Autor Tópico: Deus no budismo  (Lida 18795 vezes)

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Offline Moro

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Re: Deus no budismo
« Resposta #25 Online: 10 de Julho de 2008, 18:32:17 »
Não, Maurício. Ao contrário, completamente.

As pessoas que são felizes e ficam buscando pelo em ovo para cagar com a própria vida estão perdendo seu tempo. Já perdi emprego, já passei por maus bocados, e nem por isso deixei de ser feliz. Isso é uma postura, e a religião te atrapalha nisso, ao te dar uma ilusão de que vc pode chegar a um estágio onde basicamente vc seria um super-homem.

Não há evidencias para isso, apenas nas bullshitagens religiosas.

Então, eu não fico vendendo meu presente para comprar o futuro. Não vou ficar me desapeganxo/privando/renunciando de nada para buscar algo que não existe. Para voces, a busca é o caminho e o destino, já que não vão encontrar picas.

E mais: Minha felicidade não tem nada a ver com ter ou deixar de ter. Tem a ver com saber das limitações humanas, não gerar expectativas idiotas de felicidades inalcançaveis, e saber que (obvio obvio obvio) as coisas são impermantentes mesmo.


Se minha filha morrer, vou ficar triste PACAS, e vou continuar minha vida, olhado para o futuro e não para o passado, sem nenhuma expectativa de encontra-la de novo.

Citar
Nós achamos que somos felizes, sim, mas somos felizes num nivel extremamente limitado, uma felicidade que depende de condições para surgir.
As pessoas dizem estarem satisfeitas e dizem não querer vislumbrar o que é a REALIDADE, elas tem medo de muitas coisas, medo de perder o que conquistaram, tem medo de não conquistar o que sonharam, tem medo de ficar COMPLETAMENTE SÓS, MEDO É SOFRIMENTO.

É isso. Vc tem medo disso Maurício, e por isso vc caiu na do Budismo. Não venha passar seus medos para os outros. Talvez se eu tivesse esse medo, eu iria para lá ou para uma igreja evangélica. Esse medo alimenta a religião.

E de uma vez por todas: Se vc tem como provar o que é  REALIDADE, então poste aqui. Se vc vai falar que ela não pode ser comunicada, apenas por experiência própria, é baseada em evidencia anedótica e não serve para nada.

Citar
As pessoas são tão egoistas que se fecham em si mesmas e tem a coragem de dizer que são felizes sem ter o vislumbre do que é a verdadeira FELICIDADE.
ESTAR COMPLETAMENTE EM PAZ, SEM CONFLITO DE ESPÉCIE ALGUMA.

IGUALZINHO EVANGÉLICO.


“If an ideology is peaceful, we will see its extremists and literalists as the most peaceful people on earth, that's called common sense.”

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Offline Tash

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Re: Deus no budismo
« Resposta #26 Online: 10 de Julho de 2008, 22:36:13 »
É normal pra quem não conhece o budismo achar que é uma religião pessimista, não é. O que Buda descobriu em suas meditações (raciocinando, não foi nada místico) é muito simples:

1. Todos os seres estão sujeitos ao sofrimento (velhice, doença, morte, insatisfação etc.);
2. O sofrimento surge de causas (cobiça, raiva, ignorância etc.);
3. Ao eliminarmos as causas, o sofrimento é eliminado;
4. Praticando o nobre caminho óctuplo, o sofrimento e suas causas são eliminadas.

O Nobre Caminho Óctuplo, é um consolidado de boas práticas, também não é nada místico:

1. Compreensão correta: Conhecer as Quatro Nobres Verdades de maneira a entender as coisas como elas realmente são.
2. Pensamento correto. Desenvolver as nobres qualidades da bondade amorosa, não tendo má vontade em relação aos outros, não querendo causar o mal (nem em pensamento), não ser avarento, e em suma, não ser egoísta.
3. Fala correta. Abster-se de mentir, falar em vão, usar palavras ásperas ou caluniosas, e ao invés disso, falar a verdade, ter uma fala construtiva, harmoniosa, conciliadora.
4. Ação correta. Abster-se de matar, roubar, tomar entorpecentes e ter conduta sexual indevida, e ao invés disso, promover a vida, praticar a generosidade e não causar o sofrimento através de práticas sexuais.
5. Meio de vida correto. Evitar qualquer ocupação que prejudique os demais, tais como tráfico de drogas ou matança de animais, e ao invés disso, olhar os outros com amor, compaixão, alegria e equanimidade, que são as quatro qualidades incomensuráveis, e na prática do dia-a-dia, praticar os seis paramitas da generosidade, ética, paz, esforço, concentração e sabedoria.
6. Atenção correta. Praticar autodisciplina para obter a quietude e atenção da mente, de maneira a evitar estados de mente maléficos e desenvolver estados de mente sãos.
7. Sabedoria correta. Desenvolver completa consciência de todas as ações do corpo, fala e mente para evitar atos insanos, através da contemplação da natureza verdadeira de todas as coisas.
8. Visão correta. Com todos os outros passos realmente realizados internamente, ter uma visão correta em relação ao mundo e à vida, e agindo de acordo com essa visão.

Ao contrário do Mauricio, eu discordo que só se possa compreender o budismo pela experiência. Olhe os passos acima, é muito simples entender como uma pessoa que os segue é mais feliz, ela simplesmente é uma pessoa boa, com um ótimo senso de ética. É uma pessoa otimista, embora saiba que o sofrimento é algo comum. Não vejo nada de sobrenatural nisso.

Dois estudos foram publicados na Science recentemente sobre felicidade. Ambos apontam que os budistas são mais felizes do que não-praticantes da religião.

Fontes: http://pt.wikipedia.org/wiki/Nobre_Caminho_%C3%93ctuplo, http://pt.wikipedia.org/wiki/Quatro_Nobres_Verdades, http://www.bbc.co.uk/portuguese/ciencia/030522_budismoebc.shtml

Offline Moro

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Re: Deus no budismo
« Resposta #27 Online: 10 de Julho de 2008, 22:47:31 »
Citar
1. Todos os seres estão sujeitos ao sofrimento (velhice, doença, morte, insatisfação etc.);
2. O sofrimento surge de causas (cobiça, raiva, ignorância etc.);
3. Ao eliminarmos as causas, o sofrimento é eliminado;
4. Praticando o nobre caminho óctuplo, o sofrimento e suas causas são eliminadas.

1- Parcialmente verdade. De acordo com cada pessoa.
2- Verdade. Obvio. Mas não necessariamente as causas são algo intrinsicamente ruim,
3- Non sequitur.
4- Vejamos:

1. Compreensão correta: Conhecer as Quatro Nobres Verdades de maneira a entender as coisas como elas realmente são.
Babou. As quatro verdades tem groselhas no meio.

2. Pensamento correto. Desenvolver as nobres qualidades da bondade amorosa, não tendo má vontade em relação aos outros, não querendo causar o mal (nem em pensamento), não ser avarento, e em suma, não ser egoísta.
Impossível. Vai nos gerar constrangimento, pensando que somos incompletos e outras groselhas. Somos humanos.

3. Fala correta. Abster-se de mentir, falar em vão, usar palavras ásperas ou caluniosas, e ao invés disso, falar a verdade, ter uma fala construtiva, harmoniosa, conciliadora.
Mesmo que 2

4. Ação correta. Abster-se de matar, roubar, tomar entorpecentes e ter conduta sexual indevida, e ao invés disso, promover a vida, praticar a generosidade e não causar o sofrimento através de práticas sexuais.
Pode caipirinha?
Conduta sexual indevida???? Porque sempre querem por a mão no sexo. Deixem as pessoas transar, e MUITO. Só faz bem.


5. Meio de vida correto. Evitar qualquer ocupação que prejudique os demais, tais como tráfico de drogas ou matança de animais, e ao invés disso, olhar os outros com amor, compaixão, alegria e equanimidade, que são as quatro qualidades incomensuráveis, e na prática do dia-a-dia, praticar os seis paramitas da generosidade, ética, paz, esforço, concentração e sabedoria.
Concordo. Impossivel plenamente.

6. Atenção correta. Praticar autodisciplina para obter a quietude e atenção da mente, de maneira a evitar estados de mente maléficos e desenvolver estados de mente sãos.
Aqui uma ponte para a meditação. A acho sobrevalorizada demais. O que alguém algum dia descobriu meditando??

