Autor Tópico: Tensão na Coréia do Norte  (Lida 78727 vezes)

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Pyongyang rompe com o Seul e a acusa de colocar as Coreias à beira da guerra
« Resposta #50 Online: 31 de Janeiro de 2009, 07:39:56 »
Uma hora dessas vão fazer uma besteira e não vão voltar atrás. Aí o pau pega...

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A Coreia do Norte anunciu nesta sexta-feira a ruptura de todos seus acordos políticos e militares com a vizinha do Sul, à qual acusa de querer colocar os dois países à beira de uma guerra, depois de vários meses de crescentes tensões.

"O confronto do Norte e do Sul nos campos políticos e militar alcançou extremos tais que as relações intercoreanas estão à beira da guerra", advertiu um comunicado oficial citado pela agência de notícias norte-coreana KCNA.

O comunicado da Comissão para a Reunificação Pacífica da Coréia, organismo norte-coreano que promove as relações transfronteirças, afirma que todos os acordos políticos e militares com a Coreia do Sul estão anulados, incluindo o relativo a sua fronteira nas águas do Mar Amarelo.

Esta zona litigiosa foi cenário de violentos combates em 1999 e 2002.

A fronteira marítima entre as duas Coreias foi delimitada unilateralmente pela ONU depois da guerra que enfrentou os dois países entre 1950 e 1953. Pyongyang jamais aceitou essa solução e reclama uma nova fronteira, o que Seul nega.

Em junho de 2002, seis militares sul-coreanos perderama vida em um confronto naval nessa zona, e as perdas norte-coreanas provavelmente foram mais elevadas. Em junho de 1999, dezenas de marinheiros norte-coreanos morreram num choque similar.

Este comunicado é o último capítulo do aumento da tensão nas relações bilaterais nos últimos meses. Em 17 de janeiro, um porta-voz militar norte-coreano ameaçou a Coreia do Sul com um "confronto total" se algum navio de Seul atravessasse o Mar Amarelo.

Depois das ameaças, as autoridades militares sul-coreanas decretaram o estado de alerta na fronteira marítima dos dois países.

O comunicado também acusa o governo conservador do presidente sul-coreano Lee Myung-Bak de enterrar os acordos alcançados nas cúpulas de 2000 e 2007.

As relações entre os dois vizinhos peninsulares, que oficialmente continuam em estado de guerra desde o sangrento conflito de 1950-53, se deterioraram desde a chegada ao poder do presidente Lee em fevereiro de 2008.

Este conservador, chamado de "traidor" por Pyongyang, preconiza uma linha intransigente em relação ao Norte depois de uma década de política de mão estendida praticada por seu predecessor liberal.

O regime de Pyongyang, que dispõe de um exército de 1,1 milhão de homens, também posiciona há anos centenas de mísseis convencionais orientados contra a Coréia do Sul.

Alguns analistas avaliam, no entanto, que estas novas declarações marciais, muito características do regime comunista, visam a chamar a atenção da nova administração dos Estados Unidos.

A Casa Branca já advertiu que o presidente Barack Obama terá uma firme posição em relação a Coréia do Norte no que diz respeito a programa nuclear e minimizou o desafio atômico de Pyongyang.

"Não é de surpreender que eles batam na mesa para tentar chamar a atenção", afirmou a porta-voz Dana Perino depois que a Coréia do Norte disse que poderá manter suas armas nucleares e ameaçou com um confronto com a Coréia do Sul.

Fonte: AFP

http://defesabrasil.com/site//Noticias/Internacional/Pyongyang-rompe-com-o-Seul-e-a-acusa-de-colocar-as-Coreias-a-beira-da-guerra.html

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Coréia do Norte anuncia lançamento de satélite
« Resposta #51 Online: 25 de Fevereiro de 2009, 03:10:17 »
Coréia do Norte anuncia lançamento de satélite

O governo da Coréia do Norte anunciou nesta terça-feira estar preparando o lançamento de um foguete que colocará em órbita um satélite de telecomunicações, informou a agência estatal de notícias norte-coreana KCNA.

"Os preparativos para o lançamento do satélite de comunicações Kwangmyongsong-2, que será colocado em órbita pelo foguete Unha-2, estão tendo rápidos progressos no Centro de Lançamento de Satélites Tonghae, no condado de Hwadae, província de Hamgyong Norte", afirmou um porta-voz do Comitê Coreano de Tecnologia Espacial, segundo o site da KCNA.

"Quando o satélite for lançado, a ciência e a tecnologia da nação (Coreia do Norte) darão outro passo gigantesco na construção do poder econômico", diz o comunicado.

Não foram divulgadas informações sobre a data do possível lançamento.

Suspeitas

Segundo o correspondente da BBC na Coréia do Sul, o comunicado divulgado nesta terça-feira é a mais clara que referência até agora sobre os rumores de que Pyongyang estaria se preparando para testar um míssil de longo-alcance.

Outro fato que reforça os temores de que o país na verdade estaria preparando o teste de um míssil é que, em 1998, quando a Coréia do Norte testou o míssil de pequeno alcance Taepodong-1, também alegou estar colocando um satélite em órbita.

Acredita-se que o local do possível lançamento, Hwadae, no nordeste do país, também seja o lugar onde está sendo desenvolvido o míssil de longo-alcance Taepodong-2, que, segundo informações, teria um alcance de 6,7 mil quilômetros, o que, teoricamente, daria a ele a capacidade de atingir o Estado norte-americano no Alasca.

Na última vez que o Taepodong-2 foi testado, em 2006, no entanto, ele acabou explodindo menos de um minuto após o lançamento.

Apesar das suspeitas, o comunicado divulgado por Pyongyang nesta terça-feira afirma que o lançamento tem "fins pacíficos".

"O espaço é um ativo comum a toda a humanidade e seu uso para fins pacíficos é uma tendência global", diz o documento divulgado pela KCNA.

Tensões

As negociações sobre o desmantelamento do arsenal nuclear da Coréia do Norte (que envolvem EUA, Rússia, Coréias do Norte e do Sul, China e Japão) estão atualmente paradas.

As relações de Pyongyang com Seul também estão mais estremecidas depois de o governo norte-coreano ter anunciado, no final de janeiro, o cancelamento de todos os acordos com o vizinho do sul.

Durante sua visita oficial à Ásia, na semana passada, a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, alertou a Coréia do Norte sobre suas "atitudes provocativas" e pediu pela retomada das negociações sobre seu desarmamento.

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2009/02/090224_coreiadonorte_cq.shtml

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Re: Coréia do Norte anuncia lançamento de satélite
« Resposta #52 Online: 09 de Março de 2009, 18:36:57 »
Coreia do Norte ameaça com guerra por causa de 'satélite'

O governo da Coreia do Norte colocou suas forças em estado de alerta total no início de um grande exercício militar conjunto dos Estados Unidos com a Coreia do Sul.

A agência estatal do governo chamou o exercício de "provocação perigosa".

Pyongyang também alertou que qualquer tentativa de derrubar um satélite que o país pretende lançar resultará em guerra.

Tanto os Estados Unidos quanto a Coreia do Sul acreditam que o governo norte-coreano possa estar se preparando para testar um míssil de longo alcance, disfarçado o lançamento como se fosse de um satélite.

O alerta norte-coreano foi feito quando os dois países deram início a um exercício militar anual conjunto que deve durar 12 dias.

A Coreia do Norte já vinha chamado exercícios em anos anteriores de "provocação", mas dessa vez as críticas vem em um momento especialmente tenso nas relações entre as duas Coreias.

Na sexta-feira, o governo norte-coreano disse que o risco de um conflito significava que o país não podia mais garantir a segurança de voos comerciais que passam pelo seu espaço aéreo.

