Autor Tópico: Caso Isabella  (Lida 19159 vezes)

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Offline HSette

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Re: Caso Isabella
« Resposta #125 Online: 22 de Abril de 2008, 22:21:21 »


Provas ilícitas e investigação criminal
Nestor Sampaio Penteado Filho
Delegado de Polícia, professor de Direito da Unip

No campo do Processo Penal, o objetivo da prova é a demonstração em juízo de um fato supostamente adequado ao tipo penal.

(...)

Como lembra o festejado Prof. Mirabete: "com o princípio da verdade real se procura estabelecer que o jus puniendi somente seja exercido contra aquele que praticou a infração penal e nos exatos limites de sua culpa, numa investigação que não encontra limites na forma ou na iniciativa das partes" (in Processo Penal, Atlas, 8ª edição, 1998, pág. 44).

Duas questões, de plano, se impõem:

1) Há produção de provas na investigação policial?

2) Em havendo produção probatória na INVESTIGATIO, poder-se-ia utilizar de eventual prova maculada de ilicitude?

(...)

O pranteado Manoel Pedro Pimentel asseverava que o inquérito policial "não é uma simples peça informativa como sustentam alguns autores. Mais do que isso, é um processo (procedimento) preparatório, em que existe formação de prova, dispondo a autoridade policial de poderes para investigação.

(...)

Na esteira do Desembargador do TJ/SP e Professor da U.S.P. Sérgio Pitombo, "no procedimento de inquérito, encontra-se, portanto, conjunto de atos de instrução; transitório uns, de relativo efeito probatório e definitivos outros, de efeito judiciário absoluto" (in Inquérito Policial - Novas Tendências, CEJUP, 1986, pág.22).

(...)

http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=3828

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Chaves

Offline Fabi

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Re: Caso Isabella
« Resposta #126 Online: 23 de Abril de 2008, 00:16:58 »
Vou postar uma notícia antiga aqui sobre outro caso de morte de criança:

Madrasta confessa à polícia ter matado menina de sete anos com 98 facadas

A empregada doméstica Andréa de Freitas, 27 anos, grávida de oito meses, confessou na madrugada desta terça-feira (23), durante depoimento à polícia, que matou sua enteada Gabriela Moreira dos Santos, 7 anos. O crime foi cometido na casa onde a família morava, no bairro Hugo Lange, em Curitiba. De acordo com o delegado Maurílio Alves, da Delegacia de Homicídios, a confissão aconteceu depois de muitas contradições.

“Inicialmente ela estava muito tranqüila, porém, durante seu depoimento, passou a ficar nervosa e se contradizer em muitas situações. Num determinado ponto, ela não conseguiu mais manter suas mentiras e confessou o crime”, declarou o delegado.

Ainda segundo o delegado, a madrasta confessou ter matado a menina, no período da manhã, pouco tempo depois de seu marido e pai da criança, Valdeci Gonçalves dos Santos, 23 anos, ter saído de casa para trabalhar. “Ela disse que o marido tinha acabado de sair e que ela também já estava pronta para ir trabalhar. Neste período, ela teria discutido com a garota e, irritada, pegou a faca e matou Gabriela com 98 golpes”, informou Alves.

Andréa disse que, depois de cometer o crime, escondeu sua roupa, suja de sangue, dentro de um guarda-roupa. Em seguida, foi até o tanque da casa onde lavou o tênis que estava usando e saiu para o trabalho. O delegado contou que a moça teria trabalhado normalmente durante todo o dia e, somente no final da tarde, voltou para casa. Para despistar, ela avisou que havia encontrado a menina morta na dispensa à dona de uma loja da região. O casal e a menina moravam em uma residência de fundos e eram contratados para cuidar da casa principal.

De acordo com a polícia, Andréa teria cometido o crime por ciúmes do marido. “Parece que o pai dava muita atenção para a menina, o que despertou ciúme por parte da madrasta. Ainda segundo Andréa, a criança sujava bastante a casa e ela ficava irritada com isso”, explicou Alves.

Segundo o delegado, o crime está elucidado. Agora, Andréa, que permanece presa, irá responder por homicídio qualificado e poderá cumprir pena que varia de 12 a 30 anos de prisão.

