Autor Tópico: Porque não preciso agir eticamente frente à morte de animais.  (Lida 39151 vezes)

0 Membros e 1 Visitante estão vendo este tópico.

Offline FZapp

  • Administradores
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 6.943
  • Sexo: Masculino
  • El Inodoro Pereyra
    • JVMC
Re: Porque não preciso agir eticamente frente à morte de animais.
« Resposta #250 Online: 13 de Dezembro de 2007, 22:59:04 »
Citar
Nossa sociedade, por absurdo que possa parecer, também não é superior às sociedades de outros animais

Então não é sequer 'relativamente' superior.

Se tem meios de proteger o ecossistema, para o seu bem e para o bem de outras espécies, tanto melhor, e é claro que concordo com isso. Mas o autor do tópico, que não é o Adriano, tantou utilizar o argumento da superioridade para justificar mortes de animais para vários fins humanos, mortes que poderiam ser evitadas.

Adriano só se cruzou e continuou a mesma argumentação do autor do tópico concordando com a superioridade, que acaba para um com justificar crueldades e para o outro delega uma responsabilidade de ser uma espécie de guardiã dos mundo animal.

A gente já repetiu e explicou, e inclusive o texto que ele postou fala outra coisa. E acho que Adriano sequer se deu conta. mas tenho certeza de que vai investigar e refletir, porque já demonstrou ser curioso e reflexivo.
--
Si hemos de salvar o no,
de esto naides nos responde;
derecho ande el sol se esconde
tierra adentro hay que tirar;
algun día hemos de llegar...
despues sabremos a dónde.

"Why do you necessarily have to be wrong just because a few million people think you are?" Frank Zappa

Nigh†mare

  • Visitante
Re: Porque não preciso agir eticamente frente à morte de animais.
« Resposta #251 Online: 14 de Dezembro de 2007, 00:44:53 »
Citar
Nossa sociedade, por absurdo que possa parecer, também não é superior às sociedades de outros animais
Então não é sequer 'relativamente' superior.
Com "relativamente" eu me refiro a "com relação a determinados aspectos" a humanidade é superior. Se amanhã se descobrir que uma grande rocha se chocará com a Terra temos potencial para evitar o desastre ou minimizá-lo. Temos um potencial de prever/consertar desastres que as outras espécies não têm (muito embora não o ponhamos em prática com a efetividade que se espera). Se nos esforçarmos podemos até deixar o planeta. Aliás, padecemos do mal das imaginadas espécies inteligentes: não mantemos o ambiente sustentável e caminhamos para uma pseudonecessidade de procurar outros sistemas habitáveis, enquanto tornamos o nosso inabitável. Nossa ferramenta adaptativa é o poder de transformar o ambiente que temos, do qual as outras espécies não desfrutam: faz frio? Produzimos roupa; "Faz calor"? Criamos gelo, ventiladores e condicionamos o ar; É longe? Criamos veículos de transporte velozes... à exposição à luz ultra-violeta bactérias morrem até que em algumas milhões de gerações nasça uma bacteriazinha resistente; nós criamos filtros solares. Nosso poder de adaptação é até cruel em muitos pontos. Enquanto o mundo pega fogo, nós criamos um escudo protetor. Podemos também moldar os outros seres forçando transformações para que eles nos sirvam. Enquanto se diz que o planeta está aquecendo o primeiro empenho de muitos é criar condicionadores-de-ar mais potentes.

É dessa superioridade que o Adriano fala. MAS ELE AINDA NÃO SE LIGOU que esse argumento é sociológico e não biológico.


Se tem meios de proteger o ecossistema, para o seu bem e para o bem de outras espécies, tanto melhor, e é claro que concordo com isso. Mas o autor do tópico, que não é o Adriano, tantou utilizar o argumento da superioridade para justificar mortes de animais para vários fins humanos, mortes que poderiam ser evitadas.

Adriano só se cruzou e continuou a mesma argumentação do autor do tópico concordando com a superioridade, que acaba para um com justificar crueldades e para o outro delega uma responsabilidade de ser uma espécie de guardiã dos mundo animal.
Acho até perda de tempo tentar discutir os devaneios do autor do tópico. Ele se propôs a falar sobre bolinhas-azuis, mas só falou de cubos-vermelhos, e o pior, achando que as retas dos cubos-vermelhos compõem as bolinhas-azuis.


A gente já repetiu e explicou, e inclusive o texto que ele postou fala outra coisa. E acho que Adriano sequer se deu conta. mas tenho certeza de que vai investigar e refletir, porque já demonstrou ser curioso e reflexivo.
Ele há de compreender. N'é possível que não.

Offline Thufir Hawat

  • Nível 31
  • *
  • Mensagens: 1.881
  • Sexo: Masculino
  • It's easier to be terrified by an enemy you admire
Re: Porque não preciso agir eticamente frente à morte de animais.
« Resposta #252 Online: 14 de Dezembro de 2007, 01:19:01 »
É dessa superioridade que o Adriano fala. MAS ELE AINDA NÃO SE LIGOU que esse argumento é sociológico e não biológico.
Exatamente, e faz um sem número de posts que estamos tentando fazê-lo entender isso.
Archimedes will be remembered when Aeschylus is forgotten, because languages die and mathematical ideas do not. "Immortality" may be a silly word, but probably a mathematician has the best chance of whatever it may mean.
G. H. Hardy, in "A Mathematician's Apology"

Offline Spitfire

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 7.530
  • Sexo: Masculino
Re: Porque não preciso agir eticamente frente à morte de animais.
« Resposta #253 Online: 14 de Dezembro de 2007, 01:52:30 »
Superioridade é apenas uma convenção... um parâmetro.... criado a partir de um único (e nada imparcial) ponto de vista cultural.

Eu não me sinto biologicamente superior... aliás, deveria ser um dos mais frágeis animais da natureza quando nasci.... demorei 11 meses para andar, coisa que muito animal "inferior" faz pouquíssimas horas depois de nascer.


