Do pouco que sei do antigo Egito, não há, absolutamente nada, que comprove ou indique a existência deste êxodo bíblico...
Bem,
O Pentateuco e alguns outros documentos têm o mesmo poder de História do Povo Hebreu que demais documentos de outros povos antigos têm sobre estes. Os textos gregos são cravados de mitologia e não se tem outras evidências sobre a existência de determinadas figuras históricas fora de tais documentos.
Tirando a mitologia, no conteúdo do relato bíblico do êxodo tem muita coisa factível, e, se for comparar o texto com o que se tem de História, por falta de evidências não há muito mais motivos para desconsiderar a história do povo judeu do que não haja motivos tantos para desconsiderar a história de outros povos.
Nômades do deserto não edificam fortalezas e não deixam nada pelo caminho senão cinzas de fogueiras e fezes enterradas. Evidências de um êxodo só se encontrará em relatos. Quem poderia relatar tal êxodo além daquele povo seria o povo egípcio. O que temos do povo egípcio é apenas o que os ladrões de tumbas permitiram chegar a nós.
Os relatos das viagens (longas, diga-se de passagem), as distâncias percorridas, batem com as características geográficas que temos hoje. Se pensar que aquele povo não tinha lá tempo e possibilidades de construir mapas precisos, e comparar a narração "passaram por aqui, por ali, por acolá", esse pode ser um começo de evidência pró-êxodo.
Ademais, junte milhares de escravos, homens oprimidos, e soldados os vigiando, cuja arma de longo alcance mais poderosa é uma flecha, e revolta/fuga é o que se pode esperar. Egípcios tinham escravos + os escravos eram judeus = fuga de escravos é o que se pode esperar. Logo, uma fuga de escravos judeus é um evento histórico por demais plausível.
Se o mar se abriu, isso já faz parte da mitologia deles. Um conta que a maré estava baixa e subiu rapidamente, que maravilhosa coincidência. O outro ouve e já diz: deus ajudou. Lá no décimo repasse da história, deus abre o mar mesmo.