Autor Tópico: Na hora da morte.  (Lida 19226 vezes)

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Offline Erivelton

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Na hora da morte.
« Online: 27 de Dezembro de 2006, 16:19:43 »
Alguém escutou Jesus dizer estas palavras antes de morrer:
Então, Jesus clamou em alta voz: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito! E, dito isto, expirou.
A minha pergunta seria: Alguém pode escolher exatamente a hora que quer morrer?
Algumas pessoas sentem que estão morrendo, mas quando ela chega, o cérebro é lesado e a morte vem espontâneamente.
No caso de Jesus foi diferente: Ele falou e expirou.
Tem aqui algum médico que dê esta explicação?
A opinião de todos seria interessante também.
Abraços, Erivelton.
Erivelton, O profeta dos ateus. Tudo pela paz

Offline Spitfire

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Re: Na hora da morte.
« Resposta #1 Online: 27 de Dezembro de 2006, 16:48:31 »
Não se tem provas sequer que Jesus de fato existiu… que dirá sobre a crucificação, que ao contrário que contam as fantasias cristãs, o corpo de um crucificado jamais seria permitido retirar da cruz… de acordo com as leis de Roma.

Offline PedroAC

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Re: Na hora da morte.
« Resposta #2 Online: 27 de Dezembro de 2006, 17:13:55 »
A minha pergunta seria: Alguém pode escolher exatamente a hora que quer morrer?
Pode, suicidando-se.

Citação de: Erivelton link=topic=9417.0.html#msg156387
Algumas pessoas sentem que estão morrendo, mas quando ela chega, o cérebro é lesado e a morte vem espontâneamente.
No caso de Jesus foi diferente: Ele falou e expirou.
Tem aqui algum médico que dê esta explicação?
A opinião de todos seria interessante também.
Já vi alguma coisa sobre experiências que quase-morte em documentários. Pode ser experimentado através de centrifugadoras usadas pela NASA, e as pessoas a certa velocidade rotativa desfalecem. Há também um método de primeiros-socorros chamado ressuscitamento.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Experi%C3%AAncia_de_quase-morte
http://www.iipc.org/faq/eqm.php
http://dn.sapo.pt/2006/04/15/sociedade/experiencias_quasemorte_afinal_quase.html

 No meu caso tenho dúvidas sobre a existência do Jesus bíblico (já falei sobre isso noutro tópico), mas creio que é possível que um moribundo balbucie, como no filme "Sinais". As pupilas diminuem, há uma espécie de "scan" no cérebro (como nos sonhos) e a pessoa pode repetir gestos e falas antigas. Penso que seja provável que os moribundos crucificados ficassem nesse estado, e os religiosos repetissem trechos da Tora antes de morrer, para além daqueles que pregavam na cruz antes de lhes quebrarem o fémur para se calar.
« Última modificação: 27 de Dezembro de 2006, 17:17:54 por pedroac »
Pedro Amaral Couto
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Offline PedroAC

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Re: Na hora da morte.
« Resposta #3 Online: 27 de Dezembro de 2006, 17:15:59 »
Não se tem provas sequer que Jesus de fato existiu…
Em defesa de Erivelton, isso não é o fundamental do fórum tópico. A questão é saber o que se passa enquanto a pessoa morre. A morte de Jesus pode ser considerada como meramente ilustrativa.
Pedro Amaral Couto
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Offline Hugo

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Re: Na hora da morte.
« Resposta #4 Online: 27 de Dezembro de 2006, 17:21:04 »
Não se tem provas sequer que Jesus de fato existiu…
Em defesa de Erivelton, isso não é o fundamental do fórum tópico. A questão é saber o que se passa enquanto a pessoa morre. A morte de Jesus pode ser considerada como meramente ilustrativa.

E bote ilustrativo nisso...
"O medo de coisas invisíveis é a semente natural daquilo que todo mundo, em seu íntimo, chama de religião". (Thomas Hobbes, Leviatã)

Offline PedroAC

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Re: Na hora da morte.
« Resposta #5 Online: 27 de Dezembro de 2006, 19:09:49 »
 Considerem apenas o seguinte: "Algumas pessoas sentem que estão morrendo, mas quando ela chega, o cérebro é lesado e a morte vem espontâneamente." "Tem aqui algum médico que dê esta explicação?". Isso é que é fundamental para o fórum. Se Erivelton acredita que num livro e usa para ilustração é secundário para o tópico.

