Você havia me perguntado se faria alguma diferença se fossemos imortais..
Para você, no momento pelo menos, me sinto autorizado a dizer que sim.
Para muitos outros, não realmente. No meu caso específico, não é algo que eu desejaria.
Simples assim. Não há um motivo para buscar consenso para uma questão tão abstrata.
Com isso , eu disse que o sentido existiria ( independentemente tratando-se de crença ), apenas se a imortalidade, não fosse aplicada ao estágio carnal da vida ( que para muitos , é o único), a imortalidade no estágio carnal sim , seria uma maldição..
Novamente não há consenso aqui - até porque não está nada claro o que seria um "estágio não-carnal da vida" - e novamente esse consenso acaba não fazendo falta.
Citando um exemplo do porque disso : toda vez que alguem quisesse "dar fim" em alguém , deveria trancar essa pessoa numa caixa resistente e jogá-la ao mar , isso sim seria maldição , como você e eu não possuímos as mesmas crenças . é inútil tentar explicar um sentido para a vida eterna ,já que você não crê que ela possa existir, e isto não mudaria meu ponto de vista sobre a carência de sentido sobre a vida carnal como sendo única.
Imagino que você esteja certo nesse ponto. Isso é um problema? Em caso positivo, por que?
E o termo "monoteísmo" , é muito complexo, cuidado ao utilizá-lo , mesmo as religiões "monoteístas" mostram ser politeístas, a santíssima trindade, por exemplo, pode sim ser um politeísmo disfarçado, dificilmente crê-se que exista, fundamentalmente , um monoteísmo.
Um problema sério. Ou talvez não. Que tal esta solução: "Deus transcende a noção de quantidade; ele é nenhum, um, um terço, 3.1415926, raiz quadrada de menos um e quinze trilhões. Todos ao mesmo tempo e todos exclusivamente."
Um mistério da fé para os nossos tempos?
Desculpe a brincadeira, mas convenhamos, que diferença prática faz quantos sejam Deus? Ele nem mesmo faz diferença prática por existir (ou não existir), que dirá por ser três em vez de um ou vice-versa.