Vários voos sul-coreanos tiveram seus trajetos alterados por precaução.

Exercício

Em um comunicado publicado pela agência de notícias estatal norte-coreana, o Exército disse que está pronto para usar força contra a Coreia do Sul, os Estados Unidos e o Japão.

"Nós retaliaremos qualquer ação para interceptar nosso satélite que tem objetivos pacíficos com ataques imediatos usando os meios militares mais poderosos", disse o comunicado.

"Ataques contra nosso satélite que tem objetivos pacíficos significará, precisamente, guerra."

O Exército havia divulgado um comunicado mais cedo dizendo que todos os militares foram orientados a estarem prontos para o combate para defender o país.

O comunicado descreveu o exercício sul-coreano e americano como "sem precedentes no número de forças agressoras envolvidas e em sua duração".

O exercício para a defesa da península coreana envolve cerca de 50 mil soldados dos dois países.

Segundo analistas na Coreia do Sul, os norte-coreanos podem estar usando o exercício como um pretexto, e que o objetivo de suas ameaças seria o de limpar o espaço aéreo do país para o teste de um míssil.

As tensões na região aumentaram desde que o presidente sul-coreano Lee Myung-bak tomou o poder, há um ano, e endureceu a relação com o vizinho do norte.

No dia 30 de janeiro, Pyongyang cancelou uma série de acordos por causa da decisão de Seul de ligar a ajuda bilateral ao cancelamento do programa nuclear norte-coreano.

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2009/03/090308_coreiaameaca_ir.shtml

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Re: Coréia do Norte anuncia lançamento de satélite
« Resposta #53 Online: 09 de Março de 2009, 20:44:32 »
Estão fazendo aquilo que eu disse que se devia fazer no Brasil. Testar mísseis balísticos dizendo que vão colocar satélite em órbita... Tudo em nome do progresso.

Offline André Luiz

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Re: Coréia do Norte anuncia lançamento de satélite
« Resposta #54 Online: 09 de Março de 2009, 22:10:56 »
Poder militar da Coreia do Norte é um blefe,  é só jogar banana e planfetos que eles se rendem

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Re: Coréia do Norte anuncia lançamento de satélite
« Resposta #55 Online: 11 de Março de 2009, 19:33:33 »
Coreias: por que Norte e Sul não se entendem?
      
Nos últimos dias temos nos deparado com notícias sobre uma ameaça de guerra entre as Coreias do Sul e do Norte. Mesmo após a assinatura de um tratado de paz entre os dois países e a criação de uma zona desmilitarizada na fronteira, frequentemente os governos se encontram em tensão política e militar.

O motivo da troca de acusações e ameaças desta vez é o lançamento, pelos norte-coreanos, de um satélite de comunicação para a órbita da Terra. O governo do ditador Kim Jong-il (reeleito no último dia 08 de março, em um pleito em que era o único candidato e obteve 100% dos votos) ameaçou entrar em guerra com a Coreia do Norte, caso Seul ou os EUA interceptem o satélite que pretende lançar. Em um comunicado lido na televisão estatal, um militar alertou que qualquer tentativa de derrubar o aparelho será vista como ato de guerra.

Enquanto a Coreia do Norte é governada por um regime comunista, que foi aliado da antiga União Soviética, a Coreia do Sul é uma democracia apoiada pelos EUA. A questão do lançamento do satélite nos recorda a Guerra Fria já que Washington e Seul temem que o satélite seja um disfarce para o lançamento de um míssil de longo alcance.

Provavelmente este possível míssil não atingiria nenhum país ou causaria dano, porém, seria uma prova de que a Coreia do Norte está testando armas nucleares.

A ameaça da Coreia do Norte

A tensão entre as duas nações é agravada pelo fato de que, para lançar o satélite, a Coreia do Norte prepara o lançamento do míssil Taepodong-2. O governo diz que o lançamento faz parte do envio do satélite porém, os EUA acusam o governo norte-coreano de ter intenções militares.

A Coreia do Norte então alertou que retaliaria "qualquer ação para interceptar o satélite, que tem objetivos pacíficos, com ataques imediatos usando os meios militares mais poderosos" e o comunicado continuou 'ataques contra nosso satélite significarão, precisamente, guerra.'.

As relações entre os dois países endureceram desde que Lee Myung-bak assumiu como presidente da Coreia do Sul, há cerca de um ano, e tornou o diálogo com o vizinho do norte mais rígido. Lee restringiu a necessária ajuda financeira à vizinha empobrecida na expectativa que a Coreia do Norte permitisse maior vigilância externa à desnuclearização, um dos principais impasses ao avanço do processo. Entretanto, em resposta, Pyongyang cancelou uma série de acordos bilaterais. 

A resposta da Coreia do Sul

Faz parte da aliança entre EUA e Coreia do Sul a realização de treinamentos militares conjuntos em território sul-coreano. Os exercícios, que estão sendo realizados,  mobilizarão mais de 25 mil tropas americanas, um avião de potência nuclear e dezenas de milhares de soldados sul-coreanos até o dia 12 de março. A proximidade com a fronteira norte-coreana fez com que  o país se colocasse em estado de alerta. Segundo declarações do governo, o treinamento conjunto das tropas não passa de um ensaio para uma possível invasão à Coreia do Norte que, em retaliação, cortou a comunicação militar entre os dois países até que o exercício tenha chegado ao fim.

A Coreia do Sul, por sua vez, não descarta a possibilidade de um confronto com a vizinha do norte. Para o ministro da Defesa sul-coreano, Lee Sang-hee, as provocações não descartam a possibilidade de choques por terra, mar e ar. Ainda segundo Sang-hee, a Coreia do Norte não tem nada a ganhar com ameaças aos países vizinhos.

A Coreia do Norte e as armas nucleares

O país vive num isolamento internacional e se recusa a aceitar a fiscalização da ONU (Organização das Nações Unidas). Desde que saiu do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares, em 2003, a Coreia do Norte vem anunciando progressos técnicos no desenvolvimento de armas nucleares. Em 2006, o país realizou um teste nuclear e testou mísseis balísticos, mas, após a demonstração de força, retomou as negociações com a ONU em troca de ajuda internacional e do descongelamento de fundos depositados no exterior. Os norte-coreanos concordaram então em começar o fechamento de seu reator nuclear e a permitir a volta de inspetores da ONU ao país. Mas o regime comunista ainda faz ameaças de retrocesso na negociação como forma de mostrar a força da ditadura comunista e seu controle sobre o país.

Um pouco de história

Do século 7º até o ano de 1910, Coreia do Sul e do Norte formaram um só país. Porém ele foi invadido por tropas japonesas e transformado em colônia do Império Nipônico. Em 1945, após a derrota do Japão na Segunda Guerra Mundial (1939-1945), a Coreia foi dividida em duas, uma parte sob controle dos EUA e a outra alinhada à antiga União Soviética.

A divisão foi feita sem consulta alguma aos cidadãos coreanos que, embora concordassem com o fim do Império Japonês, não estavam de acordo com a presença estrangeira na península. Assim, após 1948, quando governos distintos foram instituídos no norte e no sul, iniciou-se um movimento de unificação no qual os dois lados reivindicavam o controle central do país.

