E os cotistas são aprovados no vestibular, de modo a conseguirem um bom aproveitamento no curso. Não são analfabetos.
Cotistas com desempenho inferior, mas da raça certa, são aprovados em detrimento de candidatos melhor preparados que não estejam dentro dos padrões de pureza racial concebidos por sei lá quem.
Padrão de pureza racial?
Isso é um imenso espantalho das ações afirmativas. Os negros são desprivilegiados socialmente e conseguentemente nas universidades. São prejudicados e as cotas são compensatórias.
Isso faz com que se diminua a produção acadêmica de forma geral, tanto em quantidade (menos se formam) como em qualidade (os que se formam, se formam em áreas mais fáceis e e menores salários)
A justiça social e multicultural é mais importante do que este aspecto econômico e de curto prazo. O prejuízo maior é ignorar as condições sociais e étnicas dos privilegiados historicamente e conseguentemente socialmente hoje.
Se as cotas democratizam de forma multicultural as universidades, então estão tendo o efeito desejado.
Essa "democratização multicultural" não é bem sucedida e não vem a troco de nada. Seria conquistado apenas em troca de diminuir o desempenho acadêmico de um país, e possivelmente criar conflito entre os grupos.
O conflito é somente no campo das idéais, da argumentação, como o nosso. Isso é muito positivo, caso haja avanço nas discussões e esclarecimentos de ambos os lados. A valorização multiétnica de um povo é muito mais lucrativa do que a permanência de apenas uma etnia que está melhor qualificada por questões sociais e históricas. Não é individual.
Mas perceba a diferença, as cotas buscam nivelar por cima,
Não, elas nivelam por baixo, elas baixam os níveis de preparo requeridos.
Por baixo seria excluir também os brancos das universidades. O acesso dos negros as universidades é um ganho para todos. Sem esse discurso de que os negros tem níveis baixo de prepado devido a serem piores, já que na média é isso que significa tomando por conta o vestular sem as cotas.
Já pensou se houvesse o mesmo quanto a formação em si? Médicos negros não precisassem de tudo que os brancos precisam para se formar? Talvez ainda pudessem ser respeitados conhecimentos étnicos de curandeirismo africano e indígena como currículo aceitável, em vez apenas da "ciência branca, racista e etnocentrista".
Ridúcula comparação, muito preconceituosa ao meu ver. O multiculturarismo é nivelar por cima as culturas e não por baixo como nesse seu escárnio.
Os cotistas são avaliados pelo vestibular, que tem a função de verificar a capacidade dos mesmo para concluirem o curso. E mesmo depois da aprovação do vestibular estes são avaliados pela universidade, somente sendo formados se forem aprovados no curso e portanto qualificados para o exercício profissional.
é totalmente contrário a uma discriminação negativa se fosse aplicada, algo que estaria destruindo e não criando.
As cotas não estão criando nada, apenas destruindo as chances dos que não estão dentro dos padrões de pureza racial, e a chance dos negros e mestiços mais pobres conquistarem dignidade por si próprios, sem parecer que receberam uma esmola da elite branca no governo.
Padrão de pureza racial é querer manter os negros excluídos da universidade com receio da queda do números de formandos. Dignidade para os negros é o acesso ao nível superior, com estes conscientes das desigualdades históricas e socias que os excluiam da universidade. Esmola é esse discurso de igualdade entre bracos e negros (mito da democracia), mas que é uma grande fantasia quando confrontada com a realidade.
Ao mesmo tempo, retardam isso uma vez que a porcentagem do sucesso acadêmico dos negros e mestiços "suficientemente" negros acaba sendo inferior ao sucesso dos brancos, em porcentagem, ajudando a fornecer evidências para o mito de desigualdade motivada por diferenças intrínsecas, e acabando com a credibilidade daqueles negros ou mestiços escuros que tiveram melhor desempenho ou mesmo que foram admitidos em padrões iguais para todos. Diferentemente do que ocorre quando os critérios são iguais para todos, quando as taxas de sucesso também são praticamente as mesmas.
A exclusão dos negros da universidade é por fatores socioeconômicos. O mesmo justifica qualquer diferença acadêmica entre brancos e negros cotistas.
