Autor Tópico: Porque não preciso agir eticamente frente à morte de animais.  (Lida 39154 vezes)

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Offline Adriano

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Re: Porque não preciso agir eticamente frente à morte de animais.
« Resposta #325 Online: 16 de Dezembro de 2007, 21:35:27 »
Citação de: Adriano
Citação de: JCatino
Certo, só de 10 mi de anos depois sucumbe com os outros colossos. Era o mais evoluído mesmo ? Por que não sobreviveu ?
Não sei se eram os mais evoluídos. Fui induzido pela cultura popular, como disse na resposta.

Okey, escolha outro então. Votaria pelo mais evoluído como sendo o megatério ? Ou quem sabe um esquilo, ou um parente do musaranho ?

Digamos o megatério. Bom, sumiu. Deixou descendentes ? Sim, menores e com um raio de atuação bastante modesto.

Beleza, então o musaranho. Espera aí... o que teria de mais evoluído um musaranho ?

Aí é que está, Adriano. Não existe 'mais evoluído'. Você pode estar perfeitamente adaptado ao ambiente. De repente o ambiente muda, e babau, não é mais o melhor adaptado. Talvez desapareça.
A extinção dos dinossauros foi devido a um fator externo ao ecossistema, não sendo relacionado a fatores evolutivos. Através de um maior estudo sobre os dinossauros é possível verificar dentro do ecossistema da época a espécie com maior nível de complexidade. Mas isso não com base na cultura popular, mas sim com conhecimento científico.

Uma fenômeno distindo e que configura uma excessão nos processos evolutivos na terra não significa que a auto-organização mais rumo a maior complexidade seja um fator inerente a evolução das espécies, a base das adaptações que configuram a seleção natural.

Tudo bem, precisa rever suas fontes sobre dinossauros. Mas, honestmente, precisa ler mais sobre biologia antes de fazer as afirmações que fez. O que você pensa é cultura popular, e não o culpo. 
Não confunda os meus conhecimento sobre os dinossauros com meus conhecimentos sobre evolução. Uma coisa não tem nada a ver com a outra. A dinâmica evolutiva é aplicada ao ecossistema da época dos dinossauros, assim como na nossa época.

Mas, repetindo: não há espécie 'mais evoluída'. No máximo, há espécies adaptadas a um ambientes então adaptadas.
Ad nauseam. Não apresentou nenhum argumento novo nesse tópico para sustentar essar afirmação. Apenas demonstrou que tem um conhecimento maior sobre dinossauros do que eu, mas nada relevante para a distussão, já que a analogia foi descabida, já que a extinção em massa, devido a destruição do ecossistema não tem nada a ver com os processos evolutivos que ocorrem num ecossistema.

Sim, estou tentando convencê-lo porque acho-o inteligente o suficiente para isso.

Suficientemente inteligente para isso? A idéia de que não existe diferenças evolutivas entre as espécies atuais e que o homem está equiparado nesse aspecto?

Citação de: Adriano
Existe a noção de auto-organização, que explica a complexidade maior de certos organismos. As estruturas fisiológicas das espécies permitem essa diferenciação e hierarquização. Dentre a estrutura fisiológica humana,  destaca-se a estrutura neuronal do nosso cérebro.

Enquanto grande parte dos seres vivos se adapta através de modificações morfológicas, uma outra parte se destaca com as modificações no sistema nervoso. São distinções fisiológicas importantes, que são estudadas pela anatomia comparada.

Okey, então os nossos dois ETs vão dar um rolé rápido pela galáxia. Viajam à velocidade da luz, é claro, e quando voltam, passaram-se 70 mi. Descobrem que um parente do esquilo foi crescendo, evoluindo,se adaptando e paf!, tem cérebro. Caraca ! O musaranho ganhou memes ! :)
Não. Os sobrevimentes da éra dos dinossauros evoluição e se mantem em nossa época. Assim como nós, somos descendentes de alguma espécie daquela época. Um fenômeno evolutivo.