 A citação de Erivelton é de Lucas 23:46. Mateus 27:46-50 e Marcos 15:34-37 não contradizem nessa parte, por simplesmente dizer que Jesus gritou, mas em João 19:30 está escrito: "E, quando Jesus tomou o vinagre, disse: Está consumado. E, inclinando a cabeça, entregou o espírito."
 Com a precipitação de falarem mal nem conseguem pegar numa Bíblia e examinar as últimas palavras de Jesus antes de morrer!
Pedro Amaral Couto
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Offline Spitfire

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Re: Na hora da morte.
« Resposta #6 Online: 27 de Dezembro de 2006, 19:28:05 »
Não considero uma ilustração e sim um "desafio" bastante pontual.

Se fosse uma simples questão ilustrativa eu poderia dizer que baseados apenas em palavras, ditas por quem esta morrendo, não se pode afirmar se a pessoa de fato morreu naquele exato instante ou se apenas sentiu que estava prestes a ficar inconsciente. Usando a alegoria de Jesus, se ele tiver existido e se isto tiver sido verdade, Jesus poderia ter apenas desmaiado minutos antes de morrer de fato. 

Offline uiliníli

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Re: Na hora da morte.
« Resposta #7 Online: 28 de Dezembro de 2006, 13:26:12 »
A cena da crucificação, se é que existiu, antes de ser retratada na Bíblia passou por décadas de relatos boca-a-boca, se não me engano os evangelhos só começaram a ser escritos 30 anos após a morte de Cristo, portanto não é muito confiável acreditar que as últimas palavras de Cristo foram realmente as que são relatadas na Bíblia. Afinal, será que havia alguém por perto no momento de sua morte para saber o que ele disse e o que não disse?

Offline PedroAC

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Re: Na hora da morte.
« Resposta #8 Online: 28 de Dezembro de 2006, 15:27:03 »
 Tendo em conta que o tópico está em "Religiões, Crenças e Mitos", pode-se assumir que o tópico surgiu com determinadas intenções, mas acho que é mais produtivo realçar a parte científica da questão, isto é, o que acontece ao organismo quando a pessoa morre, principalmente no sistema nervoso. Acho que o Dbohr tem melhor experiência de ciência natural do que eu, e podia acrescentar e corrigir o que tinha dito sobre a experiência de quase-morte.

 De qualquer modo, por estar interessado na crucificação romana, tinha investigado o tema há muito tempo, e deixo uma pequena estória de ficção que invento agora mesmo.

