Autor Tópico: Na prisão, canibal alemão dá entrevista e diz ser normal  (Lida 10024 vezes)

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Temma

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Re: Na prisão, canibal alemão dá entrevista e diz ser normal
« Resposta #50 Online: 27 de Outubro de 2007, 15:37:31 »
:o Mas não é possível que esse homem estivesse em seu juízo perfeito!

a maior parte dos pedidos de casamento devem ser feitos fora do juízo perfeito, a maior parte dos romances começam e terminam fora do juízo perfeito, a maior parte das empresas deve começar fora do juízo perfeito, a maior parte das obras de arte devem ter sido produzidas fora do juízo perfeito.

grande psiquiatra

Offline Herf

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Re: Na prisão, canibal alemão dá entrevista e diz ser normal
« Resposta #51 Online: 27 de Outubro de 2007, 16:03:03 »
Nesta tentativa de proteger as pessoas delas mesmas, acaba-se por suprimir muitos direitos individuais.

O estado deve servir para proteger as pessoas umas das outras, não para bancar o pai e protegê-las delas mesmas.

Isso não tem nada a ver com protegê-las de si mesmas. Se a vontade de morrer é uma doença, deve ser tratada como qualquer outra doença e não avaliada por sua peculiaridade. É um direito que cabe a pessoa, que não está em capacidade de avaliar por si mesma - então cabe ao governo o dever. Isso, claro, partindo do pressuposto que a vontade de morrer é sintoma de uma doença que torna a pessoa incapaz de decidir por si mesma. Entende?
Partindo deste princípio, temo que começarão a mudar a definição de "doença". Qualquer um que se desvie do "juízo perfeito" é um "doente".

Offline Herf

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Re: Na prisão, canibal alemão dá entrevista e diz ser normal
« Resposta #52 Online: 27 de Outubro de 2007, 16:12:36 »
:o Mas não é possível que esse homem estivesse em seu juízo perfeito!

a maior parte dos pedidos de casamento devem ser feitos fora do juízo perfeito, a maior parte dos romances começam e terminam fora do juízo perfeito, a maior parte das empresas deve começar fora do juízo perfeito, a maior parte das obras de arte devem ter sido produzidas fora do juízo perfeito.
Grande parte dos religiosos é, a meu ver, composta por pessoas fora de seus "juízos perfeitos". Pessoas que estão tomadas por emoções que não as permite decidir por si próprias. Devemos proteger as pessoas desta "doença" e proibir as religiões? O mesmo valendo para ideologias políticas?

Qual é, afinal, o "juízo perfeito"? Quem decide?

Offline Rodion

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Re: Na prisão, canibal alemão dá entrevista e diz ser normal
« Resposta #53 Online: 27 de Outubro de 2007, 16:30:13 »
:o Mas não é possível que esse homem estivesse em seu juízo perfeito!

a maior parte dos pedidos de casamento devem ser feitos fora do juízo perfeito, a maior parte dos romances começam e terminam fora do juízo perfeito, a maior parte das empresas deve começar fora do juízo perfeito, a maior parte das obras de arte devem ter sido produzidas fora do juízo perfeito.

grande psiquiatra

não, eu faço direito.
"Notai, vós homens de ação orgulhosos, não sois senão os instrumentos inconscientes dos homens de pensamento, que na quietude humilde traçaram freqüentemente vossos planos de ação mais definidos." heinrich heine

Offline Rodion

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Re: Na prisão, canibal alemão dá entrevista e diz ser normal
« Resposta #54 Online: 27 de Outubro de 2007, 16:39:57 »
:o Mas não é possível que esse homem estivesse em seu juízo perfeito!

a maior parte dos pedidos de casamento devem ser feitos fora do juízo perfeito, a maior parte dos romances começam e terminam fora do juízo perfeito, a maior parte das empresas deve começar fora do juízo perfeito, a maior parte das obras de arte devem ter sido produzidas fora do juízo perfeito.
Grande parte dos religiosos é, a meu ver, composta por pessoas fora de seus "juízos perfeitos". Pessoas que estão tomadas por emoções que não as permite decidir por si próprias. Devemos proteger as pessoas desta "doença" e proibir as religiões? O mesmo valendo para ideologias políticas?

Qual é, afinal, o "juízo perfeito"? Quem decide?

