Autor Tópico: Vale a pena viver?  (Lida 28846 vezes)

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Offline HSette

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Re: Vale a pena viver?
« Resposta #300 Online: 18 de Fevereiro de 2007, 21:39:22 »
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eu não costumo ficar especulando

Rod, e sua crença infundada em um ser criador do universo (em nome do qual barbaridades têm sido cometidas ao longo da história) é o que?

Em bom português, é pura especulação.
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Chaves

Offline Josef Babinski

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Re: Vale a pena viver?
« Resposta #301 Online: 18 de Fevereiro de 2007, 21:41:05 »
Ele pede desculpa porque foram cometidas atrocidades, simples não? A questão não é essa..
"Não esperemos desconstruir rapidamente preceitos formados ao longo dos anos; acreditemos na razão e na perseverança."

Offline Josef Babinski

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Re: Vale a pena viver?
« Resposta #302 Online: 18 de Fevereiro de 2007, 21:41:33 »
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eu não costumo ficar especulando

Rod, e sua crença infundada em um ser criador do universo (em nome do qual barbaridades têm sido cometidas ao longo da história) é o que?

Em bom português, é pura especulação.


Você quer uma discussão lógica sobre epistemologia agora?
"Não esperemos desconstruir rapidamente preceitos formados ao longo dos anos; acreditemos na razão e na perseverança."

Offline HSette

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Re: Vale a pena viver?
« Resposta #303 Online: 18 de Fevereiro de 2007, 21:46:19 »
Ele pede desculpa porque foram cometidas atrocidades, simples não? A questão não é essa…

E em nome de quem (ou melhor, de qual instituição)?  :?:
A questão é essa sim: a instituição ICAR, em nome de sua fé sem pé nem cabeça, é responsável por genocídios ao longo de sua triste e sangrenta história.

Não há como tergiversar sobre isso.

PS: que epistemologia, Rod? Para que dourar a pílula?
Crenças infundadas são sim, especulação.
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Chaves

Offline Josef Babinski

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Re: Vale a pena viver?
« Resposta #304 Online: 18 de Fevereiro de 2007, 21:49:37 »
Hsette, definitivamente eu e você discutindo não é a melhor alternativa...
"Não esperemos desconstruir rapidamente preceitos formados ao longo dos anos; acreditemos na razão e na perseverança."

Offline HSette

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Re: Vale a pena viver?
« Resposta #305 Online: 18 de Fevereiro de 2007, 21:53:22 »
Hsette, definitivamente eu e você discutindo não é a melhor alternativa…

Fim de papo, então.

Mesmo porque não há o que discutir.

Religiões... bah
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Chaves

Offline ByteCode

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Re: Vale a pena viver?
« Resposta #306 Online: 18 de Fevereiro de 2007, 23:11:15 »
Sobre o suicídio, tem este texto do Mencken, que, apesar de ser meio radical, tenho a tendência a pensar que no geral ele tem razão: www.ateus.net/artigos/miscelanea/sobre_o_suicidio.php

Offline F. Bonesso

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Re: Vale a pena viver?
« Resposta #307 Online: 26 de Fevereiro de 2007, 23:56:39 »
Minha posição diante a vida é simples:
Temos a chance de estar vivos, logo, aproveitar a vida ao máximo com tudo que te da prazer é aquilo que devemos fazer.
 
"Quanto mais nos elevamos, menores parecemos aos olhos daqueles que não sabem voar." Friedrich W. Nietzsche

Raphael

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Re: Vale a pena viver?
« Resposta #308 Online: 27 de Fevereiro de 2007, 03:01:21 »
Minha posição diante a vida é simples:
Temos a chance de estar vivos, logo, aproveitar a vida ao máximo com tudo que te da prazer é aquilo que devemos fazer.
 

Perdoe-me, mas um pouco egocêntrica sua definição não?

