Enquete

Quem você quer que ganhe a eleição norte-americana?

Obama
10 (50%)
Hillary
6 (30%)
McCain
4 (20%)
Huckabee
0 (0%)
Outro (especifique)
0 (0%)

Votos Totais: 16

enquete encerrada: 12 de Março de 2008, 20:26:59

Autor Tópico: Eleições Americanas  (Lida 35121 vezes)

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Offline zizu

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Re: Obama e Huckabee
« Resposta #25 Online: 04 de Janeiro de 2008, 16:03:06 »
Eu torço pelo Giuliani.  :ok:

O que eu acho legal nas eleições estadunidenses é que eles não têm vergonha de defender o que acreditam, enquanto aqui no Brasil as campanhas são as mais subjetivas e vagas possíveis. Tipo esse vídeo do Rudy (até no apelido ele se assemelha com o Theodore =D) que defende a idéia de país mediador de conflitos e portador da bandeira do mundo, enquanto essa mesma idéia é tida como pejorativa e é caricaturada a todo momento no mundo inteiro.

Também adoro isso lá. As propostas de governo são claras e abordam os mais diversos temas, mesmo os mais controversos.

Offline Alenônimo

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Re: Obama e Huckabee
« Resposta #26 Online: 04 de Janeiro de 2008, 17:33:46 »
alê, o ron paul não é nem fanático religioso nem democrata; pelo contrário, é um libertário. eu chuto até que seja ateu.

Ron Paul, The Creationist Moron

Depois do vídeo, vai perceber que ele não é muito diferente de um "republicano religioso decerebrado padrão". Por mim, que ele vá pra puta que o pariu na casa do caralho.

"Evolução é só uma teoria" e "eu acredito que fomos criados" não casam bem em um presidente.
« Última modificação: 04 de Janeiro de 2008, 17:43:38 por Alenônimo »
“A ciência não explica tudo. A religião não explica nada.”

Offline Pregador

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Re: Obama e Huckabee
« Resposta #27 Online: 04 de Janeiro de 2008, 17:46:21 »
Eu torço pelo Giuliani.  :ok:

O que eu acho legal nas eleições estadunidenses é que eles não têm vergonha de defender o que acreditam, enquanto aqui no Brasil as campanhas são as mais subjetivas e vagas possíveis. Tipo esse vídeo do Rudy (até no apelido ele se assemelha com o Theodore =D) que defende a idéia de país mediador de conflitos e portador da bandeira do mundo, enquanto essa mesma idéia é tida como pejorativa e é caricaturada a todo momento no mundo inteiro.

Também adoro isso lá. As propostas de governo são claras e abordam os mais diversos temas, mesmo os mais controversos.

Não concordo. O Clinton não pode expressar sua opinião sobre estagiárias que fazem vocÊs sabem o quê. Ahcam mesmo que estava arrependido? duvido, todavia, só ficava no poder se declarasse seu arrependimento, pois o puritanismo do povo americano assim exige.

O Barack Obama que anda frequentando os cultos, só frequenta por que o povo só vota em gente que demonstra religiosidade e seja cristão.

Como em todo e qualquer lugar, política é sempre política. Não é sendo 100% autêntico que a pessoa será eleita, mas sim sendo política, sendo autêntica apenas quando se é recomendável, em outros casos, não.

Todo político segue certas regras de Machiavelli, embora, talvez, nunca tenham lido o livro, mas a sítese todos sabem.
"O crime é contagioso. Se o governo quebra a lei, o povo passa a menosprezar a lei". (Lois D. Brandeis).

Offline Südenbauer

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Re: Obama e Huckabee
« Resposta #28 Online: 04 de Janeiro de 2008, 17:50:28 »
É claro que não é bem assim, nós sabemos. Mas para nós que estamos acostumados com a política sem sal do Brasil, lá é bem mais divertido.

Offline calvino

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Re: Obama e Huckabee
« Resposta #29 Online: 04 de Janeiro de 2008, 18:13:33 »
Eu quero que se danem eles. Não enchendo o saco aqui está bom.

Aquela porcaria de país arrogante está quebrando mesmo, e nossa economia não precisa mais tanto deles.


Então.....  :no:


Eu torço pro negão. Só porque é negro  :biglol:

"Se a moralidade representa o modo como gostaríamos que o mundo funcionasse, a economia representa o modo como ele realmente funciona" Freakonomics.

Offline zizu

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Re: Obama e Huckabee
« Resposta #30 Online: 04 de Janeiro de 2008, 20:06:22 »
Eu quis dizer politicamente, Amon. As propostas dos candidatos americanos são claras e abordam praticamente todos os assuntos: protecionismo, imigração, segurança nacional, impostos, atualmente até aquecimento global. O eleitor sabe (ou pode saber, caso se interesse em pesquisar) as opiniões de seu candidato acerca de qualquer assunto politicamente relevante. E, com essas informações, tem-se uma boa idéia da forma que ele irá governar.
Já aqui no Brasil as campanhas são as mais "leves" possíveis, todo mundo procura ficar em cima do muro, porque afinal nunca se sabe o que vai acontecer depois (por exemplo, a reviravolta entre os que eram a favor e contra a CPMF antes de ser situação e oposição respectivamente... não consigo imaginar um republicano mudando de lado com tamanha desenvoltura como nossos representantes o fizeram).

Offline Luis Dantas

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Re: Obama e Huckabee
« Resposta #31 Online: 04 de Janeiro de 2008, 20:17:59 »
Vocês deviam acompanhar o blog do Mark Evanier.  Ele opina muito sobre os candidatos e mostra muitas das mesmas decepções que temos aqui.
Wiki experimental | http://luisdantas.zip.net
The stanza uttered by a teacher is reborn in the scholar who repeats the word

Em 18 de janeiro de 2010, ainda não vejo motivo para postar aqui. Estou nos fóruns Ateus do Brasil, Realidade, RV.  Se a Moderação reconquistar meu respeito, eu volto.  Questão de coerência.

Offline Unknown

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Re: Obama e Huckabee
« Resposta #32 Online: 05 de Janeiro de 2008, 03:19:37 »
Achei essa reportagem sobre os políticos e suas situações bem interessante:

Citar
Editorial: Iowa e New Hampshire não devem monopolizar as escolhas nas primárias

04/01 - 17:11 - The New York Times

Depois de um ano e dezenas de milhões de dólares gastos nas campanhas, os eleitores norte-americanos deram seu parecer pela primeira vez na noite da última quinta-feira em Iowa. Alguns candidatos e seus estrategistas esperam que, após a disputa de New Hampshire, na semana que vem, a corrida já esteja praticamente resolvida. Assistindo à campanha no Estado frio, cheio de neve e quase vazio esperamos por algo diferente: que este ano o tradicional julgamento apressado provocado pelas primárias iniciais destes dois lugares não se repita.

Devido ao resultado dramático da noite de quinta-feira, Iowa não impediu a corrida de seguir para New Jersey e, esperamos, que isto também acontece com a Carolina do Sul, a Flórida e com as primárias da “super-terça”, quando 22 Estados definirão os candidatos.

Barack Obama derrotou Hillary Clinton, mas ela tem bastante dinheiro para a campanha e John Edwards recebeu um impulso após o 2º lugar em Iowa. A vitória de Mike Huckabee tampouco deve parar Mitt Romney, ou os republicanos que deram pouca atenção a Iowa, como Rudy Giuliani e John McCain.

Manter esta corrida viva para que um número significante de norte-americanos nos Estados mais populosos possa participar da escolha poderia compensar o espetáculo visto na última eleição, o qual enriqueceu as redes de televisão e os consultores ao invés de melhorar o diálogo político. Esperamos que ambos os partidos acordem e acabem com este sistema não-democrático que escolhe candidatos baseados em votos de Estados pequenos que não representam o que pensa o resto do país.

Não questionamos o entusiasmo, ou o compromisso do povo de Iowa e de New Hampshire. Mas Iowa, tem menos de 10% da população do país. É um estado rural e mais idoso que o resto da nação, com 92% da população branca. New Hampshire tem uma população não-hispânica de 95%.  Os democratas de Iowa são mais à esquerda e mais protecionistas do que no resto do país. Do mesmo modo, os republicanos são mais conservadores e mais apegados à religião. E mesmo assim, segundo o Boston Globe, Mitt Romney gastou US$ 7 milhões em Iowa. Quase US$ 4 por eleitor registrado.

Acreditamos que passou o tempo para ambos os partidos não apenas encerrarem o costume de definir seus candidatos após as primárias desses dois Estados, mas também de acabarem com a realização de prévias cada vez mais cedo.