Eles querem decidir.
mas juízo perfeito é induzível. a situação é fictícia mas prova o ponto; lembra-se de laranja mecânica? pense, melhor, num sanatório. você pode encher alguém de químicos, pode coagi-lo, e aí pode até ser que ele recobre o juízo perfeito.
é bastante perigoso querer saber do interesse alheio melhor do que o outro próprio. é, aliás, uma das raízes do totalitarismo.
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Temma

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Re: Na prisão, canibal alemão dá entrevista e diz ser normal
« Resposta #55 Online: 27 de Outubro de 2007, 16:51:08 »
ah, o relativismo!


se apaixonar me parece algo um tanto mais comum do que dar fim a própria vida. acho a comparação indevida.

Offline Alegra

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Re: Na prisão, canibal alemão dá entrevista e diz ser normal
« Resposta #56 Online: 27 de Outubro de 2007, 17:25:34 »
Nesta tentativa de proteger as pessoas delas mesmas, acaba-se por suprimir muitos direitos individuais.

O estado deve servir para proteger as pessoas umas das outras, não para bancar o pai e protegê-las delas mesmas.

Sim, mas concordo com a parte que o Adriano diz que mesmo a pessoa querendo se matar temos que tentar (não obrigar)fazer com que a pessoa volte atrás. Acho até que é nossa obrigação, mas se depois de tudo ela não se convencer do contrário também acho que ela tem todo o direito de por fim na vida para acabar com o sofrimento.

Já sinto sua falta. Vá em paz meu lindo!

Offline Alegra

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Re: Na prisão, canibal alemão dá entrevista e diz ser normal
« Resposta #57 Online: 27 de Outubro de 2007, 17:35:41 »
Partindo deste princípio, temo que começarão a mudar a definição de "doença". Qualquer um que se desvie do "juízo perfeito" é um "doente".

Se o desvio for grande é doença sim.

Eu acho que ninguém é 100% normal, todo mundo tem alguma coisa dentro da cabeça que não funciona direito mas que talvez não seja uma ameaça se não houver algum motivo que desperte o problema, ou que então seja um nível aceitável de desvio. :?

Já sinto sua falta. Vá em paz meu lindo!

Offline Rodion

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Re: Na prisão, canibal alemão dá entrevista e diz ser normal
« Resposta #58 Online: 27 de Outubro de 2007, 17:36:24 »
ah, o relativismo!


se apaixonar me parece algo um tanto mais comum do que dar fim a própria vida. acho a comparação indevida.

o uso consagrado de relativismo é referente a outra coisa.

freqüência não foi o critério de comparação. o objetivo é só mostrar que não há, afinal, um juízo perfeito, que é impraticável exigir das pessoas um perfeito juízo objetivo por haver mesmo dúvidas quanto à existência de um. o juízo imperfeito é mesmo o que nos faz humanos.
e não é preciso ser psicólogo, nem psiquiatra ou nada parecido para chegar a esta constatação; é simplesmente uma questão de conhecer a si mesmo. e do que se consegue através do autoconhecimento as tomografias não chegaram, e nem chegarão, nem perto.
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Offline Alegra

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Re: Na prisão, canibal alemão dá entrevista e diz ser normal
« Resposta #59 Online: 27 de Outubro de 2007, 17:39:59 »
Qual é, afinal, o "juízo perfeito"? Quem decide?

Acho que a partir do momento que faça mal aos outros ao à própria pessoa deixa de ser "perfeito". Acho.

Já sinto sua falta. Vá em paz meu lindo!

Luz

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Re: Na prisão, canibal alemão dá entrevista e diz ser normal
« Resposta #60 Online: 27 de Outubro de 2007, 18:02:42 »
Nesta tentativa de proteger as pessoas delas mesmas, acaba-se por suprimir muitos direitos individuais.

O estado deve servir para proteger as pessoas umas das outras, não para bancar o pai e protegê-las delas mesmas.

Isso não tem nada a ver com protegê-las de si mesmas. Se a vontade de morrer é uma doença, deve ser tratada como qualquer outra doença e não avaliada por sua peculiaridade. É um direito que cabe a pessoa, que não está em capacidade de avaliar por si mesma - então cabe ao governo o dever. Isso, claro, partindo do pressuposto que a vontade de morrer é sintoma de uma doença que torna a pessoa incapaz de decidir por si mesma. Entende?
Partindo deste princípio, temo que começarão a mudar a definição de "doença". Qualquer um que se desvie do "juízo perfeito" é um "doente".