Enfim, eles viajaram muito, mas ainda são 'adrianísticos'. Então dizem "o mais evoluído agora é o homo sapiens, é claro, ele até prepara papinha pro neném num microondas !
A sua referência ao meu nome já se tornou ofensiva e não estou gostando nada disso. Mantenha o respeito comigo e faça argumentações sérias. Essas brincadeiras de mau gosto são contra as regras. O ambiente deve ser harmonioso e não com escárnios desagradáveis. E como é subjetiva essa avaliação estou lhe esternando e pedindo a sua compreensão.  :ok:

Okey, só que eles recebem uma  bipda e lá se vão. Voltam 10 mi depois (rapidinho).

Tudo mudou. Houve uma guerra atômica, os poucos humanos que sobreviveram se mataram entre eles ou não sobreviveram no mundo devastado.

Mas espera aí, um parente das baratas (blatídeos, quem diria!) desenvolveram umas pinças maneiríssimas e uma fome bestial.

Pronto, as baratas. Agora sim, são as mais evoluídas. Aliás, não há muito mais, hehehe... talvez um parente dos polvos, 35 mi de anos depois, um dia investigue tudo isso e saiba que uns parentes do esquilo,...
Está supondo uma extinção em massa, semelhante com a que ocorreu na época dos dinossauros. Mas com a diferença que a causa seja a espécie humana. Mas isso é especulação, o maior perigo disso ocorrer já passou que foi a guerra fria. Mas isso entra em outra área, na de relações internacionais.
Princípio da descrença.        Nem o idealismo de Goswami e nem o relativismo de Vieira. Realismo monista.

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Re: Porque não preciso agir eticamente frente à morte de animais.
« Resposta #326 Online: 16 de Dezembro de 2007, 21:48:14 »
A extinção dos dinossauros se deu por uma repentina mudança climática à qual a maioria das espécies não conseguiu se adaptar.

Eu estou dando exemplos de evolução para lhe demonstrar que evolução não é sinônimo de algo melhor, e sim adaptado. Adaptado a certa circunstância, que por sua vez exclui outra. Então, evoução é relativa ao ambiente. Bingo. Entendeu ambiente agora ?

Os meus ETs 'adrianísticos' foi uma especulação para exemplificar um ser que pensa que há espécies mais evoluídas, e estou lhe demonstrando a contradição nisso. Não precisa saber sobre dinossauros, nem precisa entender como ofensa -a menos que se sinta ofendido de pensar como pensa.

Se o ofendi, eu peço desculpas. Foi uma forma rápida de me expressar sem querer ofender. Podemos também imaginar ETs julianísticos se quiser :)

Você tocou num ponto interessante: na verdade há espécies de esquilos descendentes dos esquilos daquela época, ... mas naquela época não havia esquilos, foi uma redução minha. Achei que tinha fica claro com 'antepassados dos esquilos'. Mas em todo caso, eles estão aí -aliás, assim como as formigas. Então, formigas suportaram as mudanças da radiação (no meu exemplo da guerra atômica provavelmente também sobreviveriam), da escassez de alimentos, do frio das glaciações... passaram por tudo isso pelos últimos 200 mi. chutando baixo. Então, por quê seriamos 'mais evoluidos' que os esquilos ?

Você, como disse dias atrás, precisa determinar por quais parâmetros 'mede' a evolução. Não é taxonomia, taxonomia é uma classificação parental, não hierárquica, pois rosas, violetas e humanos temos parentes diferentes e estórias evolutivas bem diversas. Mas você não aceitou o argumento, e não propôs outra forma de medir o 'nível' de evolução que não seja ... sei lá, a consciência ? O problema é que lhe demonstro com exemplos que ter ou não consciência é irrelevante para a evolução, mas até agora... nada...

Uma extinção em massa é uma extinção em massa. Pode supor a queda de um meteorito assim como dinossauros. O meu exemplo foi sobre guerra atômica para demonstrar uma mudança repentina do clima que nos pegue desprevenidos.
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Re: Porque não preciso agir eticamente frente à morte de animais.
« Resposta #327 Online: 16 de Dezembro de 2007, 21:55:35 »
Adriano, realmente não há, em biologia, o uso do termo "mais evoluído".

