Antonio,
Para completar o estudo realizado por Pedro de Campos, publicado no livro Colonia Capella, sobre a estrela Capella:
Capella da Auriga Para encontrarmos a Constelação de Auriga no Cosmos, primeiro é preciso localizar a belissima Constelação de Órion, distinguida pelo esplendor da estrela Betelgeuse, e sob ela o seu reluzente cinturão – as Três Marias (Alnitak, Alnilam e Mintaka). Em seguida, do lado oposto, à direita, encontra-se a Constelação de Taurus, com sua composição geométrica magnífica, destacando-se nela a formosa estrela Aldebaran. Prosseguindo na observação, em meio e bem acima dessas duas constelações, numa posição mais alta nos céus, quase na vertical, pode-se ver a exuberância da estrela Capella.
A Constelação de Auriga estende-se sobre espaços distantes. Capella é sua estrela mais brilhante na direita superior da constelação. Ao três astros menores, próximos à direita e um pouco abaixo de Capella, são os “Miúdos”, um pequeno aglomerado de Sóis. Compondo uma parte da figura de Auriga, o astro brilhante que fica à esquerda de Capella e num plano bem mais abaixo do que ela é a estrela El Nath, que também é uma figura estelar que sugere um dos chifres da constelação de Taurus. Pos essa razão, a estrela El Nath tem dupla denominação, ou seja, Taurus Beta e Auriga Gama. El Nath está formalmente debtro dos limites de Taurus; entretanto, o nome Auriga Gama é usado eventualmente para sua denominação. A outra estrela na composição da figura geométrica de Auriga é a estrela Menkalinan, a Auriga Beta; trata-se de uma estrela grande e brilhante que fica bem À esquerda e pouco acima de Capella.
Na Constelação de Auriga há muitas outras estrelas, as quais, vistas de longe, aparentam tamanhos diversos e brilhos de várias cores, com cintilações alanranjadas, azuis, brancas e vermelhas.
Constelação Auriga é um nome vindo do latim, mas, em português. É também conhecida como Constelação do Cocheiro. Trata-se de um pentágono irregular e proeminente de belas estrelas. Destaca-se nela, repetimos, a exuberância da estrela Capella, uma das mais famosas do céu, a a maior e mais brilhante da constelação, por isso é denominada estrela alfa.
Os cálculos da astronomia para definir sua distância da Terra têm variado na medida em que são adotadas técnicas diferentes de medição. Atualmente, são divulgadas três distâncias: 42 anos-luz, 43,5 e 45 anos-luz. O tamanho da estrela Capella é cerca de dezesseis vezes a grandeza do Sol que aquece o planeta Terra.
Capella significa “cabra pequena”, das épocas clássicas. NA antiguidade, essa estrela era chamada de Amalthea, conhecida na mitologia como a cabra que amamentou Zeus quando bebe. Existem muitas lendas antigas sobre a estrela Capella. As culturas clássicas fizeram-na a companheira brilhante de Taurus, seu vizinho próximo observado no espaço.
Acredita-se que a Constelação de Auriga tenha sido vista pela primeira vez na Babilônia, cerca de 4500 anos atrás. Auriga possui um desenho nos céus que forma uma biga grco-romana, um carro de corridas da antiguidade clássica conduzido por um charreteiro competidor, contudo a figura desse cocheiro não é encontrda nos céus, mas na mente do observador imaginativo. Num dos lados das rédeas existe a figura sugestiva de uma cabra (Capella) e duas figuras pequenas ao lado, a lhe acompanhar, juntamente com uma terceira de menor expressão. Do outro lado existem as rédeas, seguras pelo condutor da biga, o qual não está presente. As mitologias de várias culturas da antiguidade fazem referência acentuada a esse cocheiro ausente, mas divergem entre elas sobre quem seria ele. Os gregos e os babilônicos descrevem-no como sendo filho coxo de Vulcano e Minerva, Erichthonius, que diziam ter inventado a biga de quatro cavalos.
Ao sul de Capella destaca-se um triangulo composto por estrelas mais fracas, um asterisco luzente semelhante a um rebanho de “Esferas Miúdas”; nessa composição destaca-se a estrela Al Anz, uma das maiores conhecidas do Universo, com 2700 vezes o tamanho do Sol. Capella tem uma magnitude que combina brilhos de uma estrela primária e de outra companheira que lhe fica perto, girando-lhe em órbita. Possui também, nessa formação, “uma” terceira luz mais fraca, de tonalidade escarlate, emanada por duas anãs vermelhas – estrelas em extinção. Todas formam um conjunto harmônico de quatro estrelas próximas, onde se destaca Capella como a principal delas.
Nesse conjunto descrito, as duas “companheiras” mais fortes em luminosidade são ambas estrelas amarelas da classe G, com aproximadamente a mesma temperatura do Sol, mas muito maiores e mais brilhantes que ele. Uma delas é 50 vezes mais luminosa que o Sol, e a outra, 80 vezes mais brilhantes. Cada uma delas tem um pouco mais de dez vezes o diâmetro solar. Portanto, cada uma delas é um astro gigante. As duas estrelas são separadas numa distância equivalente a dois terços da existente entre o Sol e a Terra, e a secundária gira numa translação de 104 dias da outra.
Capella é uma estrela de grande magnetismo e projetora de imensas quantidades de raios X oriundos das atividades magnéticas de sua superfície, similar àquela vista na do Sol. Contudo, astrônomos hesitam em afirmar que a estrela seja responsável pela emissão de tais radiações, pois consideram outras possibilidades de emissão. Como já dissemos, Capella tem também uma companheira de brilho mais fraco de duas anãs vermelhas não ofuscantes de classe M, que lhe transladam parte do ano sem ser vista da Terra.
Em noites de inverno no hemisfério norte, Capella brilha quase diretamente na vertical dois céus e é uma das três estrelas mais brilhantes espalhadas pelo céu do Norte; a outra é Arcturus, e a terceira é Vega da Lira. Todas elas estão perto do mesmo brilho: Arctuturs é suave e alaranjado; Veja, quente e branca; Capella, pos sua vez, é amarelada e está no meio da escala de temperatura.
Na mesma escala de temperatura de Capella são encontradas na Via Láctea as exuberantes estrelas de Alfa Centauro, de Pólux, na constelação de Gêmeos, de Arcturus, na constelação de Boieiro, de Aldebaran, na constelação de Taurus, de Betelgeuse, na constelação de Órion, e nossa singela estrela solar, que congrega o planeta Terra.

A estrela Capella tem a mesma escala de temperatura que nosso Sol. E em nenhum momento são citadas nas obras Exilados de Capella e Colonia Capella mais detalhes sobre a distância do orbe Capella em relação a estrela de seu sistema solar.
Concordo que as chances de haver um planeta habitado no sistema Capella são minimas, mas possiveis e o fator de a Estrela estar classificada dentro do parametro de Temperatura da nossa estrela o Sol é um fator favorável.
Abraços,