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Quem você quer que ganhe a eleição norte-americana?

Obama
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McCain
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Outro (especifique)
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enquete encerrada: 12 de Março de 2008, 20:26:59

Autor Tópico: Eleições Americanas  (Lida 35125 vezes)

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Offline Luis Dantas

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Re: Eleições Americanas
« Resposta #125 Online: 12 de Fevereiro de 2008, 08:13:01 »
Por que um republicano seria bom para alguém (qualquer um), principalmente no Brasil?

Pode haver alguma vantagem econômica superficial na alegação do McCain de que não defenderá subsídios (vamos ver quanto isso dura... ele É republicano, afinal).

Mas a esta altura, isso pouco importa diante das questões maiores como o Iraque e a política externa.
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Offline Rodion

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Re: Eleições Americanas
« Resposta #126 Online: 12 de Fevereiro de 2008, 08:25:48 »
eu ainda não entendi sua implicância com os republicanos. por que, rebato, um republicano não seria bom para alguém, principalmente para o brasil?
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Pode haver alguma vantagem econômica superficial na alegação do McCain de que não defenderá subsídios (vamos ver quanto isso dura... ele É republicano, afinal).
não entendi. subsídios agrícolas são tradicionalmente uma bandeira democrata. com "ele É republicano, afinal" o que você quer dizer?
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Offline Luis Dantas

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Re: Eleições Americanas
« Resposta #127 Online: 12 de Fevereiro de 2008, 08:28:44 »
eu ainda não entendi sua implicância com os republicanos. por que, rebato, um republicano não seria bom para alguém, principalmente para o brasil?

Porque o Brasil faz parte do Resto do Mundo :) e o Resto do Mundo vai sentir as consequências desastrosas da política externa americana antes dos EUA propriamente ditos.

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Pode haver alguma vantagem econômica superficial na alegação do McCain de que não defenderá subsídios (vamos ver quanto isso dura... ele É republicano, afinal).
não entendi. subsídios agrícolas são tradicionalmente uma bandeira democrata. com "ele É republicano, afinal" o que você quer dizer?

Quero dizer que os critérios econômicos imediatistas falam mais alto e fazem os republicanos perder o rumo, invariavelmente desde Reagan pelo menos.
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Offline Rodion

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Re: Eleições Americanas
« Resposta #128 Online: 12 de Fevereiro de 2008, 08:43:36 »
de todas as questões, a iraquiana é a que menos importa para o brasil. de fato, a única conseqüência da guerra do iraque que o brasil sofre, e mesmo assim indiretamente, é o desbalanceamento do orçamento norte-americano que por vez teve uma pequena influência na atual crise econômica pela qual os eua passam que, em alguma medida, irá nos atingir, mesmo que seja só um ventinho.

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Quero dizer que os critérios econômicos imediatistas falam mais alto e fazem os republicanos perder o rumo, invariavelmente desde Reagan pelo menos.
hm..discorra.
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Offline Luis Dantas

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Re: Eleições Americanas
« Resposta #129 Online: 12 de Fevereiro de 2008, 08:55:16 »
Ora essa, Rodion.  A questão do Iraque sozinha já seria motivo para repudiar o partido republicano inteiro.  A alternativa é implicitamente anistiar as táticas de terror e fraude de GWB.

Vantagens econômicas acidentais não COMEÇAM a justificar uma cegueira seletiva.
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Re: Eleições Americanas
« Resposta #130 Online: 12 de Fevereiro de 2008, 09:02:26 »
Ora essa, Rodion.  A questão do Iraque sozinha já seria motivo para repudiar o partido republicano inteiro.  A alternativa é implicitamente anistiar as táticas de terror e fraude de GWB.

Vantagens econômicas acidentais não COMEÇAM a justificar uma cegueira seletiva.

Para o Brasil uma redução ou fim dos subsídios agrícolas seria algo milhões de vezes mais importante que a guerra no Iraque...