Ps: As vezes tenho receio de parecer um vegan proselitiando... catzo! Sou carnívoro pra K-raleow. Como aquilo que esta ao meu alcance... tal qual qualquer outra espécie.
Domingão é dia de churras!  :wink: :hihi:

Offline FZapp

  • Administradores
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 6.943
  • Sexo: Masculino
  • El Inodoro Pereyra
    • JVMC
Re: Porque não preciso agir eticamente frente à morte de animais.
« Resposta #254 Online: 14 de Dezembro de 2007, 08:01:15 »
Citar
É dessa superioridade que o Adriano fala. MAS ELE AINDA NÃO SE LIGOU que esse argumento é sociológico e não biológico.

Sim, isso eu entendi; ele só coloca os exemplos errados.

Também concordo quanto a nossa superioridade em prever certo tipo de problemas. Não é nossa sociedade que é superior, e sim a nossa capacidade cognitiva que é superior. Ela foi ampliada através da ciência, então hoje conseguimos detectar até mesmo mudanças que nossa corpo é incapaz de prever ou sentir, como raios infravermelhos, o meteoro que vc mencionou, terremotos, previsão do tempo, ou até a invenção de uma estratégia para qualquer coisa, plantar, ou fazer a guerra, isto é, a nossa capacidade de antecipação de atitudes de um inimigo ou de mudanças no ambiente.

« Última modificação: 14 de Dezembro de 2007, 08:05:14 por JCatino »
--
Si hemos de salvar o no,
de esto naides nos responde;
derecho ande el sol se esconde
tierra adentro hay que tirar;
algun día hemos de llegar...
despues sabremos a dónde.

"Why do you necessarily have to be wrong just because a few million people think you are?" Frank Zappa

Offline Adriano

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 8.672
  • Sexo: Masculino
  • Ativismo quântico
    • Filosofia ateísta
Re: Porque não preciso agir eticamente frente à morte de animais.
« Resposta #255 Online: 14 de Dezembro de 2007, 22:49:12 »
Citar
Nossa sociedade, por absurdo que possa parecer, também não é superior às sociedades de outros animais
A gente já repetiu e explicou, e inclusive o texto que ele postou fala outra coisa. E acho que Adriano sequer se deu conta. mas tenho certeza de que vai investigar e refletir, porque já demonstrou ser curioso e reflexivo.
As minhas pesquisas, inclusive com os textos de filosofia sobre Nietzsche, adentram ainda mais no tema, e mostram uma teorização apontando a superioridade do homem.

Fazer afirmações sobre mim é desnecessário e uma atitude que encerra o debate. A partir do momento que me coloca na posição de errado e você e mais alguns (se utilizada da quantidade, "a gente") então começa o uso de uma falácia.

O que pude perceber é que o tema é mais complexo do que eu imaginava. O especismo me mostrou essa face da igualdade para justificar a ética com os animais, mas encontrei uma certa incoerência a princípio nesse argumento.

Citar
Nossa sociedade, por absurdo que possa parecer, também não é superior às sociedades de outros animais
Então não é sequer 'relativamente' superior.
Com "relativamente" eu me refiro a "com relação a determinados aspectos" a humanidade é superior. Se amanhã se descobrir que uma grande rocha se chocará com a Terra temos potencial para evitar o desastre ou minimizá-lo. Temos um potencial de prever/consertar desastres que as outras espécies não têm (muito embora não o ponhamos em prática com a efetividade que se espera). Se nos esforçarmos podemos até deixar o planeta. Aliás, padecemos do mal das imaginadas espécies inteligentes: não mantemos o ambiente sustentável e caminhamos para uma pseudonecessidade de procurar outros sistemas habitáveis, enquanto tornamos o nosso inabitável. Nossa ferramenta adaptativa é o poder de transformar o ambiente que temos, do qual as outras espécies não desfrutam: faz frio? Produzimos roupa; "Faz calor"? Criamos gelo, ventiladores e condicionamos o ar; É longe? Criamos veículos de transporte velozes... à exposição à luz ultra-violeta bactérias morrem até que em algumas milhões de gerações nasça uma bacteriazinha resistente; nós criamos filtros solares. Nosso poder de adaptação é até cruel em muitos pontos. Enquanto o mundo pega fogo, nós criamos um escudo protetor. Podemos também moldar os outros seres forçando transformações para que eles nos sirvam. Enquanto se diz que o planeta está aquecendo o primeiro empenho de muitos é criar condicionadores-de-ar mais potentes.
Obrigado pelo argumento favorável. Distinguiu bem a diferença do animal social homem e os demais.

É dessa superioridade que o Adriano fala. MAS ELE AINDA NÃO SE LIGOU que esse argumento é sociológico e não biológico.
Está fazendo uma distinção que não exite. O argumento é sociológico devido a sociedade ser o conjunto da espécie humana. Somos animais sociais e vivemos em sociedade, essa é mais uma característica que possibilita a nossa cooperação mútua.

No primeiro texto sobre Nietzsche que postei, é desenvolvido o tema de cultura x fiosiologia (biologia). Algo já muito discutido no fórum, e por sinal muito polêmico. Não devemos considerar o homém como indivíduo apenas, mas sim como espécie, ou seja, sociedades.



A gente já repetiu e explicou, e inclusive o texto que ele postou fala outra coisa. E acho que Adriano sequer se deu conta. mas tenho certeza de que vai investigar e refletir, porque já demonstrou ser curioso e reflexivo.
Ele há de compreender. N'é possível que não.
O poblema sou eu que não compreendo vocês? Ad hominem é uma falácia que não se justifica. Peço para que evitem por favor.

Citar
É dessa superioridade que o Adriano fala. MAS ELE AINDA NÃO SE LIGOU que esse argumento é sociológico e não biológico.

Sim, isso eu entendi; ele só coloca os exemplos errados.
Não estou colocando exemplos errados. Não faço distinção entre sociedade e natureza (biologia), já que somos um animal que também é estudado pela biologia. E a sociobiologia faz essa agregação, no intuito de fornecer as bases biológicas da sociedade, uma grande contribuição para a sociologia.

Também concordo quanto a nossa superioridade em prever certo tipo de problemas. Não é nossa sociedade que é superior, e sim a nossa capacidade cognitiva que é superior. Ela foi ampliada através da ciência, então hoje conseguimos detectar até mesmo mudanças que nossa corpo é incapaz de prever ou sentir, como raios infravermelhos, o meteoro que vc mencionou, terremotos, previsão do tempo, ou até a invenção de uma estratégia para qualquer coisa, plantar, ou fazer a guerra, isto é, a nossa capacidade de antecipação de atitudes de um inimigo ou de mudanças no ambiente.
A superioridade da nossa sociedade é conseguência da nossa superioridade individual, que é social por natureza. Somos individualmente animais sociais. A ciência é o resultado maior da nossa sociedade.