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Re: Porque não preciso agir eticamente frente à morte de animais.
« Resposta #328 Online: 16 de Dezembro de 2007, 21:57:15 »
(Ufa!) :)

Um dia vou terminar aquele conto, diabos...
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Re: Porque não preciso agir eticamente frente à morte de animais.
« Resposta #329 Online: 16 de Dezembro de 2007, 21:59:34 »
Diz também para ele que não há 'acontecimentos externos' ao ambiente ! Tudo é externo !

Ah ! Não esquece da cladística não ser baseada numa hierarquia 'de cima para baixo' e sim ser como uma árvore genealógica, onde há vários ramos, todos eles com descendentes evoluídos, vivinhos da silva e adaptadinhos cada um às suas necessidades !

Ah! Pode comentar também sobre os peixes abissais terem perdido a visão e não serem menos evoluídos por causa disso ...

Fala, papai fresco ! :P
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Re: Porque não preciso agir eticamente frente à morte de animais.
« Resposta #330 Online: 16 de Dezembro de 2007, 22:00:23 »
Que fique claro que não é uma questão de argumento de autoridade. É que nós realmente não nos referimos assim. Em nenhum livro-texto de evolução atual há tal afirmação.

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Re: Porque não preciso agir eticamente frente à morte de animais.
« Resposta #331 Online: 16 de Dezembro de 2007, 22:02:13 »
Diz também para ele que não há 'acontecimentos externos' ao ambiente ! Tudo é externo !

Ah ! Não esquece da cladística não ser baseada numa hierarquia 'de cima para baixo' e sim ser como uma árvore genealógica, onde há vários ramos, todos eles com descendentes evoluídos, vivinhos da silva e adaptadinhos cada um às suas necessidades !

Ah! Pode comentar também sobre os peixes abissais terem perdido a visão e não serem menos evoluídos por causa disso ...

Fala, papai fresco ! :P

Tem também alguns tripanossomatídeos parasitas, que perderam enzimas do ciclo da uréia... nem por isso são menos evoluídos por serem menos complexos, são, inclusive mais recentes que muitos outros membros da família...

Evolução não é progresso!!!

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Re: Porque não preciso agir eticamente frente à morte de animais.
« Resposta #332 Online: 16 de Dezembro de 2007, 22:12:59 »
E tem o homem, que perdeu a capacidade de sintetizar o ácido ascórbico.  :lol:



Adriano: Você já ouviu falar em "figura de mérito"? É um conceito bem caro aos engenheiros.
Trata-se de um número, uma grandeza artificial criada para permitir comparações entre sistemas
definidos por muitos parâmetros.

Com um exemplo fica mais claro: diagmos que você queira comprar um carro. Existem vários modelos
diferentes, e você quer um que melhor se adeqüe às suas necessidades. Eles têm potências, tamanhos
volumes e preços diferentes, e você quer escolher o "melhor". Só que você não pode simplesmente
comparar esses carros usando um único parâmetro. Alguns carros são baratos, mas pequenos demais
para o seu gosto. Ou são espaçosos, mas muito caros. Uma forma de ajudá-lo a escolher é criando
uma grandeza artificial - a figura de mérito. Você poderia usar uma fórmula do tipo:

(Volume + Potência) / Preço,

ou, se você valoriza mais a potência que o espaço interno:

(Volume + c*Potência) / Preço,

onde c é um número qualquer maior que 1.

Enfim, a fórmula vai depender das suas necessidades. O importante é que agora você vai ter um
número, para poder descobrir qual modelo de carro é o "melhor" - para você!

Tudo isso é só para enfatizar que é impossível criar uma hierarquia de sistemas descritos por mais
de um parâmetro
. Isso não é um argumento lógico. É uma constatação. Elementar. Eu mesmo tive
que lidar com isso recentemente, ao tentar enfiar na cabeça de meus estudantes que não existe um
número complexo maior que outro (para quem não sabe, números complexos têm duas partes: a parte
real e a parte imaginária).