 No início do primeiro século desta era, na Palestina havia surtos de revoltas contra o governo fantoche de Roma, uma imensidade de pretendentes messias e pregações apocalípticas. Eram erguidas algumas cruzes nos grandes montes de pedra, como no monte do Calvário, mas nas alturas de grande alvoroço havia fileiras de cruzes à saída das portas das cidades, ao longo das estradas.
 Quando as questões eram meramente religiosas, as autoridades não se envolviam, e deixava o julgamento ser feitos pelas entidades religiosas da zona. No caso da Palestina, era feita reunida uma assembleia que julgava o criminoso religioso, apresentando pelo menos três testemunhas, é realizada uma votação e se for considerado culpado, em geral era morto por apedrejamento e o cadáver podia ser exposto pendurado num cadáver, como costume antigo.
 Se envolvia política, o caso era resolvido pelas autoridades romanas.
 Um criminoso político, um escravo rebelde de uma seita apocalíptica, foi preso pelas tropas do procurador da Judeia. Depois de julgado, foi vestido de palhaço, vexado e açoitado por um suplício. Foi forçado a percorrer nu pela estrada principal da cidade, saindo pelas portas de Efraim, transportando um "patibulum" nos ombros, com uma placa pendurada no pescoço, onde estava incrito o motivo pelo qual era condenado. Aos passar pelos muros da cidade, vê uma fileira de cruzes de várias formas. Há condenado que são devorados por animais enquanto vivos. Chacais despedaçam as pernas e os corvos debicam a parte superior, chegando a arrancar os olhos. Há quem dure mais de uma semana nas cruzes, há pregadores apocalípticos pendurados e revoltosos que cospem de cima. De longe é avistada a "stepis" erguida para colocar o condenado.
 No seu destino, o "patibulum" é colocado no chão, e o condenado mira as outras cruzes com os seus moribundos, imaginando o seu próprio destino, sentindo frio e mirrando os seus genitais. Os soldados que o escoltaram agarram nos seus pulsos e forçam a posicionar-se sobre o "patibulum". Em geral são apenas usadas cordas para prender as mãos (os pregos são caros), mas esse é um caso especial. O carrasco tenta acalmar o condenado, apalpa o pulso sentindo o meio dos dois ossos e encrava um enorme cravo. O condenado, ao sentir o silvo de dor, cerra os olhos chorando, urra violentamente, urina e defeca. Quem já teve de fazer tratamentos dolorosos (eu tenho uma doença crónica com essa exigência), percebe o que se sente de seguida. Surge um medo intenso de repetir a dose, como uma fobia. O torturado gesticula o outro braço, como se pudesse escapar. Os que o seguram fazem mais força, e o corpo fica tenso. O carrasco tem menos cuidado com o segundo cravo, e rasga um osso do pulso.
 É apoiada uma escada no "stepis" para colocar umas cordas no cimo, e o homem pregado pelos pulsos, é erguido e encaixado com a ajuda de uns pregos. O carrasco prega os pés pelos calcanhares, e vê algumas gotículas de urina a caírem. É atingido por um cuspo, e é insultado por alguém que está numa cruz maior (para as mortes mais lentas). Coloca uma pequena cadeira ao lado dessa cruz, e quebra as pernas daquele que insultou com uma moca.
 O lugar parecia um manicómio, com ataques epiléticos, dementes, fanáticos, cruzes sujas de dejectos e uma lixeira com cadáveres de crucificados e animais necrófagos. Um simples ladrão chora e urina alucinado. Alguém dá a um crucificado um narcótico tóxico misturado em vinagre para tornar o suplício mais suportável. Alguns crucificado cerram os olhos e repetem trechos do Talmude para abstrairem-se da sua situação. Cinco corpos lívidos estão pendidos na cruz; alguém pica-os, e não há reacção. São retirados, e tiram os pregos daqueles que tiverem para reciclar. Um amigo de três deles pede os seus corpos. Os restantes são atirados para a lixeira e comidos pelos animais. Um dos amigos afinal estava vivo.

 Façam a seguinte experiência: em pé, endireitem o corpo e estiquem bem os braços para cima. O abdómen retrai-se, há menos capacidade volumétrica para os pulmões e sente-se mais dificuldade para respirar.
 O corpo do condenado está rígido como pedra e sua cara lívida como mármore. O ar na glote fica frio, sente-se um mal-estar semelhante a uma constipação, forma-se um líquido na pleura e o sofre distúrbios tubo digestivo. A pele fica ensopada de suor que refresca o corpo, e mais tarde torna-se amarelada e bexigosa. Sente-se desconfortável por falta de ar, por isso de vez enquando tenta-se elevar o corpo para respirar, o que é mais fácil se tiver um apoio para os pés. Também há desconforto por estar sempre na mesma posição, e de ter dificuldades em impedir que os corvos devorem a cabeça.

 Chega o momento. Passado alguns dias, o escravo crucificado sofre de alucinações e começa a falar sozinho, com momentos de depressão e outros de euforia, muitas vezes sentindo-se esgotado. Passado quase uma semana, parece que está a dormir com os olhos e boca abertos, como um demente. Sente-se como se estivesse a sonhar, com olhos vidrados, secos e ramelosos, de pupilas diminutas e com a boca escancarada babando uma espuma branca. Tudo acontece como um sonho: é incapaz de raciocionar, misturando o absurdo com memórias. Parece que está a voar e vê a a figura da sua mãe. Repete gestos antigos e balbucia algo sobre a sua mãe. Surgem várias imagem psicadélicas, como faíscas e pontos brilhantes. A figura materna torna-se cada vez mais brilhante e mistura-se num túnel brilhante. Depois de perder a consciência, deixa de se mover, perde os reflexos, a respiração e os movimentos cárdio-vasculares. Morreu.
« Última modificação: 28 de Dezembro de 2006, 16:59:51 por pedroac »
Pedro Amaral Couto
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Offline Mussain!