Vivemos em sociedade, afinal.  :P   Quem decide o que é certo e o que é errado?  :stunned:

Temma

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Re: Na prisão, canibal alemão dá entrevista e diz ser normal
« Resposta #61 Online: 27 de Outubro de 2007, 18:20:47 »
ah, o relativismo!


se apaixonar me parece algo um tanto mais comum do que dar fim a própria vida. acho a comparação indevida.

o uso consagrado de relativismo é referente a outra coisa.

freqüência não foi o critério de comparação. o objetivo é só mostrar que não há, afinal, um juízo perfeito, que é impraticável exigir das pessoas um perfeito juízo objetivo por haver mesmo dúvidas quanto à existência de um. o juízo imperfeito é mesmo o que nos faz humanos.
e não é preciso ser psicólogo, nem psiquiatra ou nada parecido para chegar a esta constatação; é simplesmente uma questão de conhecer a si mesmo. e do que se consegue através do autoconhecimento as tomografias não chegaram, e nem chegarão, nem perto.

bullshit


ainda que não haja um juízo perfeito definido, isso não quer dizer que outros estados patológicos não possam ser reconhecidos, você está se apegando demais ao termo usado pela alegra e está fazendo comparações esdrúxulas


há diversos fatores de risco reconhecidos que podem levar a tendências suícidas, desde remédios a quadros depressivos. é dever do Estado não se omitir nesses casos. prevenção de suicídios


e por último, como o próprio copelli apontou, quem quiser cometer suicídio irá fazê-lo, o Estado não é onipotente/onisciente. um Estado aos moldes de laranja mecânica moldando o sentimento das pessoas, só mesmo na cabeça de direitinhas dão faniquitos com tudo que vem do Estado..

Offline Adriano

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Re: Na prisão, canibal alemão dá entrevista e diz ser normal
« Resposta #62 Online: 27 de Outubro de 2007, 18:26:36 »
Nesta tentativa de proteger as pessoas delas mesmas, acaba-se por suprimir muitos direitos individuais.
É uma questão de liberdade e de direitos individuais. O suicídio é muito associado a depressão e outras doenças psiquiátricas. Oferecer a oportunidade ao tratamento médico ao indivíduo e a escolha ao seus familiares é um direito conquistado. Pelo que sei ninguém é obrigado a se tratar, nem a família tem essa obrigação legal. O máximo que existe na lei é omissão de socorro, conforme o caso.

O estado deve servir para proteger as pessoas umas das outras, não para bancar o pai e protegê-las delas mesmas.
O estado não é um ente alheio a sociedade. Ele é formado pelas mesmas pessoas que compõe a sociedade. O estado é moldado a maneira que a sociedade quer. E a nossa sociedade valoriza o direito a vida em primeiro lugar. Quem esta atribuindo a esse tipo de proteção social, na área de saúde a um paternalismo é você.

É uma proposta anormal dentro de nossa sociedade, onde todos defendem a vida, principalmente entre as pessoas religiosas.

Princípio da descrença.        Nem o idealismo de Goswami e nem o relativismo de Vieira. Realismo monista.

Offline Adriano

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Re: Na prisão, canibal alemão dá entrevista e diz ser normal
« Resposta #63 Online: 27 de Outubro de 2007, 18:30:29 »
e por último, como o próprio copelli apontou, quem quiser cometer suicídio irá fazê-lo, o Estado não é onipotente/onisciente. um Estado aos moldes de laranja mecânica moldando o sentimento das pessoas, só mesmo na cabeça de direitinhas dão faniquitos com tudo que vem do Estado..

Disse tudo, como se esse pensamento maluco a respeito do estado fosse compartilhado pela sociedade. Esse pensamento de estado mínimo já teve a sua glória a algum tempo atrás, o neoliberalismo fez sucesso em muitos países. Agora as suas falhas, principalmente no aspecto social, são bem evidentes, e quem se prende a esse velho dogma que está meio doido.   :hihi:
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Offline Rodion

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Re: Na prisão, canibal alemão dá entrevista e diz ser normal
« Resposta #64 Online: 27 de Outubro de 2007, 19:18:16 »
Citar
ainda que não haja um juízo perfeito definido, isso não quer dizer que outros estados patológicos não possam ser reconhecidos, você está se apegando demais ao termo usado pela alegra e está fazendo comparações esdrúxulas
esdrúxulas porque você quer.

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há diversos fatores de risco reconhecidos que podem levar a tendências suícidas, desde remédios a quadros depressivos. é dever do Estado não se omitir nesses casos. prevenção de suicídios
eu prefiro não ser visto como um paciente mas como um indivíduo. depressão é a constatação externa de que o sujeito está triste. por que ele está triste? será que é porque andou lendo emil cioran demais? ou então andou vendo muito filme iraniano? ou porque de fato tem uma disfunção química? tratar todos os casos da mesma maneira é se comportar como um liliputiano descrevendo o relógio de gulliver. isso sim é bullshit.