A sua crença numa superioridade intrínseca do homem vai de encontro a esse fato elementar.
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Alan Watts

Offline Adriano

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Re: Porque não preciso agir eticamente frente à morte de animais.
« Resposta #333 Online: 16 de Dezembro de 2007, 22:17:47 »
Estou usando o critério de auto-organização e complexidade dos organismos, que são variações relativas as adaptações dos organismos ao meio, o que caracteriza a seleção natural, um dos principais mecanismos evolutivos.

Sendo assim, seres mais evoluidos são os que apresentam uma fisiologia mais complexa, perfeitamente descritos pela anatomia e anatomia comparada, que juntamente com a cladística, baseada na árvore filogenética, que faz a classificação através da hierarquia evolutiva.

Os reinos já são separados conforme essa complexidade dos seres, desde os mais simples e unicelulares, passando pelos vegetais e chegando aos animais. É baseado numa hierarquia evolutiva.

Citar
Entendeu-se então que os grupos naturais de organismos eram simplesmente reflexo de relações evolutivas. As classificações passaram a ser vistas como representações da história evolutiva e avaliadas de acordo com seu sucesso em representar essa história. Aqui, causas e efeitos se misturam, pois para o próprio Darwin a existência de padrões taxonômicos era uma das principais evidências da evolução. Para ele, a hierarquia dos seres vivos só poderia ter sido tão bem definida se fosse resultado de um processo histórico de descendência com modificação - isto é, evolução. Essa nova visão dos princípios evolutivos subjacentes na sistemática e taxonomia consolidou-se, sobretudo, com os trabalhos do zoólogo alemão Ernst Haeckel (1834-1919) na segunda metade do século 19 e início do 20. Haeckel estabeleceu as bases do pensamento evolutivo na morfologia. Foi figura de enorme influência no pensamento de sua época e o principal "popularizador" de Darwin de sua geração.

../forum/topic=14060.225.html#msg270913

http://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/biologia/bio16c.htm
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Re: Porque não preciso agir eticamente frente à morte de animais.
« Resposta #334 Online: 16 de Dezembro de 2007, 22:23:18 »
Estou usando o critério de auto-organização e complexidade dos organismos, que são variações relativas as adaptações dos organismos ao meio, o que caracteriza a seleção natural, um dos principais mecanismos evolutivos.

Sendo assim, seres mais evoluidos são os que apresentam uma fisiologia mais complexa, perfeitamente descritos pela anatomia e anatomia comparada, que juntamente com a cladística, baseada na árvore filogenética, que faz a classificação através da hierarquia evolutiva.

Os reinos já são separados conforme essa complexidade dos seres, desde os mais simples e unicelulares, passando pelos vegetais e chegando aos animais. É baseado numa hierarquia evolutiva.

Citar
Entendeu-se então que os grupos naturais de organismos eram simplesmente reflexo de relações evolutivas. As classificações passaram a ser vistas como representações da história evolutiva e avaliadas de acordo com seu sucesso em representar essa história. Aqui, causas e efeitos se misturam, pois para o próprio Darwin a existência de padrões taxonômicos era uma das principais evidências da evolução. Para ele, a hierarquia dos seres vivos só poderia ter sido tão bem definida se fosse resultado de um processo histórico de descendência com modificação - isto é, evolução. Essa nova visão dos princípios evolutivos subjacentes na sistemática e taxonomia consolidou-se, sobretudo, com os trabalhos do zoólogo alemão Ernst Haeckel (1834-1919) na segunda metade do século 19 e início do 20. Haeckel estabeleceu as bases do pensamento evolutivo na morfologia. Foi figura de enorme influência no pensamento de sua época e o principal "popularizador" de Darwin de sua geração.

../forum/topic=14060.225.html#msg270913

http://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/biologia/bio16c.htm


Blz. Você leu em algum lugar aí o termo "mais evoluído" que você está citando? A frase que você cita não corrobora sua colocação.

A cladística leva em consideração a descendência com modificações, não usa critérios de complexidade.