Esta situação deu origem à guerra civil que teve seu ápice em 1950 quando as tropas da Coreia do Norte invadiram o território sul a fim reunificar a península sob o regime comunista. A guerra acabou somente em 1953 quando a ONU, o Exército da República Popular Coreana (Coreia do Norte) e os Voluntários da República Popular da China assinaram um acordo de armistício. Desde então, uma zona desmilitarizada (DMZ, na sigla em inglês) separa o sul e o norte.

http://www.igeduca.com.br/artigos/acontece/coreias-por-que-norte-e-sul-nao-se-entendem.html

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Coreia do Norte prende jornalistas dos EUA, diz mídia sul-coreana
« Resposta #56 Online: 19 de Março de 2009, 20:16:06 »
Coreia do Norte prende jornalistas dos EUA, diz mídia sul-coreana

Soldados norte-coreanos teriam prendido duas jornalistas americanas, segundo relatos da mídia sul-coreana.

As duas estariam em território chinês, próximo à fronteira com a Coreia do Norte, no momento da detenção.

Segundo os relatos na Coreia do Sul, que citam autoridades locais, guardas de fronteira norte-coreanos teriam detido as duas jornalistas.

Os guardas de fronteira teriam passado ao território chinês para fazer a detenção após as jornalistas ignorarem ordens para parar de filmar na área.

Os Estados Unidos expressaram "preocupação" sobre as duas jornalistas. O governo norte-coreano ainda não se pronunciou sobre o assunto, enquanto a China disse que está investigando o ocorrido.

Segundo a agência de notícias Associated Press, a sino-americana Laura Ling e a coreana-americana Euna Lee, ambas da emissora online californiana Current TV, teriam sido detidas na terça-feira.

O guia das duas, um chinês de origem coreana, também teria sido detido, segundo a agência.

Chun Ki-won, um sacerdote cristão de Seul que ajudou a organizar a viagem das jornalistas à região, afirmou que elas foram à área para coletar informações sobre refugiados norte-coreanos no nordeste da China.

Tensões elevadas

A detenção dos jornalistas ocorre em um momento de tensões elevadas entre os Estados Unidos e a Coréia do Norte.

O governo norte-coreano provocou irritação nos Estados Unidos ao planejar o lançamento de um míssil em abril como parte de seu programa de comunicações por satélite.

Os Estados Unidos acreditam que o lançamento tem o objetivo de testar um foguete que poderia potencialmente ser carregado com armamentos para atingir o território americano.

As informações sobre o local exato da detenção ainda são confusas. A TV sul-coreana YTN e fontes diplomáticas não identificadas dizem que os guardas cruzaram o rio Tumen até o território chinês para prender as jornalistas.

O jornal Munhwa Ilbo relatou a prisão de apenas uma jornalista e disse que o incidente ocorreu em outro rio de fronteira, o Yalu. As duas áreas ficam a centenas de quilômetros de distância uma da outra.

Tanto o rio Tumen quanto o Yalu são pontos comuns de trânsito fronteiriço entre a China e a Coreia do Norte.

Muitos norte-coreanos também tentam cruzar os rios para fugir à China pela fronteira, escapando da pobreza e da repressão em sua terra natal e atraídos pela economia chinesa em expansão.

Segundo o correspondente da BBC Michael Bristow, que esteve recentemente na fronteira da Coreia do Norte com a China, diz que há uma forte presença militar na área.

Há postos de checagem a cada poucos quilômetros, segundo ele, com soldados tanto da China quanto da Coreia do Norte visíveis nas margens do rio.

Em 1996, um americano foi preso por norte-coreanos sob a acusação de espionagem, após mergulhar no rio Yalu. Ele foi libertado após três meses, com a intervenção de um congressista dos Estados Unidos.

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2009/03/090319_coreiajornalistaseua_rw.shtml

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Re: Coréia do Norte anuncia lançamento de satélite
« Resposta #57 Online: 31 de Março de 2009, 02:57:22 »
E as coisas estão ficando mais tensas por lá. As fotos que saíram hoje:


Destroier da Coreia do Sul se posiciona para possível interceptação do susposto satélite que a Coreia do Norte pretende lançar


Sul-coreanos protestam contra o regime da Coreia do Norte e pedem que o suposto satélite não seja lançado

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Re: Coréia do Norte anuncia lançamento de satélite
« Resposta #58 Online: 31 de Março de 2009, 09:41:36 »
Pra que satélite de comunicação na Coreia do Norte? Usam tanto assim telefone e internet??
Pra pegar melhor a CNN ou a Betty, a feia???

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Re: Coréia do Norte anuncia lançamento de satélite
« Resposta #59 Online: 31 de Março de 2009, 09:46:06 »
Acho que ninguém está reclamando de lançarem um satélite... O problema é que eles acham que é um teste de míssil.
"O crime é contagioso. Se o governo quebra a lei, o povo passa a menosprezar a lei". (Lois D. Brandeis).

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Re: Coréia do Norte anuncia lançamento de satélite
« Resposta #60 Online: 31 de Março de 2009, 09:53:27 »
Acho que ninguém está reclamando de lançarem um satélite... O problema é que eles acham que é um teste de míssil.

mas é esta a questão. Como um país tão fechado politicamente, tão fechado econômicamente, tão fechado aos direitos individuais se mostra interessado de repente a querer TV via satélite? Ou Telefone? Ou internet?
Dizer que é lançamento de satélite é fácil, ainda mais se, no lugar da carga útil do satélite, você colocar uma ogiva nuclear de alguns megatons, não muito, apenas o suficiente para detonar 15 quadras no centro de Seul ou Tóquio,alguns dos lugares mais povoados do mundo...

Offline André Luiz

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Re: Coréia do Norte anuncia lançamento de satélite
« Resposta #61 Online: 31 de Março de 2009, 11:12:28 »
O problema desta regiao é que qualquer fagulha nao se restringirá a Coréia do Sul x Coréia do Norte, entram os americanos, entram os chineses, japoneses, daí já viu

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Re: Coréia do Norte anuncia lançamento de satélite
« Resposta #62 Online: 03 de Abril de 2009, 21:52:55 »
Obama alerta Coreia do Norte contra lançamento de foguete

A comunidade internacional tomará providências caso a Coreia do Norte leve adiante seu plano de lançar um foguete, disse na sexta-feira o presidente dos EUA, Barack Obama, alertando que o regime norte-coreano não pode ficar impune.

"Caso a Coreia do Norte decida efetuar esta ação, vamos trabalhar com todos os parceiros interessados na comunidade internacional para tomar as medidas apropriadas para que a Coreia do Norte saiba que não pode ameaçar a segurança e a estabilidade de outros países com impunidade", disse ele em entrevista coletiva ao lado do presidente francês, Nicolas Sarkozy.

A Coreia do Norte prepara-se para lançar, entre sábado e quarta-feira, um foguete que, segundo o regime, servirá para colocar em órbita um satélite de comunicações, como parte de um programa espacial pacífico.

Os EUA e seus aliados asiáticos, no entanto, afirmam que se trata de um teste disfarçado do míssil de longo alcance Taepodong-2, o que é proibido por sanções da ONU em vigor desde um teste anterior, em 2006.

"A resposta até agora dos norte-coreanos tem sido não só de utilidade nula, como também recorreu ao tipo de linguagem que já levou ao isolamento internacional da Coreia do Norte na comunidade internacional durante muito tempo", disse Obama.

Obama não disse quais medidas a comunidade internacional poderia adotar, mas analistas duvidam que haja um novo pacote de sanções da ONU, o que enfrentaria resistência da China.

A China, que tem certa proximidade política com Pyongyang, provavelmente vetaria novas sanções ou mesmo o endurecimento das atuais, que proíbem a venda de armas e artigos de luxo ao regime, segundo analistas.

O Japão mobilizou navios capazes de interceptar mísseis e prometeu abater eventuais destroços que possam cair sobre seu território. Mas Tóquio, Seul e Washington negam a intenção de abater o foguete propriamente dito, algo que a Coreia do Norte diz que encararia como um ato de guerra.

