Segundo, por que devo considerar conclusões que são obviamente desconectadas da realidade?
São? Pergunte uma criança inocente, sem preconceitos, se ela acha mais bonito um panda ou um crocodilo...
Um urubu acha que uma carcaça podre é linda e perfumada. Uma lombriga acha que nosso intestino é o melhor lugar do mundo. Cada um "acha" de acordo com suas necessidades de sobrevivência.
Que cada ser considera a beleza relativamente ao seu ponto de vista, isso não há dúvidas. Mas estamos falando de beleza absoluta; aquela que, segundo o Espiritismo, melhor reflete a intelectualidade e moralidade. Só quem parece bom, inteligente e inofensivo por ser considerado bonito por esse critério. O aspecto ameaçador do Alien o aproxima do bruto e, ainda que ele fosse manso, a sua aparência é selvagem e ameaçadora. Por isso ele é feio.
Aqueles textos não são nem de longe racistas, por um motivo bem simples: o racista considera a superioridade da raça pela raça (lembra da eugenia?), já o espiritismo considera a superioridade da raça pelo espírito.
O resultado prático é o mesmo. Pode ser até que o espírita não despreze nem maltrate os "inferiores", mas o simples fato de os ver como inferiores já é ofensivo.
Por quê? Por acaso não tenho eu o direito de fazer o juízo que quiser de quem eu quiser? Desde que não invada o espaço alheio, a lei me garante liberdade de consciência. Será que o Espiritismo lhe parece mau porque é mau, ou porque seus olhos são maus?
Como eu já disse antes, a qualidade da árvore se reconhece pelos seus frutos. Através deles é que podemos apontar superioridade ou inferioridade e o que é fato, seja ou não fortuito, é que as raças (ou etnias ou qualquer outro nome que queiram dar) têm diferenças de performances nas diferentes áreas. As estatísticas dizem isso. Por que temos cotas para negros, por exemplo? Por que o Japão e a Alemanha, depois de quase que completamente destruídos nas guerras, hoje são potências mundiais; enquanto que a África, por mais de cinco séculos (no mínimo), não sai daquela mesmice? Alguma razão há. É fortuito? Eu não ousaria afirmar isso.
Leia "Germes, armas e aço", de Jared Diamond. O texto abaixo é esclarecedor:
http://www.ceticismoaberto.com/ciencia/jareddiamond_historia.htm
Em resumo, os povos evoluem conforme os recursos disponíveis no local em que vivem, independente da etnia.
Muito bom o seu texto, apesar de conter uma visão estritamente materialista da questão. Pelo menos ele não nega as diferenças que há tanto tempo estamos falando. Sem querer analisar se todos os seus pensamentos estão certos ou errados, a teoria dele é pelo menos hipotética.
Ele não explica, por exemplo, o porque das diferenças existentes após 1500DC. Por exemplo, o sul da África, quase toda a Austrália e o Brasil se encontram praticamente nas mesmas latitudes. Antes de 1500, as populações se desenvolveram de forma isolada. Após 1500DC, os europeus disseminaram a sua tecnologia avançada pelo mundo. Por que a África hoje continua como está, o Brasil continuou subdesenvolvido por algum tempo e a Austrália prosperou?
Apesar de concordar que as condições ambientais influem bastante, eu ainda acho que é o próprio homem que cria as suas próprias condições de desenvolvimento. As grandes invenções normalmente surgem de apenas uma mente. Os outros homens é que depois lhe tiram proveito. A Física Clássica saiu da cabeça de Newton, a Relatividade da cabeça de Einstein, a máquina a vapor de James Watt, etc... O fato é que as sociedades depois souberam aproveitá-las, enquanto que na Tasmânia, como o próprio texto informa, eles estiveram em contato com a tecnologia mais avançada e a abandonaram. Também em canais como o History Channel, vemos várias vezes avanços tecnológicos dos romanos ou gregos antigos e que, por algum motivo, se perderam na noite dos tempos e foram mais tarde reinventados. Então, notamos que os problemas que aconteceram com os tasmanianos também ocorreram com os europeus.
Para não estender demais a conversa, porque isso vai longe, o que estou tentando demonstrar aqui é que as teorias espíritas, certas ou erradas (não estamos avaliando isso), não são racistas e muito menos imorais.
Por isso, continuo repetindo, os textos não são racistas sob nenhum aspecto, a menos que haja um outro significado para racismo que eu desconheça.
Qualquer texto que diga que uma raça é mais evoluída e mais capacitada que outra é racista, não importa quantas voltas se dê para tentar explicar isto.
Pelos frutos se reconhece a qualidade da árvore. Os frutos estão aí para quem quiser vê-los. A partir deles, qualquer um desenvolve e fundamenta as teorias conforme melhor lhe convier, desde que não cometa absurdos, como dizia meu ex-professor de cálculo.
Além do mais, o texto acima colocou a raça européia como superior por causa de seu avanço tecnológico e sua força. Tudo bem, pois moral superior nenhum povo na Terra tinha mesmo e o avanço intelectual representava já um progresso real. Mas para o Espiritismo, a verdadeira superioridade não é medida pela força, mas pela inteligência e pelo moral
juntos.
Um abraço.