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e por último, como o próprio copelli apontou, quem quiser cometer suicídio irá fazê-lo, o Estado não é onipotente/onisciente. um Estado aos moldes de laranja mecânica moldando o sentimento das pessoas, só mesmo na cabeça de direitinhas dão faniquitos com tudo que vem do Estado..
eu não estou tratando somente do suicídio, mas do domínio do público sobre o indivíduo em geral. e não é por ser um direitinha dando faniquitio com tudo que vem do estado mas por respeitar e valorizar o indivíduo e sua vontade. não se apegue ao exemplo de laranja mecânica. é só uma distopia, afinal. pode se contentar com exemplos fáticos, se quiser; os já citados sanatórios, a proibição da maconha, a já superada proibição do homosexualismo... todos exemplos em que injustiças colossais foram/são cometidas porque não havia nenhum direitinha dando faniquito em defesa do indivíduo.

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Offline Adriano

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Re: Na prisão, canibal alemão dá entrevista e diz ser normal
« Resposta #65 Online: 27 de Outubro de 2007, 19:30:44 »
Mas o assunto sendo tratado como questão de saúde pública não tem nada a ver com qualquer imposição do estado. Ninguém é obrigado a se tratar caso se ache em boa situação. Mas é uma boa alternativa para a família que não queira perder um ente querido, tendo uma possibilidade a mais de salvar essa pessoa da morte. Mas isso também se a família assim quiser, caso contrário é só não buscar o atendimento médico, nem o indivíduo, nem a família por ele.

Qual é o problema disso? Oferecer a oportunidade de se verificar se é uma questão de saúde ou não é um erro do estado? Isso não é obrigado de jeito algum a liberdade continua. Assim como em diversas outras doenças que a pessoa pode optar por não se tratar. O que não é democrático e fere as liberdades individuais é retirar essa possibilidade do cidadão. No mais cada um faz o que achar melhor para si.
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Offline Adriano

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Re: Na prisão, canibal alemão dá entrevista e diz ser normal
« Resposta #66 Online: 27 de Outubro de 2007, 19:48:39 »
E sobre o avanço da psiquiatria nessa área, aconteceu mais por conta da iniciativa privada, que transforma em lucros a possibilidade de estar melhorando a vida das pessoas através dos medicamentos. E tenho muitas dúvidas se esse acontecimento se deu no sistema público inicialmente, pois o setor da saúde privada nos Estados Unidos é muito grande.

Existem os movimentos contra a psiquiatria, mas isso nem entra na concepção de estado, é algo a parte. O que se questiona são os critérios para as avaliações. Pelo que conheço acho muito bom todos os critérios, a psiquiatria avançou muito. Mas questionar faz parte e é assim que podemos conhecer os métodos e melhora-los. Eu imagino que seja mais um desconhecimento sobre os métodos, já que os critérios estatísticos, de pesquisas empíricas são os mais aceitos por todos.
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Temma

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Re: Na prisão, canibal alemão dá entrevista e diz ser normal
« Resposta #67 Online: 27 de Outubro de 2007, 19:54:58 »
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ainda que não haja um juízo perfeito definido, isso não quer dizer que outros estados patológicos não possam ser reconhecidos, você está se apegando demais ao termo usado pela alegra e está fazendo comparações esdrúxulas
esdrúxulas porque você quer.

e comparáveis porque você quer. poderíamos ficar eternamente nisso, mas o problema é que especialistas na área não concordam com você.


mas é seu direito se discordar! ok, não se fala mais nisso!


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há diversos fatores de risco reconhecidos que podem levar a tendências suícidas, desde remédios a quadros depressivos. é dever do Estado não se omitir nesses casos. prevenção de suicídios
eu prefiro não ser visto como um paciente mas como um indivíduo. depressão é a constatação externa de que o sujeito está triste. por que ele está triste? será que é porque andou lendo emil cioran demais? ou então andou vendo muito filme iraniano? ou porque de fato tem uma disfunção química? tratar todos os casos da mesma maneira é se comportar como um liliputiano descrevendo o relógio de gulliver. isso sim é bullshit.

ahm. legal. você prefere. você quer. ora...


nota-se que você além de fazer direito, tem um completo desdém pela área psiquiatrica


O Estado não irá sufocar as pessoas e coagí-las a nada. Como falei antes, ninguém deixa de se matar porque é proibido. Creio que a questão seja prevenção de suícidios., seja através de tratamento ou proibindo a incitação ao suicídio. ponto.


