Não existe nenhuma "pérola" aqui. Tenha um pouco mais de respeito para com a minha participação e deixe de fazer classificações pejorativas. Um possível erro da minha parte deve ser entendido simplesmente como erro e não mais que isso.
Você não respondeu meu primeiro argumento no texto que citou.
Nos relacionamentos entre os indivíduos. Existe a relação de afetividade e cooperação muito mais maleável e complexa que simplesmente reproduções de comportamento puramente fisiológico.
Cachorros sequer formam uma sociedade!!! Sociedade é a capacidade de seres se organizarem e se relacionarem: nisso as formigas ganham! Elas tem capacidade de organização muito maior, com castas, funções pré-definidas, comunicação e pasme: até a capacidade de ensinarem umas às outras.
Da onde você tira essas pérolas?
Suponho que seja sobre os cachorros não formarem uma sociedade, mas pelo contrário, estão até integrados a nossa sociedade, por isso são animais domesticados.
Caso seja sobre a superioridade da sociedade das formigas, isso não é correto justamente pelos itens que citou, da sua falta de mobilidade social e da pouca margem de individuação do organismo dentro da sociedade. O ensinamento delas, conforme a reportagem é ainda muito rudimentar se comparado aos demais animais, como os mamíferos.
Sim, complexa de fato. Mas muito pouco se comparado com os mamíferos por exemplo.
Ad nauseam.
Não é circular. É uma relação perfeitamente válida biológicamente. A sociedade das formigas é insignificante perante a organização da espécie humas e de outros primatas, por exemplo. E o cérebro tem uma função muito pertigente de ser um agredor dos indivíduos, principalmente no desenvolvimento da comunicação destes.
Ad nauseam.
Não é ad nausea. Se for assim o seu argumento de que formigas são biologicamente e evolutivamente iguais ou superiores que o homem também é. Não seja parcial. Não tem nada que prove sua afirmação, pelo contrário.
As formigas não existem antes de nós.
http://en.wikipedia.org/wiki/Ants#Evolution
Gostaria de manter a discussão em português, se possível. Poderia ter usado o artigo da wikipédia em português.
A comparação de idade das espécies é equivocada. As formigas tem mais tempo de existência por não terem sofrido da especiação recentemente. Porém nós sofremos mais pressões evolutivas e nos diferenciamos mais.
Mas temos a mesma idade enquanto seres biológicos e compartilhamos do parentesco de reino, ambas as espécies do reino animal, portanto uma descência comum. A especiação foi muito mais intensa entre nós, e estamos como espécie humana a menos tempo por isso.
Pode ser apenas como espécie humana, mas a espécie humana é resultadado da evolução biológica. Temos uma ligação na hierarquia evolutiva, com origens em comum. Nós seguimos determinados rumos e elas permaneceram em certa estagnação (comparativamente) evolutiva.
O que não quer dizer que somos mais evoluídos ou superiores... Só que, a grosso modo, precisamos de mais reparos. 
Não é por aí. A classificação taxonômica nos distingue evolutivamente das demais espécies. Por exemplo, entre os humanos e as formigas, somos iguais enquanto animais, mas nos distinguimos no filo ou divisão, que devido as nossas características somos animais, além de vertebrados com características de reprodução peculiar. Já as formigas fazem parte do filo artópode, portando invertebrados, possuem membros rígidos e articulados.
Os vertebrados possuem a coluna vertebral e um cranio que protege o cérebro. Possuem um sistema nervoso central e um sistema muscular. Avanços evolutivos de um filo em comparação ao outro.
Fiz uma confução entre os tipos de cérebro. A idéia era monstrar a diferença entre os vertebrados e os invertebrados. Os primeiros tem uma caixa craniana e sistema nervoso. Uma evolução dos vertebrados em relação ao invertebrados, uma conquista evolutiva.
Na verdade, você usou de premissa para tentar concluir do porquê cachorros serem "superiores" a formigas.
Mas é a real premissa. Os vertebrados são mais evoluidos morfologicamente do que os invertebrados. Isso confere um grau de organização individual maior. E os cachorros são muito mais sociáveis que as formigas, tem uma capacidade surpreendente de socialização com os humanos. Vivem em conjunto com nós.
A complexidade das sociedades de insetos é muito inferior a dos primatas, que tem um sistema de comunicação muito mais avançado, resultado do cérebro mais evoluido.
Ad nauseam.
Citar a linguagem como mais evoluida é ad nauseam? Não tem nada disso e é uma caracteristica cerebral sim, muito diferente do sistema rústico de comunicação das formigas, que a reportagem descabidamente (como sempre fazem na escolha de títulos de divulgação científica) compara a educação humana. Não dá para ir longe com essa analogia.