Crime - Antes de confessar a morte da criança, a madrasta disse aos policiais que, quando chegou em casa, no final da tarde de segunda-feira (22), chamou pela menina que não respondeu. A criança ficava sozinha em casa enquanto o pai e a madrasta estavam no trabalho. Ao entrar na dispensa da casa, ela teria visto a enteada estendida no chão, com cortes por todo o corpo e uma faca cravada no coração. Desesperada, ela teria corrido para um orelhão, de onde pretendia avisar o marido, porém como não conseguiu localizá-lo teria ido até a loja de uma colega, próximo ao local e pedido ajuda.

Ao todo, Gabriela levou 98 facadas. A jugular da menina estava cortada e parte do rosto estava queimado. Uma lata de óleo automotivo e diversos fósforos foram encontrados no local. O material teria sido usado na tentativa de queimar o corpo da criança.
 
Fonte: http://www.agenciadenoticias.pr.gov.br/modules/news/article.php?storyid=14150

Essa acabou confessando porque sabe, mulher pobre, sem bons advogados...já no caso da isabella o pai do alexandre é advogado, eles tem dinheiro, e estão com bons advogados no caso... mas será que se eles fossem pobres eles já não teriam confessado o crime?
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Offline Fabulous

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Re: Caso Isabella
« Resposta #127 Online: 23 de Abril de 2008, 00:46:41 »
Essa acabou confessando porque sabe, mulher pobre, sem bons advogados...já no caso da isabella o pai do alexandre é advogado, eles tem dinheiro, e estão com bons advogados no caso... mas será que se eles fossem pobres eles já não teriam confessado o crime?

Já estariam no saco.
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Offline Fabi

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Re: Caso Isabella
« Resposta #128 Online: 23 de Abril de 2008, 02:14:45 »
E tanto o caso da Isabella quanto o da menina Gabriela são muito parecidos (só que são crimes cometidos por duas classes sociais diferentes) no caso da Gabriela, a madrasta alegou que encontrou a menina esfaqueada, mas na realidade, ela matou a menina e foi trabalhar, voltou pra casa e aí chamou a polícia...

Uma mulher pobre, que trabalhava como empregada doméstica, sem ter feito curso de direito, sem ter pai advogado, sem dinheiro pra contratar um advogado...não consegue sustentar um depoimento falso diante de evidências e várias contradições.

Queria ver as pessoas que acreditam no Alexandre Nardoni e na Anna Jatobá defendendo essa versão da madrasta Andréa de Freitas (autora do assassinato da Gabriela):
Citação de: Caso Gabriela
Antes de confessar a morte da criança, a madrasta disse aos policiais que, quando chegou em casa, no final da tarde de segunda-feira (22), chamou pela menina que não respondeu. A criança ficava sozinha em casa enquanto o pai e a madrasta estavam no trabalho. Ao entrar na dispensa da casa, ela teria visto a enteada estendida no chão, com cortes por todo o corpo e uma faca cravada no coração. Desesperada, ela teria corrido para um orelhão, de onde pretendia avisar o marido, porém como não conseguiu localizá-lo teria ido até a loja de uma colega, próximo ao local e pedido ajuda.
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Offline J Ricardo

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Re: Caso Isabella
« Resposta #129 Online: 23 de Abril de 2008, 09:50:25 »
Citação de: Arcanjo Lúcifer
Veja bem...até a Susy Porrete  chorou na tv, alguma dúvida que ela mandou o sarrafo nos pais? Acho que não...

No caso desses dois, já existem um monte de provas contra eles, mas nenhum vestigío de uma terceira pessoa no local, portanto esse "choro" deve ser mais porque tb sabem que a coisa está ficando preta.

E agora ao que parece a polícia verificará se os demais familiares tem rastreadores em seus carros que foi o que possibilitou saberem exatamente a que horas o casal chegou ao prédio, portanto se poderia saber onde cada um deles estava na hora do crime e quanto tempo levaram para chegar ao local.

