E a consideração pelo meu esforço?
O que tem ela? Você não acha que a tem recebido?
Sempre busco fazer leituras sobre os assuntos que abordo. Minha abordagem é intelectual sim, não me agrada ser ironizada e satirizada (menos pelo Alenônimo, acho até engraçado as vezes).
Perfeitamente compreensível. O que não é tão fácil de entender é por que você vai com tanta sede ao pote. Os nossos colegas que já defenderam teses podem explicar melhor do que eu, mas a grande recompensa de um debate está em receber as críticas "no peito aberto" e ver como é possível se defender a contento delas. Idéias oferecem grandes desafios, principalmente na credibilidade. E com esses grandes desafios vem grandes recompensas. Mas não de cara, já mastigadas...
Mas no contexto da discussão, esse papinho de que eu não entendo, de que eu não quero aceitar a obviedade dos argumentos expostos, e de que sou antropocêntrico por antecipação (já que o "perdedor" do debate que deveria ser),
Hmm? Essa última parte chamou minha atenção. Me lembro de você me acusando de estar sendo antropocêntrico em alguns momentos, sim. E fiquei perplexo. Me acusar de estar sendo, sei lá, excessivamente politicamente correto é uma coisa, teria um grau de coerência. Mas me acusar de antropocentrismo era tão surreal nas circunstâncias. Não consegui entender mesmo.
Antropocentrismo é a atitude de valorizar mais o que é tipicamente humano do que o que não é. É uma suspeita natural, até automática, que paira pelo menos inicialmente sobre qualquer declaração de superioridade humana. Isso é natural e em si não diz NADA sobre a qualidade da tese em si, apenas a obriga a se defender de alguma forma dessa suspeita - ou talvez a simplesmente conviver com ela. O que, novamente, não diz nada sobre a qualidade ou mérito da tese em si. Uma tese pode ser antropocêntrica e ao mesmo tempo completamente correta, ou pelo menos a mais correta que se tenha em mãos.