O que aumenta o mito da democracia racial é dizer que os negros concorrem com igualdade com os brancos no vestibular, por não dar atenção as questões socioeconômicas envolvidas. Não há nada pior para a discriminação supor que os negros não entram na universidade por méridos individuais. Mais fácil alegar isso para uma possível diferença entre o nível acadêmico das etnias.
A base teórica das cotas é exatamente as questões socioeconômicas das etnias, buscando dar oportunidades para os negros. Não se prejudica os brancos pobres e sim os brancos ricos. Claro que sempre vão existir as exceções, pois sistema algum é perfeito.
As exceções, no caso das cotas, são os casos de negros realmente necessitados entrarem e terem um bom desempenho acadêmico. A regra é diminuição do desempenho acadêmico como um todo, benefício dos negros mais ricos, em detrimendo dos brancos mais pobres. Uma minoria não necessitada se dando bem às custas de uma maioria realmente necessitada, mas fora dos padrões raciais projetados como ideais para o país.
Isso ignora totalmente as questões sociais. Um negro rico já tem sua vaga garantida devido as suas condições socioeconômicas. O branco pobre não perde a vaga para um negro rico, segundo os dados estatísticos. Por isso digo que seria uma variação estatística esses casos e não o quadro geral.
Não tem, por definição, num sistema de cotas, como adiantar quem está atrás sem prejudicar quem está na frente. Não tem como o cotista entrar apesar da avaliação inferior, ocupando uma vaga que poderia ser de quem teve um resultado melhor.
O que vejo de errado nessa avaliação é a percepção individual ao invés da social.
A sociedade é composta de indivíduos. Os perdas das cotas não se restringem as perdas individuais dos mais qualificados que são excluídos por não serem da raça certa, mas afetam toda a sociedade, prejudicando até mesmo os negros.
O que prejudiza os negros e toda a sociedade é achar que é natural os brancos serem mais capazes e mais aptos ao vestibular e que a melhor atuação dos negros em setores de pouca relevância social justificar isso.
A preocupação recai em alguém que supostamente perde a vaga
Alguém que, seria mais qualificado, que teria malhor aproveitamento acadêmico em vez de fazer figuração na faculdade em nome de uma igualdade multiétnica, beneficiando não só a si mesmo, mas a sociedade como um todo, chegando até mesmo aos setores menos favorecidos.
Esses alguéns são os brancos, favorecidos por questões históricas e socioeconômicas comprovadas empiricamente.
Eu não vejo como ter pessoas de diferentes cores na faculdade compense esse tipo de perda para a sociedade toda.
Compensa por ser falsa a idéia de que o vestibular avalia apenas o mérido individual. Tanto que as cotas são medidas paliativas, e com a melhoria do ensino público se tornariam obsoletas, devido a proporcionalidade étnica de aproveitamento.
Não são apenas os negros que estão em más condições. Nem os negros são a maioria dos em más condições (simplesmente por serem uma minoria, e pela maioria da população ser pobre, não podem ser a maioria).
São os negros em sua maioria sim.
Os negros em sua maioria, ou seja, a maioria dos negros. Mas não é a maioria do total de pessoas em más condições, que é negra.
É sim, de onde tira que não é a maioria? Não conhece os dados empíricos? Que afirmação absurda e totalmente desconexa da realidade.

Lembre-se de consultar os dados e os critérios de classificação. Além da maioria absoluta a maioria proporcional é muito maior ainda.
Não adianta ficar tentando encotrar uma suposta igualdade de condições das etnias.
Não foi meu objetivo, não estou afirmando que haja homogeneidade racial entre os estratos sociais. Estou apenas lembrando que como brancos e mestiços claros compõem a maioria da população, esses também são a maioria entre os mais necessitados, mesmo que a maioria dos negros seja mais necessitada.
Os pardos, que seriam os mestiços, fazem parte da contagem dos negros. E mesmo os pardos estão em condição muito pior do que os brancos, mesmo não sendo tão ruim quanto a dos negros. Tanto que as análises e conclusões estatísticas que mencionam negros consideram os brancos e pardos. Apesar dos brancos serem a maioria da população são a minoria dos pobre, porém a maioria dos ricos.
E eles não estão em más condições por serem negros, nem por algo intrínseco a ser negro, nem por uma sociedade racista que mantém propositalmente os negros na pobreza. Daí simplesmente não importam os critérios raciais para essa questão que é a causa de tudo.