Se por acaso (Falando de uma hipótese apenas...) descobrirem que os horários em que os familiares foram avisados da morte foram  anteriores  ao chamado da emergência, como explicariam isso?
O que eu quis dizer é que não tem como saber se o choro foi finjido ou não, a não ser que façam um laudo pra isso também, porém isso seria loucura pois laudo disso não resolve em nada o crime. Não serve pra nada uma constatação dessas. Tanto que no Jornal da Globo de segunda levaram um psiquiatra que comentou a entrevista e disse que o casal não fujiu muito do esperado por pessoas que tiverem uma grande perda recente e que sofrem muita pressão diária. Se eu fosse criticar lágrimas de crocodilo e frieza, comentaria sobre os depoimentos deles, onde o delegado alegou muita frieza dos dois, e apenas a madrasta chorou por pouco mais de 5 segundos.

Só pra lembrar que os rastreadores não marcam quando o casal chegou ao prédio, mas sim, quando o carro foi desligado, portanto eles ainda podem ter chegado minutos antes do divulgado, coisa que a defesa pode comentar ou até inventar, alegar que ela demorou pra desligar o carro, tentando dar assim mais "tempo" ao tempo.

Isso é mais um pré-julgamento ou você também é psicólogo? Espero estar enganado.

Não é pré-julgamento... é uma possibilidade baseada em observação empírica... :)
Sobre o choro é sim. Sobre o caso de modo geral, sabemos ainda muito pouco, e temo que o que sabemos só o que a perícia/polícia quer. Possibilidade por possibilidade, 3ª pessoa também é uma possibilidade, uma possibilidade que não deixou vestígios e que aparecem apenas na versão do casal.

Citação de: Arcanjo Lúcifer
Pela questão emocional e leiga do juri, eles podem pender para qualquer lado, disso depende o pendor persuasivo das partes, a defesa e a acusação. Supostamente bastaria  dizer que eles estão muito emocionados com a perca da filha (como estão fazendo) que teriam o apoio do jurí.

E no meu entender os vestígios periciais são provas cabais, para mim, para o meu julgamento pessoal. Se eu fosse um juiz os condenaria bom base nos laudos periciais.

Porém é o meu ponto de vista pessoal e sei que nunca será totalmente imparcial, e nem acredito nisso da parte de ningúem, assim como você não acredita na polícia (nas conclusões dos peritos) eu também não acredito na sua suposta imparcialidade e isenção de julgamento (não pré-julgar).
Claro que pode pender para qualquer lado, pois é há um julgamento falho, mas é mais fácil pender pro lado da acusação devido as proporções que se vê em âmbito nacional.

Se você fosse um juiz, talvez tivesse grande sucesso em condenações justas, mas vale lembrar que mesmo com 500 condenações justíssimas, se uma falhar, você jogou no lixo a vida de um inocente. Deve saber muito bem que laudos, são remontagens científicas, que necessitam de um interpretador para formular uma teoria final. Dependendo dos laudos e dos vestígios, chegamos muito próximo do que realmente aconteceu, mas nunca chegaremos a verdade plena a não ser que alguém confesse, mesmo assim pode confessar de modo forçado e contrariando laudos e vestígios. Um bom exemplo é o desligamento do carro, a mídia lançou que a família chegou ao prédio no horario de desligamento da ignição, é isso o que é noticiado e é isso que fez o público formar opinião a respeito de mais um dado no caso, eu levantei diversas interpretações e possíveis brechas nesses dados, como levantei agora. É possível que eles tenham chegado 10 minutos antes que a perícia diz, pois poderiam ter ficado 10 minutos com o carro ligado. Claro que é improvável, mas se a defesa alegar isso, não é algo descartável.

Citação de: Arcanjo Lúcifer
Queria ver as pessoas que acreditam no Alexandre Nardoni e na Anna Jatobá defendendo essa versão da madrasta Andréa de Freitas (autora do assassinato da Gabriela):
Na boa? Pouquíssimas pessoas acreditam na inocência do casal, tão poucas que chego a pensar que se resume nos que cuidam da defesa deles e a família(existindo possivelmente exceções).

Offline Adriano

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Re: Caso Isabella
« Resposta #130 Online: 23 de Abril de 2008, 09:56:17 »
Citação de: Arcanjo Lúcifer
Queria ver as pessoas que acreditam no Alexandre Nardoni e na Anna Jatobá defendendo essa versão da madrasta Andréa de Freitas (autora do assassinato da Gabriela):
Na boa? Pouquíssimas pessoas acreditam na inocência do casal, tão poucas que chego a pensar que se resume nos que cuidam da defesa deles e a família(existindo possivelmente exceções).
Também não pode assumir a hipótese de que eles acreditam na inocência do casal. Normalmente a defesa sabe da realidade, do que o casal fez, mas mesmo assim atua com uma estratégia de defesa para atenuar a situação ao máximo.