Além dos exemplos já citados, dos organismos cegos de cavernas, há muitos outros casos em que a complexidade diminuiu, mas não significa que o organismo é menos evoluído. Não há este termo em biologia.

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Re: Porque não preciso agir eticamente frente à morte de animais.
« Resposta #335 Online: 16 de Dezembro de 2007, 22:35:04 »
Estou usando o critério de auto-organização e complexidade dos organismos, que são variações relativas as adaptações dos organismos ao meio, o que caracteriza a seleção natural, um dos principais mecanismos evolutivos.
Ok, me diga como se mede a complexidade? Saiba que existe muita gente debatendo como se definir tal
parâmetro. Existem animais com o cérebro maior que o do homem. Eles seriam mais complexos? Existem
plantas que "dialogam" quimicamente com suas vizinhas, coisa que não conseguimos fazer. Seriam elas mais
complexas? O estômago dos ruminantes é maior e... mais complexo do que o nosso.  Alguns pássaros
conseguem ver no ultravioleta. Seriam eles mais complexos?

Sendo assim, seres mais evoluidos são os que apresentam uma fisiologia mais complexa, perfeitamente descritos pela anatomia e anatomia comparada, que juntamente com a cladística, baseada na árvore filogenética, que faz a classificação através da hierarquia evolutiva.

Cara, você está se referindo a um instrumento, um método de classificação e propondo que ele tenha algum
valor intrínseco! É como pensar que sempre faz mais calor nos EUA porque lá se usa a escala Farhenheit.

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Re: Porque não preciso agir eticamente frente à morte de animais.
« Resposta #336 Online: 16 de Dezembro de 2007, 22:42:20 »
Estou usando o critério de auto-organização e complexidade dos organismos, que são variações relativas as adaptações dos organismos ao meio, o que caracteriza a seleção natural, um dos principais mecanismos evolutivos.

Sendo assim, seres mais evoluidos são os que apresentam uma fisiologia mais complexa, perfeitamente descritos pela anatomia e anatomia comparada, que juntamente com a cladística, baseada na árvore filogenética, que faz a classificação através da hierarquia evolutiva.

Os reinos já são separados conforme essa complexidade dos seres, desde os mais simples e unicelulares, passando pelos vegetais e chegando aos animais. É baseado numa hierarquia evolutiva.

Citar
Entendeu-se então que os grupos naturais de organismos eram simplesmente reflexo de relações evolutivas. As classificações passaram a ser vistas como representações da história evolutiva e avaliadas de acordo com seu sucesso em representar essa história. Aqui, causas e efeitos se misturam, pois para o próprio Darwin a existência de padrões taxonômicos era uma das principais evidências da evolução. Para ele, a hierarquia dos seres vivos só poderia ter sido tão bem definida se fosse resultado de um processo histórico de descendência com modificação - isto é, evolução. Essa nova visão dos princípios evolutivos subjacentes na sistemática e taxonomia consolidou-se, sobretudo, com os trabalhos do zoólogo alemão Ernst Haeckel (1834-1919) na segunda metade do século 19 e início do 20. Haeckel estabeleceu as bases do pensamento evolutivo na morfologia. Foi figura de enorme influência no pensamento de sua época e o principal "popularizador" de Darwin de sua geração.

../forum/topic=14060.225.html#msg270913

http://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/biologia/bio16c.htm


Blz. Você leu em algum lugar aí o termo "mais evoluído" que você está citando? A frase que você cita não corrobora sua colocação.
Não se usa o termo "mais evoluido" mesmo, existe uma grande preocupação com isso desde Darvim, para uma maior imparcialidade. Porém o termo hierarquia evolutiva existe, e demonstra na árvore filogenética um avanço das características fisiológicas das espécies.

A cladística leva em consideração a descendência com modificações, não usa critérios de complexidade.
A cladística ao considerar a árvore filogenética, obrigatóriamente classifica os organismos de acordo com as características evolutivas primárias, que ocorre desde a divisão em reino até a divisão em espécie. Por isso é chamada de classificação hierárquica dos seres vivos.