O regime comunista diz também que uma eventual punição da ONU ao país levaria à retomada das atividades em sua usina que produz plutônio para armas nucleares.

Lançamento preparado

A Coreia do Norte está finalizando os preparativos para o polêmico lançamento de um foguete, o que poderá acontecer já no sábado, disseram autoridades estrangeiras na sexta-feira.

Pyongyang afirma que se trata do lançamento de um satélite de comunicações, como parte de um programa espacial pacífico. Já EUA, Coreia do Sul e Japão o veem como um teste disfarçado do seu míssil de longo alcance Taepodong-2, o que seria proibido por causa de sanções da ONU em vigor desde 2006.

"Acho que está quase certo que a Coreia do Norte lançará o míssil", disse o presidente sul-coreano, Lee Myung-bak, a um pequeno grupo de jornalistas em Londres, onde participou da cúpula do G20.

Analistas dizem que o lançamento ajuda o líder norte-coreano, Kim Jong-il, a reforçar seu poder depois das suspeitas de que teria sofrido um derrame em agosto, e que a ameaça militar implícita lhe daria mais poderes para arrancar concessões de potências estrangeiras.

Lee disse na sexta-feira que a saúde de Kim parece ter melhorado e que ele aparentemente mantém seu poder intacto.

No teste de 2006 com o Taepodong-2, supostamente capaz de atingir o território norte-americano, o míssil se desintegrou após 40 segundos de voo.

A Coreia do Norte já havia anunciado que pretende lançar o foguete entre sábado e quarta-feira. Uma fonte norte-americana de defesa também confirmou que as ações observadas são consistentes com os preparativos para o lançamento.

A operação, no entanto, depende das condições climáticas. Para sábado, a previsão é de céu nublado e ventos moderadamente fortes.

http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2009/04/03/obama+alerta+coreia+do+norte+contra+lancamento+de+foguete+5318918.html


Conselho da ONU se reunirá se Pyongyang lançar foguete, diz Japão

O Japão convocará uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU para discutir uma possível resposta caso a Coreia do Norte lance um foguete de longo alcance nos próximos dias, disse o representante japonês na entidade nesta quinta-feira.

O embaixador Yukio Takasu, falando após um encontro a portas fechadas sobre outros temas, disse ter levado o assunto ao conselho. Ele afirmou que uma sessão de emergência sobre a Coreia do Norte pode ser marcada para este final de semana, caso o foguete seja lançado.

Pyongyang afirma que colocará um satélite em órbita entre sábado e quarta-feira, mas os Estados Unidos, a Coreia do Sul e o Japão dizem que o lançamento é um teste disfarçado de um míssil de longo alcance Taepodong-2, que é projetado para carregar uma ogiva até o território norte-americano.

Takasu disse a jornalistas que intensos esforços diplomáticos estão em andamento para convencer o governo norte-coreano a não lançar o foguete, que segundo ele representa "uma ameaça à segurança do Japão" e aumentaria as tensões regionais e internacionais.

"Se esse esforço não tiver um resultado positivo, o Japão vai solicitar uma reunião de emergência do Conselho de Segurança para discutir essa questão e discutir uma resposta", disse ele. "Devemos ser claros e firmes. Isso pode acontecer no próximo fim de semana."

Takasu não deu detalhes sobre qual resposta seu país gostaria que o Conselho de Segurança adotasse contra a Coreia do Norte.

Diplomatas do Conselho afirmam que tanto Rússia como China, que são membros-permanentes com direito a veto, não apoiariam uma resolução impondo novas sanções contra Pyongyang.

Uma autoridade de Defesa dos EUA disse à Reuters, nesta quinta-feira, que os preparativos norte-coreanos para o foguete, que estão sendo acompanhados de perto pelos EUA, indicam que o lançamento pode acontecer no sábado.

"Eles estão fazendo tudo de forma consistente com o lançamento de um veículo espacial no dia 4 de abril", disse a autoridade, que falou sob condição de anonimato.

http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2009/04/02/conselho+da+onu+se+reunira+se+pyongyang+lancar+foguete++japao+5297924.html


Editorial: O teste da Coreia do Norte

Há semanas a Coreia do Norte está falando sobre seus planos de lançar um foguete entre 4 e 8 de abril. Não importa se colocará um satélite em órbita – como seu governo afirma – ou testar um míssil de longo alcance, como a administração de Obama e muitos outros países suspeitam, Pyongyang alimentou novas tensões no Oeste da Ásia.

O Japão pediu ao seu Exército que destruísse o míssil caso o lançamento falhasse e escombros caíssem em seu território. O Pentágono mandou dois navios interceptadores de mísseis para a costa coreana, e o secretário da Defesa americano Robert Gates disse, nesta segunda-feira, que eles agiriam apenas se parecesse que o míssil estivesse direcionado para o território de seu país. Por enquanto, a Coreia do Norte ameaçou tomar “medidas drásticas” não especificadas caso o Conselho de Segurança da ONU decida penalizar o país pelo lançamento.

Antes que as coisas piorem, pedimos que os norte-coreanos reconsiderem essa decisão ousada. A China, que possui um poder considerável – é a principal fonte de fornecimento de óleo da Coreia do Norte – precisa tentar convencer Pyongyang a desistir. Quando o presidente Barack Obama encontrar o presidente chinês, Hu Jintao, nesta quarta-feira, em Londres, os dois líderes precisarão discutir formas para que ambos moderem o comportamento instável de Pyongyang e para avançar em negociações que levem a Coreia do Norte a acabar com seu programa nuclear.

Infelizmente, esse tipo de comportamento impróprio é um procedimento padrão da Coreia do Norte. Em 2006, o país desafiou líderes mundiais e testou um dispositivo nuclear e um míssil de longa distância. O Conselho de Segurança impôs sanções que nunca foram completamente implementadas e pediu a Pyongyang para cessar qualquer teste que estivesse em andamento.

Nesse caso, o líder da Coreia do Norte, Jim Jong-il, que teve um derrame cerebral no ano passado, pode estar tentando mostrar que ainda é ele quem manda – não importa o preço que seu país tenha de pagar. Ou Kim e sua gangue podem estar tentando se inserir na agenda lotada de Obama ou semear um atrito entre os membros das conversações hexalaterais sobre energia nuclear.

Seja qual for sua motivação, os Estados Unidos e seus parceiros – Coreia do Sul, Japão, China e Rússia – devem se concentrar no que é mais importante: pôr um fim no programa de armas nucleares da Coreia do Norte. No acordo de 2005, a Coreia do Norte fechou seu reator nuclear em Yongbyon – fonte de plutônio para seis ou mais armas nucleares – e prometeu desmantelar sua infraestrutura de construção de bombas.

Muito mais precisa ser feito. E os diálogos agora se fixaram em como a comunidade internacional irá verificar se a Coreia do Norte está cumprindo seus compromissos. O trabalho para desativar os equipamentos de Yongbyon reduziu consideravelmente e os norte-coreanos não receberam todos os fornecimentos de combustível que Washington e seus parceiros prometeram. A boa notícia é que a Coreia do Norte não está mais produzindo plutônio para bombas nucleares. Isso é crucial.

Se Pyongyang desafiar o Conselho de Segurança e testar um míssil, deverá haver uma condenação transparente e unificada. Mas Washington deve trabalhar com seus parceiros, o quanto antes, para achar uma maneira de voltar à mesa de negociações. Contudo, compromissos tortuosos, firmes e pacientes são a melhor chance de frear as ambições nucleares de Pyongyang e seu programa de míssil.

http://ultimosegundo.ig.com.br/new_york_times/2009/04/01/editorial+o+teste+da+coreia+do+norte+5260959.html


Coreia do Norte ameaça aviões dos EUA que espionem lançamento

A Coreia do Norte advertiu hoje que derrubará qualquer avião espião americano que sobrevoe seu território para vigiar o lançamento do satélite, informou hoje a rádio oficial do regime comunista, citada pela agência de notícias sul-coreana "Yonhap".