Portanto até eles podem acreditar que são os culpados.
Princípio da descrença.        Nem o idealismo de Goswami e nem o relativismo de Vieira. Realismo monista.

Offline Hugo

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Re: Caso Isabella
« Resposta #131 Online: 23 de Abril de 2008, 10:15:51 »
Como nao pensei nisso???

Lembram daquela maquininha do BBB que diz se a pessoa esta falando verdade, mentira, etc???

A Globo deveria usar no caso da entrevista dos dois... BINGO!!! e aí o caso estaria solucionado.... hehehehe
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Offline Arcanjo Lúcifer

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Re: Caso Isabella
« Resposta #132 Online: 23 de Abril de 2008, 12:32:21 »
Só corrigindo: Essas duas últimas citações do Braida não fui eu que postei.

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re: Caso Isabella
« Resposta #133 Online: 23 de Abril de 2008, 12:37:53 »
Como nao pensei nisso???

Lembram daquela maquininha do BBB que diz se a pessoa esta falando verdade, mentira, etc???

A Globo deveria usar no caso da entrevista dos dois... BINGO!!! e aí o caso estaria solucionado.... hehehehe

Não precisa de máquina, é só confrontar o resultado dos testes da perícia com o que eles dizem.

Offline Fabi

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Re: Caso Isabella
« Resposta #134 Online: 23 de Abril de 2008, 14:21:39 »
Só corrigindo: Essas duas últimas citações do Braida não fui eu que postei.
Uma citação fui eu que postei...   Braida, :birra: To de mal... trocar o meu nome...  :'(
« Última modificação: 23 de Abril de 2008, 14:23:41 por Fabi »
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Offline Brutos

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Re: Caso Isabella
« Resposta #135 Online: 23 de Abril de 2008, 16:46:39 »
Na boa gente, se fosse eu no lugar do Alexandre, e se realmente não tivesse cometido esse crime, usaria os 50 minutos da entrevista do Fantástico para esculachar toda mídia, xingar todo mundo, meter a boca em investigadores, delegados e promotores, além de pleitear uma indenização BILIONÁRIA por danos morais, pessoais, e tudo mais que teria direito, pois não é possível que, não tendo matadado minha filha, aguentaria uma verdadeira devassa na minha vida.

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re: Caso Isabella
« Resposta #136 Online: 23 de Abril de 2008, 17:45:16 »
Na boa gente, se fosse eu no lugar do Alexandre, e se realmente não tivesse cometido esse crime, usaria os 50 minutos da entrevista do Fantástico para esculachar toda mídia, xingar todo mundo, meter a boca em investigadores, delegados e promotores, além de pleitear uma indenização BILIONÁRIA por danos morais, pessoais, e tudo mais que teria direito, pois não é possível que, não tendo matadado minha filha, aguentaria uma verdadeira devassa na minha vida.

Tb acho isso..se ele não tivesse culpa usaria o tempo para apontar as falhas da investigação e discutiria os detalhes do que aconteceu lá, tipo...

1- Dar a descrição do Duende Malvado que ele disse que viu...

2-Explicar de onde veio o sangue no carro dele, mas nenhum dos dois disse que sabia da origem, então presume-se que a menina se cortou sozinha, entrou no carro, sujou o banco com sangue, saiu de lá e nenhum adulto ficou sabendo disso...

3-Explicar porque a policia disse que eles chamaram os familiares ANTES de chamar a emegência...



Offline Hugo

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Re: Caso Isabella
« Resposta #137 Online: 24 de Abril de 2008, 09:53:45 »

1- Dar a descrição do Duende Malvado que ele disse que viu...

2-Explicar de onde veio o sangue no carro dele, mas nenhum dos dois disse que sabia da origem, então presume-se que a menina se cortou sozinha, entrou no carro, sujou o banco com sangue, saiu de lá e nenhum adulto ficou sabendo disso...

3-Explicar porque a policia disse que eles chamaram os familiares ANTES de chamar a emegência...