"Temos a chance de estar vivos, logo, aproveitar a vida ao máximo com tudo que te da prazer é aquilo que devemos fazer."

Muitas pessoas fazem algo para sentir-se bem matando a outras. Acho que você tem que rever seus conceitos. Não?

:abraco:

Offline VideoMaker

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Re: Vale a pena viver?
« Resposta #309 Online: 01 de Março de 2007, 22:54:43 »


Muitas pessoas fazem algo para sentir-se bem matando a outras. Acho que você tem que rever seus conceitos. Não?

 :ok:
É pretensão habitual do cético ver melhor que os demais.

Offline Alenônimo

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Re: Vale a pena viver?
« Resposta #310 Online: 01 de Março de 2007, 23:50:39 »


Muitas pessoas fazem algo para sentir-se bem matando a outras. Acho que você tem que rever seus conceitos. Não?

 :ok:

Pessoas são diferentes. Existem pessoas doentes que se sentem bem matando outras. Mas isso não implica dizer que elas estavam agindo certo.
“A ciência não explica tudo. A religião não explica nada.”

Offline CIV

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Re: Vale a pena viver?
« Resposta #311 Online: 30 de Agosto de 2007, 17:46:29 »
Não li todo o tópico, mas vou postar um texto do qual acho que expressa exatamente a situação da vida:



A MORTE E O SENTIDO DA VIDA

Na escala do tempo da história da Terra a vida de um ser humano é um mero piscar de olhos. Nascemos, vivemos e morremos - e então não mais somos "lembrados". A morte é como um sono sem sonhos do qual nunca acordamos, nossa consciência suprimida para sempre (Nota 1). Se esta vida é tudo o que se apresenta, qual é o seu sentido? Se estamos todos fadados a morrer de qualquer forma, que diferença faz do que fazemos nossas vidas? Podemos influenciar as vidas de outras pessoas, mas elas também estão condenadas à morte. Em algumas poucas gerações a maioria de nossas realizações será totalmente esquecida, a memória de nossas vidas reduzidas a um mero nome entalhado numa lápide ou escrito numa árvore genealógica. Em alguns séculos até nossas tumbas se tornarão ilegíveis pela ação do tempo, restos de ossos serão tudo o que restará de nós. Exceto pela fossilização, até estes ossos serão desintegrados e nada de nós restará. Tudo do que fomos feitos será absorvido por outros organismos - plantas, animais, e até outros seres humanos. Novas espécies aparecerão, florescerão, e desaparecerão, rapidamente substituídas por outras que preencherão o nicho deixado pela sua extinção. A humanidade também sucumbirá à extinção. Toda a vida na terra será varrida quando nosso sol moribundo tornar-se uma gigante vermelha, engolindo finalmente a Terra. Finalmente, o universo tornar-se-á incapaz de permitir a existência de qualquer tipo de vida devido à sua eterna expansão, deixando apenas calor residual e buracos negros, ou senão se contrairá novamente unindo toda a matéria e energia num único Grande Buraco Negro. De qualquer forma, toda a vida no universo desaparecerá para sempre.
Estas considerações uma vez levaram Bertrand Russell a concluir que qualquer filosofia da qual valesse a pena falar seriamente teria de se fundamentar numa "fundação firme de incontrolável desespero" (Nota 2). A morte torna a vida sem sentido? Apesar de muitas pessoas acharem que sim, um momento de reflexão irá mostrar que a morte é irrelevante para a questão do sentido da vida: se os seres humanos fossem naturalmente imortais - isto é, se não houvesse nada parecido com a morte - ainda assim a questão sobre o sentido da vida persistiria. A afirmação de que a vida é sem sentido porque termina em morte relaciona-se com a afirmação de que tudo o que tem sentido precisa durar para sempre. O fato de muitas das coisas às quais damos valor (como o relacionamento com outras pessoas) e atividades que achamos valiosas (como trabalhar numa campanha política ou educar uma criança) não durarem para sempre mostra que a vida não precisa ser eterna para ter sentido. Podemos mostrar também que a vida não precisa durar para sempre para ter algum sentido através de exemplos de vidas que duram para sempre e são inúteis. Na mitologia Grega Sísifo é punido pelos deuses por ter dado conhecimento divino aos humanos. Sua punição é ser forçado a rolar uma enorme pedra até o topo de uma montanha. Assim que a pedra chega ao topo, ela é rolada novamente até a base da montanha. Sísifo está condenado a repetir esta tarefa inútil por toda a eternidade. A duração de nossas vidas nada tem a ver com elas terem ou não sentido. É irônico que tantas pessoas não tenham atentado para este ponto já que a punição eterna contida em O Mito de Sísifo de Albert Camus é o arquétipo da existência inútil.
A morte aparenta significar a falta de sentido da vida para muitas pessoas porque elas sentem que não há motivo em desenvolver o caráter ou aumentar o próprio conhecimento se nossos progressos serão em última instância tomados pela morte. Entretanto, há um motivo para desenvolver o caráter e desenvolver o conhecimento antes da morte nos alcançar: dar paz e satisfação intelectual às nossas vidas e às vidas daqueles com quem nós nos importamos, porque perseguir estes objetivos enriquece nossas vidas. Partir do fato de que a morte é inevitável não implica em dizermos que tudo o que fazemos não faz diferença. Pelo contrário, nossas vidas têm grande importância para nós. Se elas não tivessem, não acharíamos a idéia de nossa morte tão desesperadora - não faria diferença se nossas vidas iriam acabar ou não. O fato de irmos todos morrer algum dia não tem correlação com a questão de nossas atividades valerem ou não a pena aqui e agora: para um paciente doente num hospital os esforços de um médico em aliviar sua dor certamente importam, independentemente do fato de tanto o paciente quanto o médico (e em última análise todo o universo) acabarão morrendo algum dia.
Mas o que é que faz com que tantas pessoas sintam que suas vidas em última análise são inúteis? O fato de que todos nós um dia iremos morrer é uma razão para este sentimento, mas não é a única. A outra razão para que tantas pessoas sintam que a vida não tem sentido é que, até onde a ciência pode mostrar, não há nenhum propósito maior para nossas vidas. Uma visão científica do mundo retrata a origem dos seres humanos como "o resultado da colocação acidental de átomos" (Nota 3). Tanto individual quanto coletivamente, seres humanos vieram a existir devido a probabilidades. Como indivíduos nossa existência foi possível devido ao sucesso reprodutivo de nossos ancestrais; como espécie nossa existência foi determinada pelas mutações que acabaram por conferir uma vantagem adaptativa a nossos ancestrais evolutivos no ambiente em que se encontravam. Devido ao fato de não podermos discernir qualquer indicação de que fomos postos neste planeta para servir a um propósito dado a nós por um ser inteligente, nossa existência não parece fazer parte de nenhum plano maior. Se a ausência de um propósito maior é o que faz a vida ser em última instância sem sentido, nossas vidas seriam igualmente inúteis se fossem eternas. Da mesma forma, se fazer parte de um propósito maior desse a nossas vidas um sentido, então nossas vidas teriam sentido mesmo se a morte acabasse com elas para sempre.
Será realmente o caso, entretanto, que a ausência de um plano maior para nossas vidas tornasse a vida sem sentido? Aqui também, um momento de reflexão mostrará que a falta de um propósito maior na vida é irrelevante para o seu sentido. Como um propósito maior para nossas vidas daria a nós um sentido para elas? Suponha, por exemplo, que venhamos a descobrir que milhões de anos atrás extraterrestres manipularam geneticamente os homonídeos para produzir uma espécie mais inteligente adequada para suas necessidades de trabalho escravo e estes extraterrestres ainda não voltaram à Terra para nos escravizar. Neste caso nossa existência seria parte de um plano maior e iria dar um sentido nas nossas vidas para os extraterrestres, mas isto não daria sentido a elas para nós. Sermos parte de um plano divino pode apenas dar sentido a nossas vidas se aceitarmos nosso papel no tal plano como importante para nós. Além do mais, enquanto formos ignorantes a respeito de num suposto plano maior para nossas vidas - e certamente somos ignorantes a este respeito - não temos como saber qual é o nosso papel neste plano e portanto ele não tem como fazer nossa vida ter sentido. Nossas atividades são válidas por elas mesmas, e não porque elas atendem a algum desconhecido propósito transcendental.
Estas considerações mostram que nós devemos criar nosso próprio sentido para nossas vidas independentemente de se nossas vidas servirem ou não a um propósito maior. Se nossas vidas têm ou não sentido para nós depende de como as julgamos. A ausência ou presença de algum propósito superior é tão irrelevante quanto a finalidade da morte. A alegação de que nossas vidas são 'em última análise' inúteis não faz sentido porque elas teriam ou não sentido independentemente do que fizéssemos. Questões sobre o sentido da vida são questões sobre valores. Nós atribuímos valores para coisas na vida ao invés de descobrí-los. Não pode haver sentido na vida fora o sentido que criamos para nós mesmos porque o universo não é um ser consciente que pode atribuir valores para as coisas. Mesmo se um deus consciente existisse, o valor que ele iria atribuir a nossas vidas não seria o mesmo que nós teríamos e portanto seria irrelevante.
O que faz nossas vidas terem sentido é acharmos que as atividades que fazemos valem a pena. Nossa determinação para levar adiante projetos que criamos para nós mesmos dá sentido às nossas vidas. Sentimos que a vida é inútil quando a maior parte dos desejos que julgamos importantes é frustrada. Achar nossa vida importante ou não depende de quais objetivos importantes são frustrados. O julgamento que fazemos de nossas vidas nestes pontos é o mesmo independente da vida ser ou não eterna ou dela fazer ou não parte de um propósito maior. Talvez o segredo de uma vida com sentido seja dar importância a aqueles objetivos que podemos atingir e minimizar aqueles que não podemos - desde que saibamos a diferença entre eles.
***
Keith Augustine é estudante graduado de filosofia na Universidade de Maryland, College Park