"Se os mafiosos imperialistas americanos ousam fazer espionagem aérea, interferindo em nossos preparativos para o lançamento de um satélite com propósitos pacíficos, nossas forças revolucionárias os derrubarão", disse hoje a rádio oficial da Coreia do Norte.

Trata-se de uma ameaça incomum contra as atividades aéreas de reconhecimento dos aviões espiões americanos e sul-coreanos que sobrevoam de forma rotineira a Coreia do Norte, como indica a agência "Yonhap".

A Coreia do Norte assegurou nesta segunda que EUA e Coreia do Sul fizeram pelo menos 190 missões de espionagem aérea sobre seu território.

Pyongang publica regularmente o número de aviões espiões americanos e sul-coreanos que verifica em seu espaço aéreo.

A Coreia do Norte anunciou seus planos de lançar um satélite de telecomunicações entre 4 e 8 abril, em meio a suspeitas de que a ação possa ocultar o teste de um míssil de longo alcance.

http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2009/04/01/coreia+do+norte+ameaca+avioes+dos+eua+que+espionem+lancamento+5246946.html

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Re: Coréia do Norte anuncia lançamento de satélite
« Resposta #63 Online: 06 de Abril de 2009, 02:24:03 »
Coreia do Norte qualifica como êxito lançamento de seu satélite

A Coreia do Norte qualificou como "um êxito" o lançamento de um satélite de comunicações que, de acordo com informações oficiais, entrou em órbita, segundo a agência estatal norte-coreana "KCNA".

O regime comunista de Pyongyang disse que o foguete Unha-2 foi capaz de pôr em órbita o satélite Kwangmyongsong-2, como parte do desenvolvimento de seu programa espacial.

Confirmação

O governo japonês anunciou que Pyongyang lançou o foguete às 11h30 (23h30h de Brasília de sábado), segundo informou a agência local "Kyodo".

A notícia foi confirmada minutos depois por um porta-voz do governo da Coreia do Sul à agência local de notícias "Yonhap".

O Ministério da Defesa japonês anunciou que o foguete de longo alcance passou acima e deixou para trás o Japão sem que tenha sido necessário interceptá-lo, segundo a "Kyodo".

As fontes governamentais acham que a primeira fase do foguete caiu no Mar do Japão (Mar do Leste), cerca de 280 quilômetros a oeste do litoral japonês, e se prevê que a segunda caia cerca de 1.280 quilômetros do litoral, do outro lado do país.

Resposta firme

O governo de Seul manifestou sua decepção pelo lançamento do foguete norte-coreano e disse que responderá "firmemente perante a provocação", segundo o porta-voz presidencial, Lee Dong-kwan.

Reunião de emergência

O Japão solicitou a convocação de uma reunião de emergência do Conselho de Segurança das Nações Unidas após o lançamento do foguete, informou a agência japonesa "Kyodo".

O porta-voz do Governo japonês, Takeo Kawamura, denunciou que o lançamento viola as resoluções da ONU, assegurou que responderá com um "forte protesto" e disse que colaborará com os países mais afetados por esta ação, sem especificar de quais se trata.

http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2009/04/05/coreia+do+norte+qualifica+como+exito+lancamento+de+seu+satelite+5350937.html


Conselho de Segurança não obtém acordo sobre Coreia do Norte


O Conselho de Segurança das Nações Unidas concluiu sua sessão deste domingo sem chegar a um acordo sobre um texto condenando o lançamento de um míssil de longo alcance por parte da Coreia do Norte, mas decidiu prosseguir com as negociações, segundo fontes diplomáticas.

"Os membros do Conselho de Segurança concordaram em prosseguir com as consultas sobre que ações tomar", disse o embaixador do México, Claude Heller, que preside o órgão da ONU no mês de abril, ao final de três horas de discussões a portas fechadas.

Reação internacional

A mídia oficial do regime comunista norte-coreano afirmou que um satélite havia sido colocado em órbita, e que ele agora circulava o planeta transmitindo músicas revolucionárias. Contudo, os Estados Unidos e a Coreia do Sul disseram que nada havia entrado em órbita.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, declarou que o Conselho de Segurança deveria enviar uma mensagem enfática à Coreia do Norte por conta do que analistas acreditam que foi, de fato, o teste de um míssil desenvolvido para transportar uma ogiva a uma distância equivalente a até o Alasca.

O lançamento do foguete é o primeiro grande desafio de Obama relacionado à Coreia do Norte. Os esforços norte-coreanos para ter armas nucleares há tempos preocupam Washington. O regime comunista testou um dispositivo nuclear em 2006.

"Com esse ato de provocação, a Coreia do Norte ignorou as suas obrigações internacionais, rejeitou os pedidos por moderação e se isolou ainda mais da comunidade de nações", disse em comunicado Obama, num giro pela Europa.

Mais tarde, o presidente dos Estados Unidos afirmou que a Coreia do Norte deve ser forçada a mudar. "A Coreia do Norte quebrou as regras novamente. Esta violação deve ser punida e receber uma resposta enérgica da comunidade internacional", disse o presidente americano.

Menos arsenal nuclear

Falando para milhares de pessoas em Praga, Obama se comprometeu a reduzir o arsenal nuclear norte-americano e declarou que Washington procuraria negociar com todos os países detentores de armas nucleares a redução de arsenais. A Casa Branca afirmou que o presidente continuava comprometido com as negociações para "desnuclearizar" a Coreia do Norte.

Diplomatas das Nações Unidas afirmaram à Reuters que os países do Conselho de Segurança não pensam em impor novas sanções, mas podem discutir uma resolução para garantir o cumprimento das medidas anteriores. Rússia e China já deixaram claro que vetariam novas sanções.

A Coreia do Sul classificou o lançamento do foguete como um ato "irresponsável." Segundo o Japão, foi "extremamente lamentável." A União Européia "condenou com o ênfase" a ação. A China e a Rússia pediram calma e moderação a todos os lados.

Poder de negociação

A Coreia do Sul inicialmente afirmara que o foguete parecia levar um satélite, mas o ministro da Defesa mais tarde disse ao Parlamento que o objeto não havia conseguido entrar em órbita, segundo relatou a Kyodo, agência de notícias japonesa.

"A Coreia do Norte deve avaliar agora que a sua posição na mesa de negociações fortaleceu, pois ela tem as cartas nuclear e também a do míssil", afirmou Shunji Hiraiwa, analista com base no Japão.

Park jong-Kyu, economista em Seul, opinou que os impactos do lançamento nos mercados não serão consideráveis.

"Quando a Coreia do Norte fez testes nucleares anos atrás, os mercados de Seul caíram no dia, mas se recuperaram no dia seguinte. O tema não é mais um fator que abale mercados", declarou Park.

http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2009/04/05/conselho+de+seguranca+nao+obtem+acordo+sobre+coreia+do+norte+5360921.html


Uma corrida militar que começou há meio século

O lançamento do último foguete norte-coreano é uma nova passagem de uma corrida armamentista que o regime comunista de Pyongyang iniciou após o fim da Guerra da Coreia em 1953 para dissuadir seu vizinho do Sul e seu aliado americano.