Ao invés disso, o país deveria adotar um sistema de primárias regionais mais sensato e representativo, nos quais os Estados são divididos em grupos regionais que votam no mesmo dia. A honra de abrir as primárias deve mudar a cada eleição. Isto deve dar a um número bem maior de eleitores o direito de influir nesta importante escolha.

Não se engane, existem escolhas a serem feitas nesta eleição, a primeira em muitos anos na qual não há um candidato à reeleição. A maior parte dos candidatos republicanos, com a exceção, na maior parte do tempo, do senador John McCain, oferece o mesmo tipo de política divisionista que polarizou o país nos últimos sete anos. É a política que conduz a intolerância social e religiosa e ao medo.

O pastor batista e ex-governador do Arkansas Mike Huckabee esconde-se sob uma aura afável e cristã. Mas ele molestou Romney para que este pedisse à direita cristã que aceitasse a sua fé mórmon.  Além disso, depois de defender os imigrantes ilegais, recentemente se tornou o flagelo deles.

A temática do medo parece ser a única plataforma do ex-prefeito de Nova York Rudy Giuliani. Mas é raro você conseguir ver a posição dele em alguma coisa. Giuliani, que apostou na tragédia do 11 de setembro como um negócio lucrativo, fala bizarramente da “geração 11/9”, mudou seus pontos de vista em inúmeros temas: de imigração ao aborto e até mesmo sobre sua própria cidade.

Da mesma forma. Romney executou diversas piruetas ideológicas. Ele quer que os eleitores esqueçam que no governo de Massachussetts ele apoiou o casamento gay e o direito ao aborto, mas pretende que eles acreditem no que diz agora como candidato à presidência. Entre suas promessas feitas sob medida para a campanha está dobrar o tamanho da prisão de Guantanamo, a qual até o presidente George W. Bush sabe que deve ser fechada.

Todos os republicanos querem continuar a Guerra desastrosa de Bush no Iraque, inclusive McCain. Ele, no entanto, teve a coragem de apoiar uma reforma nas leis de imigração, o que aparentemente arruinou sua candidatura da última vez. Além disso, ele defende a necessidade de enfrentar o aquecimento global e de parar o abuso de prisioneiros nas prisões secretas de Bush.

Os democratas se uniram em sua oposição à guerra, mas nenhum deles mostrou um plano persuasivo para tirar as tropas de lá sem causar um confronto mais amplo no Iraque.

Obama cria uma enorme empolgação com a sua juventude e promessa de mudança, mesmo que ainda não seja completamente claro o que ele pretende mudar, nem como. Hillary, enquanto isso, equilibra a “experiência” que teve como primeira-dama por oito anos na Casa Branca com a tentativa de mostrar novas idéias e caminhos aos eleitores.

Edwards tem mensagens de forte apelo com as classes trabalhadoras, mas isto soa estranho vindo de um advogado de sucesso e executivo de fundos de investimento, que tenta mostrar uma personalidade totalmente diferente da que exibiu na campanha de 2004.

Um de seus anúncios de campanha traz um trabalhador que diz que Edwards  prometeu ao seu filho de sete anos: “Vou lutar pelo trabalho do seu papai”.  Ainda esperamos que Edwards nos explique como ele, ou qualquer político, vai conseguir reverter a globalização. Preferiríamos que ele explicasse como fazer que ela funcione para os americanos.

Com tudo isso, não escolhemos nenhum candidato para as eleições primárias, nem para a presidência. A maior parte dos americanos também não. Por isso eles devem ver e ouvir mais destes candidatos e não aceitar o julgamento apenas dos eleitores de Iowa e New Hampshire .

http://ultimosegundo.ig.com.br/new_york_times/2008/01/04/editorial_iowa_e_new_hampshire_nao_devem_monopolizar_as_escolhas_nas_primarias_1138886.html

"That's what you like to do
To treat a man like a pig
And when I'm dead and gone
It's an award I've won"
(Russian Roulette - Accept)

Rhyan

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Re: Obama e Huckabee
« Resposta #33 Online: 05 de Janeiro de 2008, 21:27:36 »

rizk

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Re: Obama e Huckabee
« Resposta #34 Online: 06 de Janeiro de 2008, 13:52:09 »
Eu torço pro negão. Só porque é negro  :biglol:
Eu torço pra Hillary só porque ela é corna. :lol:

O fato é que eu NÃO ENTENDO nada disso, colégio eleitoral, Iowa, financiamento, preciso estudar. Vou ler o blog recomendado e volto depois.

Offline Diegojaf

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Re: Obama e Huckabee
« Resposta #35 Online: 06 de Janeiro de 2008, 14:27:02 »
06/01/2008 - 07h16
Por sobrevivência, Hillary ataca Obama em debate na TV

A senadora e ex-primeira-dama Hillary Clinton partiu para o ataque contra o senador Barack Obama, seu rival na disputa pela candidatura à Presidência dos Estados Unidos pelo Partido Democrata, em um debate televisivo na noite do sábado, três dias antes das eleições primárias do Estado de New Hampshire, consideradas chave para a sobrevivência de suas pretensões de chegar à Casa Branca.

AFP
Do palco, Hillary Clinton e Barack Obama cumprimentam simpatizantes na platéia antes do início do debate de sábado à noite
REPUBLICANOS: ROMNEY É ATACADO
OBAMA LIDERA PESQUISA
Na quinta-feira, Obama conseguiu uma vitória considerada por muitos surpreendente na primeira prévia à escolha dos candidatos, vencendo o caucus (espécie de assembléia) do Estado de Iowa e deixando a ex-primeira-dama em terceiro lugar, atrás do ex-senador John Edwards.

Duas pesquisas de opinião divulgadas neste domingo mostram Obama e Hillary disputando palmo a palmo a preferência do eleitorado do Estado de New Hampshire, mas uma terceira pesquisa, divulgada no dia anterior, colocava o senador dez pontos percentuais à frente.

Antes do início das prévias, Hillary era apontada como favorita absoluta para a candidatura do Partido Democrata.

Consistência
Durante o debate, Hillary atacou Obama por sua suposta falta de consistência, mas o senador conseguiu se manter firme e seguro.

Ela o acusou de mudar constantemente de posição sobre os principais assuntos da campanha. "Ele poderia ter um ótimo debate consigo mesmo", disse ela.

Obama negou a acusação e disse que Hillary tentava distorcer os fatos por conta da proximidade da votação em New Hampshire.

O senador também recebeu uma ajuda durante o debate de John Edwards, que afirmou: "Eu não ouvi esse tipo de ataque da senadora Clinton quando ela estava à frente. Agora que ela não está mais, nós escutamos isso".

Para o correspondente da BBC em Washington Justin Webb, "Hillary Clinton está lutando por sua carreira política neste fim de semana".

Republicanos
Entre os pré-candidatos do Partido Republicano, as atenções estão voltadas ao senador John McCain, apontado no passado como favorito, mas cuja pré-candidatura havia perdido fôlego nos últimos meses.

Agora ele parece novamente em alta, liderando as pesquisas para as primárias de New Hampshire.

O ex-governador do Arkansas Mike Huckabee, cuja vitória no caucus de Iowa provocou surpresa, não parece em condições de repetir o desempenho em New Hampshire, deixando a disputa mais aberta entre os republicanos.

Quatro pré-candidatos do Partido Democrata e seis do Partido Republicano participaram na noite de sábado dos debates televisivos transmitidos pela rede ABC.

Prévia "esquecida"
Ainda no sábado, outro pré-candidato republicano, Mitt Romney, venceu o "esquecido" caucus do Estado de Wyoming.

Tradicionalmente a prévia de Wyoming costuma atrair menos a atenção dos candidatos e receber menos destaque na imprensa do que as outras, já que é o Estado menos populoso e colabora com menos delegados na definição do nome dos partidos à Casa Branca - apenas 12 em quase 2,4 mil.

Poucos candidatos fizeram campanha no Estado e os mais cotados para conseguir a indicação do partido - o ex-prefeito Rudolph Giuliani e John McCain - não conseguiram eleger nenhum delegado.

O caucus do Partido Democrata no Wyoming acontece somente em março.
As convenções que definirão oficialmente os candidatos de cada partido, com a participação dos delegados escolhidos nas prévias de cada Estado, acontecem somente em agosto e setembro.

http://noticias.uol.com.br/bbc/reporter/2008/01/06/ult4909u1803.jhtm
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

http://umzumbipordia.blogspot.com - Porque a natureza te odeia e a epidemia zumbi é só a cereja no topo do delicioso sundae de horror que é a vida.

Offline Unknown

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Re: Obama e Huckabee
« Resposta #36 Online: 07 de Janeiro de 2008, 00:48:52 »
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New Hampshire se transforma no ringue político dos EUA
 
Ultrapassada a primeira etapa da longa corrida à Casa Branca, os aspirantes à Presidência dos Estados Unidos já estão fazendo campanha a todo vapor em New Hampshire – o pequeno Estado no nordeste onde, na terça-feira, os pré-candidatos disputam a primeira primária de 2008.