Engraçado é que ninguém reclama quando Slbodan Milosevicz foi deposto na Yugoslávia por iniciativa do governo Clinton e o Kosovo continua ocupado até hoje. A diferença é que os kosovares não são fanáticos islâmicos que ficam fazendo atentados terroristas ao invés de tentar arrumar o país.

Saddan era tão sanguinário quanto Milosevic e controlava um país bem maior.
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Offline Luis Dantas

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Re: Eleições Americanas
« Resposta #131 Online: 12 de Fevereiro de 2008, 09:07:04 »
Para o Brasil uma redução ou fim dos subsídios agrícolas seria algo milhões de vezes mais importante que a guerra no Iraque...

Sinceramente, duvido.

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Engraçado é que ninguém reclama quando Slbodan Milosevicz foi deposto na Yugoslávia por iniciativa do governo Clinton e o Kosovo continua ocupado até hoje. A diferença é que os kosovares não são fanáticos islâmicos que ficam fazendo atentados terroristas ao invés de tentar arrumar o país.

Saddan era tão sanguinário quanto Milosevic e controlava um país bem maior.

Mas Milosevic não foi atiçado nem usado pelo presidente dos EUA como pretexto para perda sistemática de vidas, recursos e credibilidade de uma forma comparável.
« Última modificação: 12 de Fevereiro de 2008, 09:09:11 por Luis Dantas »
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Re: Eleições Americanas
« Resposta #132 Online: 12 de Fevereiro de 2008, 09:09:47 »
Para o Brasil uma redução ou fim dos subsídios agrícolas seria algo milhões de vezes mais importante que a guerra no Iraque...

Sinceramente, duvido.

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Engraçado é que ninguém reclama quando Slbodan Milosevicz foi deposto na Yugoslávia por iniciativa do governo Clinton e o Kosovo continua ocupado até hoje. A diferença é que os kosovares não são fanáticos islâmicos que ficam fazendo atentados terroristas ao invés de tentar arrumar o país.

Saddan era tão sanguinário quanto Milosevic e controlava um país bem maior.

Mas não foi atiçado nem usado pelo presidente dos EUA como pretexto para perda sistemática de vidas, recursos e credibilidade de uma forma comparável.

É claro, agora você acha que ele agiu assim porque era republicano ou porque era George W. Bush?
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Offline Luis Dantas

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Re: Eleições Americanas
« Resposta #133 Online: 12 de Fevereiro de 2008, 09:15:59 »
Na verdade em nem me preocupo com essa pergunta, Amenemés; os crimes de GWB foram graves demais para exigir menos que uma repulsa nítida e definitiva.

A falha do GOP em repudiar GWB desqualifica o partido inteiro.  QUALQUER candidato que não esteja falando com sobriedade sobre a forma de deixar o Iraque é simplesmente inadequado demais para ser considerado.  Isso incluir todos os republicanos, não por coincidência.
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Offline Rodion

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Re: Eleições Americanas
« Resposta #134 Online: 12 de Fevereiro de 2008, 11:11:07 »
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Ora essa, Rodion.  A questão do Iraque sozinha já seria motivo para repudiar o partido republicano inteiro.  A alternativa é implicitamente anistiar as táticas de terror e fraude de GWB.
a guerra da coréia, do vietnã ou a invasão da baia dos porcos são motivos pra repudiar o partido democrata inteiro?
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Offline Luis Dantas

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Re: Eleições Americanas
« Resposta #135 Online: 12 de Fevereiro de 2008, 11:17:45 »
Talvez fossem.  Não me lembro de Jimmy Carter ou John Kennedy terem sido tão criminosamente incompetentes, manipuladores, desonestos e arrogantes quanto GWB, mas se por acaso foi esse o caso, seriam sim.
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Offline Partiti

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Re: Eleições Americanas
« Resposta #136 Online: 12 de Fevereiro de 2008, 19:05:18 »
Quanto à subisidios, duvido que alguém mexa nisso, ainda mais em tempo de recessão. Por mais idiota que seja, o protecionismo ganha muita força em tempos difíceis, em todos os espectros. Foi esse um dos agravantes de 29.