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Re: Na hora da morte.
« Resposta #9 Online: 28 de Dezembro de 2006, 16:32:23 »
A minha pergunta seria: Alguém pode escolher exatamente a hora que quer morrer?
Pode, suicidando-se.
Exato. Isso responde o tópico, não...?

Offline Mental

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Re: Na hora da morte.
« Resposta #10 Online: 28 de Dezembro de 2006, 17:28:40 »
Já ouvi comentários sobre um enfermo pedir para ver um neto, ou um filho, pai, mãe, etc... e quando a dita pessoa chega no leito de morte, tal enfermo dá o último suspiro.
Como só ouvi dizer, sem nunca presenciar, deixo algumas alternativas:

1- Mentira. Isso não acontece exatamente assim, e o pessoal exagera.

2- Coincidência. Assim como aconteceu isso, existem outros "n" casos que não acontecem, mas as pessoas enfocam somente quando acontecem, tal como "sonhos" para se jogar no bicho.

3-  Verdade. Talvez alguma coisa associada a uma intensa emoção, que faça com que o enfermo bata as botas na hora "h".



Nem sempre...

Offline PedroAC

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Re: Na hora da morte.
« Resposta #11 Online: 28 de Dezembro de 2006, 18:28:38 »
 Tenha um livro sobre os sonhos, do ponto vista neurológico, e infelizmente não estou a encontrar. Penso que os sonhos sejam a chave para o fenómeno, e realcei-o desde o primeiro "post".

http://dn.sapo.pt/2006/04/15/sociedade/experiencias_quasemorte_afinal_quase.html (negritos acrescentados, e hífens editados):
Citar
Flutuar no espaço, inundado por focos de luz intensa, enquanto se observa o próprio corpo deitado numa cama é o relato mais comum de experiência quase-morte. Mas, segundo um estudo apresentado esta semana nos Estados Unidos, a explicação para este fenómeno não tem nada de espiritual e reside em factores biológicos. É a primeira vez que a ciência avança com uma tese para esta ocorrência.

Neurologistas da Universidade de Kentucky, em Lexington, concluíram que, quando certas pessoas vivem uma situação muito próxima da morte, há uma parte do cérebro que é activada, à semelhança do que acontece quando se sonha. Em indivíduos com determinadas características, as fronteiras entre o estado de sonho e o de consciência são pouco claras. O que explica a sensação de estar fora do corpo, numa paz profunda e num estado de alerta.

Nesta investigação, publicada na revista Neurology, foram comparadas 55 pessoas que tiveram uma experiência quase-morte com outras tantas que nunca viveram essa situação. De acordo com as conclusões apresentadas, em 60% dos primeiros indivíduos analisados era frequente terem um sono REM quando acordados, o que só acontecia em 24% dos restantes. REM é a sigla para a expressão inglesa rapid eye movement (movimento rápido do olho) e é o estádio profundo do sono onde ocorrem os sonhos.

Para quem entra em REM quando não está a dormir, a sensação é muito parecida com a experiência quase-morte. Acordam, estão conscientes mas não se conseguem mexer, sentem uma paralisia dos músculos das pernas, uma respiração mais acelerada e têm alucinações visuais e auditivas.

O neurologista Kevin Nelson, coordenador do estudo, aponta este facto como a explicação para vivências que muito consideram ser espirituais. Há "um surgimento do estado de sono REM no momento em que as pessoas se aproximam da morte e esta é a primeira hipótese de uma base biológica para estes fenómenos". O que é explicado por "uma activação de certas zonas do cérebro que também são activadas durante o estado de sonho", afirmou o investigador.

