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Entre as propostas mais polêmicas apresentadas por Chávez estão a reeleição presidencial indefinida, a eliminação da autonomia do Banco Central e a criação de territórios federais por decreto.
A comissão mista parlamentar, integrada pela direção da AN, também acrescentou a eliminação dos direitos à informação e a de um julgamento justo quando o Governo decretar estado de alerta, e a diminuição da idade para votar, de 18 para 16 anos.
A oposição classificou a adição dos novos artigos como "inconstitucional".
O deputado do Podemos Ricardo Gutiérrez afirmou hoje que a maioria governista "está violando de maneira vergonhosa os preceitos constitucionais" ao ampliar a reforma, e responsabilizou Chávez e a direção da AN por sua aprovação "ilegal".
Ismael García, outro deputado do Podemos, também criticou a suposta rapidez com que o "chavismo" pretende aprovar a reforma.
"Mais de 70% da população desconhece seu conteúdo", disse ele, em acusação que é refutada pelo Governo.
Por causa dessa posição, Chávez tem chamado o Podemos e seus dirigentes de "traidores". Há duas semanas o presidente venezuelano afirmou que o partido "já faz parte da oposição".
Chávez também disse que a aprovação da reforma é "indispensável" para a continuidade do processo revolucionário, com o qual prometeu aos venezuelanos implantar um regime de "eqüidade, justiça e paz" no país.
Mas a oposição venezuelana e organismos humanitários locais e internacionais afirmam que a reforma atenta contra a democracia, e representa um retrocesso para os direitos humanos no país.
A organização humanitária Human Rights Watch (HRW) disse hoje que a eliminação dos direitos à informação e de um julgamento justo "permitirá que o presidente Chávez recorra ao estado de emergência para justificar a suspensão de direitos que são intocáveis perante as leis internacionais".
O advogado constitucionalista e opositor venezuelano Hermann Escarrá disse que a eliminação dos direitos a um julgamento justo e à informação "viola de maneira direta o artigo 27 da Carta Interamericana de Direitos Humanos".
A organização humanitária Human Rights Watch (HRW) disse hoje que a eliminação dos direitos à informação e de um julgamento justo "permitirá que o presidente Chávez recorra ao estado de emergência para justificar a suspensão de direitos que são intocáveis perante as leis internacionais".