7. Sabedoria correta. Desenvolver completa consciência de todas as ações do corpo, fala e mente para evitar atos insanos, através da contemplação da natureza verdadeira de todas as coisas.
Mesmo que acima.


8. Visão correta. Com todos os outros passos realmente realizados internamente, ter uma visão correta em relação ao mundo e à vida, e agindo de acordo com essa visão.
Mesmo que 2.


Já não gostei...
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Offline Tash

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Re: Deus no budismo
« Resposta #28 Online: 10 de Julho de 2008, 23:12:49 »
Citação de: Tash
1. Todos os seres estão sujeitos ao sofrimento (velhice, doença, morte, insatisfação etc.);
1- Parcialmente verdade. De acordo com cada pessoa.

Existe alguém totalmente imune a qualquer tipo de sofrimento?

Citação de: Tash
2. O sofrimento surge de causas (cobiça, raiva, ignorância etc.);
2- Verdade. Obvio. Mas não necessariamente as causas são algo intrinsicamente ruim,

Talvez as causas não sejam ruins mesmo =)

Citação de: Tash
3. Ao eliminarmos as causas, o sofrimento é eliminado;
3- Non sequitur.

Me desculpe, mas gostaria que você apontasse em que momento a conclusão não segue as premissas. Se eu elimino a causa de algo, a consequência gerada por essa possível causa deixa de acontecer.

1. Compreensão correta: Conhecer as Quatro Nobres Verdades de maneira a entender as coisas como elas realmente são.
Babou. As quatro verdades tem groselhas no meio.

Não sei o que é "groselha".

2. Pensamento correto. Desenvolver as nobres qualidades da bondade amorosa, não tendo má vontade em relação aos outros, não querendo causar o mal (nem em pensamento), não ser avarento, e em suma, não ser egoísta.
Impossível. Vai nos gerar constrangimento, pensando que somos incompletos e outras groselhas. Somos humanos.

Não há como medir se uma pessoa pode ou não deixar de ser egoísta, logo não há como afirmar que é impossível, assim como não podemos afirmar que é possível. O Pensamento Correto nos orienta a desenvolver essa ação, não atingir um estado absoluto.

Em relação ao constrangimento, note que isso é uma opinião pessoal sua.

3. Fala correta. Abster-se de mentir, falar em vão, usar palavras ásperas ou caluniosas, e ao invés disso, falar a verdade, ter uma fala construtiva, harmoniosa, conciliadora.
Mesmo que 2

Não vejo o porquê disso ser impossível de atingir. Assim como o egoísmo, medir isso é totalmente impossível, o que torna essa e a outra questão infalseáveis. No entanto, não estamos falando de ciência aqui, estamos falando de moral e ética e não há como aplicar o método científico.

E indo mais além, se não é correto falar a verdade, ter uma fala construtiva e assim por diante, o que é? Mentir, gerar intriga e confundir?

4. Ação correta. Abster-se de matar, roubar, tomar entorpecentes e ter conduta sexual indevida, e ao invés disso, promover a vida, praticar a generosidade e não causar o sofrimento através de práticas sexuais.
Pode caipirinha?
Conduta sexual indevida???? Porque sempre querem por a mão no sexo. Deixem as pessoas transar, e MUITO. Só faz bem.

Ninguém disse que é proibido transar, e ninguém disse que é proibido ter prazer. Eu entendo como "conduta sexual indevida" a traição, estupro, etc...

6. Atenção correta. Praticar autodisciplina para obter a quietude e atenção da mente, de maneira a evitar estados de mente maléficos e desenvolver estados de mente sãos.
Aqui uma ponte para a meditação. A acho sobrevalorizada demais. O que alguém algum dia descobriu meditando??

Como ser feliz =) Eu citei um artigo bastante interessante nas fontes no último post, não sei se notou. Fala sobre como a meditação desenvolve áreas "boas" do cérebro.
« Última modificação: 10 de Julho de 2008, 23:21:29 por Tash »

Offline Mauricio Rubio

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Re: Deus no budismo
« Resposta #29 Online: 10 de Julho de 2008, 23:29:23 »
Tash, mais claro que isso impossivel cara.