Os motivos acho que já discutimos em outros tópicos, são a escravidão e o preconceito e discriminação racial. Por isso os negros são mais pobres e não o contrário. A pobreza é causada pelo racismo e pela escravidão. Não é a pobreza que causa o racismo. Para além da discriminação social que existe em larga escala em nosso país, a discriminação racial existe e com problemas acumulados há séculos.
Enquanto eu admito que a escravidão tenha mesmo causado a maior parte da pobrez, não sei se o mesmo pode ser dito do racismo, se há dados para comprovar isso. Geralmente é assumido que a disparidade se deve à discriminação, o que é demonstradamente falso.
A escravidão é tida como uma forma de racismo, principalmente quanto motivada e justificada como teorias racistas "científicas", com grande influencia na atitude de um povo politicamente e economicamente liberal, mas que obriga de forma violenta o trabalho de outra etnia. Não só é uma forma de racismo como também uma situação muito pior que a discriminação e preconceito que permaneceram até hoje, apesar de amenizados, em nossa sociedade.
As cotas, de qualquer forma, não amenizam qualquer discriminação existente, mas a aumentam ou criam, na medida em que as credenciais dos negros ficam sob suspeita, devido aos critérios inferiores de admissão (afetando mesmo aos eventuais negros não-cotistas), e aumenta o seu estigma, já que proporcionalmente, são mais reprovados.
A discriminação existente é a desigualdade socioeconômica. E não existe critério inferior de avaliação, isso é uma falácia, apenas não se admitem os melhores classificados no vestibular sem a relevância sócio-racial. É uma mudança de critério em que permanece o processo vestibular para aferir a capacidade do aluno cursar a universidade.
O estigma errado é a reprovação no vestibular, pelos motivos socioeconômicos. É importante não deixar esse fator de lado, embora esteja com dados errados sobre isso, facilmente perceptível pela sua postagem que surege uma igualdade socio-racial e considerando por isso sem influencia na formação educacional.
Não é ad hominem patético. Repetidas vezes foram explicados vários argumentos, mas você continua com suas deduções psicanalíticas de que na verdade o que se quer é impedir que os negros ganhem as vagas e sucesso que deveriam ser dos brancos, ou que admitimos que as diferenças tem a ver com inferioridade racial. Esses são ad hominem, tentam desqualificar os argumentos contra as cotas como racistas se são dos brancos, ou elitistas, se são de negros.
Continua não sendo ad hominem, e o seu post confirma isso. Quer manter a "qualidade" da universidade, que é criada socialmente pela melhor qualificação de uma etnia por motivos socioeconômicos. Como se o que mais importasse fosse essa situação excludente e não a democracia multiétnica.
Ao dizer que existe igualdade de condições para brancos e negros na universidade considera que os negros individualmente tem menor capacidade que os brancos, o que levando ao grupo, indica que estes são inferiores intectualmente. A explicação óbvia é a socioeconômica, mas desconsiderar isso é insinuar alguam teve racionalista ou simplesmente evocar o acaso para uma tamanha desproporcionalidade de ingresso entre as etnias.
Não tem nada de psicanalitico, é apenas o exposto em seus post. É a minha conclusão acerca desses argumentos.
Quero muito que a economia nacional e mundial melhorem, que as pessoas todas, de todas cores, sexos e etcs vivam decentemente.
Ficar esperando um mundo mais justo através do puro desenvolvimento econômico não é algo que sou favorável. A curva de desigualdade pode decair mais rápido através de ações afirmativas, no meu entendimento.
A história mostra um padrão contrário. A ascenção sócio-econômia bem maior antes das cotas, e negligênciável após ela. E mesmo o que houve após, não pode ser atribuído a elas.
Não existem dados que comprovam isso.
Essa é a hipósete em que aposta. Eu diria que a situação vai melhorar.
Mesmo que melhorasse (o que é dificultado com a implementação das cotas e as perdas causadas). Não acho justo que se "troque" artificialmente, independentemente do preparo, as pessoas de posição de acordo com raças.
Não é de acordo com as raças, é devido a critérios socioeconômicos que privilegiam uma etnia. É apenas compensatório. Perca grande é a manutenção desse quadro de desigualdade sócio-racial. Não fazer nada é cruzar os braços para um problema real. O governo tem o dever de tomar uma atitude.
