Algumas companhias de água e energia elétrica, bancos (CEF e BB) e diminuir gradativamente a participação acionária do governo federal em algumas estatais (EX: correios e petrobrás).
Como as condições macroeconômicas são completamente distintas eu não acho que ocorrerão privatizações da mesma maneira que no governo de FHC. De qualquer modo eu não vejo mudanças a curto prazo no
status dos Correios e nem da CEF porque elas são empresas totalmente públicas e não podem ser privatizadas sem uma mudança na Constituição.
Os casos do Banco do Brasil, da Petrobras e do setor elétrico da União (Eletrobrás) são muito diferentes porque são sociedades de economia mista. Mas ainda assim eu não percebo uma disposição política para a privatização delas, embora a discussão e a decisão devam ser técnicas e não de caráter partidário-ideológico.
As companhias de água e saneamento não pertecem à esfera federal e sim dos estados ou municípios. Em minha opinião, este setor deve ter uma gestão compartilhada público-privada, onde este setor teria representantes da sociedade e do setor produtivo.
Você pode achar que isso é coisa de petista, mas eu sou funcionário público desde 1993 e nessa época eu era sindicalista e nós passávamos horas analisando os detalhes de cada avanço do governo do PSDB. A criação do MARE (Ministério de Administração e Reforma do Estado), as tentativas de mudanças na legislação que protegiam o servidor público, a quebra de monopólios (telefonia) foram situações que demonstraram claramente que, para o PSDB, governar era algo que poderia ser conduzido melhor se o estado não tivessa tantas obrigações, ou seja, um estado menor seria mais eficiente.
Bem caro Dodo.
Não há como fazer uma reforma do Estado sem mexer no funcionalismo público. Infelizmente este país aceitou que os setores público e privado tivessem tratamentos completamente distintos, onde os direitos daquele superam amplamente os deste, embora seja este que pague a quase totalidade da conta.
Então fica claro que há uma necessidade de reformular o setor público, trazendo-o para condições semelhantes ao do setor privado e isto implica em uma perda de parte das benesses ("direitos"), como hoje ocorre em diversas partes do mundo, incluindo o paraíso do funcionalismo: a França. E não há como escapar disto.
Eu não acho isso de todo mal, gostaria muito que o serviço público fosse mais eficiente, eu sou um dos que trabalham e teriam vantagens com essa nova mentalidade, mas acho que se repetirá o que o FHC fez com a gente, cortou algumas coisas, depois congelou os salários e deixou por isso mesmo. Não creio que eles mudaram de opinião.
Como eu respondi anteriormente, não existe mais o contexto histórico que permita o crescimento e a manutenção do setor público nos moldes que existe hoje, em particular para os seus aposentados. Então restam duas alternativas aos governantes:
1) Enfrentar o problema, mesmo às custas de um tremendo desgaste político, pois os funcionários públicos representam uma classe bem organizada e com muito poder ou;
2) Ignorar o problema, custeando a enorme expansão das despesas de custeio e de aposentadoria, ou pelo aumento da carga tributária (que já beira os 40% do PIB) ou pela expansão do déficit público ou pelo aumento da dívida de curto a longo prazo, com a emissão de novos títulos do Tesouro Nacional. E quando a "bomba" estourar mais adiante, fazer uso de uma das duas famosas e providenciais frases: "Eu não sabia de nada" ou "É culpa do maldito neoliberalismo".
É só por esse motivo que votarei na Dilma, assim como votei no Lula no passado,...
É um direito que a Constituição lhe garante.
pois, de maneira covarde, o PSDB não conseguiu fazer as reformas que pregou e simplesmente nos elegeu (funcionários públicos) como vilões da administração.
Voces não são os "vilões" mas sem dúvida alguma constituem uma parte importante do problema. E que tem de ser resolvido mais cedo ou mais tarde, sob pena de uma grave crise econômica e que pode vir a ser também uma crise institucional.