Evolutivamente isso é o que faz a diferença, a igualdade entre as espécies não é justifica pela biologia, pelo contrário, ela estuda as caracteristícas que diferenciam uma da outra. E nós temos algumas em especial, como a linguagem, que nos garante a avançada sociabilidade.

Princípio da descrença.        Nem o idealismo de Goswami e nem o relativismo de Vieira. Realismo monista.

Nigh†mare

  • Visitante
Re: Porque não preciso agir eticamente frente à morte de animais.
« Resposta #256 Online: 15 de Dezembro de 2007, 00:50:08 »
Adriano, quase tudo o que você falou está correto DENTRO DA SOCIOLOGIA! Esqueça isso de tentar aferir biologicamente a superioridade de uma espécie em relação à outra. Palamordedeus, a Biologia não tem esse objeto!

Offline Adriano

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 8.672
  • Sexo: Masculino
  • Ativismo quântico
    • Filosofia ateísta
Re: Porque não preciso agir eticamente frente à morte de animais.
« Resposta #257 Online: 15 de Dezembro de 2007, 04:27:53 »
A sociologia é o estudo da sociedade humana. Sociedade humana e espécie humana são praticamente a mesma coisa, sendo a característica primordial de nossa espécie a sociabilidade, função atualmente estudada pela sociobiologia.
Princípio da descrença.        Nem o idealismo de Goswami e nem o relativismo de Vieira. Realismo monista.

Offline Adriano

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 8.672
  • Sexo: Masculino
  • Ativismo quântico
    • Filosofia ateísta
Re: Porque não preciso agir eticamente frente à morte de animais.
« Resposta #258 Online: 15 de Dezembro de 2007, 04:51:12 »
Adriano, o fato é que até agora você não apresentou um argumento sequer para suportar sua afirmação inicial:
Quem impõe e demonstra o ser humano como animal superior é a biologia, onde o homem está no topo da cadeia biológica, dominando a natureza. Enquanto as demais espécies lidam de forma precária com a sobrevivência, a espécie humana tem domínio praticamente completo da natureza, tendo atualmente até identificado a sua interferência negativa na natureza e fazendo uma adaptação sustentável, ecológica.

Não é a toa que o argumento de partida de muitos filósofos para seus sistemas filosóficos seja o argumento genético. Acho muito curioso isso.
Acho que ninguém discorda que a cultura humana, e por extensão todas as suas realizações, tem origem genética/evolutiva/biológica. O problema é que esse fato não implica que a biologia "impõe o ser humano como animal superior".
Falsa sua afirmação. Apresentei vários argumentos sobre a superioridade biológico evolutiva do homem. O fato de não serem aceitos e contra argumentados não retira esse meu mérito. A discussão se desenvolveu mais, porém com uma falha ao se voltar para mais mim como debatedor do que ao ponto em questão.

Citação de:  Adriano
A biologia entende como cultura toda a produção social das espécie animais. Assim a própria ciência é o resultado do desenvolvimento da cultura humana e não algo distinto e alheio as questões humanas. A biologia somente é alheia a cultura humana quando não a estuda e se volta para a "natureza" e não para a "cultura", como se fossem algo distintos.

A sociobiologia e a PE acabam com essa dicotomia falsa, e estudam as sociedades animais e a humana no primeiro caso e no segundo mais especificamente o comportamente evolutivo humano. Somente a espécie humana tem as variáveis psicológicas tão desenvolvidas para esse estudo. E o cérebro se torna o foco e o paradgma da ciência atual, com a sua realidade física, biológica, química e cultural.
A sociobiologia e a PE são disciplinas que procuram estudar o desenvolvimento das culturas por uma ótica biológica/evolutiva. Nada afirmam sobre superioridade dessa ou daquela espécie sobre as outras.

Nem é somente a espécie humana que tem variáveis desenvolvidas o suficiente para ser objeto de estudo dessas disciplinas, aliás, boa parte dos objetos de estudo dessas disciplinas são, desde que ainda não haviam se desmembrado da etologia, animais societários e as relações entre bandos deles.
Sim, porém os estudos são voltados aos animais de níveis de sociabilidade superiores, principalmente os primatas. Não se estuda as formigas na sociobiologia. Não digo que seja uma característica exclusivamente humana, mas sim muito mais desenvolvida nessa.

Citação de:  Adriano
Não existe cultura que não seja biológica, portando qualquer escolha cultural é reflexo da biologia humana, da atuação do homem como animal biopsicosocial. Assim temos as escolhas corretas e pautadas na ciência, tanto quanto as erradas e sem embasamento teórico.

A ecologia é resultado dos avanços dos conhecimentos científicos sobre a natureza e grande parte dos alertas vem dessa áres, de forma multidisciplinar, como no caso do aquecimento global.
E o que isso tem a ver, ou como isso implica que o ser humano seja intrinsecamente superior às outras espécies?
O post do Nightmare demonstrou isso muito bem. Devido ao conhecimento científico podemos modificar o meio a nosso favor. Não que as outras espécies não façam isso também, mas de forma muito reduzida se comparada com a nossa.

Citação de:  Adriano
Citação de:  Thufir Hawat
Não desconsiderei o fato de que a cultura humana tem uma origem biológica, mas isso de forma alguma implica que a biologia sugere a superioridade da cultura humana. Como coloquei antes é a cultura que está inserida num cenário muito maior, a natureza, e não o contrário, Adriano.
Encontrei aqui uma distinção semantica importante para esclarecer nossa divergência. O que você chama de biologia (foi a biologia..) eu digo que é a natureza. Isso por ser a biologia uma ciência humana que estuda a natureza em especial os seres vivos. Assim não tem como a biologia interagir dessa forma com a natureza.