A opaca e empobrecida Coreia do Norte orientou sua economia a alimentar o maior Exército do mundo em número de soldados, com 1,2 milhão de soldados prontos para o combate e uma despesa militar que o Departamento de Estado americano situa em 20% do Produto Interno Bruto (PIB).

Apesar de que a tecnologia utilizada por Pyongyang na maioria dos casos não supere os padrões dos anos da Guerra Fria, seu arsenal é o dobro da Coreia do Sul em aspectos como artilharia, tanques ou veículos de transporte de tropas.

No entanto, como no caso do satélite de comunicações Kwangmyongsong-2 que a Coreia do Norte diz ter posto em órbita agora, o país comunista carece de um Exército moderno como o de seus vizinhos.

Desde os anos 60 Pyongyang se centrou na consecução de capacidade nuclear e balística com o principal objetivo de dissuadir e pressionar os Estados Unidos e a Coreia do Sul e evitar, segundo o regime comunista, uma invasão.

Com a intenção de se transformar em uma potência militar, a Coreia do Norte passou por vários períodos e crise diplomáticas e inclusive chegou a enfrentamentos armados pontuais com Seul, após assinar em 1953 um armistício e não um tratado de paz na península.

Em meados dos anos 60, pouco depois do fim da guerra, a Coreia do Norte já começou a investigar e desenvolver sua capacidade para enriquecer plutônio e com ajuda soviética abriu o reator de Yongbyon, que em 1987 começou a operar com uma potência de cinco megawatts.

Nesta central, a Coreia do Norte obteve o combustível nuclear que posteriormente utilizou no primeiro teste atômico de sua história, em outubro de 2006, que o Conselho de Segurança da ONU penalizou com duras sanções.

Desde que o líder norte-coreano, Kim Jong-il, chegou ao poder em 1994, deu concessões e estendeu as relações com Seul, Washington e Japão no tema nuclear para conseguir benefícios com o consentimento de seus aliados chineses e russos.

O ano de 2003 marcou um momento crítico, quando a Coreia do Norte expulsou os inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e se transformou no primeiro país a abandonar o Tratado de Não Proliferação Nuclear.

O outro ponto de atrito com a comunidade internacional é o desenvolvimento de mísseis que permitiu a Coreia do Norte obter projéteis intercontinentais capazes de levar armas nucleares.

O Taepodong-2, que outorgou ao regime norte-coreano a capacidade teórica de atingir os EUA, começou a ser desenvolvido em meados dos anos 90, justamente quando as relações com Washington e AIEA estavam em seu pior momento.

As versões civis dos Taepodong, que em coreano significa "grande canhão", serviram a Pyongyang para reivindicar, como nesta ocasião, seu direito a uma corrida espacial com fins pacíficos.

A Coreia do Sul e seus aliados acham que o desenvolvimento científico é um pretexto para ocultar seu desenvolvimento armamentístico limitado desde 2006 pela resolução 1718 do Conselho de Segurança da ONU.

Em 1998, uma variante do Taepodong-1, conhecida como Baekdusan-1, tentou pôr a primeira versão de seu satélite de comunicações na órbita terrestre, embora o foguete, que atravessou previamente o céu japonês, tenha caído no Pacífico.

O Japão criticou duramente a Coreia do Norte e decidiu desenvolver um sistema antimísseis de última geração, algo que também fez a Coreia do Sul em uma corrida armamentista à qual nenhum parece querer renunciar.

Segundo a CIA (agência de inteligência americana), o Taepodong-2 não é confiável já que nenhum teste foi bem-sucedido, mas se continuar pesquisando e testando o sistema, o míssil poderia chegar a 10 mil quilômetros desde o ponto de lançamento e impactar no centro dos EUA.

Em julho de 2006, Pyongyang de novo quis demonstrar à comunidade internacional seu poderio militar com o lançamento da segunda versão de seu míssil Taepodong, mas o projétil caiu no mar em poucos segundos.

No entanto, os países mais críticos a Pyongyang (Coreia do Sul, Japão e Estados Unidos) voltaram a temer pela estabilidade na região com o teste nuclear que o regime comunista levou a cabo com sucesso apenas quatro meses depois.

Três anos mais tarde e apesar das tentativas de aproximação de Seul e Washington, Pyongyang voltou a testar essa tecnologia que lhe permitiria ameaçar o território americano.

http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2009/04/05/uma+corrida+militar+que+comecou+ha+meio+seculo+5350916.html


Os fatos mais relevantes do conflito norte-coreano

O lançamento de um foguete efetuado hoje por Coreia do Norte é o último desafio ao mundo do regime comunista de Pyongyang, implicado em seu desenvolvimento armamentístico e nuclear há décadas.

Estes são os fatos mais relevantes relacionados com o conflito norte-coreano durante o último meio século: 1953 Termina a Guerra da Coreia com a assinatura de um armistício por isso que, tecnicamente, as duas Coreias continuam em guerra.

1962 - Coreia do Norte estabelece o Instituto de Energia Atômica.

1964 - Nasce o reator nuclear de Yongbyon.

Finais dos anos 70 - Coreia do Norte começa a desenvolver seu programa de armas nucleares e a ampliar a central de Yongbyon.

12 de dezembro de 1985: Coreia do Norte firma o Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP).

26 de dezembro: Coreia do Norte firma um acordo de ciência e tecnologia com a URSS pelo que esse país se compromete a construir uma usina nuclear em território norte-coreano.

1987 - Começa a operar o reator nuclear de Yongbyon, com capacidade teórica para produzir armas nucleares.

1989 - Coreia do Norte propõe negociações para a desnuclearização da península coreana.

Anos 90 - Coreia do Norte desenvolve o míssil Taepodong e começa a construir a zona de lançamento de Musudanri na província de Hamgyong (norte do país).

12 de março de 1993: Coreia do Norte anuncia sua retirada do TNP mas finalmente não leva a cabo sua ameaça.

2-11 de junho: Primeiras conversas oficiais Coreia do Norte-EUA.

14-19 de julho: Segunda reunião e Pyongyang se compromete ao diálogo com a AIEA se Washington ajuda a reconstruir seus reatores.

8 de julho de 1994: Morre o líder norte-coreano Kim Il-sung e é sucedido por seu filho Kim Jong-il.

21 de outubro: Assinatura do Acordo Marco com os EUA pelo qual Pyongyang se compromete a congelar seu programa nuclear.

31 de agosto de 1998: A Coreia do Norte testa um míssil de longo alcance que sobrevoa o Japão e cai no Pacífico, o que paralisa temporariamente a aplicação do acordo de 1994 para congelar seu desenvolvimento de armas nucleares.

15 de junho de 1999: Combate no Mar Ocidental (Mar Amarelo) entre uma embarcação sul-coreana e as patrulhas norte-coreanas, com sete feridos sul-coreanos e aparentemente 30 mortos norte-coreanos.

29 de janeiro de 2002: O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, inclui a Coreia do Norte no "eixo do mal" e exige dela que abandone seu programa nuclear.

29 de junho: Seis militares sul-coreanos morrem em um novo enfrentamento naval entre uma patrulha norte-coreana e uma embarcação sul-coreana.

10 de janeiro de 2003: A Coreia do Norte anuncia sua retirada do Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP).

27-29 de agosto: Primeira rodada em Pequim das negociações de seis lados (EUA, as duas Coreias, Japão, China e Rússia), sem resultados.

10 de fevereiro de 2005: Pyongyang anuncia oficialmente que possui um arsenal nuclear e suspende o diálogo.

13 de setembro: Retomada a quarta rodada de negociações de seis lados.

5 de julho de 2006: Pyongyang lança pelo menos sete mísseis balísticos de teste, entre eles um Taepodong-2, o que suscita outra grave crise internacional.