Parabens.
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Buda Sakyamuni

Offline Gigaview

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Re: Deus no budismo
« Resposta #30 Online: 11 de Julho de 2008, 01:08:01 »
Citar
Na realidade, o Eu não é budista, o Eu não é hinduista, O Eu não é isso nem aquilo. o Eu contem todas as coisas mas não É nenhuma delas, então cabe a nós mesmos compreendermos aquilo que É pela experiência direta, mas podemos chegar a essa compreensão se estamos limitados a ser isso ou aquilo? Acho que é disso que se trata a Libertação.]Na realidade, o Eu não é budista, o Eu não é hinduista, O Eu não é isso nem aquilo. o Eu contem todas as coisas mas não É nenhuma delas, então cabe a nós mesmos compreendermos aquilo que É pela experiência direta, mas podemos chegar a essa compreensão se estamos limitados a ser isso ou aquilo? Acho que é disso que se trata a Libertação.

Resumo, essa conversinha de EU é puro bullshit. Aquilo que É pode ser qualquer coisa e portanto não é coisa alguma. Agora, como ter uma experiência direta com Aquilo que não É? Se estamos limitados a aquilo que não É, a Libertação só deve servir para parar de pensar que o Eu é, mas se o EU não é coisa alguma, a Libertação só serve para nos libertarmos dessa bullshit toda. QED

Vocês são mais novos, mas na minha época tinha "os sobrinhos do Athaide". Tinha um personagem Sheila, que falava e não dizia nada. Fiz o dialogo da Sheila com a Pat conhecendo o Budismo:

S- Tipo Assim, Amiga..  Aqui é a Sheila
P- Tipo assim Sheila??? Aqui é a Pat
S- Ai Amiga... to num lance super.. tipo assim... legal
P- Ai Amiga.. me conta
S- Tipo Assim.. não da... sei la.. não sabemos nada e não temos capacidade... tipo assim... é 10
P- Ai amiga, que legal
S- Meu, ce nem acredita... Depois que agente treina... tipo assim.. eu vejo algo que nem consigo contar...
P- Ai Amiga, me conta
S- Meu é algo assim,.... sem palavras...
P- Ai Amiga. que bom


Exatamente, bullshit, papo furado, abobrinha pura. Tem mais, como coloquei no outro tópico, presumimos que a contemplação oriental corresponde em todos os sentidos aos hábitos filosóficos ocidentais de contempação e espiritualidade, o que não é verdadeiro. Se as Palavras não servem, imagine a tradução dessas palavras e a interpretação delas sob a influência cultural e religiosa completamente diferente da original. Por isso parece papo de adolescente, onde se fala de tudo, sem entender de nada e ninguém come ninguém.
Brandolini's Bullshit Asymmetry Principle: "The amount of effort necessary to refute bullshit is an order of magnitude bigger than to produce it".

Pavlov probably thought about feeding his dogs every time someone rang a bell.

Offline Barata Tenno

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Re: Deus no budismo
« Resposta #31 Online: 11 de Julho de 2008, 07:50:14 »


Exatamente, bullshit, papo furado, abobrinha pura. Tem mais, como coloquei no outro tópico, presumimos que a contemplação oriental corresponde em todos os sentidos aos hábitos filosóficos ocidentais de contempação e espiritualidade, o que não é verdadeiro. Se as Palavras não servem, imagine a tradução dessas palavras e a interpretação delas sob a influência cultural e religiosa completamente diferente da original. Por isso parece papo de adolescente, onde se fala de tudo, sem entender de nada e ninguém come ninguém.





 :ok: :ok: :ok: :ok:
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Offline Gigaview

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Re: Deus no budismo
« Resposta #32 Online: 11 de Julho de 2008, 11:06:09 »
Brandolini's Bullshit Asymmetry Principle: "The amount of effort necessary to refute bullshit is an order of magnitude bigger than to produce it".

Pavlov probably thought about feeding his dogs every time someone rang a bell.