A biologia é primeiramente descritiva, analisa e observa os seres vivos, segundo os critérios humanos de avaliação que são constituidos pelo método científico. Essa cultura científica, especificamente a biologia é o resultado do avanço da humanidade em sua evolução.
A primeira parte é mero jogo de palavras. Foi você quem primeiro se referiu à "biologia" (como se vê na sua primeira citação nesse post), Adriano, e não à "natureza".
Não é jogo de palavras. A biologia como ciência é um produto humano de entendimento da natureza. Não é possível falar da natureza de forma séria e imparcial sem esse conhecimento.
Eu digo e mantenho o argumento inicial, de que a biologia evolutiva demonstra a superioridade da espécie humana, comparativamente aos demais seres que conhecemos.
O fato de todos sermos pertencentes a natureza é irrelevante no contexto biológico.

O que eu disse é que a biologia estuda uma parte da natureza e que a cultura é subproduto da natureza, e não o contrário (ainda que a biologia seja subproduto da cultura). Assim sendo, o máximo que se pode afirmar é que a biologia estuda (também, não apenas) as causas primeiras da cultura, e nunca que a biologia prova a superioridade da espécie humana por que demonstra que a cultura emerge da natureza. Mesmo por que a biologia como ciência não emite qualquer juízo de valor nem faz comparações dessa natureza entre os fenômenos que estuda.
A biologia, ao demonstrar as vantagens evolutivas da cultura humana comparativamente a outras espécies, não faz qualquer juízo de valor. Isso é um fato decorrente das características evolutivas da espécie humana. O que ela não faz é dizer que todas as espécies são iguais, todas evoluem, mas isso não é igualdade, já que cada uma evolui de uma maneira, sendo que podem e são realizadas comparações biológicas sobre toda a espécie de vida.

Citação de:  Adriano
Somente a criação da ciência biológica pelo homem já nos faz superiores as demais espécies, devido ao conhecimento que temos sobre a natureza.
De forma alguma. "Conhecimento" só tem valor por que nós assim queremos, não dá pra atribuir qualquer valor maior ao conhecimento em relação à outras características do ponto de vista da ciência biológica por si só, pelo motivo sublinhado acima.

Quanto à parte sobre ciências naturais X "ciências" sociais, nem vou discutir. É, se muito, uma tangente irrelevante do assunto em questão, e já sabemos que discordamos a respeito.
Tangente sim, mas quando o argumento de que a sociologia é outro argumento e que se distingue da biologia, ocoore uma contradição em relação a sociobiologia. Esse argumento é embasado em partes pela discordância que temos sobre o assunto.
Princípio da descrença.        Nem o idealismo de Goswami e nem o relativismo de Vieira. Realismo monista.

Offline Adriano

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 8.672
  • Sexo: Masculino
  • Ativismo quântico
    • Filosofia ateísta
Re: Porque não preciso agir eticamente frente à morte de animais.
« Resposta #259 Online: 15 de Dezembro de 2007, 04:59:36 »

Essa foi minha última contribuição a esse tópico, pelo menos por enquanto.
Enquanto o Adriano não apresentar argumentos (em vez de opniões) para sustentar sua tese de que a biologia garante que o homem é superior à outras espécies e não parar de escapar por tangentes e apelar para a idéia de "sou-perseguido-por-que-sou-minoria" sempre que alguma objeção relevante à suas opniões é colocada, não vale a pena continuar.
Não deve condicionar a sua participação no tópico a minha. Muito menos usando de uma falácia, ao dizer que estou postando opiniões e não argumentos. Opiniões são argumentos, não existe essa diferenciação. O que muda é o embasamento dos argumentos, que podem estar a contento ou não dos interlocutores.

Tenho essa postura de me fazer de "vítima" quanto ocorre isso que está fazendo. Me citando ao invés de apenas fazer a contra argumentação. Não deve fazer comentários acerca de mim, principalmente dizendo que faço apelos e que isso é justificado por "objeções relevantes". Da mesma forma que não te agradou os meus argumentos os seus não passaram de questionamentos contrários, dizendo que todos somos iguais evolutivamente. Como a evolução é um tema central na biologia, a tese de igualdade entre as espécies é sem fundamentação alguma. Apena são são iguais no sentido de evoluir, o que não quer dizer nada dentro da complexidade toda da biologia.
Princípio da descrença.        Nem o idealismo de Goswami e nem o relativismo de Vieira. Realismo monista.

Offline Adriano

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 8.672
  • Sexo: Masculino
  • Ativismo quântico
    • Filosofia ateísta
Re: Porque não preciso agir eticamente frente à morte de animais.
« Resposta #260 Online: 15 de Dezembro de 2007, 05:33:59 »
Nos relacionamentos entre os indivíduos. Existe a relação de afetividade e cooperação muito mais maleável e complexa que simplesmente reproduções de comportamento puramente fisiológico.
Cachorros sequer formam uma sociedade!!! Sociedade é a capacidade de seres se organizarem e se relacionarem: nisso as formigas ganham! Elas tem capacidade de organização muito maior, com castas, funções pré-definidas, comunicação e pasme: até a capacidade de ensinarem umas às outras.

Da onde você tira essas pérolas?
Não existe nenhuma "pérola" aqui. Tenha um pouco mais de respeito para com a minha participação e deixe de fazer classificações pejorativas. Um possível erro da minha parte deve ser entendido simplesmente como erro e não mais que isso.

O que o "relacionamento puramente fisiológico" invalida o relacionamento que formigas tem (nem vou entrar no mérito disso ser verdade ou não)?!?! São relacionamentos ainda. Puramente fisiológico ou não: elas tem uma sociedade bastante complexa. Para você ver, e isso porque é só puramente fisiológico!!
Sim, complexa de fato. Mas muito pouco se comparado com os mamíferos por exemplo.

Interessante seu tipo de argumento: a complexidade do cérebro se define pela complexidade da sociedade. Ah, mas olhe, formigas tem uma sociedade complexa! Ops! Não, não é complexa: afinal, seu cérebro não é tão complexo para permitir isso!

Belo argumento circular.
Não é circular. É uma relação perfeitamente válida biológicamente. A sociedade das formigas é insignificante perante a organização da espécie humas e de outros primatas, por exemplo. E o cérebro tem uma função muito pertigente de ser um agredor dos indivíduos, principalmente no desenvolvimento da comunicação destes.

Pelo grau de cooperação e interação com o ambiente, por exemplo.
Segundo quem? Só isso? Também faz sentido colocar aí capacidade de organização, deliberação de trabalhos, cargos, etc.