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e por último, como o próprio copelli apontou, quem quiser cometer suicídio irá fazê-lo, o Estado não é onipotente/onisciente. um Estado aos moldes de laranja mecânica moldando o sentimento das pessoas, só mesmo na cabeça de direitinhas dão faniquitos com tudo que vem do Estado..
eu não estou tratando somente do suicídio, mas do domínio do público sobre o indivíduo em geral. e não é por ser um direitinha dando faniquitio com tudo que vem do estado mas por respeitar e valorizar o indivíduo e sua vontade. não se apegue ao exemplo de laranja mecânica. é só uma distopia, afinal. pode se contentar com exemplos fáticos, se quiser; os já citados sanatórios, a proibição da maconha, a já superada proibição do homosexualismo... todos exemplos em que injustiças colossais foram/são cometidas porque não havia nenhum direitinha dando faniquito em defesa do indivíduo.


ah, então era um espantalho! então tudo bem.



quanto ao mérito dos diretinhas do passado(foram eles mesmo? se não me engano eram revolucionários à época, não lembro, mas não faz diferença) que lutaram por essas conquistas, agradeço muito a eles, afinal hoje eu colho os frutos de suas lutas, mas isso não quer dizer que os direitinhas estejam do lado da verdade e da justiça e tenham as melhores intenções do mundo. arriscaria dizer que alguns direitinhas, por trás de toda louvável defesa à suprema liberdade, estão pensando: "-O que?? tratamento? esses EMOS? esses LOSERS? que se matem, o problema é deles!! Quem vai pagar por tudo isso?? EU??" e aí vai, aplicando a mesma lógica indiscriminadamente à previdência, saúde, educação...

« Última modificação: 27 de Outubro de 2007, 19:57:15 por Temma »

Offline Herf

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Re: Na prisão, canibal alemão dá entrevista e diz ser normal
« Resposta #68 Online: 27 de Outubro de 2007, 20:01:05 »
Vivemos em sociedade, afinal.  :P   Quem decide o que é certo e o que é errado?  :stunned:
Quem decide o que é sensato ou não para uma pessoa é ela própria, sendo o limite o respeito à liberdade alheia. E a decisão de uma pessoa de acabar com a própria vida não é, por si só, uma ameaça a outrem.

Luz

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Re: Na prisão, canibal alemão dá entrevista e diz ser normal
« Resposta #69 Online: 27 de Outubro de 2007, 20:23:04 »
Vivemos em sociedade, afinal.  :P   Quem decide o que é certo e o que é errado?  :stunned:
Quem decide o que é sensato ou não para uma pessoa é ela própria, sendo o limite o respeito à liberdade alheia. E a decisão de uma pessoa de acabar com a própria vida não é, por si só, uma ameaça a outrem.

Ela própria se tiver condições para isso, do contrário, não. E quem pode garantir que quem deseja morrer não possa representar ameaça a outrem? Afinal, não é considerado "sensato" alguém querer morrer!   :)

Offline Adriano

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Re: Na prisão, canibal alemão dá entrevista e diz ser normal
« Resposta #70 Online: 27 de Outubro de 2007, 20:24:49 »
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Suicídio


"O suicídio faz com que os amigos e familiares se sintam seus assassinos".

(Vicent Van Gogh)


O termo suicídio foi utilizado pela primeira vez em 1737 por Desfontaines. O significado tem origem no latim, na junção das palavras sui (si mesmo) e caederes (ação de matar). Esta conotação especifica a morte intencional ou auto-infligida. Num aspecto geral, o suicídio é um ato voluntário por qual um indivíduo possui a intenção e provoca a própria morte. Pode ser realizado através de atos (tiro, envenenamento ou enforcamento) ou por omissão (recusa em alimentar-se, por exemplo).

É considerada tentativa de suicídio qualquer ato não fatal de automutilação ou de auto-envenenamento. A intenção da morte não deve ser incluída nesta definição, pois nem sempre é manifestada. A gravidade da tentativa deve relacionar-se com a "potencialidade autodestrutiva" do método utilizado, com a probabilidade de uma intervenção de terceiros.