O democrata Barack Obama e o republicano Mike Huckabee saíram vitoriosos no primeiro round e podem solidificar ainda mais suas candidaturas se tiverem um bom desempenho na terça-feira.

Mas as mais recentes pesquisas não os favorecem.

Do lado democrata, é a ex-primeira-dama Hillary Clinton que tem a aparente vantagem em New Hampshire e, do lado republicano, Huckabee parece longe de John McCain e de Mitt Romney.

Democratas

Obama, um senador de 46 anos em seu primeiro mandato pelo Estado de Illinois, pode se tornar o primeiro presidente negro da história dos Estados Unidos.

Sua mensagem, baseada na idéia de mudança, caiu bem no gosto dos eleitores em Iowa, que o escolheram por uma margem mais folgada do que previam as pesquisas. Ele recebeu 38% das preferências, seguido de John Edwards (30%) e só então Hillary Clinton.

Na sexta-feira, após a vitória, Obama disse que o povo americano “havia começado a trilhar o caminho da mudança”. “E daqui a quatro dias, New Hampshire, você tem a chance de mudar os Estados Unidos.”

Hillary, que alega que Obama não tem a experiência necessária para ser presidente, foi correndo para New Hampshire após finalizada a batalha em Iowa, e vem fazendo campanha com vigor no Estado do nordeste desde a sexta-feira de manhã.

Em um evento, junto com o seu marido, o ex-presidente Bill Clinton, a senadora de 60 anos disse que os Estados Unidos precisam “de um presidente que não apenas fazer pedir mudanças, ou exigir mudanças, mas um presidente que vai produzir mudanças. Exatamente como eu tenho feito há 35 anos”.

Edwards, o segundo colocado em Iowa, também prometeu esforço em New Hampshire, embora ele esteja atrás de Hillary e Obama nas pesquisas e na arrecadação de fundos.

“Eu não sou o candidato do dinheiro, não sou o candidato do brilho, eu não sou o candidato do glamour nem quero ser. Mas o que eu sou… é o candidato do povo”, disse.

Republicanos

Huckabee, um ex-governador e ex-pastor batista, venceu em Iowa com 34% dos votos – o que, segundo analistas, se deve ao apoio que recebeu de evangélicos.

Mitt Romney, que pode se tornar o primeiro mórmon a ocupar a Casa Branca, ficou num distante segundo lugar, com 25%, mesmo tendo gastado quase 20 vezes mais com a campanha em Iowa do que Huckabee.

Analistas políticos não acham que Huckabee, praticamente um desconhecido há dois meses, tem chance em New Hampshire.

“Nós temos apenas alguns dias para fechar o negócio, mas eu acho que o impulso de Iowa vai ser bom para nós”, disse Huckabee sobre New Hampshire, após a vitória em Iowa.

Romney - que ganhou uma injeção de moral neste sábado ao receber o apoio de sete dos 12 delegados de Wyoming e, dessa forma, vencendo o caucus do Estado -, insistiu que a batalha está longe de terminar.

“Vai ser uma corrida diferente aqui”, disse ele em New Hampshire. Segundo analistas, uma eventual derrota dele em New Hampshire pode destruir sua campanha.

Rudolph Giuliani continua sendo uma ausência notável nesta corrida. Até pouco tempo atrás líder incontestável das pesquisas nacionais, o ex-prefeito de Nova York não fez campanha em Iowa e também não tem tratado New Hampshire como prioridade.

Sua estratégia é se concentrar em Estados maiores, com mais delegados, como a Flórida – que realiza primárias em 29 de janeiro.

New Hampshire
Capital: Concord
População: 1.314.895 (aproximadamente a população de Porto Alegre)

Disputa aberta

Iowa e New Hampshire marcam o início de uma maratona de cinco semanas que deve culminar com a “Super Tuesday” do dia 5 de fevereiro.

Nessa data, cerca de 20 Estados vão às urnas – entre eles os dois com maior número de delegados no país, a Califórnia e Nova Iorque.

Os candidatos oficiais dos partidos só serão anunciados oficialmente nas convenções partidárias, em agosto e setembro – mas as prévias já irão definir, bem antes, quais serão os agraciados.

O vencedor irá substituir George W. Bush, que é proibido pela Constituição de disputar um terceiro mandato.

Os analistas dizem que esta disputa presidencial nos Estados Unidos é a mais aberta em mais de 50 anos, pois nem o atual presidente nem o seu vice, Dick Cheney, estão no páreo.

Datas cruciais
8 de janeiro: Primárias de New Hampshire
15 de janeiro: Primárias de Michigan
19 de janeiro: Cáucus de Nevada; Primária republicana da Carolina do Sul
26 de janeiro: Primária democrata da Carolina do Sul
29 de janeiro: Primárias da Flórida
5 de fevereiro: "Super Tuesday" - primárias em cerca de 20 Estados, incluindo Nova York, Nova Jérsei, Califórnia entre outros.
Datas estão sujeitas a mudanças

http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2008/01/080105_newhampshire_analiserg.shtml

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Tire dúvidas sobre o processo eleitoral americano
 
O caminho para a Casa Branca é longo, complicado e caro.

O processo começa com as escolhas dos candidatos que vão concorrer às eleições, em uma disputa quase tão acirrada quanto a própria corrida presidencial. Essa escolha pode ocorrer de diferentes formas, dependendo do Estado.

A eleição em si também não é simples e ocorre por meio de um colégio eleitoral, o que em alguns casos extremos pode significar que o vencedor tem menos votos do que o perdedor.

Entenda a seguir como funciona esse caminho para o posto político mais influente do mundo.

Estágios iniciais

Um político com ambições presidenciais costuma formar um comitê exploratório para testar suas chances e arrecadar fundos para uma campanha, às vezes até dois anos antes da eleição.

Depois, declara formalmente sua candidatura à indicação de seu partido e inicia campanha em Estados cruciais.

Eleições primárias

A temporada das primárias começa em janeiro e dura até junho. Nesse processo, os candidatos lutam dentro dos principais partidos – o Republicano e o Democrata – pela indicação para concorrer à Presidência.

Eleitores em cada um dos 50 Estados americanos elegem delegados partidários que, na maioria dos casos, prometeram apoiar um determinado candidato. Para escolher os delegados, alguns Estados usam uma prévia, ou caucus - um sistema de reuniões políticas -, ao invés de uma primária, que é uma votação por meio de cédula.

Neste ano, primárias e caucus começam mais cedo do que o de costume porque os Estados entraram em uma corrida para se tornarem os primeiros a ter votações.

O Estado de Iowa tradicionalmente dá início à temporada com seus caucus, seguido, uma semana depois, pelas primárias de New Hampshire.

Neste ano, a disputa se tornou tão intensa que os dois Estados decidiram realizá-las no começo de janeiro para proteger a sua posição no calendário.

Qual é a importância de ser o primeiro a realizar consulta popular?

O pequeno Estado de New Hampshire (população: 1,3 milhão) tem grande orgulho de seu status de "primeiro da nação" – e uma lei estadual determina que sua primária seja realizada pelo menos uma semana antes da de qualquer outro Estado.

Iowa (população: 3 milhões) tem uma lei estadual semelhante que determina que qualquer tipo de votação deve ser realizado primeiro lá, e deseja manter o seu status. Os dois Estados têm um acordo, e Iowa promove um caucus e não uma primária.

Em termos práticos, os primeiros Estados acabam recebendo maior atenção dos candidatos do que seu tamanho ou peso político normalmente garantiria. Com isso, questões importantes para os seus eleitores ficam em maior evidência, o que em última análise pode ampliar as chances de que os problemas locais recebam mais atenção do futuro presidente.

Além disso, há vantagens econômicas nesses Estados que decorrem dos recursos extras levados pela propaganda eleitoral na televisão e de visitas freqüentes de candidatos e imprensa durante a disputa.

Outra questão é que é comum que candidatos se tornem praticamente imbatíveis depois de vencer um número substancial de primárias, o que torna as disputas nos Estados que as realizam por último muitas vezes irrelevantes.

Neste ano de grande disputa, houve alguma consequência por causa da “guerra de datas”?

Michigan e a Flórida levaram as lideranças nacionais dos partidos a ameaçar sanções porque buscaram mudar o cronograma, realizando suas primárias em janeiro.

O Comitê Nacional Democrata (DNC, na sigla em inglês) estabeleceu normas que permitem que apenas os Estados de Nevada e Carolina do Sul juntem-se a New Hampshire e Iowa na "janela" antes de 5 de fevereiro.