Como o Catino disse, é difícil falar em interação com o ambiente e cooperação. As formigas se comunicam e cooperam suficientemente bem para sobreviverem por milhões de anos antes de nós.
As formigas não existem antes de nós. Pode ser apenas como espécie humana, mas a espécie humana é resultadado da evolução biológica. Temos uma ligação na hierarquia evolutiva, com origens em comum. Nós seguimos determinados rumos e elas permaneceram em certa estagnação (comparativamente) evolutiva.

Formigas nem tem cérebro
Cara. Espero que isso seja uma hipérbole. É ÓBVIO QUE FORMIGAS TEM CÉREBRO!!!!!
Fiz uma confução entre os tipos de cérebro. A idéia era monstrar a diferença entre os vertebrados e os invertebrados. Os primeiros tem uma caixa craniana e sistema nervoso. Uma evolução dos vertebrados em relação ao invertebrados, uma conquista evolutiva.

por isso o comportamento fisiológico das mesmas é extremamente simples em relação  a um organimiso de animais vertebrados.
Ad Nauseam.
Ad hoc.
Argumento circular.
Sua premissa é falsa (formigas tem cérebro).
Um equívoco.

O problema foi a sua afirmação de relação entre complexidade do cérebro e complexidade da sociedade: formigas tem uma sociedade bastante complexa, aliás, elas formam uma sociedade, ao contrário de muitos animais com cérebro maior - o que prova definitivamente que cérebro e sociedade não tem uma relação biunívoca. A capacidade ou não de animais formarem sociedades em nada está relacionado com a complexidade do cérebro: ela é uma característica evolutiva, qualquer biólogo pode falar isso. Formigas formam sociedades porque sobrevivem melhor assim. Nós o fazemos pelo mesmo motivo.
A complexidade das sociedades de insetos é muito inferior a dos primatas, que tem um sistema de comunicação muito mais avançado, resultado do cérebro mais evoluido.

Definir "sociedade" como ponto de partida para se definir quem é superior ou não é simplesmente absurdo. É antropocentrismo puro. É vontade ululante de argumentar que os seres humanos são melhores porque são. Só você não percebe isso.
A sociobiologia está aí para mostrar a importancia das sociabilização na zoologia. Esta faz justamente o contrário do antropocentrismo, reduz a influência da cultura na explicação do comportamento humano, mostrando que a biologia tem grande influência no mesmo, muito mais do que se imaginava.

E você não pode e nem deve, segundo as regras do fórum, fazer uma avaliação tão negativa e pejorativa dos meus argumentos. É uma total falta de respeito para comigo. Peço para parar com isso, por favor.  |(


Formigas e homens
Ad Nauseam.
Um texto tão antropocentrico e cheio de meras opiniões. Só repetiu o que você disse. Você pode fazer melhor que isso, vamos lá...
Não é bem assim, veja por exemplo esses trechos:
Citar
"Primeira diferença, da qual decorrem todas as outras, a inteligência coletiva pensa dentro de nós, ao passo que a formiga é uma parte quase opaca, quase não holográfica, um elo inconsciente do formigueiro inteligente. Podemos usufruir inteligentemente da inteligência coletiva, que aumenta e modifica nossa própria inteligência. Contemos ou refletimos parcialmente, cada um à sua maneira, a inteligência do grupo. A formiga, em troca, tem apenas uma pequeníssima fruição ou visão da inteligência social. Não obtém dela um acréscimo mental. Obediente beneficiária, participa somente às cegas dessa inteligência.

...

"O estatuto do indivíduo num e noutro tipo de sociedade cristaliza e resume o conjunto das diferenças que os opõem. O lugar e o papel de cada formiga estão definitivamente fixados. No seio de uma espécie particular, os tipos de comportamentos ou as diferentes morfologias (rainhas, operárias, guerreiras) são imutáveis. As formigas (como as abelhas e os cupins) estão organizadas em castas e as formigas da mesma casta são intercambiáveis sem perda. Em troca, as sociedades humanas não cessam de inventar novas categorias, os indivíduos passam de uma classe a outra e, sobretudo, é na verdade impossível reduzir urna pessoa a seu pertencimento a uma classe (ou a um conjunto de classes), pois cada indivíduo humano é singular. As pessoas, tendo seu próprio caminho de aprendizagem, encarnando respectivamente mundos afetivos e virtualidades de mutação social (mesmo mínima) diferentes, não são intercambiáveis. Os indivíduos humanos contribuem, cada um diferentemente e de maneira criativa, para a vida da inteligência coletiva que os ilumina em troca, ao passo que uma formiga obedece cegamente ao papel que lhe dita sua casta no seio de um vasto mecanismo inconsciente que a ultrapassa absolutamente.
Princípio da descrença.        Nem o idealismo de Goswami e nem o relativismo de Vieira. Realismo monista.

Offline Adriano

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 8.672
  • Sexo: Masculino
  • Ativismo quântico
    • Filosofia ateísta
Re: Porque não preciso agir eticamente frente à morte de animais.
« Resposta #261 Online: 15 de Dezembro de 2007, 05:50:15 »
É que não me agrada a justificativa de igualdade entre as espécies para justificar a ética para com os animais.  :?
Mas não se esqueça que a relativa igualdade biológica (a contrario da desigualdade metafísica) é também um dos pilares da Ética. Somos iguais em essência, e temos até a diferença como fator de igualdade: cada espécie tem seu(s) mecanismo(s) de adaptação/sobrevivência/perpetuação que é(são) o que a torna especial em relação aos outros, embora não a torne diferente dos demais.
Sim, existe uma relativa igualdade biológica, e quanto mais o avanço na hierarquia evolutiva, mais temos essa igualdade. Porém a ética humana surge para regulamentar os atos barbáros da natureza, que somente são vistos assim devido ao nosso avanço moral.

Somos especiais porque temos consciência diferenciada assim como as certas árvores são especiais porque suas sementes ao secarem "explodem" e se espalham pelo ambiente. Nossa consciência nos torna especiais PARA NÓS e é importante apenas para nós que tenhamos ética em tudo porque a ética pode ser um instrumento de adaptação/sobrevivência/perpetuação. A natureza-viva não está nem aí porque ela é "programada" para se adaptar a qualquer atrocidade que causemos ao mundo. Nós somos só uns poucos atores entre os incontáveis outros seres vivos.
Nossa consciência é especial para a natureza e um grande avanço evolutivo. É especial para nós em decorrência disso. Nós somos parte da natureza-viva, e a parte pensante dessa, pelo menos a que mais pensa, a mais racional.

