Autor Tópico: Mesmo se Deus existisse, milagres seriam raros ou inexistentes  (Lida 16065 vezes)

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Offline Antônio de Lima

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Re: Mesmo se Deus existisse, milagres seriam raros ou inexistentes
« Resposta #150 Online: 23 de Abril de 2006, 20:37:36 »
Angelo Melo disse o seguinte: 

Citar
    Nosso universo poderia ser, por exemplo, apenas um entre incontáveis outros, cada um com suas leis da física e espaço-tempo próprios. Todos parte de uma estrutura física muito maior, inacessível a nós por enquanto, e que estaria continuamente gerando-os.   


Sendo assim, então pode ser que Kardec tenha razão ao afirmar que exista vida inteligente fora da Terra, certo ???

Parece que dessa forma, embora não se possa afirmar nada a favor do contido na D.E. também não se pode descartar plenamente, visto que tudo são suposições ainda não confirmadas pelas Ciências.

Certo ?
Antônio de Lima

Offline Diego

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Re: Mesmo se Deus existisse, milagres seriam raros ou inexistentes
« Resposta #151 Online: 23 de Abril de 2006, 20:52:14 »
Sendo assim, então pode ser que Kardec tenha razão ao afirmar que exista vida inteligente fora da Terra, certo ???

Eu acho até q ele tem uma grande possibilidade de estar certo!

Offline HSette

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Re: Mesmo se Deus existisse, milagres seriam raros ou inexistentes
« Resposta #152 Online: 23 de Abril de 2006, 21:04:11 »
Angelo Melo disse o seguinte: 

Citar
    Nosso universo poderia ser, por exemplo, apenas um entre incontáveis outros, cada um com suas leis da física e espaço-tempo próprios. Todos parte de uma estrutura física muito maior, inacessível a nós por enquanto, e que estaria continuamente gerando-os.   


Sendo assim, então pode ser que Kardec tenha razão ao afirmar que exista vida inteligente fora da Terra, certo ???

Parece que dessa forma, embora não se possa afirmar nada a favor do contido na D.E. também não se pode descartar plenamente, visto que tudo são suposições ainda não confirmadas pelas Ciências.

Certo ?

A possibilidade de vida inteligente não depende da existência de outros Universos.
O nosso próprio Universo apresenta condições para tal, afinal, estamos aqui.

Ou não? :lol:
"Eu sei que o Homem Invisível está aqui!"
"Por quê?"
"Porque não estou vendo ele!"

Chaves

Douglas

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Re: Mesmo se Deus existisse, milagres seriam raros ou inexistentes
« Resposta #153 Online: 23 de Abril de 2006, 22:58:41 »
Antonio,

De uma lida neste estudo elaborado por Pedro de Campos, no livro Colonia Capella, sobre a teroria de Frank Drake:

Vida Inteligente no Universo

Para que se tenha uma idéia de grandeza do Universo conhecido pela ciência, basta considerarmos que é estimado ter nele cerca de cem bilhões de Galáxias, e em cada uma delas existe mediamente cem bilhões de estrelas. Muitas dessas estrelas podem carregar consigo, girando em sua órbita, um aglomerado de planetas, cada qual com potencial para desnvolver em si alguma forma de vida.
Os homens ligados ao estudo da astronomia têm-se reunido, com certa freqüência, para discutir a possibilidade de existir vida inteligente em outros mundos do Universo.
Para suportar cientificamente esta questão, o radioastrônomo Frank Drake, da Universidade da Califórnia em Santa Cruz, em seus estudos realizados há mais de 30 anos no Observatório da Virginia Ocidental, formulou uma equação que define, em teoria, o número de Civilizações Tecnicamente Avançadas possível de existir no Universo conhecido e, em particular na nossa Galáxia.
Naquelas reuniões os cientistas estavam de acordo que, para existir vida inteligente em outros mundos do Universo, é preciso que as condições necessárias que possibilitam a eclosão da vida sejam satisfeitas.
Houve quem considerasse, dentre eles, que a equação de Drake era apenas uma forma matemática que a ciência encontrara para concentrar grande quantidade de falta de conhecimento cientifico. Não obstante a oportunidade de tal consideração diante da incerteza colocada pelos cientistas durante aqueles estudos. Cabe-nos examinar aqui quais seriam essas pré-condições para a existência de vida inteligente em outros mundos do Universo.

