Eu to lendo o Capital.
Tambem estou relendo "O Capital". Esta é a minha terceira vez.
Mas confesso que me sinto como se fosse a primeira pelas razões abaixo.
O Capital tem que ser entendido como um livro sobre economia poilitica que procura compreender o processo capitalista de produção.
Nesse sentido, para le-lo, deve-se retirar todo o preconceito politico que o nome Marx leva.
Estou lendo a versão em inglês, acompanhado do livro "A Companion to Marx's Capital", de David Harvey.
O professor leciona um curso de leitura do Capital (que é transcrito no livro) que pode ser acompanhado no link:
http://davidharvey.org/Assim, eu sigo o curso e leio o livro conforme o curso solicita.
Devo dizer que nunca percebi a profundeza da argumentação de Marx como agora.
Marx usa o método dialético, que foge bastante da dialética Hegeliana.
No primeiro capitulo, por exemplo, ele retira do conceito de valor tudo o que considera não fundamental, como se estivesse descacando uma cebola, para chegar ao âmago do conceito. Ö entendimento do que é o conceito de valor de Marx só se faz completo quando se chega ao fim do primeiro volume.
O curso do Prof. Harvey me fez perceber muitos detalhes que eu havia perdido nas leituras anteriores.
Talvez tambem a militancia poltica da época em que li me tenha nublado a visão nas outras vezes...
A leitura do Capital se transformou na nova moda nas universidades americanas desde a crise de 2008, que se repete agora.
Como o comunismo felizmente desabou e práticamente inexiste atualmente, O Capital, começa a ser lido como deveria ter sempre sido lido: a melhor análise já feita até hoje do método de produção capitalista.
Talvez possamos tirar, da leitura desse livro, ensinamentos que levem os economistas e politicos de hoje a perceber e melhorar as contradições do sistema sem que se precise destrui-lo.