Não é uma questão de "bem estar do agressor", pode ser de "quem é legalmente o agressor na situação".
Tem uma grande margem de indefinição aí. Como disse, as coisas podem ir, dependendo da legislação e julgamento, desde auto-defesa aceitável, até homicídio múltiplo, dependendo de como a pessoa agir ou reagir.
Se só no começo de qualquer interação alguém já pegar um taco de baseball e sair quebrando cabeças, não me surpreenderia se julgassem que enquanto a coisa ainda estava no nível apenas verbal não precisaria tomar uma ação "preventiva" tão dramática, fica mais parecendo algo dentro de "combate mútuo". Pode passar a impressão completamente distinta a eventuais testemunhas sobre quem era o agressor e quem eram as vítimas.
"Um palmeirense louco atacou com um taco de baseball quatro corintianos que estavam só andando alegres pela rua, eles tentaram defender o amigo, mas era tarde demais, ele continuou batendo com tudo na cabeça dele já caído no chão, e ele ainda gritava feito um louco para eles correrem o quanto pudessem".
Alguns anos de cadeia, torcendo para de fato ser libertado quando acabar a pena, e até lá, muito provavelmente sofrendo mais agressões contínuas, com a chance de acabar sendo morto num ambiente onde as chances de auto-defesa ou mesmo de fuga são incomparavelmente reduzidas.
Tem toda uma série possibilidades antes de partir para um ataque mortal preventivo. Desde falar "o coringão é o melhor, admito", "colocaram uma bomba lá, chamem a polícia, vai explodir", "onde está minha filha, alguém viu minha filha", ou qualquer outra forma de tentar responder à agressividade verbal de forma a tentar contorná-la/ignorá-la, e não "responder a altura", "não levar desaforo para casa", "mostrar quem é o verdadeiro macho alfa", etc, até pegar o taco de baseball, e ou fugir, ou gritar em alerta algo no sentido de "não querer brigar"/"não sou nem palmerense" e ir ao mesmo tempo ir "dando a volta" ou mesmo retroceder, com a maior distância possível, etc, e apenas contra-atacar um que se lançasse contra você mesmo assim. E ainda assim deve ser recomendável não continuar marretando a cabeça do cara caído no chão para se certificar de que ele não vai revidar, mas continuar tentando fugir e reafirmando que não quer brigar mas vai se defender, etc.
Imagino que até em investigações futuras esse tipo de histórico virtual/online de "tem que matar esses vagabundos mesmo, é você ou eles" possa contar negativamente num julgamento sobre a validade da auto-defesa, mesmo que a pessoa tenha de fato tentado se eximir ao máximo de usar força. Pode passar a impressão de uma índole mais briguenta.
De fato existe até algo como um "ditado" nas linhas de "é preferível ser julgado por doze homens a carregado por seis", mas isso é de certa forma uma falsa dicotomia, as situações de agressão ou ameaça de agressão não serão necessariamente binárias a ponto de só possibilitar como defesa o uso de violência extrema. Lembrando que ela pode ser de fato considerada legalmente aceitável, então não cabe aqui espantalhos com hippies dando abraços como refutação.
Provavelmente é algo com que bons cursos de auto-defesa lidam, em vez de ficar apenas numa analogia com esportes ou filmes de ação para reduzir o leque de possibilidades apenas à mais extremada.