Quanto à comparação do Milosevic com o Saddan, o problema foi mais diplomático. Apesar de não contar com o apoio da ONU diretamente, pelo menos a OTAN inteira apoiou a invasão do Kosovo, e só do Kosovo, não da Sérvia inteira. A guerra do Kosovo lembra mais a guerra do golfo do que a guerra no Iraque, na execução, situação política e resultados.
"Trully, if there's evil in this world, it lies within the hearts of mankind" - Edward D. Morrison

Danieli

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Re: Eleições Americanas
« Resposta #137 Online: 13 de Fevereiro de 2008, 14:55:21 »
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Mulher de Obama tem papel forte na campanha

O papel de Michelle Obama na campanha tem crescido de várias formas. Depois de uma participação esporádica no começo, por causa da sua relutância em comprometer sua vida familiar, ela passou a trabalhar a todo vapor. Em Iowa, compareceu a 33 eventos em oito dias diretos. No início deste mês, ela liderou uma manifestação em Los Angeles ao lado de Oprah Winfrey e Caroline Kennedy. Reuniu-se com todos os departamentos da campanha, desde o de novas mídias ao de organização regional, e conseguiu formar um grupo dedicado a buscar o apoio das mulheres.

Mas às vezes o jeito dela pode dar resultado contrário. Quando ela contou em público que seu marido ronca e cheira mal de manhã, não põe a manteiga de volta na geladeira e "um dia se vestiu e foi embora", enquanto ela teve de remanejar vários compromissos para lidar com uma privada entupida, alguns eleitores e observadores acharam que ela estava castrando o marido.
(...)
Num discurso após uma das primárias, Obama chamou Michelle de "a mulher da minha vida e a rocha da família Obama". Mas num momento de sinceridade diante de uma platéia, em março do ano passado, ele disse: "Ela é inteligente demais para concorrer. É verdade, minha mulher é mais inteligente, tem melhor aparência. Ela é um pouco mais dura do que eu sou."
(...)
Uma jovem perguntou a Michelle qual seria a sua "plataforma como primeira dama". "Garantir que meus filhos sejam bem criados", disse Michelle. "Podemos falar da portentosa noção de uma plataforma para a Primeira Dama, mas cá estou, uma mulher que além da carreira profissional tem o trabalho principal de cuidar dos filhos".

Surpreendida, a jovem disse: "Desculpe".

Percebendo que a jovem, recém-formada na faculdade, ainda não tinha enfrentado o mesmo tipo de conflito que ela entre trabalho e família, Michelle pegou na sua mão e suavizou o tom: "É uma questão pessoal", disse.

Matéria na íntegra: Valor Online


A mulher dele é o que eu chamaria de fogo na roupa.

Offline Unknown

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Re: Eleições Americanas
« Resposta #138 Online: 15 de Fevereiro de 2008, 05:37:06 »
Romney apoiará McCain em disputa republicana e isola direita religiosa

Washington - O ex-governador de Massachusetts Mitt Romney, que desistiu da corrida pela candidatura presidencial no dia 7 de fevereiro, apóia o senador pelo Arizona John McCain, segundo a rede "CNN".  O endosso praticamente define a corrida entre os republicanos e representa o isolamento político da direita religiosa americana, que agora conta apenas com Mike Huckabee na disputa e foi muito influente durante o governo de George Bush.

Romney e McCain tiveram disputas duras durante a campanha pela indicação do Partido Republicano. Após uma série de derrotas, Romney anunciou sua desistência na quinta-feira da semana passada. O ex-governador acumulou 280 delegados durante as eleições primárias dos últimos meses. Se um número suficiente optar por respaldar McCain, o aspirante à Presidência poderia conseguir em breve os 1.191 delegados necessários para obter a candidatura.

Espera-se que Romney faça um anúncio oficial manifestando seu apoio durante as próximas horas.

Retirada

Romney retirou sua pré-candidatura após a "superterça" de 5 de fevereiro, quando ficou claro que seria praticamente impossível alcançar McCain que, segundo a "CNN", já conta com mais de 800 delegados.

