Pouco importa quem o fez, somos uma sociedade e temos que ter responsabilidade social.
Adriano, você
ao menos considera plausível a hipótese de estar errado? De que as cotas podem não ser algo benéfico, nem aos grupos que se intenciona beneficiar, nem a ninguém?
Será que não haveria a menor possibilidade de estar enganado, que na verdade, isso prejudicaria a todos dessas formas já citadas, como por exemplo:
- tirando a dignidade dos negros ou pobres que vão ser visto como devedores do seu sucesso às esmolas dos outros, diferentemente de japoneses e judeus;
- que os beneficiados pelas cotas vão ter desempenho pior pelos menores critérios, manchando a reputação dos profissionais dentro desse grupo, mesmo daqueles que não se "beneficiaram" de cotas; que perdemos profissionais em número e em qualidade quando os requerimentos de preparação são menores;
- que as falhas na metodologia das cotas não ajudem a quem se objetivava ajudar - os mais necessitados, mas outros, menos necessitados, se aproveitem delas, não resolvendo em nada o problema que se queria resolver inicialmente, apenas se criando os outros já citados;
- e por último, mas menos importante, que haja o risco de conflito ou no mínimo "piorar o clima" entre as pessoas "ajudadas" pelas cotas e o resto, como nunca foi muito o caso no Brasil, mas como ocorreu em diversos lugares após as cotas?
Todas essas coisas são corroboradas por lógica e exemplos factuais.
SE há essa possibilidade, a implementação de política de cotas não é "responsabilidade social', mesmo que tenha boas intenções.
Responsabilidade social de verdade implica em estudar muito melhor as conseqüências das políticas que se vai implementar. Não implementar qualquer coisa apenas porque parece boa numa análise superficial/teórica, e porque tem intenção altruísta, porque parece algo muito moral a ser feito, sem analisar o risco de que seja na verdade muito diferente o resultado.
As argumentações contrárias tem que ser combatidas com lógica e argumentos, e preferencialmente evidências, não simplesmente condenação moral do outro lado, e reafirmação do desejo de que tudo dê certo, de que é importante ajudar a quem se planeja ajudar.