Além dos exemplos já citados, dos organismos cegos de cavernas, há muitos outros casos em que a complexidade diminuiu, mas não significa que o organismo é menos evoluído. Não há este termo em biologia.
Não se usa mesmo, é uma questão semântica e um uso equivocado da terminologia biológica. Há até informações sobre os questionamentos sobre o uso da palavra evolução para o processo de seleção natural por Darwin.

Então fico com o termo auto-organização, referente a complexidade fisiológica dos organismos. É a terminologia que melhor se enquadra da diferenciação de características adaptativas entre as espécies.
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Re: Porque não preciso agir eticamente frente à morte de animais.
« Resposta #337 Online: 16 de Dezembro de 2007, 22:52:02 »
Novamente: complexidade não significa estar melhor adaptado.
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Re: Porque não preciso agir eticamente frente à morte de animais.
« Resposta #338 Online: 16 de Dezembro de 2007, 22:53:59 »
Adriano: defina complexidade fisiológica.

Um animal que possui visão no ultravioleta seria mais complexo do que um que não a possui?
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Re: Porque não preciso agir eticamente frente à morte de animais.
« Resposta #339 Online: 16 de Dezembro de 2007, 22:56:48 »
Estou usando o critério de auto-organização e complexidade dos organismos, que são variações relativas as adaptações dos organismos ao meio, o que caracteriza a seleção natural, um dos principais mecanismos evolutivos.
Ok, me diga como se mede a complexidade? Saiba que existe muita gente debatendo como se definir tal
parâmetro. Existem animais com o cérebro maior que o do homem. Eles seriam mais complexos? Existem
plantas que "dialogam" quimicamente com suas vizinhas, coisa que não conseguimos fazer. Seriam elas mais
complexas? O estômago dos ruminantes é maior e... mais complexo do que o nosso.  Alguns pássaros
conseguem ver no ultravioleta. Seriam eles mais complexos?
A nossa complexidade vem da nossa fisiologia cerebral, com uma rede neuronal mais complexa, e com influências biológicas para a socialização, com uma cultura extremamente avançada. Assim, as espécies mais complexas são as que possuem as sociedades mais complexas. O sistema de comunicação humano, a linguagem, é de uma complexidade única na natureza. A estruturação das diversas linguas e idiomas é resultado de nossa complexa rede neuronal.

Os primatas são as espécies mais complexas, as mais assemelhadas aos homens, e por isso em conjunto somos a ordem dos seres vivos mais complexa. A comunicação entre os primatas é bem evoluida, com o desenvolvimento das relações afetivas e parentais.

Sendo assim, seres mais evoluidos são os que apresentam uma fisiologia mais complexa, perfeitamente descritos pela anatomia e anatomia comparada, que juntamente com a cladística, baseada na árvore filogenética, que faz a classificação através da hierarquia evolutiva.

Cara, você está se referindo a um instrumento, um método de classificação e propondo que ele tenha algum
valor intrínseco! É como pensar que sempre faz mais calor nos EUA porque lá se usa a escala Farhenheit.
A sua comparação é sobre dois métodos distintos de medição da temperatura, porém podem ser convertidos através de um cálculo simples.

A cladistica é o principal método da sistemática, que se utiliza das características evolutivas para a classificação dos organismos. Já que clado é um grupo originado de um ancestral comum.
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Re: Porque não preciso agir eticamente frente à morte de animais.
« Resposta #340 Online: 16 de Dezembro de 2007, 23:02:34 »
Citar
Assim, as espécies mais complexas são as que possuem as sociedades mais complexas.

Para mim é um non sequitur, mas já que pensa assim, se um felino fosse tão inteligente quanto nós (ou tivesse um cérebro como o nosso) e continuasse tendo o seu comportamento conhecido, ... não seria 'mais evoluído' só por isso ?

Citar
O sistema de comunicação humano, a linguagem, é de uma complexidade única na natureza.

