando uma volta completa em torno para perceber diversos pontos de vista. Pensar noventa e nove vezes sem tomar uma decisão e deixar de pensar para que o pensamento possa fluir, sem jamais tomar uma posição que não possa ser revista. É complicado assim, mas espero ter sido objetiva no que me pediu uma explicação.
Desculpe mas neste trecho você não disse absolutamente nada. Se bobear, nem você mesmo percebeu. Acontece…
Desculpe, mas nesse trecho você disse “tudo” e acho mesmo que não percebeu. O que fiz foi elaborar um pequeno texto reunindo algumas sugestões de Einsten, que explicam melhor que eu o processo da dúvida.