Algumas variáveis devem ser consideradas. Vamos observa-las.

A fonte de estudos deve estar no Universo conhecido. É naturalmente a nossa galáxia, a Via Láctea, que está inclusa nele e possui cerca de 200 bilhões de estrelas, diâmetro de aproximadamente cem mil anos-luz e idade em torno de 20 a 15 bilhões de anos. É nela que a nossa minúscula Terra está localizada.
Para a existência de vida em condições semelhantes às da Terra, é forçoso procurar uma estrela que possua, a girar em sua órbita uma corte de planetas. Contudo, com a instrumentação atual, essa procura torna-se até certo ponto inglória, pois a distância que separa o homem dessas estrelas é imensa, e procurar por planetas sem luz girando em torno delas é algo extremamente difícil, embora os cientistas tenham seus métodos de procura.
Para albergar vida, a estrela procurada deve possuir ao menos cinco bilhões de anos de existência, período de tempo necessário para que haja desenvolvimento de vida inteligente nos moldes semelhantes aos do planeta Terra. Ela deve ser suficientemente quente para gerar e sustentar a vida e não deve ter proporções extremamente gigantescas, pois suas condições seriam provavelmente outras diferentes das da Terra. Assim, tal estrela enquadra-se nas de tipo F, G e K definidas pela astronomia.
Para abrigar vida, sempre nos moldes terrestres, um planeta deve ter tido no inicio de sua formação condições apropriadas de massa, de composição química, de temperatura constante, de radiação adequada, de pressão e composição atmosféricas, de obrigatória existência de vida oceânica e de outras tantas condições capazes de produzir reações físico-químicas que são os pressupostos prováveis para se “gerar vida” da matéria inerte. Afirma-se que tais condições possam existir numa escala que varia, na pior das hipóteses, de um planeta a cada dez sistemas planetários, e, na melhor das hipóteses, de dois planetas num mesmo Sistema Solar. Com esta última hipótese, a mais otimista, poderia dizer que, por exemplo, a Terra e mais um planeta do Sistema Solar teriam condições de desenvolver vida inteligente e, o mesmo, também, por analogia, ocorreria em outros sistemas planetários.
Embora seja muito difícil conceber que a vida possa desenvolver-se quimicamente a partir da matéria inerte, ainda assim a ciência tem dedicado sérios estudos neste sentido, e nós aqui devemos observa-los.
De fato, muitos experimentos são realizados mesclando metano, amoníaco, água, hidrogênio e aplicando descargas elétricas variadas, luz, calor, raios ultravioleta e outras fontes de energia sobre grande variedade de bases nitrogenadas, ácidos nucléicos, ácidos orgânicos, açúcares e outros componentes da matéria viva e com capacidade de replicar-se por si só, ainda sim, nos estudos, considera-se que a vida prospera em todos os planetas que tenham condições favoráveis ao seu desenvolvimento.
A evolução biológica também deve ser considerada. Os evolucionistas consideram que, uma vez produzida a molécula de vida auto-replicante, essa inteligência genética intrínseca seria capaz de fazer progredir, por si só, um processo de desenvolvimento continuo que se aprimoraria através da seleção natural. Assim, considera-se que, de dez planetas em que se desenvolve algum tipo de vida, somente em apenas um deles essa vida chegaria a ser inteligente.
Uma vez produzida a vida inteligente há que se considerar que essa inteligência teria de chegar a um estágio de civilização avançada, através de um longo processo de desenvolvimento técnico-cultural, a te chegar àquele em que o homem da Terra chegou. Considera-se que somente a décima parte das espécies inteligentes que se desenvolveram chegariam a um processo de civilização tecnicamente adiantada.
Contudo, ainda assim, uma civilização adiantada pode ter um tempo de duração de vida limitado, considerando que ela pode ter um tempo de duração de vida limitado, considerando que ela pode tanto ser destruída por fatores ambientais externos como pela sua propensão em se autodestruir com guerras químicas, biológicas e nucleares, acidentes genéticos, deficiência de alimentos, falta ou excesso de energias e outras situações semelhantes. Um número mais reduzido ainda de civilizações poderia chegar a um alto grau de desenvolvimento que lhe permitisse controlar todos esses fatos contrários, por assim dizer, e chegar ao máximo de seu desenvolvimento técnico.
A ciência conclui, considerando essas variáveis e realizando todos os seus cálculos, que a probabilidade de existir vida inteligente no Universo, na forma de Civilização Tecnicamente Avançada, pode variar numa escala que vai desde um planeta em cada dez Galáxias até cem milhões de planetas numa só Galáxia.
Portanto, considerando a estimativa cientifica de existir no Universo cem bilhões de Galáxias, mesmo no ponto mínimo dessa escala de conclusão, a vida existe com tamanha probabilidade e avança rumo a números tão infinitamente grandes que é impossível ao homem de ciência e de bom-senso sequer imaginar essa quantidade total de vida, sua imensa variedade e suas fases de desenvolvimento.
Contudo, reduzindo a visão somente à nossa Galáxia – a Via Láctea -, Drake concluiu em seus estudos que deve existir nela cerca de dez mil civilizações. Embora esperançoso, afirmou desolado: “Nada é mais frustrante do que imaginarmos que, neste exato momento, mensagens de rádio de outras civilizações do espaço estão passando por nossas casas como um sussurro, sem que possamos escuta-las.”