9 de outubro: Coreia do Norte efetua "com sucesso" um teste nuclear subterrâneo.

14 de outubro: A ONU aprova a resolução 1718 que impõe sanções comerciais e armamentísticas à Coreia do Norte, mas exclui a opção militar.

19-22 de dezembro: Reatamento em Pequim do diálogo de seis lados, embora sem avanços.

13 de fevereiro de 2007: As delegações das duas Coreias, EUA, Rússia, Japão e China assinam um acordo que implica o fechamento das instalações nucleares da Coreia do Norte em troca de ajuda energética e econômica.

17 de junho: Coreia do Norte convida os inspetores da AIEA.

26 de junho de 2008: Coreia do Norte entrega o inventário sobre atividades e instalações nucleares.

27 de junho: Coreia do Norte destrói a torre de refrigeração de Yongbyon.

11 de outubro: Os EUA anunciam a saída da Coreia do Norte da lista de países terroristas.

1º de dezembro: Coreia do Norte fecha parcialmente sua fronteira com Coreia do Sul e restringe o acesso ao complexo industrial norte-coreano dos trabalhadores sul-coreanos.

30 de janeiro de 2009: Pyongyang anula todos os acordos de não confronto militar assinados com Seul.

24 de fevereiro: Coreia do Norte revela que prepara o lançamento de um satélite de comunicações Kwangmyongsong-2 com fins pacíficos, mas os analistas acham que será um míssil balístico.

27 de março: O Ministério japonês de Defesa ordena às Forças de Autodefesa (Exército) que se preparem para interceptar o foguete norte-coreano ou alguma de suas partes em sua trajetória.

5 de abril: lançamento de um foguete de longo alcance.

http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2009/04/05/os+fatos+mais+relevantes+do+conflito+norte+coreano+5351903.html

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Offline Diego

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Re: Coréia do Norte anuncia lançamento de satélite
« Resposta #64 Online: 06 de Abril de 2009, 10:36:08 »
Citar

Coreia do Norte não colocou satélite em órbita, afirma Exército russo

O Exército da Rússia --país mais próximo à Coreia do Norte e contrário a novas sanções contra Pyongyang no Conselho de Segurança da ONU-- afirmou nesta segunda que o país comunista não conseguiu colocar um satélite em órbita após o lançamento do foguete no domingo.

"Nosso sistema de controle do espaço não constatou a colocação de um satélite norte-coreano em órbita", afirmou uma fonte do Exército.

EUA e Coreia do Sul já haviam afirmado o mesmo no domingo, horas após o lançamento. Segundo eles, todas as partes do foguete, inclusive o satélite, caíram no mar --uma parte no mar do Japão e outra no oceano Pacífico.

A Coreia do Norte afirmou que a missão de colocar o satélite Kwangmyongsong-2 em órbita foi bem sucedida e que o aparelho teria conseguido transmitir músicas revolucionárias norte-coreanas.

Veja o que está em jogo com o lançamento do foguete

ONU

Neste domingo, o Conselho de Segurança da ONU se reuniu em caráter de emergência para discutir que reação seria tomada após o lançamento do foguete --que EUA, Japão e Coreia do Sul afirmam ser um teste disfarçado de um míssil de longo alcance com fins militares.

O conselho não chegou a um acordo sobre o texto condenando o lançamento do foguete. Porém, os membros concordaram em continuar as discussões sobre qual deverá ser a resposta do organismo.

"Os membros do Conselho de Segurança da ONU concordaram em continuar as consultas sobre a reação apropriada pelo Conselho, em conformidade com as suas responsabilidades e dada a urgência do assunto", disse Claude Heller, embaixador do México da ONU e presidente rotativo do Conselho de Segurança, após a reunião.


http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u546460.shtml


Offline biscoito1r

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Re: Coréia do Norte anuncia lançamento de satélite
« Resposta #65 Online: 06 de Abril de 2009, 11:23:15 »
dessa vez eles não terão a china e a Rússia para ajudar-los
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Offline Zeichner

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Re: Coréia do Norte anuncia lançamento de satélite
« Resposta #66 Online: 06 de Abril de 2009, 11:36:50 »
Mas terão um monte de intelectuais esquerdinhas no Brasil defendendo o direito do socialismo coreano de ter suas próprias armas de destruição em massa para poder atacar o imperialismo americano...

Offline André Luiz

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Re: Coréia do Norte anuncia lançamento de satélite
« Resposta #67 Online: 06 de Abril de 2009, 11:44:48 »

O iraque nao chegou nem perto disto e o lugar foi invadido, qual será a postura com a Coréia do Norte?

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re: Coréia do Norte anuncia lançamento de satélite
« Resposta #68 Online: 06 de Abril de 2009, 12:11:43 »
Se não tiver petróleo por lá, não invadirão a troco de nada. :lol:

Offline Unknown

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Re: Coréia do Norte anuncia lançamento de satélite
« Resposta #69 Online: 06 de Abril de 2009, 15:34:34 »
Lançamento de foguete norte-coreano divide a ONU

Não houve acordo na ONU a respeito de eventuais medidas a serem tomadas por causa do lançamento de um foguete norte-coreano, enquanto potências regionais avaliam o que isso significa em termos de ameaças.

Analistas dizem que o lançamento feito no domingo serviu como teste para o míssil balístico Taepodong-2, que seria capaz de transportar ogivas até o Alasca. O foguete, que segundo a Coreia do Norte serviu para colocar um satélite em órbita, fez um voo de 3.200 quilômetros, passando sobre o território do Japão.

O Taepodong-2 nunca havia sido testado com sucesso, e os analistas acreditam que Pyongyang usará o lançamento para tentar obter concessões da comunidade internacional ou atenuar exigências já negociadas para o fim do seu programa de armas nucleares.

"Com esta capacidade, a Coreia do Norte está equipada com a infra-estrutura para jogar o jogo nuclear e aumentar as apostas nas negociações", disse Kim Tae-woo, do Instituto de Análise de Defesa da Coreia, referindo-se à negociação com EUA, China, Rússia, Japão e Coreia do Sul, paralisada desde dezembro.

Discordâncias na ONU

O Japão convocou no domingo uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU, mas seus 15 integrantes concordaram apenas que seria preciso discutir melhor a questão, segundo diplomatas.

EUA, Japão e Coreia do Sul dizem que o lançamento viola resoluções do Conselho de Segurança que proíbem Pyongyang de lançar mísseis balísticos, medidas adotadas em 2006, depois de a Coreia do Norte realizar um teste nuclear e outros exercícios com mísseis.

Diplomatas do Conselho de Segurança disseram que a China, que tem certa proximidade política com Pyongyang, e a Rússia não estão convencidas de que Pyongyang violou as sanções. Três outros países seguiram tal posição.

"São 10 contra 5", disse um diplomata à Reuters.

O Japão disse que vai continuar buscando uma nova resolução da ONU para punir Pyongyang. "Sentimos que uma resolução do Conselho de Segurança é desejável, então continuaremos tentando", disse o chanceler Hirofumi Nakasone a jornalistas em Tóquio.

China e Rússia pediram moderação a todas as partes e já haviam deixado claro que vetariam uma eventual resolução com novas sanções.

A embaixadora dos EUA na ONU, Susan Rice, também defendeu uma nova resolução, que represente uma reação firme e clara.

Já seu colega chinês, Zhang Yesui, alertou que eventuais reações devem ser "cautelosas e proporcionais".

Os EUA e o Japão defendem uma resolução que imponha uma fiscalização mais rígida e eventualmente amplie o atual embargo armamentista e as sanções financeiras contra Pyongyang.