Não somos simplesmente atores, temos o papel principal em nosso planeta. O que não retira a importancia e a necessidade dos demais atores, mas que dispensa esse argumento de igualdade moral. Caso alguma espécie nos ameaçe a situação muda e nos privilegiamos. A diferença é que já podemos contar com atitudes especificamente humanas em relação a outros animais, deixando a barbárie e selvageria animal para os que não podem ter essa visão superior de mundo. Porém intervindo se necessário, para um bom andamento do meio ambiente.
Princípio da descrença.        Nem o idealismo de Goswami e nem o relativismo de Vieira. Realismo monista.

Offline Adriano

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 8.672
  • Sexo: Masculino
  • Ativismo quântico
    • Filosofia ateísta
Re: Porque não preciso agir eticamente frente à morte de animais.
« Resposta #262 Online: 15 de Dezembro de 2007, 05:58:15 »
Superioridade é apenas uma convenção... um parâmetro.... criado a partir de um único (e nada imparcial) ponto de vista cultural.
É o ponto de vista científico, o mais imparcial que conhecemos. A racionalidade, linguagem e consciência humana, além de outros atributos e características, nos fazem ser uma animal superior. O que acontece atualmente é que vemos que não somos tão superiores quanto se pensava, mas a diferenciação está mais nítida agora.

Eu não me sinto biologicamente superior... aliás, deveria ser um dos mais frágeis animais da natureza quando nasci.... demorei 11 meses para andar, coisa que muito animal "inferior" faz pouquíssimas horas depois de nascer.
Evidência anedótica?  :hihi:

A fase maior de preparo para a vida adulta dos humanos é um resultado da sua socialização. Assim temos um maior desenvolvimento, como demonstra a ontogenia e a biologia do desenvolvimento.
Princípio da descrença.        Nem o idealismo de Goswami e nem o relativismo de Vieira. Realismo monista.

Offline Luis Dantas

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 15.195
  • Sexo: Masculino
  • Morituri Delendi
    • DantasWiki
Re: Porque não preciso agir eticamente frente à morte de animais.
« Resposta #263 Online: 15 de Dezembro de 2007, 06:43:46 »
Como é isso?  A necessidade de proteção por mais tempo é resultado da socialização humana, mas a "superioridade" é biológica?

Mas como isso seria possível, se o tempo extendido necessário para desenvolver a capacidade de andar, a fala e o próprio domínio das funções corporais é determinado biologicamente em vez de sociologicamente?

Enquanto isso, como já foi lembrado ad nauseam, os fatores que podem ser usados para argumentar a favor da superioridade humana são, esses sim, sociais e tecnológicos.
Wiki experimental | http://luisdantas.zip.net
The stanza uttered by a teacher is reborn in the scholar who repeats the word

Em 18 de janeiro de 2010, ainda não vejo motivo para postar aqui. Estou nos fóruns Ateus do Brasil, Realidade, RV.  Se a Moderação reconquistar meu respeito, eu volto.  Questão de coerência.

Offline Adriano

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 8.672
  • Sexo: Masculino
  • Ativismo quântico
    • Filosofia ateísta
Re: Porque não preciso agir eticamente frente à morte de animais.
« Resposta #264 Online: 15 de Dezembro de 2007, 06:54:15 »
Como é isso?  A necessidade de proteção por mais tempo é resultado da socialização humana, mas a "superioridade" é biológica?

Mas como isso seria possível, se o tempo extendido necessário para desenvolver a capacidade de andar, a fala e o próprio domínio das funções corporais é determinado biologicamente em vez de sociologicamente?

Enquanto isso, como já foi lembrado ad nauseam, os fatores que podem ser usados para argumentar a favor da superioridade humana são, esses sim, sociais e tecnológicos.
Mas aqui Dantas, o meu argumento é que o sociológico é uma extensão do biológico. A sociedade humana é resultante das características individuais dos indivíduos, que tem bases biológicas voltadas para a socialização. E isso é comum nos primatas. Por isso social e tecnológico só existem separados da natureza como cultura humana apenas por uma convenção já ultrapassada. Postei o link de um texto a respeito:

Mas foi bom que encontrei uns textos a respeito de Nietzsche em relação ao tema:

A superação da dualidade cultura/biologia na filosofia de Nietzsche
Princípio da descrença.        Nem o idealismo de Goswami e nem o relativismo de Vieira. Realismo monista.

Offline Luis Dantas

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 15.195
  • Sexo: Masculino
  • Morituri Delendi
    • DantasWiki
Re: Porque não preciso agir eticamente frente à morte de animais.
« Resposta #265 Online: 15 de Dezembro de 2007, 06:57:57 »
Ainda assim, Adriano.  Ao dizer que a necessidade de proteção é necessidade da socialização, você está desconsiderando sumariamente os aspectos biológicos, que são esses sim reais e determinantes, quer se aceite a sua alegação, quer não.  Você está perigosamente próximo de mudar a ênfase para criar afirmações que só são verdadeiras de um ponto de vista "jurídico". 
Wiki experimental | http://luisdantas.zip.net
The stanza uttered by a teacher is reborn in the scholar who repeats the word

Em 18 de janeiro de 2010, ainda não vejo motivo para postar aqui. Estou nos fóruns Ateus do Brasil, Realidade, RV.  Se a Moderação reconquistar meu respeito, eu volto.  Questão de coerência.

Offline Adriano

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 8.672
  • Sexo: Masculino
  • Ativismo quântico
    • Filosofia ateísta
Re: Porque não preciso agir eticamente frente à morte de animais.
« Resposta #266 Online: 15 de Dezembro de 2007, 07:07:36 »
Não disse que a necessidade de proteção é necessidade da socialização. Mas a primeira influência a segunda, principalmente pelos resultados efetivos.

Não estou criando afirmações e sim desenvolvendo o meu ponto de que a cultura humana, social e tecnológica, é o resultado de evolução da espécie humana. Portanto não há distinção entre argumento social e biológico.