O suicídio é a conseqüência de uma perturbação psíquica. A tensão nervosa que envolve, e culmina nos conflitos intrapsíquicos de gravidade acentuada, transtorna a tal ponto que a morte torna-se único refúgio e a inevitável solução dos problemas. Inconscientemente, o suicida tentou depositar a culpa de sua morte nos outros indivíduos que compõem seu ambiente social, principalmente nos familiares. Neste caso o suicídio funciona como um ''castigo''. É como revidar uma agressão do ambiente que o envolve.

Na civilização romana a morte não era significativa, importante era a forma de morrer: com dignidade e no momento certo. Para os primeiros cristãos, a morte equivalia à libertação, pois a doutrina pregava que a vida era um "vale de lágrimas e pecados". Nesse momento a morte surgia como um atalho ao paraíso.

Nos séculos V e VI, nos Concílios de Orleans, Braga e Toledo, proibiram as honras fúnebres aos suicidas, e determinaram que mesmo aquele que não tivesse obtido sucesso em uma tentativa deveria ser excomungado. Assim o suicídio passou a ser considerado um crime que poderia implicar na condenação à morte dos que fracassavam. Os familiares dos suicidas eram deserdados e vilipendiados enfrentando os preconceitos sociais. Apenas na Renascença a humanidade dos suicidas foi reconhecida, o romantismo desse período forjou em torno do tema uma determinada áurea de respeitabilidade.

Alguns fatores são comuns aos indivíduos que tentaram ou cometeram suicídio. Por exemplo, é mais freqüente nas idades que delineiam as fronteiras da vida, como a puberdade e a adolescência, e entre a maturidade e a velhice. Porém, a faixa etária compreende genericamente dos 15 aos 44 anos.

Um ponto significativo a ser analisado, é que os casos de suicídios foram extremamente raros nos campos de concentração, o que reforça a evidência de que as condições exteriores (mesmo as mais brutais) não explicam o fenômeno. Além disso, o suicídio é mais comum em nações ricas e ocorre com mais freqüência nas classes médias.

Por razões não completamente esclarecidas, as mulheres cometem três vezes mais tentativas de suicídio que os homens. No entanto os homens são mais eficazes. Isto porque o sexo feminino recorre aos métodos mais brandos como o envenenamento. Enquanto os homens usam armas de fogo, tendem ao afogamento, enforcamento ou saltando de grandes altitudes.

As doenças físicas como câncer, epilepsia e AIDS; ou doenças mentais como alcoolismo, dependência toxica e esquizofrenia, compõem alguns dos motivos que induzem um indivíduo a atentar à própria vida. Algumas situações sociais também conduzem ao suicídio. Podemos incluir como exemplo o insucesso no matrimônio ou não ser casado, não ter filhos, não ser religioso, isolamento social e o fracasso financeiro.

A depressão também está aliada aos casos de suicídio. Porém, no auge das crises depressivas o indivíduo fica menos vulnerável a tais tentativas. Isto porque a depressão é caracterizada principalmente pela desmotivação, desinteresse e letargia do raciocínio. Nesse momento, o indivíduo não se dispõe a nenhuma atividade, inclusive o ato de se matar. Alcançado este estágio, a tendência é a omissão, que também é considerado uma das formas de suicídio.

 

 

Jovens Suicidas

 

Entre os jovens (faixa etária que compreende dos 15 aos 24 anos) o suicídio já é a terceira causa de morte, atrás apenas dos acidentes e homicídios.

Os conflitos mais comuns que desencadeiam os suicídios entre os jovens são encontrados na educação, criação e conduta familiar dos indivíduos. O sentimento de culpa imposto pelas chantagens emocionais, agressões, castigos exagerados, criação e imposição de uma auto-imagem irreal ao indivíduo, o abandono afetivo e a superproteção, são as principais causas dos suicídios cometidos entre os jovens. A soma desses, e outros fatores menos relevantes, resultam numa desorganização da personali- dade em desenvolvimento, desequilibra con-tinuamente o sistema nervoso e desencontra o indivíduo do seu ego. Por conseqüências superficiais temos o bloqueio intelectual, a constante desmotivação pelas atividades cotidianas (como os estudos), a necessidade de uma fuga psíquica e o entorpecimento mental. Novamente o suicídio é o resultado mais grave dos desequilíbrios.

 

 

Indicadores de Risco

 

Geralmente o suicídio não pode ser previsto, mas existem alguns indicadores de risco:

    *
      Tentativa anterior ou fantasias de suicídio.
    *
      Disponibilidade de meios para o suicídio.
    *
      Idéias de suicídio abertamente faladas.
    *
      Preparação de um testamento.
    *
      Luto pela perda de alguém próximo.
    *
      História de suicídio na família.
    *
      Pessimismo ou falta de esperança.