Fontes consultadas pela rede de TV americana apontaram que Romney quer ajudar McCain a conseguir logo a candidatura, a fim de unir o Partido Republicano para as eleições gerais em novembro próximo.

Isolamento da direita religiosa

Ser conservador é praticamente sinônimo de ser republicano. Mas há diferentes tipos de conservadores entre os republicanos. Romney e McCain não pertencem ao mesmo grupo do atual presidente dos EUA, George Bush.

Bush governou com o apoio, basicamente, de três forças internas: os neoconservadores, intelectuais que idealizaram a Guerra no Iraque com base na tese de que o país tem o papel de levar a democracia e o capitalismo liberal para outros partes do planeta; os falcões republicanos, oriundos do governo Reagan, cuja visão de mundo remonta à Guerra Fria; e a direita religiosa, com uma agenda militante contra o aborto, o casamento gay e, em alguns casos, o ensino de religião em vez de biologia para explicar o surgimento do homem na terra.

Os dois últimos grupos são os chamados "wasp" (branco, anglo-saxão e protestante, na sigla em inglês, que compõe a tradicional elite dos EUA). O primeiro tem formação étnica mais ampla.

Romney não é protestante, é mórmon. Seus antepassados eram poligâmicos (tinham várias mulheres), o que causa forte desconfiança na base religiosa dos republicanos. McCain é protestante, apoiou a guerra no Iraque, mas tinha forte trânsito entre alguns setores do Partido Democrata, se opôs ao banimento, via lei federal, do casamento de pessoas do mesmo sexo, apoiou a pesquisa com células-tronco e maior regulamentação ambiental. Votou várias vezes contra o governo Bush. Nos últimos dias, à medida que ganha mais espaço na sigla, tem precisado dizer várias que é conservador.

À direita religiosa sobra apenas Mike Huckabee, que tem uma frase que o define bem: "Minha fé é minha vida. Ela me define. Minha fé não influencia minha vida, ela me guia".

http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2008/02/14/romney_apoiara_mccain_em_disputa_republicana_diz_fonte_1191177.html

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Offline Luis Dantas

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Re: Eleições Americanas
« Resposta #139 Online: 15 de Fevereiro de 2008, 06:34:00 »
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Bush governou com o apoio, basicamente, de três forças internas: os neoconservadores, intelectuais que idealizaram a Guerra no Iraque com base na tese de que o país tem o papel de levar a democracia e o capitalismo liberal para outros partes do planeta;

Eu queria entender que tipo de intelectual se presta a um papel desses.

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Romney não é protestante, é mórmon. Seus antepassados eram poligâmicos (tinham várias mulheres), o que causa forte desconfiança na base religiosa dos republicanos. McCain é protestante, apoiou a guerra no Iraque, mas tinha forte trânsito entre alguns setores do Partido Democrata, se opôs ao banimento, via lei federal, do casamento de pessoas do mesmo sexo, apoiou a pesquisa com células-tronco e maior regulamentação ambiental. Votou várias vezes contra o governo Bush. Nos últimos dias, à medida que ganha mais espaço na sigla, tem precisado dizer várias que é conservador.

À direita religiosa sobra apenas Mike Huckabee, que tem uma frase que o define bem: "Minha fé é minha vida. Ela me define. Minha fé não influencia minha vida, ela me guia".

Que motivos mais estranhos para marginalizar Romney e McCain.
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Re: Eleições Americanas
« Resposta #140 Online: 15 de Fevereiro de 2008, 08:33:01 »
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Bush governou com o apoio, basicamente, de três forças internas: os neoconservadores, intelectuais que idealizaram a Guerra no Iraque com base na tese de que o país tem o papel de levar a democracia e o capitalismo liberal para outros partes do planeta;

Eu queria entender que tipo de intelectual se presta a um papel desses.

Não é bem esse o escopo do tópico, mas dar fundamento à política de "levar a democracia e o capitalismo liberal para outros partes do planeta" é o papel a que se presta basicamente todo intelectual que se preze desde o século XVIII. :)

Muito moderna a esposa do Obama. Eu votaria nela também.

