Creio que as religiões tem apenas uma serventia: controlar o ser humano.
Desde que o primeiro hominídeo sacou que haviam outros macacóides ao seu redor se borrando de medo da chuva, dos trovões, do fogo e dos animais, ele rapidamente sacou que haveria, naquele medo natural, uma chance de estabelecer um controle sobre a macacada...
Pelo medo.
Para estabelecer esse medo, ele mentiu, dizendo-se sabedor de uma "informação" que ninguém mais possuía.
Iniciava-se, aí, o estelionato místico, com a figura do bruxo, mago, feiticeiro, pai-de-santo (essa então é tão arrogante que o cara se coloca como pai de um santo!) e trocentas outras variações que visam uma coisa só: poder do homem sobre o homem.
O espiritismo é a mesmíssima coisa.
Começou com Denizard, um desocupado mas com ua sanha de controle e poder como qualquer outro ser humano... mas que se deu ao trabalho de recopilar "ensinamentos" indús, budistas e magísticos para seu bel prazer e, dessa forma, colocar-se como um "missionário", um "espírito abnegado" que haveria de indicar a humanidade o caminho e a salvação.
Junte a isso um fator de época, a presença maciça de charlatões, enganadores, picaretas e falsários que usavam da recente fotografia como arma de suas safadezas e pronto! Até mesmo Sir Arthur Conan Doyle entrou na conversa, seguido de perdo de Houdini (mas ambos mandaram à merda os espiritualistas quando perceberam que as mãos deles estavam em seus bolsos).
De lá pra cá a Razão foi rechando o espiritismo dos países mais "evoluídos" mas, cá no Brasil, foram-se criando subdivisões espiritualistas igualmente charlatanescas pois, como você sabe, nasce um otário a cada minuto.
Vieram Gasparetto, Mirabelli e, claro, Chico Xavier, notório charlatão que Padre Quevedo chamou de "homossexual vaidoso".
No fundo, todos querem ser convencidos de algo que lhes facilite a vida.