Numa tentativa de restaurar a disciplina, o DNC ameaçou punir os democratas da Flórida, excluindo seus delegados da convenção nacional. Com isso, eles não teriam influência sobre o político indicado pelo partido para concorrer à Casa Branca.

A cúpula estadual do Partido Democrata entrou na Justiça contra a medida dizendo que a iniciativa levaria a uma retirada dos direitos dos 4 milhões de democratas registrados para votar no Estado.

Em uma demonstração de apoio ao DNC, todos os oito candidatos democratas à indicação prometeram não realizar campanha em Michigan – cinco deles retiraram seus nomes da cédula eleitoral da primária no Estado. Neste grupo está Hillary Clinton, que vem liderando as pesquisas de intenção de voto.

O Comitê Nacional Republicano (RNC, na sigla em inglês) também ameaçou excluir da convenção nacional delegados de Estados que violaram normas partidárias ao marcarem eleições primárias antes de fevereiro.

Entre eles estão New Hampshire, Flórida, Wyoming, Michigan e Carolina do Sul.

Iowa e Nevada vão escapar de sanções porque realizam caucus e não primárias.

Qual é a diferença entre a prévia, ou caucus, e a primária?

Nos caucus em Iowa os eleitores se reúnem em casas, escolas e outros edifícios públicos em mais de 2 mil distritos em todo o Estado para discutir seus candidatos e temas eleitorais.

Eles elegem, então, delegados para as convenções de condados. Estas convenções, por sua vez, elegem delegados para as convenções estaduais, de onde sairão os delegados nacionais.

Nos caucus democratas de Iowa, os eleitores se dividem publicamente em grupos, reunindo-se em cantos diferentes de uma sala para manifestar seu apoio a diferentes candidatos, e os delegados são alocados de acordo com isso.

Eleitores nos caucus republicanos do Estado participam de uma votação secreta, e os resultados é que vão definir a alocação de delegados.

O procedimento em caucus de outros Estados pode ser diferente de acordo com as suas leis estaduais.

Eleições primárias como as que se realizam em New Hampshire permitem que todos os eleitores registrados no Estado votem diretamente em seu candidato preferido.

Mas existem três tipos diferentes de primárias.

Em primárias fechadas, os eleitores só podem participar da escolha do partido em que forem registrados. Em primárias abertas, um eleitor pode votar na primária de qualquer partido, mas só pode participar de uma. Mais raras, existem ainda as primárias em que os eleitores podem votar nos candidatos dos dois partidos.

Como foram as mudanças no calendário dos útlimos anos?

Em 2004, apenas nove Estados - Iowa, New Hampshire, Delaware, Carolina do Sul, Arizona, Missouri, Dakota do Norte, Novo México e Oklahoma - realizaram votações antes de 5 de fevereiro.

Estados grandes como Califórnia, Ohio e Nova York realizaram suas votações na chamada "Super Terça-Feira", então em 2 de março.

Em 2008, pelo menos 22 Estados vão realizar sua consulta popular antes ou em 5 de fevereiro – a nova Super Terça –, inclusive Califórnia, Illinois, Nova York e Nova Jersey.

A convenção partidária

É nas convenções partidárias nacionais, realizadas poucos meses antes da eleição presidencial, que os candidatos à Presidência são indicados formalmente.

Delegados escolhidos durante as primárias estaduais escolhem os indicados, embora neste estágio o partido normalmente já saiba quem ganhou.

Na convenção, o candidato vitorioso escolhe o vice para a sua chapa, por vezes entre os candidatos derrotados na convenção.

A reta final

Só depois das convenções nacionais é que os candidatos medem a força um do outro. Há grandes gastos em propaganda e intensa campanha de Estado em Estado. Os debates entre candidatos na televisão também atraem muita atenção. Eles podem envolver postulantes independentes, mas isso não é obrigatório.

Nas semanas finais antes do pleito, os candidatos costumam concentrar sua atenção nos grandes Estados onde há indecisão.

A eleição presidencial

A eleição presidencial americana é realizada sempre na primeira terça-feira depois da primeira segunda-feira de novembro. Em 2008 será em 4 de novembro.

Tecnicamente os eleitores não participam de uma eleição direta. Eles escolhem "eleitores" que se comprometem com um ou outro candidato e formam um Colégio Eleitoral.

Cada Estado tem um determinado número de eleitores no colégio, baseado no tamanho de sua população.

Em quase todos os Estados, o vencedor do voto popular, mesmo que por uma margem mínima, leva todos os votos do colégio eleitoral daquele Estado.

Por causa deste sistema, um candidato pode chegar à Casa Branca sem ter o maior número de votos populares em âmbito nacional, como aconteceu no pleito de 2000, quando George W. Bush venceu ao Al Gore, mas teve um número de votos menor.

http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2008/01/071225_eleicao_eua_processo.shtml

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Re: Obama e Huckabee
« Resposta #37 Online: 07 de Janeiro de 2008, 21:47:54 »
O que diz o vídeo, Alenônimo?

Rhyan

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Re: Obama e Huckabee
« Resposta #38 Online: 07 de Janeiro de 2008, 21:49:26 »

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Re: Obama e Huckabee
« Resposta #39 Online: 29 de Janeiro de 2008, 02:15:38 »
Contra a dinastia Clinton, Obama tem reforços da dinastia Kennedy

NOVA YORK- O sonho não acabou, a esperança de Barack Obama vive. Sua vitória nas primárias democratas sábado na Carolina do Sul foi muito acima das expectativas, o dobro de votos conferidos a Billary Clinton (Bill e Hillary). O triunfo dependeu essencialmente do maciço voto negro, mas o apoio branco também foi acima das expectativas. No jargão eleitoral, Obama recuperou o "momentum" rumo à megaterça-feira, 5 de fevereiro, com primárias em mais de 20 estados.

A esperança vive e a luta é gloriosa, mas ingrata. Billary ainda mantém sólida vantagem nos principais estados com primárias no dia 5 (em especial Nova York e Califórnia), mas como aconteceu antes do primeiro embate em 3 de janeiro em Iowa, a máquina Clinton volta a emperrar. Em contraste, é uma nova injeção de ânimo na campanha de Obama. Para um candidato associado a um vigor jovial em guerra contra a dinastia Clinton, é providencial o endosso da lendária dinastia Kennedy.

Primeiro, no domingo, foi o artigo de apoio de Caroline Kennedy (filha do presidente assassinado em 1963) no "New York Times", o mesmo jornal que endossou Hillary nas primárias em Nova York. Para Caroline, Barack Obama é a voz de uma nova geração, como já foram o seu pai John e o tio Bobby, assassinado justamente durante a corrida das primárias democratas em 1968.

Nesta segunda-feira, é o endosso do terceiro irmão, o senador Ted Kennedy, em comício em Washington. É interessante que o endosso acontece em Washington. Ted Kennedy é figura de proa do establishment do Partido Democrata, um dos senadores mais veteranos e influentes. Bill Clinton tentou convencê-lo a manter neutralidade nas primárias, mas foi justamente a agressividade do ex-presidente, que desceu do seu pedestal de estadista para se tornar cão de ataque da campanha da mulher, que contribuiu para Ted Kennedy vir a público a favor de Obama. Os cabeças das duas mais importantes famílias democratas dos EUA tiveram conversas acaloradas sobre o papel de Bill na campanha a favor de Hillary e no domingo Ted avisou o ex-presidente sobre sua decisão.

A estrela liberal Kennedy de certa maneira volta a brilhar com Barack Obama, que ironicamente, apesar das distorções de Billary como simpatizante do ultraconservador Ronald Reagan, é mais liberal do que os Clintons. Para Obama, é fundamental o endosso de um político experiente e branco como Ted Kennedy para neutralizar a jogada de Billary de "racializar" a campanha.

Com o seu novo ímpeto, Barack Obama precisa deixar claro (perdão pelo trocadilho) que não é o candidato negro. Sua fórmula precisa ser a mesma de John Kennedy, o primeiro católico na Casa Branca, na campanha de 1960. Kennedy disse que era um candidato democrata que era católico e não o contrário. Barack Obama precisa reforçar que é um candidato democrata que é negro. Billary também tira proveito de uma certa animosidade do eleitorado hispânico contra os negros. Ted Kennedy pode ajudar Obama por ser um campeão da luta pró-imigrante e de grupos tradicionais do Partido Democrata (hispânicos, sindicatos e camadas de baixa renda), onde Billary é forte.

A dinastia Kennedy é o passado, mas também pode ser o futuro para Barack Obama.

http://ultimosegundo.ig.com.br/opiniao/caio_blinder/2008/01/28/contra_a_dinastia_clinton_obama_tem_reforcos_da_dinastia_kennedy_1167924.html

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Re: Obama e Huckabee
« Resposta #40 Online: 29 de Janeiro de 2008, 04:14:27 »
'Operação Flórida' pode selar sorte de Giuliani
 
O ex-prefeito de Nova York Rudolph Giuliani traçou uma estratégia sem precedentes e de alto risco para ser o escolhido do Partido Republicano para concorrer à presidência dos Estados Unidos.