Abraços,

Douglas

Offline HSette

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Re: Mesmo se Deus existisse, milagres seriam raros ou inexistentes
« Resposta #154 Online: 23 de Abril de 2006, 23:14:02 »
Citar
A fonte de estudos deve estar no Universo conhecido.


Essa frase tem importância: na hipótese de existência de outro(s) Universo(s), devemos levar em conta que ele estaria numa "região" do espaço-tempo causalmente desconexa da nossa, ou seja, não haveria influência entre um e outro.
"Eu sei que o Homem Invisível está aqui!"
"Por quê?"
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Chaves

Douglas

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Re: Mesmo se Deus existisse, milagres seriam raros ou inexistentes
« Resposta #155 Online: 26 de Abril de 2006, 16:38:44 »
Antonio,

Para completar o estudo realizado por Pedro de Campos, publicado no livro Colonia Capella, sobre a estrela Capella:

Capella da Auriga

Para encontrarmos a Constelação de Auriga no Cosmos, primeiro é preciso localizar a belissima Constelação de Órion, distinguida pelo esplendor da estrela Betelgeuse, e sob ela o seu reluzente cinturão – as Três Marias (Alnitak, Alnilam e Mintaka). Em seguida, do lado oposto, à direita, encontra-se a Constelação de Taurus, com sua composição geométrica magnífica, destacando-se nela a formosa estrela Aldebaran. Prosseguindo na observação, em meio e bem acima dessas duas constelações, numa posição mais alta nos céus, quase na vertical, pode-se ver a exuberância da estrela Capella.
A Constelação de Auriga estende-se sobre espaços distantes. Capella é sua estrela mais brilhante na direita superior da constelação. Ao três astros menores, próximos à direita e um pouco abaixo de Capella, são os “Miúdos”, um pequeno aglomerado de Sóis. Compondo uma parte da figura de Auriga, o astro brilhante que fica à esquerda de Capella e num plano bem mais abaixo do que ela é a estrela El Nath, que também é uma figura estelar que sugere um dos chifres da constelação de Taurus. Pos essa razão, a estrela El Nath tem dupla denominação, ou seja, Taurus Beta e Auriga Gama. El Nath está formalmente debtro dos limites de Taurus; entretanto, o nome Auriga Gama é usado eventualmente para sua denominação. A outra estrela na composição da figura geométrica de Auriga é a estrela Menkalinan, a Auriga Beta; trata-se de uma estrela grande e brilhante que fica bem À esquerda e pouco acima de Capella.
Na Constelação de Auriga há muitas outras estrelas, as quais, vistas de longe, aparentam tamanhos diversos e brilhos de várias cores, com cintilações alanranjadas, azuis, brancas e vermelhas.
Constelação Auriga é um nome vindo do latim, mas, em português. É também conhecida como Constelação do Cocheiro. Trata-se de um pentágono irregular e proeminente de belas estrelas. Destaca-se nela, repetimos, a exuberância da estrela Capella, uma das mais famosas do céu, a a maior e mais brilhante da constelação, por isso é denominada estrela alfa.
Os cálculos da astronomia para definir sua distância da Terra têm variado na medida em que são adotadas técnicas diferentes de medição. Atualmente, são divulgadas três distâncias: 42 anos-luz, 43,5 e 45 anos-luz. O tamanho da estrela Capella é cerca de dezesseis vezes a grandeza do Sol que aquece o planeta Terra.
Capella significa “cabra pequena”, das épocas clássicas. NA antiguidade, essa estrela era chamada de Amalthea, conhecida na mitologia como a cabra que amamentou Zeus quando bebe. Existem muitas lendas antigas sobre a estrela Capella. As culturas clássicas fizeram-na a companheira brilhante de Taurus, seu vizinho próximo observado no espaço.