Primeiro: existem linguagens não-humanas.
Segundo: não me atreveria a dizer que a linguagem entre polvos ou golfinhos ou baleias ou elefantes é mais ou menos complexa do que a humana.
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Re: Porque não preciso agir eticamente frente à morte de animais.
« Resposta #341 Online: 16 de Dezembro de 2007, 23:05:25 »
A nossa complexidade vem da nossa fisiologia cerebral, com uma rede neuronal mais complexa, e com influências biológicas para a socialização, com uma cultura extremamente avançada.

Correção: você decidiu que nossa complexidade vem da nossa fisiologia cerebral. Tão conveniente...
Trata-se de um clássico Argumentum ad rectum. E lembre-se que estamos falando de fisiologia.
Por centenas de milhares de anos a humanidade viveu de forma não muito diferente da dos chimpanzés.

Assim, as espécies mais complexas são as que possuem as sociedades mais complexas.

Nesse caso, você diria que os Yanomami são menos complexos do que outros humanos?

O sistema de comunicação humano, a linguagem, é de uma complexidade única na natureza. A estruturação das diversas linguas e idiomas é resultado de nossa complexa rede neuronal.
Novamente: esse é o parâmetro que você escolheu.


Cara, você está se referindo a um instrumento, um método de classificação e propondo que ele tenha algum
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A sua comparação é sobre dois métodos distintos de medição da temperatura, porém podem ser convertidos através de um cálculo simples.

A cladistica é o principal método da sistemática, que se utiliza das características evolutivas para a classificação dos organismos. Já que clado é um grupo originado de um ancestral comum.

E de que forma isso que você escreveu me contradiz?
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Re: Porque não preciso agir eticamente frente à morte de animais.
« Resposta #342 Online: 16 de Dezembro de 2007, 23:06:15 »
Adriano, de onde vem a informação de que o cérebro humano tem uma rede neuronal mais complexa?
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Em 18 de janeiro de 2010, ainda não vejo motivo para postar aqui. Estou nos fóruns Ateus do Brasil, Realidade, RV.  Se a Moderação reconquistar meu respeito, eu volto.  Questão de coerência.

Offline Adriano

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Re: Porque não preciso agir eticamente frente à morte de animais.
« Resposta #343 Online: 16 de Dezembro de 2007, 23:08:24 »
Adriano: defina complexidade fisiológica.
É o grau de auto-organização dos seres vivos. Vai desde os organismos unicelulares até os animais . A estrutura neuronal do cérebro é o mais avançado complexo fisiológico. Permite as características de linguagem e sociais do homem. É devido a essas características que produzimos a nossa ciência e cultura.

Um animal que possui visão no ultravioleta seria mais complexo do que um que não a possui?
Não, pois como no caso do tubarão, este é cego, mas tem um olfato que lhe permite também uma grande leitura do ambiente para a caça de seu alimento.
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Re: Porque não preciso agir eticamente frente à morte de animais.
« Resposta #344 Online: 16 de Dezembro de 2007, 23:09:40 »
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Não se usa mesmo, é uma questão semântica e um uso equivocado da terminologia biológica. Há até informações sobre os questionamentos sobre o uso da palavra evolução para o processo de seleção natural por Darwin.

Então fico com o termo auto-organização, referente a complexidade fisiológica dos organismos. É a terminologia que melhor se enquadra da diferenciação de características adaptativas entre as espécies.

Mesmo assim, a filogenia não é baseada em complexidade, mas em ascendência comum. Muitas vezes estão relacionadas, mas não é regra.

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Re: Porque não preciso agir eticamente frente à morte de animais.
« Resposta #345 Online: 16 de Dezembro de 2007, 23:10:50 »
Adriano: defina complexidade fisiológica.
É o grau de auto-organização dos seres vivos. Vai desde os organismos unicelulares até os animais . A estrutura neuronal do cérebro é o mais avançado complexo fisiológico. Permite as características de linguagem e sociais do homem. É devido a essas características que produzimos a nossa ciência e cultura.

Um animal que possui visão no ultravioleta seria mais complexo do que um que não a possui?
Não, pois como no caso do tubarão, este é cego, mas tem um olfato que lhe permite também uma grande leitura do ambiente para a caça de seu alimento.