Giuliani optou por praticamente ignorar os Estados que realizaram as primeiras prévias eleitorais para centrar sua campanha na Flórida, que realiza sua primária nesta terça-feira.

Mas o esforço do ex-prefeito nova-iorquino pode ter sido em vão. Até o ano passado, Giuliani liderava as pesquisas de opinião no Estado, mas as sondagens mais recentes o colocam em terceiro lugar, atrás do senador John McCain e do ex-governador Mitt Romney, que travam uma acirrada disputa pela primeira colocação.

Giuliani vem dizendo que irá surpreender e, na hora H, chegará na frente. Mas também acrescentou que seguirá na disputa, independentemente do resultado na Flórida, até a Super Terça-Feira, quando mais de 20 Estados americanos promoverão primárias simultâneas.

Punição

A primária da Flórida é a maior já disputada neste ano pelos pré-candidatos republicanos. Estão em jogo um total de 57 delegados no Estado. Pelas regras do pleito republicano, o vencedor da disputa fatura todos os delegados.

Em circunstâncias normais, o número de delegados seria o dobro do atual, mas o Partido Republicano decidiu punir a representação estadual do partido, devido à decisão de antecipar a data da primária, contrariando a determinação do diretório central.

O Partido Democrata foi ainda mais longe na punição. E retirou por completo o poder de voto dos delegados democratas da Flórida. Os candidatos do partido também concordaram em não fazer campanha no Estado.

Mas a senadora Hillary Clinton já disse que vai batalhar para que os delegados da Flórida possam ser representados na convenção do partido, que será realizada em agosto na cidade de Denver, no Colorado.

Estima-se que um total de 400 mil republicanos registrados já tenham depositado seu voto antecipadamente, o que é permitido pelas regras eleitorais do Estado.

http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2008/01/080128_floridagiulianibg.shtml

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Re: Obama e Huckabee
« Resposta #41 Online: 29 de Janeiro de 2008, 04:45:36 »
Propostas dos pré-candidatos à Casa Branca

INTRODUÇÃO

Alguns assuntos dominaram os debates que os pré-candidatos à Presidência dos Estados Unidos realizaram nos últimos meses e, segundo analistas, devem continuar sendo destaque nas campanhas até as eleições de 4 de novembro.

A BBC preparou este guia interativo com as opiniões de alguns dos principais candidatos democratas e republicanos em sete áreas: o envolvimento americano no Iraque; os problemas na economia; a segurança nacional; a imigração; a saúde pública; questões sociais (como o aborto e o casamento de homossexuais) e as mudanças climáticas.

Do lado democrata, incluímos as posições dos três candidatos que têm dominado as pesquisas: Hillary Clinton, John Edwards e Barack Obama.

Do lado republicano, incluímos as posições de Rudolph Giuliani, Mike Huckabee, John McCain e Mitt Romney.

IRAQUE

Em março, irão se completar cinco anos da invasão do Iraque, liderada pelos Estados Unidos.

O governo americano diz que a estratégia adotada em 2007 de mandar um contingente extra de 30 mil soldados para o país está dando resultados e, nos últimos meses, a quantidade de atentados diminuiu.

Mas os americanos pagaram, e ainda pagam, um preço caro pelo seu envolvimento no país. Segundo dados da coalizão militar, até 27 de dezembro de 2007, 3,9 mil militares dos Estados Unidos haviam morrido em território iraquiano.

Segundo analistas, se a segurança no Iraque continuar a melhorar, a importância do tema deve diminuir nesta eleição, o que beneficiaria os republicanos.

Por outro lado, se mais americanos voltarem a morrer em grandes números, a pressão popular para retirar as tropas do Iraque deve aumentar, favorecendo os pré-candidatos democratas, que já prometeram fazer isso.

PROPOSTAS DE PRÉ-CANDIDATOS DEMOCRATAS PARA O IRAQUE

Hillary Clinton: Votou pela autorização da invasão em 2003. Ela não se desculpou pela decisão mas disse posteriormente que, se soubesse na época o que sabe agora, teria agido de maneira diferente. Opôs-se à estratégia de aumentar a presença militar em Bagdá em 2007 e disse que porá fim à ocupação se for eleita presidente.

John Edwards: Votou a favor da invasão em 2003, mas disse que hoje lamenta a decisão. Defende uma retirada completa das tropas americanas do Iraque em um período de 12 a 18 meses e disse que, como presidente, poria fim à ocupação. Também abriria diálogo com os países vizinhos do Iraque, inclusive Síria e Irã.

Barack Obama: Opôs-se à guerra do Iraque de imediato e disse que "não há solução militar" para a situação no país. Rejeitou a estratégia de aumento da presença militar, dizendo que é hora de uma mudança fundamental de política. Em janeiro de 2007, propôs um plano para uma retirada gradual de tropas, dizendo que é necessário definir um cronograma e alcançar uma solução política para o Iraque.

PROPOSTAS DE PRÉ-CANDIDATOS REPUBLICANOS PARA O IRAQUE

Rudolph Giuliani: Apóia a guerra, dizendo que o Iraque tem que ser visto no contexto de uma ameaça mais ampla aos EUA. Apoiou a estratégia de aumento de tropas de George W. Bush, mas disse que é necessário achar uma forma de avaliar o progresso no Iraque. Opõe-se ao estabelecimento de um cronograma para a retirada.

Mike Huckabee: Retiraria as tropas americanas só depois de recomendação do comandante militar dos Estados Unidos no Iraque. Acredita que o aumento no número de soldados em Bagdá foi bem sucedido. Apóia ação da Turquia contra os separatistas curdos do PKK. É contrário ao estabelecimento de um cronograma para a retirada do Iraque.

John McCain: Votou pela invasão em 2003 e disse que as forças americanas devem permanecer no Iraque até que o país possa se defender sozinho. Vem sendo um defensor proeminente da estratégia de Bush para o aumento de tropas no país, embora tenha criticado outros aspectos da condução da ocupação. Advertiu que os planos de retirada de soldados pode provocar um genocídio na região. O senador não acha que conversar com o Irã e a Síria atenda aos interesses dos EUA.

Mitt Romney: Apoiou a decisão inicial de ir à guerra, mas criticou sua condução. Defendeu a estratégia de aumento de tropas de Bush e disse que manteria a atual presença militar no Iraque. Defende também o diálogo com os vizinhos do Iraque. De maneira geral, vê o conflito como parte de uma luta mais ampla, em que "jihadistas radicais violentos" desejam substituir governos árabes moderados por um califado e destruir os EUA.

ECONOMIA

Em agosto de 2007, a crise do mercado de crédito imobiliário americano derrubou bolsas de valores em todo o mundo e fez aumentar os temores de uma desaceleração econômica nos Estados Unidos.

No final do ano, muitos economistas acreditavam que a taxa de crescimento de 4% registrada no terceiro semestre de 2007 despencaria para algo entre 1% e 1,5% no quarto semestre do ano e no primeiro semestre de 2008. Os mais pessimistas falavam até mesmo na possibilidade de recessão.

Para muitos democratas, o governo Bush cometeu um erro ao não agir mais cedo ou tomar medidas mais significativas para resolver a questão.

Mas a crise imobiliária não é o único problema a afetar a economia americana. O preço do barril do petróleo bateu sucessivos recordes e, no fim de 2007, se aproximava dos US$ 100.

Por outro lado, as exportações americanas vivem um bom momento, impulsionadas pela seqüência de desvalorizações do dólar.

Os democratas dizem que os republicanos não conseguiram garantir que os frutos do crescimento econômico dos últimos anos beneficiassem as pessoas comuns. Eles também são críticos das atuais regras do comércio mundial, que supostamente prejudicariam os trabalhadores americanos.

Os pré-candidatos republicanos dizem que os Estados Unidos se beneficiaram dos incentivos concedidos às empresas do país nos últimos anos, e a maioria quer estender os cortes nos impostos aprovados por Bush, que expiram em 2010.

PROPOSTAS DE PRÉ-CANDIDATOS DEMOCRATAS PARA A ECONOMIA

Hillary Clinton: Disse que a crescente diferença de renda entre ricos e pobres está minando as classes média e trabalhadora nos Estados Unidos. Quer reduzir os benefícios dados às grandes empresas e investir em educação e criação de novos empregos. Formulou um plano para reformar o governo reduzindo o desperdício e melhorando a transparência. Apóia movimentos de mulheres para igualdade salarial com os homens.