 

 

Índices no Brasil e no Mundo

 

Suicídios no mundo:

    *
      No mundo suicidam-se diariamente 2000 pessoas.*
    *
      Nos Estados Unidos são 30.000 suicídios por ano (quase 100 por dia).
    *
      No geral, 7% dos suicidas sofrem de dependência alcoólica.
    *
      Aproximadamente 90% de quem tenta, avisa antes.
    *
      Em torno de 70% dos suicídios ocorrem em decorrência de uma fase depressiva.
    *
      Quem já fez uma tentativa, tem 30% mais chances de repetir do que quem nunca tentou.

* Esses valores podem ser bem maiores, pois muitos casos de suicídios são considerados acidentes.

 

 

No Brasil:

    *
      Entre 1989 e 1998 os suicídios aumentaram 56,9%.
    *
      O índice brasileiro é de 4,9 suicídios para cada grupo de 100 mil habitantes.
    *
      O Rio Grande do Sul possui os índices mais altos: 11 para cada grupo de 100 mil habitantes.
    *
      Porto Alegre é a capital com maior taxa de suicídios (11,9/100 mil).
    *
      Entre 1993 e 1998, o número de jovens que tentaram o suicídio aumentou 40%.
    *
      Em 1997 quase 1.500 jovens tentaram se matar no Brasil.


http://www.spectrumgothic.com.br/gothic/suicidio.htm
Princípio da descrença.        Nem o idealismo de Goswami e nem o relativismo de Vieira. Realismo monista.

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Re: Na prisão, canibal alemão dá entrevista e diz ser normal
« Resposta #71 Online: 27 de Outubro de 2007, 20:33:51 »
Ela própria se tiver condições para isso, do contrário, não. E quem pode garantir que quem deseja morrer não possa representar ameaça a outrem? Afinal, não é considerado "sensato" alguém querer morrer!   :)
Quem pode garantir que qualquer pessoa não representa ameaça a outrem? A lista de pessoas que mereceriam cuidados especiais seria infindável se formos pelo "quem pode garantir que XXX não representa ameaça"?

E, sabe, penso ser ameaça muito maior para o resto do mundo uma pessoa que não pretende se matar do que uma que tem a intenção de fazê-lo...

Luz

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Re: Na prisão, canibal alemão dá entrevista e diz ser normal
« Resposta #72 Online: 27 de Outubro de 2007, 20:55:29 »
Ela própria se tiver condições para isso, do contrário, não. E quem pode garantir que quem deseja morrer não possa representar ameaça a outrem? Afinal, não é considerado "sensato" alguém querer morrer!   :)
Quem pode garantir que qualquer pessoa não representa ameaça a outrem? A lista de pessoas que mereceriam cuidados especiais seria infindável se formos pelo "quem pode garantir que XXX não representa ameaça"?

E, sabe, penso ser ameaça muito maior para o resto do mundo uma pessoa que não pretende se matar do que uma que tem a intenção de fazê-lo...

Pois é, não há como prever o que alguém aparentemente "sensato" irá fazer, mas convém ficar atento àquele que demonstra desejo de morrer - pois pode ser sempre um SINTOMA de algo está errado - pedindo mais intervenção do que omissão. E se no final das contas, tudo não passar de uma fase de depressão que pode ser contornada? Não sabemos, mas a demonstração do desejo de morrer, para todos os efeitos, não é considerado algo "sensato".


Offline Rodion

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Re: Na prisão, canibal alemão dá entrevista e diz ser normal
« Resposta #73 Online: 27 de Outubro de 2007, 20:55:52 »
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O Estado não irá sufocar as pessoas e coagí-las a nada. Como falei antes, ninguém deixa de se matar porque é proibido. Creio que a questão seja prevenção de suícidios., seja através de tratamento ou proibindo a incitação ao suicídio. ponto.
você não pegou o ponto. matar-se não é proibido, por ser "improibitível". se pudesse ser proibido, o seria. o que se está discutindo aqui, repito, é um questionamento acerca da legitimidade da sociedade para legislar no interesse do indivíduo, como no caso do direito à vida (que abarcas os casos de suicídio ou assassinato consensual) ou direito à integridade física, direitos estes que são irrenunciáveis, inalienáveis e yadda yadda. era nessas bases, aliás, que há uns anos se proibia a cirurgia de mudança de sexo.