Ao contrário do que acontece para as restantes pessoas, nestes indivíduos "o cérebro tende a juntar os dois estádios - acordado e a dormir -, em vez de passar directamente de um para o outro". Contudo, o cientista não descarta que haja também uma dimensão espiritual envolvida. "Consideramos que esta investigação é neutra em relação à dimensão espiritual. Nós, neurologistas, estamos interessados em perceber o 'como' dessas experiências, não o porquê". Até porque, acrescenta, muitas das pessoas que passaram por experiências dizem que esse facto mudou totalmente as suas vidas, dando-lhes outro significado.

Foi precisamente o relato de uma destas pessoas que levou o americano a estudar o tema. "Fiquei fascinado com a intensidade da descrição que me fizeram." Uma experiência que fica definida nas conclusões do estudo como "um período durante um episódio de perigo - como um acidente de carro ou um ataque de coração - no qual uma pessoa vive uma série de sensações, incluindo um estado de alerta acentuado em que sai do próprio corpo".

 Nunca viram alguém a dormir a mover-se ou a falar? Eu quando tive uma crise por causa de uma doença crónica, fui acordado à noite pela minha mãe porque estava a ter alucinações e a gritar pela minha mãe enquanto dormia. Alguns sentimentos que falo no último "post" são inspirados nessas ocasiões.

 Por outro lado, se alguém sentir uma dor no peito ou no braço, ou sentir que está a enfraquecer é natural que pense estar a morrer. Ou pode perder as forças por esforçar-se demasiado numa situação de fraqueza, seja por infecção, má alimentação, depressão grave, etc.

 Também há quem diga que os elefantes sabem quando estão prestes a morrer, mas segundo Pierre Pfeffer: «Quando atingem os sessenta anos, os seus molares estão demasiado gastos para mastigar os vegetais coreáceos. Dirigem-se então para as zonas pantanosas onde os alimentos são mais tenros.»
Pedro Amaral Couto
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Offline N3RD

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Re: Na hora da morte.
« Resposta #12 Online: 28 de Dezembro de 2006, 19:34:49 »
Não, não tem como a pessoa escolher quando vai morrer. (tirando o suicidio)

Off:
Vi em algum lugar que se a pessoa tentar se matar predendo a respiração com a ajuda dos dedos ela não vai conseguir se matar por que ela vai desmaiar e voltar a respirar invonluntariamente.
Não deseje.

rizk

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Re: Na hora da morte.
« Resposta #13 Online: 28 de Dezembro de 2006, 21:09:53 »
Escolher só com o suicídio, mas eu não duvido de que na hora se saiba. A pessoa deve notar que está pifando, hm.

Offline Erivelton

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Re: Na hora da morte.
« Resposta #14 Online: 29 de Dezembro de 2006, 07:59:03 »
Não se tem provas sequer que Jesus de fato existiu… que dirá sobre a crucificação, que ao contrário que contam as fantasias cristãs, o corpo de um crucificado jamais seria permitido retirar da cruz… de acordo com as leis de Roma.
Existem vários historiadores que tem provas sufucientes de que Jesus existiu. Foram bem poucos que escreveram sôbre a vida deste Jesus histórico. Dentre eles encontramos relatos de um escritor romano na qual esqueci o nome que citou uma frase falando da seita dos nazarenos.
Lucas nunca foi discípulo de Jesus e escreveu um evangelho a seu amigo timóteo na época relatando minuciosamente a vida deste homem.
Ninguém inventaria um Jesus para ser aceito pela comunidade judaica sendo revelado que Jesus era filho de uma prostituta. A lei mosaica manda apredrejar mulheres infiéis e José manteve sua postura de fé em relação a gravidez de sua esposa. Creio eu que se tivesse que inventar um Messias esperado pelos judeus, que até hoje hoje estão esperando não seria com certeza da forma como foi escrito. Taí uma das razões entre muitas outras porque os judeus não aceitam Jesus como o messias esperado pelos profetas.
En relação a crucificação de Jesus eu pergunto: Em que estudo teológico voce se baseia para fazer tal afirmação sôbre o corpo de Jesus?
Voce já fez uma investigação completa ou está dizendo porque ouviu alguém dizer?
Eu sinceramente não gosto de pegar o bonde andando.
Abraços. Erivelton
Erivelton, O profeta dos ateus. Tudo pela paz