Acredita-se que a Constelação de Auriga tenha sido vista pela primeira vez na Babilônia, cerca de 4500 anos atrás. Auriga possui um desenho nos céus que forma uma biga grco-romana, um carro de corridas da antiguidade clássica conduzido por um charreteiro competidor, contudo a figura desse cocheiro não é encontrda nos céus, mas na mente do observador imaginativo. Num dos lados das rédeas existe a figura sugestiva de uma cabra (Capella) e duas figuras pequenas ao lado, a lhe acompanhar, juntamente com uma terceira de menor expressão. Do outro lado existem as rédeas, seguras pelo condutor da biga, o qual não está presente. As mitologias de várias culturas da antiguidade fazem referência acentuada a esse cocheiro ausente, mas divergem entre elas sobre quem seria ele. Os gregos e os babilônicos descrevem-no como sendo filho coxo de Vulcano e Minerva, Erichthonius, que diziam ter inventado a biga de quatro cavalos.
Ao sul de Capella destaca-se um triangulo composto por estrelas mais fracas, um asterisco luzente semelhante a um rebanho de “Esferas Miúdas”; nessa composição destaca-se a estrela Al Anz, uma das maiores conhecidas do Universo, com 2700 vezes o tamanho do Sol. Capella tem uma magnitude que combina brilhos de uma estrela primária e de outra companheira que lhe fica perto, girando-lhe em órbita. Possui também, nessa formação, “uma” terceira luz mais fraca, de tonalidade escarlate, emanada por duas anãs vermelhas – estrelas em extinção. Todas formam um conjunto harmônico de quatro estrelas próximas, onde se destaca Capella como a principal delas.
Nesse conjunto descrito, as duas “companheiras” mais fortes em luminosidade são ambas estrelas amarelas da classe G, com aproximadamente a mesma temperatura do Sol, mas muito maiores e mais brilhantes que ele. Uma delas é 50 vezes mais luminosa que o Sol, e a outra, 80 vezes mais brilhantes. Cada uma delas tem um pouco mais de dez vezes o diâmetro solar. Portanto, cada uma delas é um astro gigante. As duas estrelas são separadas numa distância equivalente a dois terços da existente entre o Sol e a Terra, e a secundária gira numa translação de 104 dias da outra.
Capella é uma estrela de grande magnetismo e projetora de imensas quantidades de raios X oriundos das atividades magnéticas de sua superfície, similar àquela vista na do Sol. Contudo, astrônomos hesitam em afirmar que a estrela seja responsável pela emissão de tais radiações, pois consideram outras possibilidades de emissão. Como já dissemos, Capella tem também uma companheira de brilho mais fraco de duas anãs vermelhas não ofuscantes de classe M, que lhe transladam parte do ano sem ser vista da Terra.
Em noites de inverno no hemisfério norte, Capella brilha quase diretamente na vertical dois céus e é uma das três estrelas mais brilhantes espalhadas pelo céu do Norte; a outra é Arcturus, e a terceira é Vega da Lira. Todas elas estão perto do mesmo brilho: Arctuturs é suave e alaranjado; Veja, quente e branca; Capella, pos sua vez, é amarelada e está no meio da escala de temperatura.
Na mesma escala de temperatura de Capella são encontradas na Via Láctea as exuberantes estrelas de Alfa Centauro, de Pólux, na constelação de Gêmeos, de Arcturus, na constelação de Boieiro, de Aldebaran, na constelação de Taurus, de Betelgeuse, na constelação de Órion, e nossa singela estrela solar, que congrega o planeta Terra.



A estrela Capella tem a mesma escala de temperatura que nosso Sol. E em nenhum momento são citadas nas obras Exilados de Capella e Colonia Capella mais detalhes sobre a distância do orbe Capella em relação a estrela de seu sistema solar.
Concordo que as chances de haver um planeta habitado no sistema Capella são minimas, mas possiveis e o fator de a Estrela estar classificada dentro do parametro de Temperatura da nossa estrela o Sol é um fator favorável.

Abraços,

 

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