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quanto ao mérito dos diretinhas do passado(foram eles mesmo? se não me engano eram revolucionários à época, não lembro, mas não faz diferença) que lutaram por essas conquistas, agradeço muito a eles, afinal hoje eu colho os frutos de suas lutas, mas isso não quer dizer que os direitinhas estejam do lado da verdade e da justiça e tenham as melhores intenções do mundo. arriscaria dizer que alguns direitinhas, por trás de toda louvável defesa à suprema liberdade, estão pensando: "-O que?? tratamento? esses EMOS? esses LOSERS? que se matem, o problema é deles!! Quem vai pagar por tudo isso?? EU??" e aí vai, aplicando a mesma lógica indiscriminadamente à previdência, saúde, educação...
se quiser falar historicamente, essas causas não pertenciam à direita, e nem pertencem inteiramente hoje já que a 'direita' é constituída por muitas facções além da dos liberais..
só que foi você quem me rotulou de "direitinha dando faniquito" pelo ponto de vista liberal expresso aqui.
"Notai, vós homens de ação orgulhosos, não sois senão os instrumentos inconscientes dos homens de pensamento, que na quietude humilde traçaram freqüentemente vossos planos de ação mais definidos." heinrich heine

Temma

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Re: Na prisão, canibal alemão dá entrevista e diz ser normal
« Resposta #74 Online: 27 de Outubro de 2007, 21:37:15 »
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O Estado não irá sufocar as pessoas e coagí-las a nada. Como falei antes, ninguém deixa de se matar porque é proibido. Creio que a questão seja prevenção de suícidios., seja através de tratamento ou proibindo a incitação ao suicídio. ponto.
você não pegou o ponto. matar-se não é proibido, por ser "improibitível". se pudesse ser proibido, o seria. o que se está discutindo aqui, repito, é um questionamento acerca da legitimidade da sociedade para legislar no interesse do indivíduo, como no caso do direito à vida (que abarcas os casos de suicídio ou assassinato consensual) ou direito à integridade física, direitos estes que são irrenunciáveis, inalienáveis e yadda yadda. era nessas bases, aliás, que há uns anos se proibia a cirurgia de mudança de sexo.


de que cartilha você tirou que "se pudesse, o seria"? daquela onde o Estado é sempre mau e opressor? francamente, já pregaram dessa Bíblia pra mim.

Quanto à mudança de sexo, por coincidência devido a uma controversa decisão judicial há pouco o SUS incluiu entre seus benefícios à população essa cirurgia de mudança de sexo. Gostaria que saber como um Estado vil e cruel que tende sempre a opressão adota essas medidas visando o bem-estar de seus indivíduo(pelo menos dos operados, afinal ele não estão sendo privados de nada, está se expandindo sua liberdade, até a troca de sexo. afinal o Estado está garantindo isso a quaisquer cidadãos)


e quanto ao argumentação de que até pouco tempo atrás esse direito à integridade física era usado para cercear a liberdade das pessoas. ora, é evidente pra qualquer um que isso era muito mais usado como uma desculpa esfarrapada do que outra coisa. afinal de contas, hoje as pessoas podem mudar de sexo, mas ainda tem direito a integridade física. ou estou enganado? isso tem muito mais a ver com a moral cristã repressora que vilaniza a homossexualidade. e aí tomavam essas decisões toscas. leis e salsichas...



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quanto ao mérito dos diretinhas do passado(foram eles mesmo? se não me engano eram revolucionários à época, não lembro, mas não faz diferença) que lutaram por essas conquistas, agradeço muito a eles, afinal hoje eu colho os frutos de suas lutas, mas isso não quer dizer que os direitinhas estejam do lado da verdade e da justiça e tenham as melhores intenções do mundo. arriscaria dizer que alguns direitinhas, por trás de toda louvável defesa à suprema liberdade, estão pensando: "-O que?? tratamento? esses EMOS? esses LOSERS? que se matem, o problema é deles!! Quem vai pagar por tudo isso?? EU??" e aí vai, aplicando a mesma lógica indiscriminadamente à previdência, saúde, educação...
se quiser falar historicamente, essas causas não pertenciam à direita, e nem pertencem inteiramente hoje já que a 'direita' é constituída por muitas facções além da dos liberais..
só que foi você quem me rotulou de "direitinha dando faniquito" pelo ponto de vista liberal expresso aqui.

não o rotulei mais do que se costuma-se rotular aqui* aqueles que não abraçam a concepção liberal de Estado, os opressores, totalitários etc etc etc


*com exceções, claro.

 

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