Offline Erivelton

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Re: Na hora da morte.
« Resposta #15 Online: 29 de Dezembro de 2006, 08:06:29 »
No meu caso tenho dúvidas sobre a existência do Jesus bíblico (já falei sobre isso noutro tópico), mas creio que é possível que um moribundo balbucie, como no filme "Sinais". As pupilas diminuem, há uma espécie de "scan" no cérebro (como nos sonhos) e a pessoa pode repetir gestos e falas antigas. Penso que seja provável que os moribundos crucificados ficassem nesse estado, e os religiosos repetissem trechos da Tora antes de morrer, para além daqueles que pregavam na cruz antes de lhes quebrarem o fémur para se calar.
Já dei minha explicação sôbre Jesus histórico no tópico acima.
Se voce fizer uma investigação vai perceber que seus pensamentos estão totalmente fora de sincronização. Abraços amigo.
Erivelton, O profeta dos ateus. Tudo pela paz

Offline Erivelton

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Re: Na hora da morte.
« Resposta #16 Online: 29 de Dezembro de 2006, 08:08:43 »
Não se tem provas sequer que Jesus de fato existiu…
Em defesa de Erivelton, isso não é o fundamental do fórum tópico. A questão é saber o que se passa enquanto a pessoa morre. A morte de Jesus pode ser considerada como meramente ilustrativa.
Alguém captou minha verdadeira pergunta na qual muitos fogem do assunto.
Jesus não estava lúcido quando afirmou: Pai em tuas mãos eu entrego meu espírito?
Erivelton, O profeta dos ateus. Tudo pela paz

Offline Erivelton

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Re: Na hora da morte.
« Resposta #17 Online: 29 de Dezembro de 2006, 08:13:24 »
A citação de Erivelton é de Lucas 23:46. Mateus 27:46-50 e Marcos 15:34-37 não contradizem nessa parte, por simplesmente dizer que Jesus gritou, mas em João 19:30 está escrito: "E, quando Jesus tomou o vinagre, disse: Está consumado. E, inclinando a cabeça, entregou o espírito."
 Com a precipitação de falarem mal nem conseguem pegar numa Bíblia e examinar as últimas palavras de Jesus antes de morrer!
Existe um grande segrêdo oriental para se entender os mistérios da vida. A meditação.
Periodicamente eu leio um teste e fico altas horas meditando somente naquilo que estou lendo. Este é o grande segrêdo para se entender algumas verdades.
Erivelton, O profeta dos ateus. Tudo pela paz

Offline Erivelton

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Re: Na hora da morte.
« Resposta #18 Online: 29 de Dezembro de 2006, 08:19:27 »
Não considero uma ilustração e sim um "desafio" bastante pontual.
Se fosse uma simples questão ilustrativa eu poderia dizer que baseados apenas em palavras, ditas por quem esta morrendo, não se pode afirmar se a pessoa de fato morreu naquele exato instante ou se apenas sentiu que estava prestes a ficar inconsciente. Usando a alegoria de Jesus, se ele tiver existido e se isto tiver sido verdade, Jesus poderia ter apenas desmaiado minutos antes de morrer de fato. 
Meu amigo é de se conhecer que voce não conhece os relatos sôbre a crucificação. Logo após a morte de Jesus está escrito que a terra escureceu havendo um forte tremor de terra e o véu do santuário rasgou de alto a baixo. Isto é o que está escrito. Agora cabe a cada um acreditar ou não. Isto é algo pessoal e precisa ser respeitado.
Erivelton, O profeta dos ateus. Tudo pela paz

Offline Erivelton

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Re: Na hora da morte.
« Resposta #19 Online: 29 de Dezembro de 2006, 08:21:15 »
A cena da crucificação, se é que existiu, antes de ser retratada na Bíblia passou por décadas de relatos boca-a-boca, se não me engano os evangelhos só começaram a ser escritos 30 anos após a morte de Cristo, portanto não é muito confiável acreditar que as últimas palavras de Cristo foram realmente as que são relatadas na Bíblia. Afinal, será que havia alguém por perto no momento de sua morte para saber o que ele disse e o que não disse?
Existem palavras que houvimos a anos atrás e nunca esquecemos. Voce deve ter uma. Não?
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Offline FxF

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Re: Na hora da morte.
« Resposta #20 Online: 29 de Dezembro de 2006, 08:26:01 »
De que adianta Jesus ter existido, se ele não é como descrito na Bíblia? Se é um mero "fazendeiro que falava demais" caso observemos como seus maiores milagres foram copiados do próprio Velho Testamento?