Fonte: str
Agnóstico - Cético

Offline Shinigami-Ateu

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Re: Vale a pena viver?
« Resposta #312 Online: 31 de Agosto de 2007, 15:09:03 »
A vida por si só não tem sentido, cada individuo da o seu valor a sua própria vida, se parar e  pensar reacionalmente, e fácil chegar a conclusão que a viver é inútil, pois no fim, todos nos recebemos o mesmo premio.
A diferença está nesse intervalo de tempo, do nascimento até a nossa morte,  procuramos ficar o máximo de tempo em estado de felicidade, em um condicionamento, faça isso que é bom, não faça isso que é mau.
Mas a vida para mim é desprovida de sentido, eu crio o sentido para ela, mas quando paro e penso com mais racionalidade, vejo o quanto é inútil viver, é uma luta que não podemos vencer, apenas adiando e prolongando a data da derrota. Seria mais simples dar cabo de si mesmo,  mas a caminho da vida não é feito apenas de tristezas, em alguns momentos esquecemos de nossas vidas, focalizamos em um momento e somos felizes. È isso que nos impulsiona a continuar, mas existem aqueles que desistem da caminha, e pulam do trem no meio do caminho, é um direito de cada um, se não agüenta mais, jogue a toalha.
"Por que temer a morte? Enquanto eu sou, a morte não é; e, quando ela for, eu já não serei. Por que deveria temer o que não pode ser enquanto sou?”.