O ideal é progresso verdadeiro, natural (que se mostrou mais rápido do que as cotas), não simplesmente trocas de cores das pessoas, ou de pessoas com as cores certas ou erradas, em prol de uma homogeneidade racial, atrasando o progresso verdadeiro de todos.
Falácia do escocês. Não existe verdadeiro progresso, nem natura. E não confunda entia e descendencia com cor, isso é um espantalho.
Se mudassem por flutuações mais ou menos ao acaso, isso ainda seria algo natural, acho que ninguém teria nada contra. Eu não teria. Só racistas mesmo teriam. Mas é ridículo e enojante que fosse algo que privilegiasse uma raça em prol de uma pseudo-igualdade racial.
Algo natural não existe. Nem mesmo o capitalismo é natural.
Por "natural", eu quero dizer, uma mudança que não é artificialmente favorecida, que não ocorre através de práticas de discriminação racial.
Não é uma favorecimento artificial, e sim natural, compensatório, em virtude de um atrazo também "natural", promovido pela sociedade humana. A discriminação é positiva como o nome diz.
Existem negros ricos, ou em condições de vida boas, fora da pobreza.
A proporção de negros nessa condição em relação aos brancos é muito pequena. E preste atenção que estou falando de proporção.
Imediatamente depois da abolição da escravidão, não haviam negros ricos. Eles conquistaram tudo que conquistaram por capacidades próprias, por esforço e dedicação, não por esmolas/cotas.
Mas estão em muita desvantagem ainda em relação ao brancos. Por isso a necessidade de ações afirmativas. Caso fosse mesmo igual, então seria inútil.
Isso é o que chamo de "natural", enquanto que colocar pessoas por critários raciais, independentemente da qualificação seria artificial.
A abolição foi então um processo natural? Somente depois desse ato político é que os negros tiveram a liberdade formal. Atualmente a políticas das ações afirmativas atuam para a atenuação da exclusão socioeconômica. Os escravos foram largados no mundo e por isso são tres vezes mais pobres. Se atenha a estes dados de desigualdade sócio-racial.
Mas o resultado pelo critério antigo é o de segregação racial. O que torna os brancos donos das vagas devido a superioridade socioeconômica. Portanto, esqueça o critério antigo como sendo justo.
Segregação não é sinônimo de disparidade.
É sim, é manter separados. Manter os negros foras e excluídos da universidade por um motivo de "qualidade" acadêmica é muito injusto.
É tão justo quanto a predominância negra e mestiça nos esportes. É devida as capacidades "reais", não é discriminação. Os brancos, asiáticos e índios, não simplesmente tiveram históricos para desenvolver o mesmo talento nesses esportes. Eles não precisam ser enfiados lá, trocado por uns negros e escuros mais preparados, só porque a vida foi injusta nesse aspecto.
Eu diria que os esportes comportam desigualdades biológicas entre as etnias, não sendo também explicados só por esse motivo. Mas diferenças de qualidade cerebral entres as etnias não foram constatadas para além das questões sócioeconômicas. E isso é o que manda nas universidades.
Sem medidas artificiais prevenindo qualquer coisa, mais brancos conquistariam a maioria das vagas por seus resultados que negros; primeiro por serem a maioria,
Não são maioria e nem conseguem as vagas de forma proporcional. Conseguem muito mais vagas proporcionalmente do que pretos e pardos.
Os brancos são sim maioria. O CIA factbook dá como 52%, se não me engano, e acho que uns 48% segundo a wikipédia; ainda há os mestiços claros, sendo que no total, os mestiços são mais de 40%, daí no mínimo o total de "socialmente brancos" compõe a maioria (mais de 50% da população).
Exatamente, são pouco mais de metadade da população. Agora falta você acompanhar os outros dados e verificar como é gigantesca a desproporção nos setores relevantes da sociedade.
A desproporção das vagas não se deve à discriminação, seria discriminação se fosse constatado que dentre os brancos e negros com iguais resultados, os brancos mesmo assim se dão desproporcionalmente melhor (ainda que possam estar, provavelmente estejam, "se dando melhor" em números absolutos, mas simplesmente porque são a maioria).
Não é uma discriminação dos avaliadores do vestibular, mas sim da sociedade, sendo que a universidade faz parte dessa, portanto responsável também pelos rumos que a sociedade toma.