Aliás, vamos ouvir a história da morte de Jesus:
Um "messias";
Foi crucificado;
Após ser declarado morto foi carregado;
Uma grande quantidade de ervas e semelhantes foram doadas para seu túmulo;
É visto depois por alguns amigos mas desaparece;
Qualquer historiados simplesmente daria a interpretação óbvia: era um charlatão que fingiu sua morte e fugiu.
Só que como se trata de Jesus, o ícone religioso, parece que há mudança nos atos dos historiadores...

Offline Erivelton

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Re: Na hora da morte.
« Resposta #21 Online: 29 de Dezembro de 2006, 08:32:12 »
Chega o momento. Passado alguns dias, o escravo crucificado sofre de alucinações e começa a falar sozinho, com momentos de depressão e outros de euforia, muitas vezes sentindo-se esgotado. Passado quase uma semana, parece que está a dormir com os olhos e boca abertos, como um demente. Sente-se como se estivesse a sonhar, com olhos vidrados, secos e ramelosos, de pupilas diminutas e com a boca escancarada babando uma espuma branca. Tudo acontece como um sonho: é incapaz de raciocionar, misturando o absurdo com memórias. Parece que está a voar e vê a a figura da sua mãe. Repete gestos antigos e balbucia algo sobre a sua mãe. Surgem várias imagem psicadélicas, como faíscas e pontos brilhantes. A figura materna torna-se cada vez mais brilhante e mistura-se num túnel brilhante. Depois de perder a consciência, deixa de se mover, perde os reflexos, a respiração e os movimentos cárdio-vasculares. Morreu.
Jesus morreu em epenas 3 horas de crucificação. Seus ossoa não foram quebrados em relação aos dois ladrôes pregado ao seu lado. Como o sábado os judeus não faziam nada os discípulos de Jesus foram as autoridades romanas para pedirem o corpo de Jesus para enterrarem. Como todo mundo sabe foi neste intervalo de 3 dias que o corpo desapareceu. Mistério
Erivelton, O profeta dos ateus. Tudo pela paz

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Re: Na hora da morte.
« Resposta #22 Online: 29 de Dezembro de 2006, 08:36:30 »
[quote author=mimi link=topic=9417.0.html#msg156704 date=1167347393]
Escolher só com o suicídio, mas eu não duvido de que na hora se saiba. A pessoa deve notar que está pifando, hm.
[/quote]
Citar
Citação de R3ND:
Não, não tem como a pessoa escolher quando vai morrer. (tirando o suicidio)
Off:
Vi em algum lugar que se a pessoa tentar se matar predendo a respiração com a ajuda dos dedos ela não vai conseguir se matar por que ela vai desmaiar e voltar a respirar invonluntariamente.
Concordo também.
Erivelton, O profeta dos ateus. Tudo pela paz

Eriol

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Re: Na hora da morte.
« Resposta #23 Online: 29 de Dezembro de 2006, 08:37:07 »
@Erivelton:escuta rapaz, porque a bíblia diz algo não significa que é certo. Se você parte disso não pode haver discussão. Isto não é um grupo de estudo bíblico. Seja racional ou não faça que os outros percam tempo, ok?

Offline Erivelton

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Re: Na hora da morte.
« Resposta #24 Online: 29 de Dezembro de 2006, 09:09:41 »
@Erivelton:escuta rapaz, porque a bíblia diz algo não significa que é certo. Se você parte disso não pode haver discussão. Isto não é um grupo de estudo bíblico. Seja racional ou não faça que os outros percam tempo, ok?
Começou a perseguição!
Estou colocando o meu ponto de vista e não estou afirmando que eu seja o dono da verdade.
Se voce não sabe eu acredito em Deus. O que voce tem contra isto?
Estou num site cético e respeito todas as opiniões.
Vamos continuar debatendo, quem sabe eu possa mudar de idéia?
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