John Edwards: Culpa as políticas fiscais de Bush pelo aumento da carga tributária sobre a classe média americana e prometeu tentar reduzir custos para as famílias, enquanto recompensa o trabalho. Fala em criar um milhão de empregos ao fazer dos Estados Unidos o líder mundial na geração de energia limpa. Pediu metas nacionais para acabar com a pobreza em 30 anos.

Barack Obama: Assim como Edwards, prometeu ajudar as famílias de classe média que enfrentam custos crescentes e salários estagnados. Pediu a Washington que coloque os interesses de grandes empresas de lado e se concentre na reforma dos setores de saúde e educação. Disse ainda que os Estados Unidos precisam reformular sua economia para competir na era digital. Recomenda maior investimento em pesquisa científica.

PROPOSTAS DE PRÉ-CANDIDATOS REPUBLICANOS PARA A ECONOMIA

Rudolph Giuliani: Enfatizou os cortes que fez no orçamento quando era prefeito de Nova York e prometeu fazer o mesmo na Presidência. Defende a redução de impostos, para estimular o crescimento econômico.

Mike Huckabee: Quer substituir o imposto de renda federal por um imposto nacional sobre vendas que chama de "imposto justo", e que seria de 23%. Rivais republicanos dizem que ele gastou muito quando governador do Arkansas, mas Huckabee afirma que equilibrou o orçamento.

John McCain: Colocou a preservação do liberalismo econômico americano no centro de sua campanha. Fala da necessidade de controlar os gastos federais antes de realizar corte de impostos, mas também prometeu manter os impostos baixos e simplificar o sistema fiscal. Relaciona a perda do controle dos gastos federais à derrota republicana nas eleições legislativas de 2006.

Mitt Romney: Pretende estimular o crescimento econômico pela manutenção dos impostos baixos e simplificação do sistema fiscal. Pede maior responsabilidade nos gastos federais. Foi aplaudido por assumir a organização dos Jogos Olímpicos de Salt Lake City em 2002 quando o planejamento estava em vias de fracassar, realizando um evento bem sucedido e lucrativo.

SEGURANÇA NACIONAL

Um dos principais motivos de debate entre os pré-candidatos tem sido preservar ou suspender algumas leis controversas aprovadas por George W. Bush após o 11 de Setembro com o objetivo de zelar pela segurança dos Estados Unidos.

Entre elas está a Lei Patriota, que dá às agências de segurança poderes extraordinários para interceptar comunicações e investigar supostos terroristas.

A prisão de Guantánamo, em Cuba, também é foco de discussões, por guardar suspeitos de atividades extremistas por longos períodos sem que eles tenham direito a um julgamento ou mesmo um indiciamento.

Os pré-candidatos republicanos estão se concentrando mais nos temas relacionados à Segurança Nacional.

Rudolph Giuliani, que era o prefeito de Nova York nos atentados de 2001, diz que sua capacidade de liderança naquele momento mostra seu potencial como bom presidente. Mitt Romney, por sua vez, prometeu duplicar o tamanho de Guantánamo se eleito.

Por outro lado, todos os pré-candidatos democratas manifestaram preocupação com as violações dos direitos civis que dizem estar associadas às leis aprovadas por Bush.

PROPOSTAS DE PRÉ-CANDIDATOS DEMOCRATAS PARA A SEGURANÇA NACIONAL

Hillary Clinton: Deixou claro no debate democrata na Carolina do Sul que se os EUA forem atacados, não se esquivará de "uma resposta militar" se apropriado. Pressionou por mais recursos para o combate ao terrorismo no Estado de Nova York e em outras áreas consideradas sob risco de ataque. Apoiou a chamada Lei Patriota de 2001, que garantiu ao governo poderes sem precedentes para investigar suspeitos de extremismo após os ataques de 11 de setembro aos EUA, e votou a favor de sua renovação em 2006.

John Edwards: Seus planos para a segurança nacional se concentram no reforço do controle das fronteiras e na melhor identificação e proteção de potenciais alvos para ataques de extremistas. Quer um melhor aparelhamento das Forças Armadas e planos mais eficazes para responder a emergências. Votou a favor da Lei Patriota em 2001. Rejeitou a idéia de uma "guerra global contra o terrorismo", dizendo se tratar de uma ideologia usada pelo governo Bush para justificar políticas fracassadas.

Barack Obama: Participa da Comissão do Senado para Segurança Interna e Assuntos Governamentais e argumentou que os recursos para a segurança nacional deveriam ser alocados de acordo com os riscos potenciais de cada área. Pediu ainda cooperação entre os partidos sobre o assunto. Criticou a Lei Patriota mas votou por sua renovação em 2006.

PROPOSTAS DE PRÉ-CANDIDATOS REPUBLICANOS PARA A SEGURANÇA NACIONAL

Rudolph Giuliani: Na campanha e em debates, Giuliani fez várias referências à sua experiência à frente da prefeitura de Nova York depois dos ataques de 11 de setembro de 2001. Ele disse que o fracasso no Iraque trará mais riscos de ataques extremistas nos EUA.

Mike Huckabee: Quer lugar uma "guerra inteligente" usando armas políticas, económicas e diplomáticas. Rejeita a "mentalidade de bunker" de Bush, classificando-a como contraproducente. Quer perseguir "terroristas" no Paquistão, passando por cima do presidente paquistanês, Pervez Musharraf.

John McCain: Ex-piloto militar capturado durante a Guerra do Vietnã, McCain foi o expoente republicano nos esforços para proibir a CIA de recorrer ao "tratamento cruel, desumano e degradante de prisioneiros", apoiando com sucesso uma lei que proíbe tais práticas. Apoiou a Lei Patriota em 2001 e 2006.

Mitt Romney: Sua experiência com segurança inclui o envolvimento na organização das Olimpíadas de Inverno de Salt Lake City em 2002. É membro do Conselho de Segurança Interna. Prometeu localizar Osama bin Laden como parte dos esforços globais contra uma ameaça jihadista mais ampla aos EUA.

IMIGRAÇÃO

Acredita-se que os Estados Unidos tenham hoje cerca de 10 milhões de imigrantes ilegais, e a reforma das leis de imigração promete ser um dos temais mais delicados da campanha eleitoral.

O presidente Bush tentou, mas não conseguiu aprovar uma tentativa de reforma em que defendia a anistia para alguns ilegais. A proposta foi rejeitada tanto por democratas quanto por alguns republicanos que defendem uma linha dura contra os imigrantes.

A maioria dos republicanos defende a construção de uma barreira de US$ 7 bilhões na fronteira entre os Estados Unidos e o México para deter os ilegais, e todos os pré-candidatos do partido prometem ser duros com esses imigrantes.

Por outro lado, os democratas esperam lucrar com a percepção de que os republicanos têm aversão aos hispânicos, uma minoria que é crucial em alguns Estados-chave.

Muitas empresas nos Estados Unidos dependem da mão-de-obra dos imigrantes e vêm lutando pelo relaxamento das leis. Mas, com os temores crescentes de desaquecimento econômico, alguns americanos têm acusado os imigrantes de roubar os seus empregos.

PROPOSTAS DE PRÉ-CANDIDATOS DEMOCRATAS PARA A IMIGRAÇÃO

Hillary Clinton: Ela diz ser favorável a uma reforma ampla das leis de imigração, inclusive reforçando a segurança nas fronteiras, impondo punição mais rigorosa a empregadores que contratam trabalhadores sem documentos e adotando um sistema para "tirar das sombras" o que se estima serem 12 milhões de imigrantes ilegais. Destacou as implicações para a segurança, após 11 de setembro, de não se saber quem entra nos EUA através de sua fronteira com o México.

John Edwards: Falou da necessidade de conciliar controles de fronteira mais rigorosos com uma política que reforça a tradição americana de ser uma nação de imigrantes. Qualificou a situação na fronteira entre os EUA e o México como "uma bagunça" e disse que os EUA precisam canalizar mais dinheiro, tecnologia e pessoal para policiá-la. Propõe que se permita que imigrantes ilegais "ganhem" a cidadania americana depois de pagar uma multa e aprender a falar inglês.

Barack Obama: Ele disse que a fronteira entre os EUA e o México precisa ser melhor policiada e destacou o drama de centenas de imigrantes ilegais que morrem todos os anos ao tentar entrar no país através do deserto. Defende punições mais rigorosas para empregadores que contratarem trabalhadores sem documentos. Argumenta que as propostas de dar aos imigrantes ilegais já nos EUA um caminho mais rápido para adquirir a cidadania não são uma anistia se eles tiverem que pagar uma multa e aprender inglês.