Só uma dúvida: Pelo que sei a polícia já disse que a divulgaçao de sangue no carro foi apenas para confundir os suspeitos, isto é, nao tinha realmente sangue no carro.
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Offline Arcanjo Lúcifer

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Re: Caso Isabella
« Resposta #138 Online: 24 de Abril de 2008, 11:52:17 »

1- Dar a descrição do Duende Malvado que ele disse que viu...

2-Explicar de onde veio o sangue no carro dele, mas nenhum dos dois disse que sabia da origem, então presume-se que a menina se cortou sozinha, entrou no carro, sujou o banco com sangue, saiu de lá e nenhum adulto ficou sabendo disso...

3-Explicar porque a policia disse que eles chamaram os familiares ANTES de chamar a emegência...


Só uma dúvida: Pelo que sei a polícia já disse que a divulgaçao de sangue no carro foi apenas para confundir os suspeitos, isto é, nao tinha realmente sangue no carro.

Não é o que divulgaram uns dias atrás, 20/04/2008

http://portalamazonia.globo.com/noticias.php?idN=66533


"SÃO PAULO - Os laudos elaborados pela perícia que revelam detalhes técnicos da morte de Isabella Nardoni foram divulgados ontem (19) pela polícia...     ....Segundo a perícia, Isabella chegou machucada ao prédio onde o pai morava. Ela foi ferida na testa por um objeto pontiagudo, e sangrou dentro do carro. No carro, estavam o pai dirigindo, a madrasta ao lado, o irmão menor na cadeirinha, atrás do pai, o irmão maior atrás da madrasta e Isabella no meio dos dois. Segundo a perícia, havia sangue de Isabella na lateral da cadeirinha, no encosto de cabeça do banco do motorista e no assoalho entre as duas fileiras de bancos.

Do carro até o apartamento não havia rastro de sangue. Segundo os peritos, isso significa que o sangue da menina foi estancado utilizando uma fralda de pano, mais tarde encontrada no apartamento. A fralda estava mergulhada em água, mas os exames revelaram vestígios de sangue de Isabella no tecido.

Pela seqüência estabelecida pela perícia, a fralda foi retirada do rosto de Isabella na entrada do apartamento, onde começa o rastro de sangue. Havia ferimentos na parte interna dos lábios da menina, provocados pela pressão contra os dentes. Isso que demonstra que alguém segurou com força a boca da menina.


O rastro de sangue foi detectado até perto do sofá, onde Isabella foi deixada no chão. Nesse local, havia uma concentração maior de sangue. Os peritos também concluíram que, nesse momento, Isabella estava com as pernas flexionadas, o que explica o formato do pingo de sangue na calça dela. ..."

É o que a policia divulgou no dia 19.

Offline Fabulous

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Re: Caso Isabella
« Resposta #139 Online: 25 de Abril de 2008, 12:27:16 »
Os pais já foram preso?
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Offline Moro

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Re: Caso Isabella
« Resposta #140 Online: 25 de Abril de 2008, 15:56:55 »
Fabi

Não me lembro desse caso da garota pobre esfaqueada pela madrasta ter dado tanta repercursão. O que parece comprovar a tese de que as ocorrências em camadas mais altas da população são muito mais noticiadas do que as ocorrências nas mais baixas.
Será que é porque são mais frequentes nas camadas mais baixas? Ou porque não da "ibope" mesmo?
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Offline Fabi

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Re: Caso Isabella
« Resposta #141 Online: 25 de Abril de 2008, 16:19:37 »
Fabi

Não me lembro desse caso da garota pobre esfaqueada pela madrasta ter dado tanta repercursão. O que parece comprovar a tese de que as ocorrências em camadas mais altas da população são muito mais noticiadas do que as ocorrências nas mais baixas.
Será que é porque são mais frequentes nas camadas mais baixas? Ou porque não da "ibope" mesmo?
Não são muito frequentes esses casos, a maioria dos casos de violência doméstica contra crianças não chegam a morte. Mas no caso isabella a mídia pode noticiar passo a passo porque o pai e a madrasta negam, e tem bons advogados de defesa aí o caso dura mais, se eles tivessem confessado no mesmo dia aposto que não teria essa repercussão toda...
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Offline Fabi

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Re: Caso Isabella
« Resposta #142 Online: 25 de Abril de 2008, 16:22:00 »
Só uma dúvida: Pelo que sei a polícia já disse que a divulgaçao de sangue no carro foi apenas para confundir os suspeitos, isto é, nao tinha realmente sangue no carro.
A polícia disse no começo não era sangue pra confundir os advogados de defesa e poder usar no interrogatório... mas era sangue mesmo...
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Offline Arcanjo Lúcifer

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Re: Caso Isabella
« Resposta #143 Online: 25 de Abril de 2008, 16:45:09 »
Acontece que esse tipo de caso acaba chamando mais atenção justamente por envolver gente de maior poder aquisitivo.