Mesmo o direito é mais uma área resultade da evolução social, no qual Hayek desenvolve uma boa teoria a respeito. E muitas teorias do direito se fundamentão no jusnaturalismo, num direito natural. E de fato, a noção de justiça, que fundenta o difeito, é um bom exemplo dissol. Não é nem exclusividade da nossa espécie, os primatas tem algo parecido.
Princípio da descrença.        Nem o idealismo de Goswami e nem o relativismo de Vieira. Realismo monista.

Offline Luis Dantas

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 15.195
  • Sexo: Masculino
  • Morituri Delendi
    • DantasWiki
Re: Porque não preciso agir eticamente frente à morte de animais.
« Resposta #267 Online: 15 de Dezembro de 2007, 07:14:41 »
Não disse que a necessidade de proteção é necessidade da socialização.

Não foi o que você disse ao final da mensagem de 05h58min15?

Citar
Mas a primeira influência a segunda, principalmente pelos resultados efetivos.

Não estou criando afirmações e sim desenvolvendo o meu ponto de que a cultura humana, social e tecnológica, é o resultado de evolução da espécie humana. Portanto não há distinção entre argumento social e biológico.

Essa é uma forma desonesta de argumentar.  Para não dizer messiânica.
Wiki experimental | http://luisdantas.zip.net
The stanza uttered by a teacher is reborn in the scholar who repeats the word

Em 18 de janeiro de 2010, ainda não vejo motivo para postar aqui. Estou nos fóruns Ateus do Brasil, Realidade, RV.  Se a Moderação reconquistar meu respeito, eu volto.  Questão de coerência.

Offline Adriano

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 8.672
  • Sexo: Masculino
  • Ativismo quântico
    • Filosofia ateísta
Re: Porque não preciso agir eticamente frente à morte de animais.
« Resposta #268 Online: 15 de Dezembro de 2007, 07:38:12 »
Não disse que a necessidade de proteção é necessidade da socialização.

Não foi o que você disse ao final da mensagem de 05h58min15?
É exatamente o que eu disse. Está me interpletando erroneamente. Se a socialização, que de fato, nem surgiu na nossa atual fase evolutiva, muito provavelmente em outras espécies anteriores, pois compartilhamos essa característica com outros animais. É uma questão de interpletação, e está coerente com o que venho desenvolvendo no tópico. Por vezes resumo o que pode não deixar tão claro verificando uma única postagem. Mas suponho que ele tenha acompanhado o tópico e você também.

Citar
Mas a primeira influência a segunda, principalmente pelos resultados efetivos.

Não estou criando afirmações e sim desenvolvendo o meu ponto de que a cultura humana, social e tecnológica, é o resultado de evolução da espécie humana. Portanto não há distinção entre argumento social e biológico.

Essa é uma forma desonesta de argumentar.  Para não dizer messiânica.

Está me ofendo com sua qualificação pejorativa. Citar a minha argumentação com desonesta e messiânica não traz nada de produtivo a discussão.

É um ponto de vista e é natural que eu possa manifestá-lo sem que eu seja desqualificado por isso. Eu posso estar certo, e caso esteja errado, mesmo assim seria de bom tom me tratar com respeito. São as regras do fórum, espero que se atente a elas.  |(
Princípio da descrença.        Nem o idealismo de Goswami e nem o relativismo de Vieira. Realismo monista.

Offline Luis Dantas

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 15.195
  • Sexo: Masculino
  • Morituri Delendi
    • DantasWiki
Re: Porque não preciso agir eticamente frente à morte de animais.
« Resposta #269 Online: 15 de Dezembro de 2007, 08:21:56 »
Não disse que a necessidade de proteção é necessidade da socialização.

Não foi o que você disse ao final da mensagem de 05h58min15?
É exatamente o que eu disse. Está me interpletando erroneamente. Se a socialização, que de fato, nem surgiu na nossa atual fase evolutiva, muito provavelmente em outras espécies anteriores, pois compartilhamos essa característica com outros animais. É uma questão de interpletação, e está coerente com o que venho desenvolvendo no tópico. Por vezes resumo o que pode não deixar tão claro verificando uma única postagem. Mas suponho que ele tenha acompanhado o tópico e você também.

Esse trecho tem problemas de desenvolvimento e gramática demais para ser interpretado.

Se quiser tente novamente.

Citar
Essa é uma forma desonesta de argumentar.  Para não dizer messiânica.
Está me ofendo com sua qualificação pejorativa. Citar a minha argumentação com desonesta e messiânica não traz nada de produtivo a discussão.

Claro que traz.  É um motivo (por desagradável que seja) para você refletir mais sobre a qualidade de seus argumentos.

Citar
É um ponto de vista e é natural que eu possa manifestá-lo sem que eu seja desqualificado por isso.

Estou simplesmente apontando a desonestidade do argumento, Adriano.  Não vou deixar de fazê-lo só porque você não aceita.  Aliás nem sou o único, como os últimos posts devem ter deixado claro.
Wiki experimental | http://luisdantas.zip.net
The stanza uttered by a teacher is reborn in the scholar who repeats the word

Em 18 de janeiro de 2010, ainda não vejo motivo para postar aqui. Estou nos fóruns Ateus do Brasil, Realidade, RV.  Se a Moderação reconquistar meu respeito, eu volto.  Questão de coerência.

Offline Adriano

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 8.672
  • Sexo: Masculino
  • Ativismo quântico
    • Filosofia ateísta
Re: Porque não preciso agir eticamente frente à morte de animais.
« Resposta #270 Online: 15 de Dezembro de 2007, 08:30:06 »
Não disse que a necessidade de proteção é necessidade da socialização.

Não foi o que você disse ao final da mensagem de 05h58min15?
É exatamente o que eu disse. Está me interpletando erroneamente. Se a socialização, que de fato, nem surgiu na nossa atual fase evolutiva, muito provavelmente em outras espécies anteriores, pois compartilhamos essa característica com outros animais. É uma questão de interpletação, e está coerente com o que venho desenvolvendo no tópico. Por vezes resumo o que pode não deixar tão claro verificando uma única postagem. Mas suponho que ele tenha acompanhado o tópico e você também.

Esse trecho tem problemas de desenvolvimento e gramática demais para ser interpretado.

Se quiser tente novamente.

Citar
Essa é uma forma desonesta de argumentar.  Para não dizer messiânica.
Está me ofendo com sua qualificação pejorativa. Citar a minha argumentação com desonesta e messiânica não traz nada de produtivo a discussão.