Offline hpaula

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Re: Vale a pena viver?
« Resposta #313 Online: 02 de Setembro de 2007, 00:47:37 »
Claro que vale, muitas vezes somos felizes, principalmente quando pensamos menos.  O velho ditado pensando morreu um burro é muito pertinente.  Quem pensa demais é ansioso e nao consegue aproveitar o que tem de bom na frente, ao lado etc etc

Offline Nyx

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Re: Vale a pena viver?
« Resposta #314 Online: 02 de Setembro de 2007, 19:26:58 »
Feliz?


Feliz tem como um dos seus significados: "satisfeito".


É possível que o ser humano um dia fique satisfeito? Não queremos sempre mais?


Então como podemos dizer que muitas vezes somos felizes?

Offline Alexandre Malta

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Re: Vale a pena viver?
« Resposta #315 Online: 02 de Setembro de 2007, 19:45:25 »
A felicidade, dizia Aristóteles, é tudo aquilo a que as coisas aspiram, o homem aspira a felicidade logo a felicidade é o bem do homem. Qual é a felicidade aspirada pela humanidade e por vocês em particular?
« Última modificação: 02 de Setembro de 2007, 20:05:09 por Alexandre Malta »
"Governar acorrentando a mente através do medo de punição em outro mundo é tão baixo quanto usar a força." Hipácia (Matemática de Alexandria, assassinada por uma turba Cristã em 415 DC)

Offline VideoMaker

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Re: Vale a pena viver?
« Resposta #316 Online: 05 de Setembro de 2007, 18:54:44 »
Minha posição diante a vida é simples:
Temos a chance de estar vivos, logo, aproveitar a vida ao máximo com tudo que te da prazer é aquilo que devemos fazer.
 

...com tudo que te dá prazer? tudo mesmo?
É pretensão habitual do cético ver melhor que os demais.

Offline Megazord

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Re: Vale a pena viver?
« Resposta #317 Online: 15 de Setembro de 2007, 19:50:13 »
Penso assim, se um dia eu estiver cansado de tudo, não gostar do rumo que minha vida tomou.
estiver realmente de "saco cheio", eu "simplesmente" largaria mão de tudo e sairia atrás de outra coisa.
(largo casa, familia, emprego e deixo até uma carta falando mais ou menos o que se passa)

Neste caso o sentido da vida seria poder sempre achar um sentido novo pra ela quando um outro não existir mais.

Desistir de viver não, jamais, mesmo assim eu acho difícil tomar uma atitude como essa sem estar sob influência de algum problema psicológico (como depressão).

E como o texto do CIV fala.
Um credo faria com que nossa vida tivesse um sentido para uma entidade superior/externa. Não para nós mesmos. O sentido fica por sua conta, ele que diz se sua vida é válida ou não pra você.
---
mega

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Offline Zero

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Re: Vale a pena viver?
« Resposta #318 Online: 14 de Julho de 2018, 22:57:19 »
Editado.
« Última modificação: 14 de Julho de 2018, 23:11:58 por Zero »

Offline Zero

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Re:Vale a pena viver?
« Resposta #319 Online: 14 de Julho de 2018, 23:04:20 »
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Estável, suicídio entre jovens ainda é quarta causa de morte no Brasil

 O suicídio aumentou gradativamente no Brasil entre 2000 e 2016: foi de 6.780 para 11.736, uma alta de 73% nesse período. As maiores taxas de crescimento foram registradas entre jovens e idosos, do acordo com o Ministério da Saúde.

No mundo, o suicídio acomete mais de 800 mil pessoas, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). É a segunda causa de morte no planeta entre jovens de 15 a 29 anos — a primeira é a violência.

Já no Brasil, em 2015, o suicídio foi a quarta causa de morte nessa mesma faixa etária, ficando atrás de violência e acidente de trânsito, de acordo com os dados do Ministério da Saúde.

No entanto, esse número tem apresentado uma pequena estabilização nos útlimos dois anos, inclusive nesses grupos, conforme explica o sociólogo Julio Jacobo Waiselfisz, responsável pela pesquisa Mapa da Violência no Brasil desde 1998.