Quando a pessoa que cometeu o crime vive na pobreza em meio a uma comunidade onde se convive o tempo todo com tráfico, assaltos, falta de instrução, alcoolismo, o que aconteceu é em parte explicado pelo próprio modo de vida que ela teve.

Mas como explicar que um casal de classe média alta mate uma criança de 5 anos do modo que o fez? Ou como explicar que gente como a Susane arrebente a cabeça dos pais com um porrete? E os caras que queimaram  o índio Pataxó em Brasilia?

É o que acaba chamando a atenção da população.

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Re: Caso Isabella
« Resposta #144 Online: 26 de Abril de 2008, 10:56:12 »
Acontece que esse tipo de caso acaba chamando mais atenção justamente por envolver gente de maior poder aquisitivo.

Quando a pessoa que cometeu o crime vive na pobreza em meio a uma comunidade onde se convive o tempo todo com tráfico, assaltos, falta de instrução, alcoolismo, o que aconteceu é em parte explicado pelo próprio modo de vida que ela teve.

Mas como explicar que um casal de classe média alta mate uma criança de 5 anos do modo que o fez? Ou como explicar que gente como a Susane arrebente a cabeça dos pais com um porrete? E os caras que queimaram  o índio Pataxó em Brasilia?

É o que acaba chamando a atenção da população.


A Luc, não sei se a pergunta foi retórica, ou está citando um sentimento da população, um preconceito inerente a nossa sociedade. Mas é falso achar que assassinatos estão relacionados a uma certa classe social. O que acontece é que quando há maior poder aquisitivo a polícia não entra arma na mão revistando tudo mundo, tem advogados, processo, $$ para abafar a imprensa, etc... mas há a mesma proporção de mortes por motivos torpes em qualquer classe social, havendo também a mesma proporção de psicopatas e pervertidos sexuais.

É como eu sempre digo, se vc é pobre é safado, mas se é rico é bom-vivant , hehehe... outra variação é a partir do sucesso, por exemplo do cara que faz a fezinha toda semana: se acabou perdendo, é um teimoso, se acabou ganhando, foi persistente.

--
Si hemos de salvar o no,
de esto naides nos responde;
derecho ande el sol se esconde
tierra adentro hay que tirar;
algun día hemos de llegar...
despues sabremos a dónde.

"Why do you necessarily have to be wrong just because a few million people think you are?" Frank Zappa

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re: Caso Isabella
« Resposta #145 Online: 26 de Abril de 2008, 12:04:02 »
Acontece que esse tipo de caso acaba chamando mais atenção justamente por envolver gente de maior poder aquisitivo.

Quando a pessoa que cometeu o crime vive na pobreza em meio a uma comunidade onde se convive o tempo todo com tráfico, assaltos, falta de instrução, alcoolismo, o que aconteceu é em parte explicado pelo próprio modo de vida que ela teve.

Mas como explicar que um casal de classe média alta mate uma criança de 5 anos do modo que o fez? Ou como explicar que gente como a Susane arrebente a cabeça dos pais com um porrete? E os caras que queimaram  o índio Pataxó em Brasilia?

É o que acaba chamando a atenção da população.


A Luc, não sei se a pergunta foi retórica, ou está citando um sentimento da população, um preconceito inerente a nossa sociedade. Mas é falso achar que assassinatos estão relacionados a uma certa classe social. O que acontece é que quando há maior poder aquisitivo a polícia não entra arma na mão revistando tudo mundo, tem advogados, processo, $$ para abafar a imprensa, etc... mas há a mesma proporção de mortes por motivos torpes em qualquer classe social, havendo também a mesma proporção de psicopatas e pervertidos sexuais.

