(Chegando atrasado a um tópico interessante...)
Então este David Horowitz falou merda. Tente guardar uma simples gasolina por 10 anos e veja se você consegue utiliza-la. Armas químicas tem prazo de validade também… um simples projétil propelido à pólvora, depois de 5 anos, é praticamente inútil.
Mesmo desconsiderando a questão do prazo de validade… como estas armas sairam do Iraque com um embargo econômico pesado fiscalizando o que entra e o que sai? E o mais importante, como entraria novamente no Iraque??? E se as armas estavam na Síria e não mais no Iraque, porque então os EUA não atacaram a Síria????
Bullshit. 
Antes da invasão do Iraque, li no The Guardian uma entrevista com um ex-militar americano que participou dos grupos da ONU que procuraram e desmontaram armas químicas. Ele falou que tinha certeza absoluta que
não haviam mais armas de destruição em massa no Iraque. Ele também afirmou que o Saddam era inimigo mortal de grupos como a Al-Qaida, e que portanto nunca daria esse tipo de armas para eles, pois poderiam usar contra ele mesmo!
O que aconteceu é que o governo americano queria um pretexto para invadir (já estavam pensando nisso desde que o Bush Jr. chegou ao poder) e, como havia uma possibilidade (pequena, claro, mas havia) de que ainda houvessem armas químicas por lá, então se agarraram a isso. Junte-se a isso também as mentiras descaradas, e você tem o pretexto perfeito.
O anexação do Iraque foi uma invasão pura e simples, assim como a invasão nazista à Polônia. O mundo ocidental, se fosse independente aos nazi-estadunidenses, teria contra-atacado o invasor assim como fez na Segunda Guerra Mundial.

(Acho que no seu mundo o Sr. Spock usa cavanhaque, né?

)
Bem, voltando ao tema do tópico, concordo que existe um anti-americanismo irracional no Brasil, e que ele é perpetuado pelos próprios professores dos colégios. Achei que o autor do artigo, no entanto, pintou uma imagem muito cor-de-rosa dos EUA: no final do século XIX e início do século XX os EUA tiveram sim um impulso imperialista (no sentido da época). Além disso, como sabemos, os EUA interviram em outros países não tanto para "espalhar a democracia" como para defender sua esfera de influência política, o que muitas vezes os levaram a defender ditaduras. Outro aspecto que ajuda a insuflar o anti-americanismo é uma certa atitude messiânica dos americanos, que os leva a acreditar, por exemplo, que é possível simplesmente, pela "aplicação do seu know-how e um pouco de força", transplantar a idéia de democracia ocidental para países como o Afeganistão e o Iraque (não estou dizendo que o governo americano invadiu o Iraque com esse objetivo, mas a idéia de "espalhar a democracia no oriente médio" foi vendida para a população americana - e comprada!)
É por essas e outras que muitos mochileiros americanos, quando viajam pela Europa e Ásia, fazem como os seus colegas canadenses: costuram uma bandeira canadense em suas mochilas! Uma mochila com a bandeira americana, em certos lugares, pode lhes causar problemas.