Ok, terminei a tradução do artigo de Stevenson. Segue agora completo:
Ao Editor,
eu queria comentar 2 pontos das críticas de Munvens sobre o relatório de Hodgson sobre o comunicador GP. 1º, Munvens está errado que a causa de morte por "hemorragia cerebral", na ausência de menção de contusão ou fratura craniana não faz sentido. De fato, estes casos podem ocorrer. Acontece que recentemente uma estudante na Universidade de Virgínia ficou intoxada e, quando sozinha, caiu alguns degraus e no fim foi achada morta. O relatório de jornal que anunciou esta tragédia informa que "a estudante machucou sua cabeça quando caiu da escada - não havia feridas abertas - e uma veia estourou, causando sangramente dentro de seu crânio". (The Daily Progress, Charlostteville, 2 de dezembro, 1997). Tais casos refutam a alegação de Munvens que o relatório postmortem sobre o corpo de George Pellew (de quem 'George Pelham' seria a alegada continuação desencarnada) fosse implausível e assim e portanto deveria ser falsificado. Este é um ponto separado da questão de Piper ter lido algo a respeito da morte de Pellew nos jornais.
Segundo, apesar de Piper na condição de transe possa ter exibido uma boa memória, isso não pode ser responsável por ela ter reconhecido pessoas que ela nunca viu antes. Kenny [1986] já havia antes feito a sugestão que a Sra. Piper tivesse escutado secretamente e retido muitas das informações dos amigos de Pellew. Polanyi (1966) apontava que "sabemos mais do que podemos dizer" e citava como um exemplo nossa inabilidade em adequadamente descrever em palavras como reconhecemos uma face. Descrições verbais de uma pessoa que nunca vimos não nos permitem sermos capazes de reconhecer essa pessoa a menos que adicionemos vários detalhes distintos, como características especiais da roupa usada.
São-me bem conhecidas as imperfeições do relatório de Hodgson, mas ele não me convenceu de que isto poderia explicar tudo que Hodgson alegou para o controle George Pelham de Sra. Piper por meios normais de comunicação.
Referências
Kenny, M. G. (1986). The Passel of Ansel Bourne. Washington: The Smithsonian Institution Press
Polanyi (1966). The Tacit Dimension. Garden City, NY: Doubleday