É como eu sempre digo, se vc é pobre é safado, mas se é rico é bom-vivant , hehehe... outra variação é a partir do sucesso, por exemplo do cara que faz a fezinha toda semana: se acabou perdendo, é um teimoso, se acabou ganhando, foi persistente.



Claro que existem crimes em todas as classes sociais, mas quis dizer que o que realmente revolta a população é ver que uma pessoa que teóricamente tem uma boa vida fazer  uma coisa dessas.

Estruprar , matar os próprios pais ou matar crianças é uma coisa que nem bandido aceita.

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Re: Caso Isabella
« Resposta #146 Online: 26 de Abril de 2008, 12:43:14 »
Eu não acho que a repercussão tenha tido significativamente a ver com classe social.

Não é um crime "comum", é comum apenas no sentido mais genérico de assassinato de criança pelos pais/padrastos.

Acho que se num dos prédios "Cingapura" ou algo parecido em uma região bem pobre ocorresse o mesmo - criança jogada do alto, pais alegando que houve um outro agressor e encenando inocência - a repercussão seria praticamente a mesma.

Talvez a única diferença seria que numa classe menos privilegiada haveria bem provavelmente alguma especulação sobre o aspecto sócio-econômico da coisa, sobre como poderia influenciar, até levar as pessoas a fazerem esse tipo de coisa, enquanto que da classe média-média para cima não se cogita qualquer "necessidade" ou justificativas sócio-econômicas para esse crime.

Offline FZapp

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Re: Caso Isabella
« Resposta #147 Online: 26 de Abril de 2008, 22:38:30 »
Claro que existem crimes em todas as classes sociais, mas quis dizer que o que realmente revolta a população é ver que uma pessoa que teóricamente tem uma boa vida fazer  uma coisa dessas.

Estruprar , matar os próprios pais ou matar crianças é uma coisa que nem bandido aceita.

É verdade. É por isso que essa menina se for na prisão comum está ferrada, já pensou com um monte de presas, que tem filhos e tudo ? Vai ser espancada todo dia, se não morrer... aliás, como falava um colega do trabalho, esse caso todo 'lá na quebrada no Taboão o cara já tinha "subido"' (subido=subido para o céu), hehehe...
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Si hemos de salvar o no,
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Offline Moro

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Re: Caso Isabella
« Resposta #148 Online: 26 de Abril de 2008, 23:58:34 »
Eu não acho que a repercussão tenha tido significativamente a ver com classe social.

Não é um crime "comum", é comum apenas no sentido mais genérico de assassinato de criança pelos pais/padrastos.

Acho que se num dos prédios "Cingapura" ou algo parecido em uma região bem pobre ocorresse o mesmo - criança jogada do alto, pais alegando que houve um outro agressor e encenando inocência - a repercussão seria praticamente a mesma.

Talvez a única diferença seria que numa classe menos privilegiada haveria bem provavelmente alguma especulação sobre o aspecto sócio-econômico da coisa, sobre como poderia influenciar, até levar as pessoas a fazerem esse tipo de coisa, enquanto que da classe média-média para cima não se cogita qualquer "necessidade" ou justificativas sócio-econômicas para esse crime.

Isso não se parece confirmar quando comparamos a repercussão de uma vítima de bala perdida no RJ, bela e rica, e uma moradora pobre da favela.

“If an ideology is peaceful, we will see its extremists and literalists as the most peaceful people on earth, that's called common sense.”

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Offline Arcanjo Lúcifer

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Re: Caso Isabella
« Resposta #149 Online: 27 de Abril de 2008, 08:21:06 »
Claro que existem crimes em todas as classes sociais, mas quis dizer que o que realmente revolta a população é ver que uma pessoa que teóricamente tem uma boa vida fazer  uma coisa dessas.

Estruprar , matar os próprios pais ou matar crianças é uma coisa que nem bandido aceita.

É verdade. É por isso que essa menina se for na prisão comum está ferrada, já pensou com um monte de presas, que tem filhos e tudo ? Vai ser espancada todo dia, se não morrer... aliás, como falava um colega do trabalho, esse caso todo 'lá na quebrada no Taboão o cara já tinha "subido"' (subido=subido para o céu), hehehe...

Tenho um vizinho que é policial, ele disse que  quando esse pessoal cai na carceragem acaba fazendo para os outros presos tudo que eles mesmos fizeram com as vítimas.



 

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