A sociobiologia está aí para mostrar a importancia das sociabilização na zoologia. Esta faz justamente o contrário do antropocentrismo, reduz a influência da cultura na explicação do comportamento humano, mostrando que a biologia tem grande influência no mesmo, muito mais do que se imaginava.
O problema é que o que você está falando não tem a ver com sociobiologia.
Estou falando dentro do contexto da sociobiologia.
Como o homem é também um animal, este não está isento de ser um objeto de estudo da sociobiologia. O dualismo cartesiano, que separa as funções mentais dos seus elementos corporais, é um obstáculo para o entendimento da sociobiologia. Conforme defendido pela psicologia evolutiva, o cérebro dos humanos também sofreu pressões seletivas específicas, que o adaptaram a determinadas circunstâncias. Antes mesmo da vida em grandes sociedades, o homem precisava interagir e se comunicar. Um organismo geneticamente propenso ao altruísmo, por exemplo, poderia ter ganhos maiores se o ambiente fosse propício a isso, conforme demonstrou o biólogo Robert Trivers. Assim, sentimentos como a compaixão seriam influenciados por fatores genéticos, e portanto deveriam ser estudados com base na biologia.
O meu argumento da linguagem e comunicação, que você taxou como ad nausean, é um dos pilares da sociobiologia, o marco principal da nossa cultura. E a cultura é o diferencial principal da espécie humana.
A Sociobiologia trata do entendimento do comportamento social dos animais. Como são animais sociais, ou seja, apresentam vida organizada em sociedades, os seres humanos são objeto da Sociobiologia. Entretanto os seres humanos apresentam um fator que os torna diferentes da maioria dos animais sociais: a cultura. A cultura é capaz de promover transformações na forma como os humanos interagem com seu ambiente abiótico e biótico, independente de sua herança genética. Assim, é importante lembrar que para os sociobiólogos, o comportamento é fenótipo, isto é, é um produto dos genes com o ambiente. Sociobiólogos não têm um consenso sobre o papel da Sociobiologia Humana.
Não é bem assim, veja por exemplo esses trechos:
"Primeira diferença, da qual decorrem todas as outras, a inteligência coletiva pensa dentro de nós, ao passo que a formiga é uma parte quase opaca, quase não holográfica, um elo inconsciente do formigueiro inteligente. Podemos usufruir inteligentemente da inteligência coletiva, que aumenta e modifica nossa própria inteligência. Contemos ou refletimos parcialmente, cada um à sua maneira, a inteligência do grupo. A formiga, em troca, tem apenas uma pequeníssima fruição ou visão da inteligência social. Não obtém dela um acréscimo mental. Obediente beneficiária, participa somente às cegas dessa inteligência.
...
"O estatuto do indivíduo num e noutro tipo de sociedade cristaliza e resume o conjunto das diferenças que os opõem. O lugar e o papel de cada formiga estão definitivamente fixados. No seio de uma espécie particular, os tipos de comportamentos ou as diferentes morfologias (rainhas, operárias, guerreiras) são imutáveis. As formigas (como as abelhas e os cupins) estão organizadas em castas e as formigas da mesma casta são intercambiáveis sem perda. Em troca, as sociedades humanas não cessam de inventar novas categorias, os indivíduos passam de uma classe a outra e, sobretudo, é na verdade impossível reduzir urna pessoa a seu pertencimento a uma classe (ou a um conjunto de classes), pois cada indivíduo humano é singular. As pessoas, tendo seu próprio caminho de aprendizagem, encarnando respectivamente mundos afetivos e virtualidades de mutação social (mesmo mínima) diferentes, não são intercambiáveis. Os indivíduos humanos contribuem, cada um diferentemente e de maneira criativa, para a vida da inteligência coletiva que os ilumina em troca, ao passo que uma formiga obedece cegamente ao papel que lhe dita sua casta no seio de um vasto mecanismo inconsciente que a ultrapassa absolutamente.
O que o texto afirma? Que as sociedades das formigas são necessariamente mais simples que a sociedade humana? Ninguém está negando isso... O problema, desde o começo foi você afirmar que a complexidade do cérebro e a complexidade de uma sociedade são equivalentes.
Certo, então avançamos um pouco mais na questão. A sociobiologia estuda justamente a sociabilização dos animais, e a sociedade das formiga é facilmente explicados pelas sua genética e suas castas, porém com comportamentos simples em relação aos cães por exemplo. O cérebro tem uma influência muito grande, pois é uma evolução, não apenas morfológica, mas sim neural, fazendo parte do avanço do sistema nervoso, que os invertebrados não tem.