Aprecio muito seus questionamentos e vejo uma personalidade bastante inteligente.
Obrigado.
Não me considero excepcionalmente inteligente, mas apenas alguém que teve diversas experiências, que teve acesso a informação diversificada, que tem diversos passatempos e que aprendeu com os outros e com a vida.
Incentivo a desenvolverem-se intelectualmente com honestidade, a experimentarem, a examinarem, a terem passatempos, a terem um espírito crítico, a valorizarem os resultados, a aprenderem ao invés de passivamente serem ensinados, a questionarem, a superarem. Se o que escrevo for útil, alguém elogia-me melhorando e corrigindo as minhas ideias com pensamento livre e pragmático.
Vi um programa do professor Hermano Saraiva (célebre historiador português), que falava dos pigmeus de África, e dos animais pequenos da zona. Introduziu o termo "nanismo", e usou-o para o tempo onde as pessoas eram proibidas de pensar, ou iriam para a fogueira. Disse que actualmente existem pessoas que têm temor de falar abertamente o que pensam, por imaginar naquilo que o outro possa pensar, chamando de "nanismo mental".
A minha pergunta seria: Como poderia uma mitologia a respeito de Jesus ter seus relatos com mais de 99% de sua vida tendo informações assemelhadas.
Isso não é verdade.
Nos quatro Evangelhos existem semelhanças gerais (principalmente entre Lucas, Mateu e Marcos), mas também várias diferenças, não só de informação acrescentada, mas de contradições em certos aspectos, principalmente no que respeita à chamada Paixão de Cristo.
Além disso, não é de admirar que se mantenha a maioria de uma estória, com modificações de diversas versões, como em qualquer tradição oral (por exemplo, os contos tradicionais).
Há também que considerar os diversos apócrifos, que, por exemplo, falam da infância de Jesus, ou de doutrinas diferentes, que foram designadas hereges ("independentes", "capazes de escolha").
Foram classificadas as escrituras canónicas devido à imensa diversidade de doutrinas cristãs, como a ariana, a marcionita e a gnóstica. O Imperador Constantino I obrigou que houvesse apenas uma religião para todo o Império, convocando o Concílio de Niceia, onde foi discutida a heresia ariana. Constatino encomendou a Eusébio de Cesareia dezenas de escrituras para serem apresentadas às novas igrejas como oficiais, reunindo uma biblioteca - uma bíblia. Eusébio fez algumas modificações nas escrituras que dispunha para harmonizar entre si e com os ideias políticos. Várias facções cristãs tinham as suas escrituras preferidas, e coube ao bispo Jerónimo da Dalmácia compilar as escrituras num bíblia. O bispo Ireneu defendia que deveria haver quatro evangelhos porque "O evangelho é a coluna da Igreja, a Igreja está espalhada por todo o mundo, o mundo tem quatro regiões, e convém, portanto, que haja também quatro evangelhos. O evangelho é o sopro do vento divino da vida para os homens, e pois, como há quatro ventos cardiais, daí a necessidade de quatro evangelhos. (...) O Verbo criador do Universo reina e brilha sobre os querubins, os querubins têm quatro formas, eis porque o Verbo nos obsequiou com quatro evangelhos". Foram contados vários milagres contraditórios para explicar a escolha dos livros canónicos, desde uma pilha de livros que caiu deixando apenas alguns até uma pomba que voou de uma janela para os livros.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Evangelhos_can%C3%B3nicos http://www.cacp.org.br/cat-canon-icr.htm http://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A2non_b%C3%ADblico http://es.wikipedia.org/wiki/Concilio_de_Cartago http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81rio http://pt.wikipedia.org/wiki/Evangelho http://www.geocities.com/jeffersonhpbr/niceia.html http://pt.wikipedia.org/wiki/Gn%C3%B3stico http://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_do_Cristianismo http://acoruja.haaan.com/atheos_dossie_cristianismo http://pt.wikipedia.org/wiki/Eus%C3%A9bio_de_Cesareia