PROPOSTAS DE PRÉ-CANDIDATOS REPUBLICANOS PARA A IMIGRAÇÃO

Rudolph Giuliani: Endureceu sua posição sobre a imigração desde o tempo em que era prefeito de Nova York. Opôs-se à legislação defendida por McCain e falou da necessidade de carteiras de identidade à prova de falsificação para imigrantes e uma barreira na fronteira com alta tecnologia. Disse que imigrantes ilegais deveriam ser multados, aprender inglês e não receber nenhum tipo de facilitação para adquirir a cidadania americana.

Mike Huckabee: Ele se opõe à anistia para imigrantes ilegais. Afirma que eles não deveriam ter nem carteira de motorista. Apóia plano para um controle mais rigoroso das fronteiras, com a destinação de US$ 7 bilhões para uma nova barreira fronteiriça numa medida para reforçar a segurança nacional.

John McCain: Foi criticado por vários outros republicanos por defender uma proposta bipartidária que, eles dizem, oferece uma anistia para imigrantes ilegais. Ele argumentou que é necessário um programa para trabalhadores temporários, além de medidas para colocar os trabalhadores em situação irregular já em território americano no caminho da aquisição da cidadania. Defende o reforço das fronteiras para garantir a segurança nacional.

Mitt Romney: Ele disse que a legislação bipartidária proposta por McCain e Edward Kennedy é "um presente incrível" aos imigrantes ilegais, qualificando-a como uma forma de anistia. Ele ressaltou que as pessoas em situação irregular no país não deveriam ter um caminho mais rápido para uma residência permanente do que os que entram legalmente. Defende a introdução de carteiras de identidade biométricas indicando o status de trabalho das pessoas.

SAÚDE

Os Estados Unidos não têm um sistema público de saúde gratuito e universal.

Há iniciativas financiadas pelo Estado que garantem o atendimento médico para pessoas de baixa renda e para aqueles com mais de 65 anos, mas estima-se que um em cada seis americanos, ou cerca de 40 milhões de pessoas, não tenha qualquer tipo de cobertura.

A questão aparece com freqüencia como uma das que mais preocupam os eleitores, e os candidatos tem idéias distintas sobre como garantir saúde para mais americanos.

Outro tema de debate é como controlar os gastos com saúde, um problema que atinge tanto o governo quanto empresas que atuam no setor.

Nos últimos 30 anos, os custos associados ao setor cresceram a um ritmo duas vezes maior do que o do crescimento econômico do país. Hoje, os Estados Unidos gastam US$ 2 trilhões por dia com saúde, ou o equivalente a 15% de cada dólar na economia.

PROPOSTAS DE PRÉ-CANDIDATOS DEMOCRATAS PARA A SAÚDE

Hillary Clinton: Ela disse que deseja dar cobertura universal à assistência médica. Quando primeira-dama, supervisionou um gigantesco projeto para dar esse direito a todos os americanos, mas a proposta não teve sucesso. Afirmou que espera fazer da assistência médica "a questão mais importante na eleição de 2008". De acordo com seu plano, seguradoras terão que oferecer seguro para todos, e reformas e esforços para a prevenção de doenças levariam a uma redução de custos.

John Edwards: Com um amplo plano de reformas, Edwards tem como objetivo ver todos os americanos com seguro até 2012. Afirmou que quer que empresas, governo e indivíduos compartilhem dessa responsabilidade, tornando o seguro mais acessível e reformando o mercado para melhorar as opções e a qualidade. Disse que reverteria a medida de Bush de reduzir impostos para os americanos mais ricos, a expirar em 2010, para ajudar a financiar as mudanças que propõe.

Barack Obama: Cobertura universal de assistência médica também está no centro dos planos de Obama. Ele propõe manter o sistema de seguro privado mas com uma injeção de recursos para expandí-lo a fim de dar cobertura a todos. Seguradoras não poderiam recusar cobertura por doenças pré-existentes. Prevê que o usuário típico economizaria US$ 2,5 mil. Assessores de campanha estimam um custo de US$ 50 a 65 bilhões por ano, financiado em grande parte pelo fim da redução dos impostos para os ricos.

PROPOSTAS DE PRÉ-CANDIDATOS REPUBLICANOS PARA A SAÚDE

Rudolph Giuliani: Ele disse que o governo precisa trabalhar com os mercados privados para dar às pessoas maior escolha a fim de melhorar a qualidade e reduzir os custos. Ele disse que o sistema é falho mas deveria ser reparado a partir de seus pontos fortes. "Nós não deveríamos transformá-lo em medicina socializada", afirmou.

Mike Huckabee: É contrário ao plano de cobertura universal federal para a assistência à saúde. Trabalharia com Estados e empresas para partir de um sistema baseado nos empregadores para um baseado nos consumidores, a fim de controlar custos.

John McCain: Ressaltou seu trabalho de apoio à assistência médica a veteranos das Forças Armadas. Ele disse que está disposto a tomar decisões duras para reformar a assistência médica e os programas de seguridade social, e adverte que sem uma ação bipartidária os custos serão insustentáveis.

Mitt Romney: Como governador de Massachusetts, Romney apoiou legislação que prevê que todos no Estado tenham seguro de saúde ou sofram alguma sanção legal. Ele disse que as reformas de mercado, e não aumento de impostos ou programas do governo, são a forma de ampliar a cobertura de saúde para todos os americanos. Romney insiste que os indivíduos têm responsabilidade pelos cuidados com a própria saúde.

QUESTÕES SOCIAIS

Temas como o aborto ou o casamento de homossexuais têm freqüentemente motivado protestos nos Estados Unidos, um país em que é forte a influência da religião sobre a política - apesar de a Constituição estabelecer o secularismo do Estado.

O presidente George W. Bush, alinhado com o eleitorado evangélico que domina Estados do sul, do centro e do norte do país, defendeu publicamente a aprovação de uma emenda constitucional definindo o casamento como uma união entre um homem ou mulher, mas a idéia acabou não vingando.

Em vários Estados americanos, já vigoram leis que estabelecem a união civil de homossexuais.

A prática do aborto também está sujeita a restrições estaduais, mas o presidente sofre pressão de grupos conservadores, sobretudo evangélicos, para impor restrições.

Esse é um tópico especialmente indigesto para o pré-candidato republicano Rudolph Giuliani, que defende que a mãe tenha o direito de decidir o destino do feto. Tal posição o afasta do eleitorado evangélico que apoiou George W. Bush nas suas duas candidaturas à Casa Branca.

POSIÇÕES DE PRÉ-CANDIDATOS DEMOCRATAS QUANTO A QUESTÕES SOCIAIS

Hillary Clinton: Sobre o aborto, considera a escolha das mulheres como um direito fundamental da Constituição. Mas também fala sobre o papel de religião, valores morais e educação na prevenção de gravidez indesejada. No passado, apoiou "legislação sensata para o controle de armas" e é defensora ferrenha de pesquisas com células-tronco.

John Edwards: Manifestou-se radicalmente contra decisão da Suprema Corte em abril de 2007 de manter a proibição do aborto em estágios avançados de gravidez, num procedimento que ficou conhecido como "aborto de nascimento parcial". É favorável ao aumento do financiamento federal de pesquisas com células-tronco embrionárias.

Barack Obama: No debate democrata em abril de 2007, disse que confiava nas mulheres para fazer sua própria escolha em relação ao aborto "juntamente com seus médicos, famílias e sacerdotes". Afirmou acreditar que casamento é entre um homem e uma mulher, mas apóia a união civil de casais gays.

POSIÇÕES DE PRÉ-CANDIDATOS REPUBLICANOS QUANTO A QUESTÕES SOCIAIS

Rudolph Giuliani: Disse que acredita no direito de escolha das mulheres mas, pessoalmente, odeia o aborto. Destacou que, quando prefeito de Nova York, o número de adoções aumentou entre 65 e 70% e o de abortos, diminuiu 16%. Apóia a decisão da Suprema Corte de proibir o aborto em estágios avançados de gravidez. Sobre casamento de gays, disse que apóia o direito legal a parcerias domésticas mas acredita que casamento é entre um homem e uma mulher.

Mike Huckabee: Defensor ferrenho do movimento de direito à vida. Quer que a decisão de 1973 que aprovou o aborto seja revertida e a introdução de uma emenda constitucional para proteger o direito dos embriões à vida.

John McCain: No debate presidencial no Estado da Carolina do Sul, McCain disse que a decisão da Suprema Corte de 1973 que legalizou o aborto deve ser revertida. No passado, havia manifestado postura diferente, dizendo que a proibição forçaria as mulheres a procurar aborto clandestino.

Mitt Romney: Apoiou o direito de aborto quando governador de Massachusetts, mas disse que mudou de idéia. Afirmou que pessoalmente sempre se opôs ao aborto mas mudou de posição sobre o papel do governo no caso depois de estudar avanços médicos como clonagem. Apóia a decisão da Suprema Corte de limitar a prática em estágios avançados de gravidez.