Offline Luis Dantas

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Re: Eleições Americanas
« Resposta #141 Online: 15 de Fevereiro de 2008, 10:14:48 »
Não é bem esse o escopo do tópico, mas dar fundamento à política de "levar a democracia e o capitalismo liberal para outros partes do planeta" é o papel a que se presta basicamente todo intelectual que se preze desde o século XVIII. :)

Não necessariamente, mas o que chama minha atenção é a outra parte.  A de idealizar a Guerra do Iraque.  Quem idealiza uma josta dessas não pode ser considerado intelectual, pode? :)
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Rhyan

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Re: Eleições Americanas
« Resposta #142 Online: 15 de Fevereiro de 2008, 12:44:32 »
Se existem intelequituiais marxistas...

rizk

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Re: Eleições Americanas
« Resposta #143 Online: 15 de Fevereiro de 2008, 13:08:00 »
Se existem intelequituiais marxistas...
Os quais eles mesmos "levaram a democracia e o capitalismo liberal para outros partes do planeta" achando que isso era uma etapa a cumprir para chegar ao último estágio da evolução social. :D

Offline Rodion

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Re: Eleições Americanas
« Resposta #144 Online: 15 de Fevereiro de 2008, 17:28:59 »
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Eu queria entender que tipo de intelectual se presta a um papel desses.
ex-trotskistas que viraram à direita.
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Re: Eleições Americanas
« Resposta #145 Online: 16 de Fevereiro de 2008, 23:09:31 »
Eu queria entender que tipo de intelectual se presta a um papel desses.
Os que propagam a doutrina do Destino Manifesto. O fato de alguém ser intelectual não diz nada sobre o que ele fará com seu intelecto.


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« Resposta #146 Online: 16 de Fevereiro de 2008, 23:27:42 »
Sindicato troca Hillary por Obama. O que isso muda para o Brasil? Nada

WASHINGTON - A adesão do sindicato do setor de serviços à campanha de Barack Obama representa mais do que o simples apoio de uma das maiores entidades de trabalhadores do país, com 1,5 milhões de trabalhadores. Nas eleições americanas, os sindicatos são tradicionais fornecedores de cabos-eleitores para a coleta de votos e também distribuem recursos financeiros para os candidatos de sua preferência. Com esse novo apoio, Obama ganha mais oxigênio para enfrentar Hillary Clinton no movimento sindical, terreno onde ela imaginava ter construído uma fortaleza.

Conforme me contou uma pessoa familiarizada com o sindicalismo americano, desde o ano passado a campanha de Hillary deu início a um assédio permanente para conquistar as principais lideranças de trabalhadores. A própria Hillary reuniu-se com dirigentes sindicais para fechar um compromisso de campanha. Ao longo da conversa, a senadora por Nova York fez uma revelação importante. Disse que, embora o acordo comercial com o México e Canadá, o Nafta, tenha sido assinado por seu marido Bill Clinton, ela estava convencida de que esses tratados são prejudicais aos trabalhadores. Hillary também assumiu o compromisso de não assinar nenhum novo acordo comercial durante seu eventual mandato. De acordo com o relato de pessoas presentes a essa reunião, a senadora disse que, em sua atividade como senadora em Nova York, testemunhou a decadência economica de regiões inteiras daquele Estado provocada pela entrada de produtos importados a baixo preço, que aumentaram o desemprego, quebraram empresas e deixaram muitas prefeituras em dificuldade para atender ao aumento da demanda de serviços públicos num ambiente de queda de receitas.

Essa postura chamou a atenção dos sindicalistas, já que é uma mudança muito conveniente em véspera de eleição. Questionada, Hillary esclareceu que após comprovar, pessaolmente, tanto empobrecimento, tanto atraso em Nova York, havia "internalizado" a necessidade de evitar novos acordos comerciais.