Isso vai por água abaixo em relação ao tripanossomatídeo que não tem ciclo da uréia...

Offline Adriano

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Re: Porque não preciso agir eticamente frente à morte de animais.
« Resposta #346 Online: 16 de Dezembro de 2007, 23:19:35 »
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O Que Nos Faz Unicamente Humanos?

De fato, o homem possui diversos atributos que os distingüem das outras espécies. A postura ereta e andar com os membros inferiores permitiu aos membros superiores ficarem livres para outras funções; a mão preênsil atua como uma verdadeira ferramenta e permite o desenvolvimento da tecnologia; o desenvolvimento da fala e da linguagem permitiu formas de comunicação mais adaptáveis; o alargamento do cérebro relativo ao tamanho do corpo; o desenvolvimento das interações sociais e culturais: infância e juventude prolongada, desta forma oferecendo a base para a complexa organização social, bem como a divisão de tarefas na sociedade, controle sobre o sexo e a agressão. Finalmente, os seres humanos se expressam como indivíduos. As características para isto incluem emoção, motivação, a expressão artística e espiritual.

Todas essas características, direta ou indiretamente, se relacionam ao desenvolvimento do nosso cérebro. Nossa unicalidade repousa no nosso cérebro. O enorme cérebro desenvolvido principalmente no córtex cerebral nos dotou de propriedades que não existem, ou existem de forma primitiva em outros antropóides. É no córtex que possuímos os mais altos níveis de análise sintética. É lá que nossa visão do mundo é analizada, planejada e programada para excecutarmos uma ação.

O grande desenvolvimento do cérebro, por sua vez, levou ao nascimento daquilo que o cognitivista americano Steven Pinker denominou de "uma espécie simbólica". Desenvolvemos, através de símbolos verbais, objetos da realidade e conceitos abstratos. Além da capacidade verbal do cérebro, desenvolvemos a capacidade de emitir sons de alta precisão que manipulados por este cérebro simbólico possibilitou pela primeira vez na escala animal a evolução extragênica: a evolução cultural, ou seja, a transmissão de símbolos de um ser humano para outro. Com isso desenvolveu-se o conhecimento, que é uma propriedade única do ser humano, e que se relaciona com o pensamento e a consciência (que certamente podem existir em outros primatas não humanos, mas que diferem em um grau muito amplo em relação à espécie humana).

A capacidade simbólica do cérebro gerou coisas notáveis como uma habilidade geneticamente determinada de aprender qualquer língua ou inventar uma nova, por exemplo, o esperanto e as linguagens de computador. Também gerou a capacidade especial de inventar melodias, sons harmônicos, dança, elementos simbólicos que usam provavelmente as nossas estruturas cerebrais responsáveis pela fala, articulação dos movimentos e pela integração de tudo isso.

Trechos do texto: http://www.cerebromente.org.br/n10/editorial-n10.htm
E mais uma palavra biológica para o vocabulário: evolução extragênica, que é a evolução cultural humana.
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Re: Porque não preciso agir eticamente frente à morte de animais.
« Resposta #347 Online: 16 de Dezembro de 2007, 23:23:19 »
Onde isso entra na discussão?

Offline Adriano

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Re: Porque não preciso agir eticamente frente à morte de animais.
« Resposta #348 Online: 16 de Dezembro de 2007, 23:30:30 »
Onde isso entra na discussão?
Sobre a maior complexidade fisiológica da espécie humana, a complexa da rede neuronal de nosso cérebro como principal característica de distinção da espécie na classificação taxonômica, que nos define com a nomenclatura biológica de homo sapiens, do latim homem sábio, homem racional.

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Offline FZapp

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Re: Porque não preciso agir eticamente frente à morte de animais.
« Resposta #349 Online: 16 de Dezembro de 2007, 23:41:47 »
E onde você leu no texto que humanos são mais evoluídos por causa disso ? Ou que há uma maior complexidade neural do que polvos, por exemplo ?

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