Está realmente confundindo os dados estatísticos. Os brancos são 53% da população, e estão numa proporção muito maior nas universidades. O que vale mesmo é a proporção e é dessa a qual me refiro e as estatísticas também.
O meu ponto todo era apenas lembrar que, não são os negros discriminados, segregados para fora das universidade, por serem negros. As pessoas são simplesmente admitidas ou não de acordo com o preparo. Isso resulta numa maioria (absoluta, não proporcional) de brancos desqualificados, bem como talvez a maioria dos candidatos negros.
Se fosse discriminação racial, não se esperaria encontrar negro algum praticamente, porque sobram brancos que poderiam entrar no lugar deles por discriminação, entrar apeasar dos resultados melhores de alguns negros nos testes.
Não acredito também numa discriminação durante a correção das provas, nem defendo isso.
O que ocorre é simplesmente avaliação de preparo, uma avaliação na qual a cor da pele ou origem étnica simplesmente não conta, e não se ajuda a ninguém ao tentar tornar a avaliação "justa" para diferentes históricos individuais que tiveram menos preparo, mesmo sendo essa a intenção.
A origem étnica conta muito sim. Um descendente de escravo vivendo num país preconceituoso não tem o mesmo desempenho dos brancos que sempre foram cidadões livres.
Prejudica-se a imagem e credibilidade acadêmica/profissional das pessoas favorecidas pelas cotas, sua dignidade, se favorece uma minoria (negros ou outras raças favorecidas pelas cotas que sejam ricos), em detrimento de uma maioria (brancos e mestiços insuficientemente escuros, que compõem a maioria (em números absolutos) mesmo entre os pobres, simplesmente por serem a maioria da população total.
Dignidade é cursar a universidade através das cotas sim. É saber que a falta de preparo não é culpa do indivíduo e sim de motivos externos e que estão sendo corrigidos. É saber que a situação está mudando e é muito melhor ser chacota dos preconceituosos por um desempenho mediano na universidade do que o velho discurso que diria que este indivíduo não entrou na universidadade por não ter mérito individual. Ele analiza a sua vida e percebe que as suas condições são bem diferentes daqueles que se dizem donos de um mérido individual. Percebe que a meritocracia é um discurso de justificação dos privilegiados.
Se não existissem as diferenças de fenóticos e culturais, pois essas contam também, penso que estariamos num país mais desenvolvido. Não penso que seria igual, pois o racismo deixou graves problemas socias e conseguentemente econômicos, com a exclusão e abandono social de uma etnia.
A diversidade ou homogeneidade racial ou étnicas não tem impacto causal direto quanto ao desenvolvimento, existem sempre outras causas relacionadas comprometendo a coisa toda, como racismo e cotas. Lugares étnicamente homogêneos simplesmente não tem esses problemas, mas não necessariamente também são mais avançados apenas por isso.
A africa tem problemas e os asiáticos estão muito bem. Os descendentes de africanos estão em situações piores e os descendentes de asiáticos estão em situações melhores. Tem uma grande influência a etnia e por isso a adoção de mais esse critério.
Mas o meu ponto todo foi ilustrar, de um ponto de vista que não vê diferenças entre as pessoas, o absurdo que seriam as cotas raciais, transferidas para uma situação na qual não se considera a existência das raças. São "cotas para os que não estão tão preparados assim para a faculdade", em detrimento dos melhor preparados.
Como disse acima, o preparo é mais uma questão cultural do que de igualdade entre as pessoas. A diferença é explicada em parte pela etnica, pela sua descendência. Não é nada biologicamente, mas a cultura tem uma grande influência no indivíduo.
Eu não vejo como relevante as etnias das pessoas melhor ou pior preparadas desde que a avaliação seja precisa, pertinente ao curso, de forma similar que não vejo problema nas disparidades raciais onde as minorias levam vantagem, como esportes e entretenimento. Simplesmente estão melhor preparados. Mesmo havendo uma maioria dentre os brancos pobres que se pudesse dizer que estão mal representados dentro das áreas onde os negros e mestiços escuros são as "elites dominantes".
Não faz sentido comparar esportes com universidades, o primeiro é irrelevante e o segundo é primordial e de maior importância para qualquer etnia.