Embora a principal central sindical americana,  AFL-CIO, tenha assumido uma postura de neutralidade na campanha, os sindicatos por categoria estavam com Hillary, ao menos até agora – até porque, como 99,9% das pessoas, eles também imaginavam que Obama não passaria de uma campanha alternativa. Mais tarde, o primeiro sindicato a aderir a Obama foi o dos trabalhadores de restaurantes, com 1,3 milhão de filiados. Mas este foi um pacto pela metade, já que, na hora de votar nas primárias do Estado de Nevada, a cúpula foi para um lado, mas a base, com um grande número de trabalhadores hispânicos, ficou com Hillary. "Nós gostamos de Obama mas amamos Hillary," me disse Jon Winkleman, garçom e sindicalista de Nova York, numa afirmação de comprovação cada vez mais difícil.

Num país que tem – comparativamente – uma das economias mais abertas do planeta, o debate sobre abertura comercial é assunto quentíssimo nos Estados Unidos. Envolve uma das poucas deliberações da Casa Branca que podem ter efeito direto sobre os trabalhadores e os humores do sindicatos. Estima-se que todos os anos a economia americana crie e destrua 3 milhões de empregos – simultaneamente. A idéia de que a abertura comercial gera desemprego é contestada por diversas instituições. O que não se contesta, porém, é que ela estimulou a substituição de empregos que pagam bons salários por empregos de má qualidade, com vencimentos menores e benefícios mais baixos. Pesquisas consideradas sérias pela maioria dos partidos informa que o salário da classe média sofreu reduções importantes nos últimos anos – ou ficou estagnado, nos melhores casos.

Nessa situação, os tratados comerciais são assunto da vida cotidiana do cidadão americano. Andando pelo metrô de Washington, hoje, pude ver uma imagem difícil de imaginar em outro lugar. Ao lado dos tradicionais cartazes de propaganda de bancos, remédios e outros produtos, encontrei cartazes pedindo a demissão de Mary Peters, a Secretária de Transportes, posto que, em Washington, equivale a um Ministério. A denúncia não envolvia corrupção nem qualquer outro malefício dessa natureza. Os sindicatos querem sua saída do governo porque ela permitiu a entrada, nos Estados Unidos, de caminhões mexicanos que não respeitavam todos os requisitos de segurança previstos pelo NAFTA – e que os sindicatos americanos incluíram no tratado justamente para criar barreiras aos caminhoneiros do outro lado da fronteira.         

"Seria errado prever um período de abertura comercial em caso de vitória democrata," admite um embaixador americano, já aposentado, já que Barack Obama não deu nenhum sinal de que pretenda rever a postura protecionista de sua rival. A doutrina clássica do partido republicano de John McCain favorece o livre-comercio. A legenda tem apoio histórico de empresas que se dispõem a fazer concessões a seus parceiros em troca da abertura de fronteiras – do lado de lá. A experiência brasileira recente mostra que nos últimos anos essa diferença não saiu do papel, porém. Nos oitos anos de George W. Bush, não caiu nenhuma barreira contra a entrada de etanol, suco de laranja, aço e outros produtos brasileiros nos Estados Unidos. Mesmo a idéia da Alca, um tratado de livre comércio do continente, que Brasília tampouco fazia questão de obter, foi abandonada pelo esforço da Casa Branca em obter acordos em separado com países de economia menor e menor poder de barganha. "Os principais produtos de exportação do Brasil continuam tendo dificuldade para chegar ao mercado americano, não importa qual for o partido esteja ocupando a Casa Branca," recorda um executivo de uma multinacional americana, diretamente envolvido com negociações do comércio internacional.

http://ultimosegundo.ig.com.br/paulo_moreira_leite/2008/02/16/sindicato_troca_hillary_por_obama_o_que_isso_muda_para_o_brasil_nada_1193363.html

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Re: Eleições Americanas
« Resposta #147 Online: 16 de Fevereiro de 2008, 23:31:41 »
Eu queria entender que tipo de intelectual se presta a um papel desses.
Os que propagam a doutrina do Destino Manifesto. O fato de alguém ser intelectual não diz nada sobre o que ele fará com seu intelecto.