MUDANÇAS CLIMÁTICAS

O presidente George W. Bush se recusou a adotar o Protocolo de Kyoto para redução dos gases que provocam o efeito estufa, alegando que ratificar o tratado iria trazer prejuízos à economia americana e que era preferível buscar outras alternativas.

Mas, no ano passado, numa reunião na Indonésia que lançou as bases da discussão sobre um acordo que irá substituir Kyoto, os Estados Unidos acabaram cedendo e respaldaram um documento que prevê um esforço global para cortar emissões.

Os Estados Unidos são o maior emissor individual de dióxido de carbono, gás produzido pela queima de combustíveis fósseis e que provoca o efeito estufa.

Em 2007, Bush anunciou sua intenção de incentivar o uso do etanol, menos poluente, como combustível no país. Entretanto, o país ainda é dependente de combustíveis fósseis, como a gasolina, na sua rede de transportes.

É incerto até que ponto os americanos estariam dispostos a mudar seu estilo de vida para se adaptar às restrições impostas por um substituto do Protocolo de Kyoto, que expira em 2012. O futuro presidente provavelmente terá que decidir, como Bush decidiu, até que ponto vale à pena ceder.

PROPOSTAS DE PRÉ-CANDIDATOS DEMOCRATAS PARA O MEIO AMBIENTE

Hillary Clinton: Concordaria em limitar as emissões de CO2 dos EUA como parte de um acordo pós-Kyoto. Quer padrões mais rigorosos para a geração de energia e a eficiência de veículos, além de mais recursos para a pesquisa de fontes limpas com vistas à independência energética.

John Edwards: Buscaria um tratado sobre mudanças climáticas que incluiria os países em desenvolvimento. Rejeitaria subsídios às empresas de petróleo, estimularia a busca de tecnologia limpa e reduziria as emissões de gases do efeito estufa em 80% até 2050.

Barack Obama: Quer uma redução de 80% da emissão de gases do efeito estufa até 2050. Deseja que os EUA liderem os esforços globais para o combate às mudanças climáticas. Investiria US$ 150 bilhões nos próximos dez anos em energia limpa.

PROPOSTAS DE PRÉ-CANDIDATOS REPUBLICANOS PARA O MEIO AMBIENTE

Rudolph Giuliani: Aceita a teoria de que as atividades humanas contribuiram para o aquecimento global. Quer buscar a independência energética por uma questão de segurança nacional. É favorável a um esforço liderado pelo governo para desenvolver nova tecnologia que preserve o meio ambiente.

Mike Huckabee: Quer conseguir a independência energética até o segundo mandato na Presidência. Defende o uso de todas as fontes de energia, inclusive nuclear, renovável e de biocombustíveis. Afirma que a energia é uma questão de segurança global.

John McCain: Diz que mudanças climáticas são reais e devastadoras. Afirma que os EUA deveriam pensar em se unir a todas as nações do mundo para reduzir as emissões de gases do efeito estufa, se a China e a Índia participarem dos esforços.

Mitt Romney: Quer que os EUA ajam para se tornarem mais eficientes no uso de energia, atingindo a independência energética. Gostaria de ver um acordo global, mas só quando a China e a Índia aderirem.

http://www.bbc.co.uk/portuguese/pop/080101_propostas2_pop.shtml

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Offline Felius

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Re: Obama e Huckabee
« Resposta #42 Online: 29 de Janeiro de 2008, 05:00:08 »
Olha os tres democratas me parecem aceitaveis, assim como o Rudolph.
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Offline Luis Dantas

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Re: Obama e Huckabee
« Resposta #43 Online: 29 de Janeiro de 2008, 07:52:15 »
Rudolph Giuliani?  O que declarou que não é aceitável que continue sendo seguro se opor aos EUA?

Felizmente ele parece não ter mais chance alguma.
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Em 18 de janeiro de 2010, ainda não vejo motivo para postar aqui. Estou nos fóruns Ateus do Brasil, Realidade, RV.  Se a Moderação reconquistar meu respeito, eu volto.  Questão de coerência.

Offline Týr

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Eleições Americanas
« Resposta #44 Online: 04 de Fevereiro de 2008, 22:44:38 »
Alguém está acompanhando aquele circo que é o sistema eleitoral americano?

Pelo que vi vamos trocar seis por meia dúzia, fiquei totalmente desanimado com os discursos conservadores, todos pregando religião em suas propostas, algo totalmente desanimador tendo em vista que o governo Bush foi um lixo, até acho difícil alguém fazer um governo pior.

Mas bem que poderia entrar um cara sensato por lá, tendo em vista que os EUA têm influência em todo o mundo, saudades do Clinton, mas acho que a Hillary também não tem grandes propostas.

O que acham? Fala-se muito da primeira mulher, ou do primeiro negro, mas antes disso deve-se olhar a qualidade, e não elegê-los somente para serem os primeiros. Pelo que eu vi, mesmo com um pé atrás apostaria na Hillary.

Rhyan

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Re: Eleições Americanas
« Resposta #45 Online: 04 de Fevereiro de 2008, 22:47:56 »
Ron Paul é o cara!

Offline uiliníli

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Re: Eleições Americanas
« Resposta #46 Online: 05 de Fevereiro de 2008, 01:31:53 »
Ron Paul não tem nem a mais mínima menor chance. Entre os republicanos o John McCain é favorito disparado para conseguir a indicação, a não ser que o Romney consiga um milagre nesta Super-Terça. Entre os democratas, até a pouco eu estava torcendo mais pelo Obama, mas no último debate a Hillary equilibrou um pouco a minha preferência. Os dois candidatos na verdade têm propostas muito parecidas, somente alguns detalhes os diferenciam, como as propostas de ambos para o sistema de seguro saúde e alguns tópicos a respeito da reforma das leis de imigração. As propostas da Hillary me pareceram mais desenvolvidas e não se pode negar que ela tem clareza, experiência e competência a mais do que seu adversário, mas eu acredito que o Obama teria mais chance do que ela de ganhar as eleições pois ele tem muito mais carisma. Não pensem que foi por acaso que ele passou da noite para o dia de senador desconhecido de Illinois a fortíssimo candidato à presidência, ele é um candidato que entusiasma e apaixona multidões e acho que ninguém terá tanta capacidade de unir os americanos e recuperar o prestígio internacional dos EUA. Na verdade eu torço é por uma dobradinha, Obama presidente e Hillary vice. Ou o contrário, que até parece mais lógico, já que Obama é mais novo e daqui a oito anos seria o candidato natural à sucessão de Hillary.

Offline Partiti

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Re: Eleições Americanas
« Resposta #47 Online: 05 de Fevereiro de 2008, 02:36:43 »
McCain é o menos pior dos republicanos, mesmo que os republicanos ganhem, se for ele a coisa deve melhorar um pouco, comparado com o governo Bush.

Mas o engraçado é ver alguns comentários dos republicanos, nenhum é aquele neocon caricato (tirando o Ron Paul, que já virou o Enéas da campanha), mas todos tem uma ou outra característica típica, como passado de guerra, pró-life, corte de impostos, etc... Se misturassem os 3, daria um candidato republicano típico.

Quanto aos democratas, eu estou sentindo, principalmente após o debate da Califórnia, que os 2 estão caminhando para um entendimento, já que parece que amanhã já sai o candidato republicano mas ficará duro para definir o democrata, aí a manutenção das brigas Hilary vs. Obama só prejudicaria a candidatura. Eu sinceramente achei as duas propostas interessantes, mas simpatizo um pouco mais com o Obama, mais por desconfiar de um novo governo Clinton. Mas se fosse americano, votava na Hilary, já que acho a rejeição à negros nos EUA maior que a rejeição à mulheres, dando mais chances para ela ganhar do Republicano.
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Offline Nightstalker

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Re: Eleições Americanas
« Resposta #48 Online: 05 de Fevereiro de 2008, 04:05:30 »
Eu tenho simpatia pelo Ron Paul, mas sem dúvidas o Mccain ganhará de longe as prévias. Espero que ele seja o próximo presidente americano.

Também não demonizo os democratas, penso que talvez possam governar bem. Franklin Delano Roosevelt era democrata, foi um ótimo governante. Dos democratas eu simpatizo mais pelo Obama, a política de imigração que ele deseja instituir é interessante.
« Última modificação: 05 de Fevereiro de 2008, 04:22:31 por Nightstalker »
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Offline Dbohr

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Re: Eleições Americanas
« Resposta #49 Online: 05 de Fevereiro de 2008, 09:24:55 »
Obama/ Hilary parece ser o "dream ticket", como já disse o jornalista que mediou o último debate entre eles. Vejamos o resultado desta Super-Terça-Feira Gorda :-)

 

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