"Houve uma leve oscilação para baixo que ainda não pode ser considerada uma tendência de queda, pois é bem pouco significativa. Houve certa estabilização depois de um tempo de crescimento constante em todas as faixas etárias. Uma melhora na taxa que antes era de crescimento contínuo", afirma.

"Os dois últimos anos marcam essa pequena estabilização. Só podemos falar em tendência após três anos consecutivos de queda. Estamos no segundo ano, então isso pode ser apenas uma oscilação e não uma queda", completa.

Ele explica que a incidência de suicídio entre a população brasileira passou de 4,1 em 100 mil habitantes no ano 2000 para 5,5 em 100 mil habitantes em 2016.

Exceção à regra

Nesse período, o suicídio aumentou drasticamente em três estados. Em Roraima foi de 8,1 para 11,3 em cada 100 mil habitantes. "Aumentou 11%, mais que o dobro da média nacional", afirma.

Os outros dois Estados com grande aumento no índice de suicídio foram Piauí, que passou de 2,8 para 10,1 em 100 mil habitantes, e o Rio Grande de Sul, que sempre foi líder nessa questão no Brasil, segundo o sociólogo. O índice foi de 10,1 para 10,4 a cada 100 mil pessoas.

"Esses são os três Estados cujas taxas são muitos significativas, taxas praticamente europeias. A região Sul foi povoada por europeus e incorporou a cultura do suicídio dentro da migração que sofreu. Veja os outros Estados do Sul: Santa Catarina tem 9,7 e Paraná, 6,8 [a cada 100 mil pessoas]. Essa região está acima da média nacional", afirma.

Já o Rio de Janeiro apresenta 3,5; Bahia, 3,4, e São Paulo, 4,9 em 100 mil habitantes.

Segundo ele, entre a faixa etária de 15 a 24 anos e acima de 60 são consideradas as que mais crescem, de forma em geral. "A mortalidade entre jovens é muito baixa. Não são propensos a doenças. Morrem muito de acidente de trânsito, homicídio e suicídio. Não é porque suicídio seja muito elevado, mas porque as outras causas de morte são muito baixas. O jovem está em plena exuberância da vida", afirma.

"No Brasil, não há uma forte cultura de suicídio como existe em outros países como França e Japão, que apresentam alta taxa de suicídio", completa.

De acordo com o Ministério da Saúde, o maior índice de suicídio está entre os homens (79%), mas a maior incidência de tentativa de suicídio está entre as mulheres.

O Brasil está entre os países que assinaram o Plano de Ação em Saúde Mental 2015-2020 lançado pela OMS/OPAS. Esse plano de ação foi desenvolvido para acompanhar o número anual de mortes em cada país e o desenvolvimento de programas de prevenção.

Problema de saúde pública

Cada vez mais, o suicídio está sendo tratado com um problema de saúde mental e saúde pública.

O psicólogo Danilo Faleiros, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, explica que se trata de um problema de saúde pública porque a incidência é alta e constante. Apesar de quedas ou aumentos sutis nos índices, os números se mantêm estáveis, da mesma forma que ocorre em relação com vítimas de doenças crônicas, como o câncer.

“O suicídio existe em todas as sociedades e causa grande impacto na vida de muitas pessoas, dos familiares, dos amigos, dos colegas de trabalho. É custoso para todos”.

O psicólogo também explica que são mortes passíveis de intervenção e podem ser evitadas na maioria das vezes. “Alguns casos escorrem pelas mãos da gente. São aquelas pessoas que não se manifestam sobre a ideia de suicídio ou não têm a oportunidade se manifestar, mas na maioria das vezes a morte pode ser evitada”, explica.

 Para o psicólogo, o suicídio é um processo final de um sofrimento existencial, é o desespero extremo de uma pessoa que não conseguiu dar vazão a esse sofrimento.