Reforço para o regime

Militares sul-coreanos e norte-americanos disseram que nenhuma parte do Taepodong-2 entrou em órbita. Fontes do governo sul-coreano disseram ao jornal local Chosun Ilbo que o foguete voou 3.200 quilômetros, quase o suficiente para alcançar o território norte-americano de Guam, e que esse alcance é o dobro do obtido pelo Taepodong-1, disparado sobre o Japão em 1998.

No único teste anterior do Taepodong-2, em julho de 2006, o foguete se desmanchou 40 segundos após o lançamento. Estima-se que seu alcance máximo seja de 6.700 quilômetros.

Outro jornal sul-coreano, o JoongAng Ilbo, disse que Seul precisaria rever a organização das suas forças militares, há décadas voltadas para a possibilidade de um conflito convencional contra o regime do Norte.


Sul-coreanos protestam contra lançamento de foguete pela Coreia do Norte

"O lançamento do foguete da Coreia do Norte alterou a paisagem da segurança na península coreana, porque devemos aceitar a realidade de que ela é capaz de lançar mísseis balísticos intercontinentais", disse editorial do diário.

Os sul-coreanos comuns, já acostumados ao comportamento imprevisível da miserável Coreia do Norte, em geral não se abalaram com a notícia. Mas, no Japão, pesquisa divulgada pelo jornal Yomiuri mostrou de 88% dos entrevistados ficaram preocupados.

"Deve haver um ativo debate público sobre se deveríamos ter meios para destruir preventivamente as instalações de mísseis da Coreia do Norte", propôs o jornal conservador Sankei em editorial.

Analistas dizem que o lançamento do foguete pode reforçar a autoridade do líder norte-coreano, Kim Jong-il. Há rumores de que ele sofreu um derrame em agosto e poderia estar perdendo o controle sobre o regime.

Acredita-se que a Coreia do Norte tenha material para várias armas nucleares, mas muitos especialistas acreditam que o país não tenha tecnologia para miniaturizar esses artefatos de modo que caibam na ogiva de um míssil de longo alcance.

http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2009/04/06/lancamento+de+foguete+norte+coreano+divide+a+onu+5364045.html


Bombástica Coreia do Norte testa o mundo com foguete

O bombástico regime stalinista norte-coreano sempre realiza testes. O regime priva seu povo de comida, mas investe nos seus testes com foguetes (já tem as bombas nucleares), enquanto testa a capacidade de reação do mundo às suas provocações. O lançamento do foguete no domingo - que o regime comunista alega ter sido para carregar um satélite de comunicação - pode ter fracassado, mas o fundamental é que os norte-coreanos mantêm seus esforços para construir um míssil balístico intercontinental, apesar das insatisfações intercontinentais, para transportar uma ogiva nuclear que teoricamente poderia alcançar o Alasca.

Existe a demonstração questionável de capacidade tecnológica, mas também a inquestionável demonstração política para complicar negociações multilaterais. Este novo teste é também uma arma de propaganda para mostrar que o regime está intacto enquanto o ditador Kim Jong-il se recupera de um derrame sofrido no ano passado. Na próxima quarta-feira, o Parlamento fantoche deverá ratificar Kim no cargo de chefe de defesa nacional, seu único cargo formal.

Este é um dos primeiros grandes testes diplomáticos para o governo Obama, já as voltas com o desafio nuclear iraniano. O padrão norte-coreano é provocar com testes tecnológicos e nucleares para então extorquir mais assistência dos EUA, Japão e Coreia do Sul. O drama é que, enquanto faz este jogo mafioso, progride na sua capacidade técnica (o que também está ocorrendo no processo de enriquecimento de urânio iraniano). Embora seja um dos paises mais miséraveis e isolados do mundo, a Coreia do Norte aprimorou sua habilidade técnica desde que adquiriu os primeiros mísseis do Egito há 30 anos. Os ganhos tecnológicos são obtidos às custas da imposição de sacrifícios genocidas de sua população faminta.
 
A desolação mundial com o regime quase pária é fácil. O drama é o que fazer. A inevitável reunião de emergência do Conselho de Segurança das Nações Unidas no domingo terminou em impasse. De novo, China e Rússia resistem a sanções econômicas mais duras. Para Obama, é a linha sinuosa de não permitir que os norte-coreanos mais uma vez atuem sem maiores cerimônias ao mesmo tempo em que deixe espaço para que o regime stalinista retorne às negociações multilaterais sobre desarmamento nuclear.

Tudo indica que é o jogo mafioso de sempre: os norte-coreanos querem negociar enquanto faturam um triunfo propagandístico dentro de casa e criam fissuras lá fora (em particular entre americanos e chineses). O regime de Kim Jong-il precisa allimentar seu povo. Para tanto, deverá retornar à mesa de negociações para achacar comida e outros tipos de assistência, vitais para sua sobrevivência.

É um jogo humilhante, desgastante e perigoso para o mundo. Nesta crise não existem boas soluções.

http://ultimosegundo.ig.com.br/opiniao/caio_blinder/2009/04/06/bombastica+coreia+do+norte+testa+o+mundo+com+foguete++5355044.html

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Offline Zeichner

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Re: Coréia do Norte anuncia lançamento de satélite
« Resposta #70 Online: 06 de Abril de 2009, 17:31:41 »

O iraque nao chegou nem perto disto e o lugar foi invadido, qual será a postura com a Coréia do Norte?


O Iraque não tem a China fungando no cangote. As diferenças são enormes.


Offline Xmikas

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Re: Coréia do Norte anuncia lançamento de satélite
« Resposta #71 Online: 07 de Abril de 2009, 12:54:20 »
os caras tem todo direito de lançar o que bem entenderem!
"A juventude envelhece, a imaturidade é superada, a ignorância pode ser educada e embriaguez passa, mas a estupidez dura para sempre."

Offline Fabi

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Re: Coréia do Norte anuncia lançamento de satélite
« Resposta #72 Online: 07 de Abril de 2009, 13:06:57 »
os caras tem todo direito de lançar o que bem entenderem!
Não os comunistas, eles não tem direito de terem armas nucleares e nem militares...

E quem não leu no livro de história, ou não sabe, mas da última vez que um regime comunista totalitário teve a oportunidade de desenvolver tecnologia nuclear, aconteceu um acidente, que eles esconderam, e negaram, até os outros países verem que tinha algo errado...E sem falar no holodomor... e outras barbaridades que aconteceram na socialista URSS...

Só deus sabe o que esses ditadores comunistas tem na cabeça, imagine aquele ditador doido da coréia do norte com um missel de longo alcance... :medo: 
Difficulter reciduntur vitia quae nobiscum creverunt.

“Deus me dê a serenidadecapacidade para aceitar as coisas que não posso mudar, a coragem para mudar o que posso, e a sabedoria para saber a diferença” (Desconhecido)

Offline Xmikas

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Re: Coréia do Norte anuncia lançamento de satélite
« Resposta #73 Online: 07 de Abril de 2009, 13:58:23 »
Bem ... falo com base na soberania de cada país. São Comunistas, são. Mas eles sabem das consequencias e não gostariam de perder de uma hora para outra seus 'currais'.

"A juventude envelhece, a imaturidade é superada, a ignorância pode ser educada e embriaguez passa, mas a estupidez dura para sempre."

Offline André Luiz

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Re: Coréia do Norte anuncia lançamento de satélite
« Resposta #74 Online: 07 de Abril de 2009, 14:03:54 »
Aquelas baterias de patriot em frente ao ministerio da defesa japones foi só para " tranquilizar a populaçao"  o que realmente poderia neutralizar a ameaça sao os destroieres da classe Kongo

Nao tinha nada pra fazer e resolvi postar isso

 

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