Isso me soa vagamente inconsistente, mas imagino que você esteja certo.
Wiki experimental | http://luisdantas.zip.net
The stanza uttered by a teacher is reborn in the scholar who repeats the word

Em 18 de janeiro de 2010, ainda não vejo motivo para postar aqui. Estou nos fóruns Ateus do Brasil, Realidade, RV.  Se a Moderação reconquistar meu respeito, eu volto.  Questão de coerência.

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Re: Eleições Americanas
« Resposta #148 Online: 19 de Fevereiro de 2008, 01:42:00 »
No discurso de Obama, idéias do mercado

Um veterano militante ligado aos sindicatos americanos diz que Autan Goolsbee "é um típico economista de centro-direita," numa crítica que lembra a retórica da velha guarda do PT contra o ministro da Fazenda Antonio Palocci.

Professor na Universidade de Chicago, pólo principal da economia conservadora americana, Goolsbee escreve artigos desde o início da década, quando Barack Obama era pouco mais do que um ativista negro nos bairros pobres da principal cidade de Illinois.

Quando o debate é sério, a maioria dos adversários costuma apontar semelhanças entre suas idéias e a política econômica do governo de Bill Clinton. Durante os dois mandatos de Clinton, a economia americana conheceu o mais prolongado período de prosperidade de sua história.

Mas isso não impede que sua política econômica receba críticas pesadas entre os democratas, pois ali ocorreu uma ruptura com boa parte da herança do New Deal de Franklin Roosevelt.

Para o economista Paul Krugman, que recentemente lançou um livro ("The Consciencie of a Liberal") onde faz uma defesa integral dos benefícios do New Deal, pode-se dizer que "em assuntos econômicos, dos impostos ao Bem-Estar Social, Bill Clinton não só governou à direita de Jimmy Carter mas também à direita de Richard Nixon". (Carter é democrata e Nixon, como muitos podem ter esquecido, era republicano).

Ao assumir a defesa do mercado, Goolsbee constrói uma ponte para o diálogo de Obama com o outro lado da sociedade americana, onde estão as grandes corporações, as financeiras e investidores.

São forças que no passado costumavam classificar Roosevelt, nascido numa família milionária, como um "traidor da própria classe" e no presente promovem duros ataques de bastidor à campanha de Hillary Clinton, que disputa a Casa Branca com um discurso em vários tons à esquerda do marido, como a universalização compulsória dos planos de saúde, e até a denúncia de tratados de livre comércio que ele assinou.

Para um executivo que conversou comigo no escritório de uma grande empresa em Washington, "Obama sabe o que está falando. E o que ele fala faz muito mais sentido para o país do que o discurso de Hillary".

O discurso do mercado dá sentido a um ponto essencial do programa de Obama, a promessa de quem pretende "atravessar a linha" que divide a política e a sociedade americana. Os artigos de Goolsbee contribuem nessa direção.

Num texto, ele discute a situação de um país que precisa recuperar-se dos prejuízos de uma guerra colossal. O artigo se refere a uma nação africana mas, curiosamente, o raciocínio poderia ser aplicado, metaforicamente, aos Estados Unidos. Veja só o título: "Examine a divisão étnica, não as bombas, para dizer se uma nação irá se recuperar da guerra".

Apoiado em pesquisas de campo de respeitados professores americanos, Goolsbee faz afirmações que, em outro contexto, irão formar frases muito parecidas com aquilo que Obama anda dizendo às platéias que o recebem na Virgínia, em Illinois ou no Maine.

A base do artigo é a necessidade de "coesão interna" para o progresso de uma sociedade. Goolsbee diz também que, em países divididos, os governos tendem a "agir em benefício de um grupo étnico em prejuízo de outro e têm propensão à corrupção".