“Dizer que é preciso ouvir uma pessoa que manifesta a intenção de tirar a própria vida parece simplista, mas ser capaz de ouvir e ajudar a buscar ajuda profissional é muito importante”, destaca o especialista.

Neste sentido, de acordo com o psicólogo, grupos de ajuda e assistência como o Centro de Valorização da Vida, que atende pessoas com depressão e tendência suicida podem ajudar.

O CVV foi fundado em São Paulo em 1962 e desde setembro de 2017 oferece serviço de apoio por telefone para todas as pessoas que queiram ou precisem conversar sobre suicídio, de graça, para todo o Brasil.

O serviço telefônico acontece por um termo de cooperação entre o CVV e o Ministério da Saúde.

Jovens se sentem mais sozinhos

Uma companhia de seguros norte-americana, a Cigna, encomendou um estudo ao Instituto Ipsos sobre o sentimento de solidão nos Estados Unidos. A pesquisa foi feita com base em um questionário desenvolvido pelo Departamento de Psicologia da Universidade da Califórnia.

Esse questionário foi aplicado em 20 mil pessoas com mais de 18 anos.

Os resultados mostram que a solidão é tão mortal quanto fumar 15 cigarros por dia e pode ser mais perogoso do que a obesidade.
Além disso, os jovens sentem mais solidão em relação às pessoas mais velhas.

O estudo mostrou que jovens com idade entre 18 e 22 anos são mais solitários e se consideram em uma situação pior de saúde do que pessoas mais velhas.

O sentimento de solidão cai gradualmente conforme a idade aumenta. O grupo menos solitário foi o de entrevistados com mais de 72 anos.

A pesquisa também observou que a solidão é uma questão de saúde mental.

Aproximadamente 1 em cada 6 adultos nos EUA sofre com algum problema de saúde mental e esta é uma das principais causas de licenças médicas prolongadas. Ao examinar as diferentes questões que afetam as pessoas com problemas de saúde mental, há uma característica em comum: elas também sofrem de solidão.

https://noticias.r7.com/saude/estavel-suicidio-entre-jovens-ainda-e-quarta-causa-de-morte-no-brasil-21052018

Offline -Huxley-

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Re:Vale a pena viver?
« Resposta #320 Online: 26 de Julho de 2018, 22:45:39 »
Sêneca já disse que "Nós sofremos mais na imaginação do que na realidade".

Muito do sofrimento deriva de se ruminar sobre o passado. Esse ato é uma espécie de "gratidão às avessas". Pensar sobre aquilo de que é grato é bem mais produtivo.

Muito do sofrimento deriva de expectativa de sofrimento futuro. Mas como já disse o pensador budista Lama Michel Rinpoche: "Se, por acaso, o futuro for realmente ruim como imaginamos, teremos sofrido duas vezes. Mas, se não for, teremos sofrido desnecessariamente".

Muito do sofrimento deriva de pensamentos automáticos abstratos sobre eventos que não precisam ter o significado que nós atribuímos a eles em momentos depressivos, pois a emoção destrutiva é um trem desgovernado que turva o pensamento para que acreditemos neles. Como no caso de tentar de proteger o ego ao se preocupar com o que os outros pensam sobre sua reputação.

E, relacionado ao último caso mencionado anteriormente, muito do sofrimento deriva de se dar prioridade a prazeres transitórios ou ao apego a coisas de que temos pouco ou nenhum controle. Perdas geralmente doem mais para quem depende excessivamente do que é transitório ou frágil.

Cognições (disfuncionais) criam a tristeza patológica. E cognições também podem curá-la, mesmo que você tenha um histórico longo de inserção na melancolia ou tristeza. E o modo como agimos e nos comportamos também afetam nossos padrões de pensamento e nossas emoções.
« Última modificação: 26 de Julho de 2018, 23:06:08 por -Huxley- »

 

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