Claro que traz.  É um motivo (por desagradável que seja) para você refletir mais sobre a qualidade de seus argumentos.

Citar
É um ponto de vista e é natural que eu possa manifestá-lo sem que eu seja desqualificado por isso.

Estou simplesmente apontando a desonestidade do argumento, Adriano.  Não vou deixar de fazê-lo só porque você não aceita.  Aliás nem sou o único, como os últimos posts devem ter deixado claro.

Se é isso que pensa do meu argumento, então o recado está dado. Discordo veementemente da sua ponderação a respeito. Mas não estou disposto, pelo menos por enquanto, a continuar a discussão contigo.  :ok:
Princípio da descrença.        Nem o idealismo de Goswami e nem o relativismo de Vieira. Realismo monista.

Offline Luis Dantas

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 15.195
  • Sexo: Masculino
  • Morituri Delendi
    • DantasWiki
Re: Porque não preciso agir eticamente frente à morte de animais.
« Resposta #271 Online: 15 de Dezembro de 2007, 09:01:48 »
Nesse nível, não vale mesmo a pena tentar.
Wiki experimental | http://luisdantas.zip.net
The stanza uttered by a teacher is reborn in the scholar who repeats the word

Em 18 de janeiro de 2010, ainda não vejo motivo para postar aqui. Estou nos fóruns Ateus do Brasil, Realidade, RV.  Se a Moderação reconquistar meu respeito, eu volto.  Questão de coerência.

Offline Adriano

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 8.672
  • Sexo: Masculino
  • Ativismo quântico
    • Filosofia ateísta
Re: Porque não preciso agir eticamente frente à morte de animais.
« Resposta #272 Online: 15 de Dezembro de 2007, 09:05:58 »
Não disse que a necessidade de proteção é necessidade da socialização.

Não foi o que você disse ao final da mensagem de 05h58min15?
É exatamente o que eu disse. Está me interpletando erroneamente. Se a socialização, que de fato, nem surgiu na nossa atual fase evolutiva, muito provavelmente em outras espécies anteriores, pois compartilhamos essa característica com outros animais. É uma questão de interpretação, e está coerente com o que venho desenvolvendo no tópico. Por vezes resumo o que pode não deixar tão claro verificando uma única postagem. Mas suponho que ele tenha acompanhado o tópico e você também.

Esse trecho tem problemas de desenvolvimento e gramática demais para ser interpretado.

Se quiser tente novamente.
Não. O texto está do jeito que quis para expressar a sociedade como sendo uma continuidade das características biológicas individuais do homem. A interpretação é essa. A referência ao tempo de gestação e de desenvolvimento maior na espécie humana é um desses indícios de como a cultura reage com a genética humana, possibilitando o surgimento dos traços sociais compatíveis.

Citar
Essa é uma forma desonesta de argumentar.  Para não dizer messiânica.
Está me ofendo com sua qualificação pejorativa. Citar a minha argumentação com desonesta e messiânica não traz nada de produtivo a discussão.

Claro que traz.  É um motivo (por desagradável que seja) para você refletir mais sobre a qualidade de seus argumentos.
Considero bom o meu argumento. O contra argumento de que sociedade é uma coisa e cultura é outra não se sustenta. É nisso que me apóio para justificar que a superioridade biológica do homem. Sua crítica, alías, o exagero dela, não faz diferença nessa coerencia que encontro em refutar a falsa dicotomia entre cultura e natureza.

Citar
É um ponto de vista e é natural que eu possa manifestá-lo sem que eu seja desqualificado por isso.

Estou simplesmente apontando a desonestidade do argumento, Adriano.  Não vou deixar de fazê-lo só porque você não aceita.  Aliás nem sou o único, como os últimos posts devem ter deixado claro.
Não existe desonestidade de argumento. Os argumentos podem ser válidos ou inválidos, certos ou errados e não honestos ou desonestos. Isso é uma antropomorfização dos argumentos.  :biglol:

E em relação ao meu argumento e o seu desenvolvimento, a sua avaliação é que está errada. Estou certo no meu ponto de vista.  B-)

Princípio da descrença.        Nem o idealismo de Goswami e nem o relativismo de Vieira. Realismo monista.

Offline Adriano

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 8.672
  • Sexo: Masculino
  • Ativismo quântico
    • Filosofia ateísta
Re: Porque não preciso agir eticamente frente à morte de animais.
« Resposta #273 Online: 15 de Dezembro de 2007, 09:06:52 »
Nesse nível, não vale mesmo a pena tentar.
Meu nível está bom, sinto muito te informar que sua avaliação não é coerente com a situação.
Princípio da descrença.        Nem o idealismo de Goswami e nem o relativismo de Vieira. Realismo monista.

Offline Luis Dantas

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 15.195
  • Sexo: Masculino
  • Morituri Delendi
    • DantasWiki
Re: Porque não preciso agir eticamente frente à morte de animais.
« Resposta #274 Online: 15 de Dezembro de 2007, 09:11:59 »
O contra argumento de que sociedade é uma coisa e cultura é outra não se sustenta.

Mas o argumento que foi apresentado foi o de que cultura é uma coisa e biologia é outra...

Citar
É nisso que me apóio para justificar que a superioridade biológica do homem. Sua crítica, alías, o exagero dela, não faz diferença nessa coerencia que encontro em refutar a falsa dicotomia entre cultura e natureza.

Exagero?  'Cê não viu nada, fio... eu estou pegando leve com você porque acredito que você pode aprender gradualmente.  E, novamente, não sou o único a fazê-lo.


Citar
E em relação ao meu argumento e o seu desenvolvimento, a sua avaliação é que está errada. Estou certo no meu ponto de vista.  B-)

Nunca questionei o seu direito de ser messiânico, Adriano.  Mas você também não vai questionar o meu de rir dessa sua postura.
« Última modificação: 15 de Dezembro de 2007, 09:16:29 por Luis Dantas »
Wiki experimental | http://luisdantas.zip.net
The stanza uttered by a teacher is reborn in the scholar who repeats the word

Em 18 de janeiro de 2010, ainda não vejo motivo para postar aqui. Estou nos fóruns Ateus do Brasil, Realidade, RV.  Se a Moderação reconquistar meu respeito, eu volto.  Questão de coerência.

 

Do NOT follow this link or you will be banned from the site!