Em outro trecho, ele valoriza um raciocínio que demonstra que o progresso do país ficará muito mais difícil  "se parte da população passa a maior parte do tempo em luta contra o governo em vez de melhorar escolas, estradas..." Cabe assinalar que a geografia é outra, o país é outro, a economia também é outra. Mas o centro do raciocínio está aí.

http://ultimosegundo.ig.com.br/paulo_moreira_leite/2008/02/18/no_discurso_de_obama_ideias_do_mercado___1195712.html

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Re: Eleições Americanas
« Resposta #149 Online: 03 de Abril de 2008, 18:52:39 »
A explosão McCain
 
Se a eleição fosse hoje, o senador McCain seria o novo presidente dos Estados Unidos. São margens mínimas, tanto sobre Hillary Clinton como Barack Obama e sabemos que pesquisas sete meses antes da eleição são boas para o lixo. Ou para colunas como esta. Tente chegar ao final.

Não precisamos de pesquisa para reconhecer que o velho senador é um fenômeno. Contra a maioria da população, ele defende a guerra do Iraque e condena o aborto. Diz que não entende de economia, confunde xiita com sunita, tem um estopim tão curto que assusta os próprios colegas. E não tem dinheiro. Enquanto Obama arrecadou US$ 55 milhões em fevereiro e Hillary 36, McCain só levantou US$ 11 milhões.

"Um presidente precisa ouvir de assessores quando acham que ele está errado. Quem teria coragem de entrar no salão oval e dizer não ao presidente McCain?"

A citação é de um ex-assessor que não se identifica numa matéria de capa sobre o “Mundo Segundo McCain“, da revista Newsweek.

Embora na semana passada o senador tenha feito um discurso propondo a expulsão da Rússia do G-8 e a entrada do Brasil e da Índia, na longa matéria não há nenhuma referência ao Brasil, América Latina, China ou Índia.

O mundo de McCain é o do terror islâmico centrado no Iraque. Antes da guerra, McCain foi não só a favor da derrubada de Saddam como da invasão, e, em 2003, já queria aumentar o número de tropas. Bateu de frente contra o secretário de Defesa Rumsfeld e foi o precursor do surge, o aumento de tropas que estaria dando certo.

McCain aposta todas as fichas na vitória no Iraque: "Se der errado perco a eleição", não enrola.

Esta franqueza é um dos motivos porque os eleitores e a imprensa gostam dele. Raramente se curva ao discurso de conveniência e seus marqueteiros estão convencidos de que os eleitores votam no homem e não nas promessas. Para eles, a teimosia do senador é um sinal de caráter.

Esta semana McCain começou a percorrer o país num roteiro heróico biográfico para projetar seus valores pessoais e seus serviços a pátria. O ponto de partida é Meridian, no Mississipi, no Campo McCain. O nome é uma homenagem ao avô dele que, como o pai, foi almirante na Marinha. Família de heróis militares.

Depois ele vai à Academia Naval, onde foi péssimo aluno, em seguida visita Pensacola, na Flórida, onde aprendeu a voar, e faz uma parada em Jacksonville, onde comandou seu primeiro esquadrão.

A biografia dele é a do herói que sobreviveu ao incêndio no porta aviões Forrestal, onde morreram 134 companheiros, ao tiro que derrubou seu avião quando bombardeava Hanói e a cinco anos de prisão e tortura pelos vietnamitas. McCain acha que os americanos poderiam ter ganhado a guerra do Vietnã.

Este roteiro biográfico, entre outros objetivos, realça o contraste entre ele, Barack Obama e Hillary Clinton, que continua levando chumbo pela mentira de que teve de correr de franco-atiradores na Bósnia.

A imprensa tem sido muito mais implacável com ela do que com Obama que mentiu sobre a ligação da família Kennedy com o pai dele. Mais de uma vez, Obama contou que foi dinheiro dos Kennedys que trouxe o pai dele e outros 80 estudantes quenianos para estudar nos Estados Unidos em 1959.

Obama admitiu o erro e o assunto morreu, mas a senadora não consegue se livrar do deboche nem da cobrança sobre os franco-atiradores imaginários da Bósnia, onde teria saído correndo do avião, debaixo de fogo para entrar no carro.

Dos males, qual o pior? Dois senadores que envernizam seus passados ou um que confunde o presente. Neste momento, os americanos preferem o confuso.

http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2008/04/080401_euaeleicoeslucas.shtml

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