Offline Mauricio Rubio

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Re: Deus no budismo
« Resposta #33 Online: 11 de Julho de 2008, 11:15:24 »
Exatamente, bullshit, papo furado, abobrinha pura. Tem mais, como coloquei no outro tópico, presumimos que a contemplação oriental corresponde em todos os sentidos aos hábitos filosóficos ocidentais de contempação e espiritualidade, o que não é verdadeiro. Se as Palavras não servem, imagine a tradução dessas palavras e a interpretação delas sob a influência cultural e religiosa completamente diferente da original. Por isso parece papo de adolescente, onde se fala de tudo, sem entender de nada e ninguém come ninguém.

É exatamente por isso que temos que VIVER isso, e não apenas ter conhecimento teórico. Eu por exemplo sei que meu conhecimento é muito mais teórico do que prático, principalmente pelas diferenças que temos no modo de vida tanto de lugar quanto de época. Mas se nós estamos falando de algo que é a Verdade, a verdade existe independente de qualquer coisa, não importa se é contemplação oriental ou ocidental, quaisquer que sejam as suas diferenças.

Não devemos pegar esse conhecimento e aplicar ou acreditar somente porque é uma tradição ou porque foi o Buda que disse, é o próprio Buda quem diz isso. Mas nós devemos ter cuidado, porque existe uma enorme diferença entre acreditar cegamente, e utilizar essas fontes como referencia para as próprias reflexões, onde por certo não vejo mal nenhum.

É certo também que nós aqui do forum, somos no máximo leigos querendo discutir sobre uma coisa extremamente complexa, mas já que o forum serve para gerar discussão e debate, não sei porque não podemos ter esse tipo de assunto por aqui. Eu sei que não sei muitas coisas, mas o pouco que eu sei me permite ver que há sim uma verdade nisso tudo, e que essa verdade tem que ser realmente experimentada, o auto-conhecimento é uma coisa universal e não está limitado a um padrão religioso. O problema é quando colocamos véus e mais véus na nossa frente que nos impossibilitam de penetrar mais fundo em alguns assuntos e tirar conclusões menos precipitadas a respeito de coisas que desconhecemos.
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Offline Moro

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Re: Deus no budismo
« Resposta #34 Online: 11 de Julho de 2008, 22:58:26 »
Citar
Existe alguém totalmente imune a qualquer tipo de sofrimento?

1-
Não, só nas promessas das religiões, budismo incluindo.
Por isso que digo: A premissa da promessa já é completamente equivocada.
Sua pergunta também, já que a resposta é Não e continuará Não.

Citar
Talvez as causas não sejam ruins mesmo =)
Isso, perspectivas...

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Me desculpe, mas gostaria que você apontasse em que momento a conclusão não segue as premissas. Se eu elimino a causa de algo, a consequência gerada por essa possível causa deixa de acontecer.

O que te disse acima em 1 E...
Não podemos eliminar todas as causas do sofrimento, vc já citou algumas (morte) E...
Isso não é possível (não sofrer nunca, não me fale de lendas de buda que te falo das de cristo) E...
E que o sofrimento não tem uma relação direta com uma causa. Veja, tem pessoas que são preocupadas porque são viciadas em ser preocupadas, e encaixam uma causa para suprir seu vício.

Citar
Não sei o que é "groselha".

Um apelido carinhoso para Bullshit

Citar
Não há como medir se uma pessoa pode ou não deixar de ser egoísta, logo não há como afirmar que é impossível, assim como não podemos afirmar que é possível. O Pensamento Correto nos orienta a desenvolver essa ação, não atingir um estado absoluto.

Em relação ao constrangimento, note que isso é uma opinião pessoal sua

Bom, aqui não temos nenhum ponto Tash.
Não temos como medir, mas sabemos que não podemos:

- Ser completamente altruistas
- Completamente verdadeiros

e as outras promessas do budismo/cristianismo/espiritismo (veja, são bem iguais_.

Como sei que não é possível? Estatística. Não conheço ninguém assim, nunca ví, nem conheço alguém que conhece alguém assim

Promessas vãs...
 
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Re: Deus no budismo
« Resposta #35 Online: 11 de Julho de 2008, 23:12:05 »
Agnóstico, na boa, por que toda essa amargura?

Você não conhece o Budismo o bastante para justificar tantas certezas ásperas.
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Em 18 de janeiro de 2010, ainda não vejo motivo para postar aqui. Estou nos fóruns Ateus do Brasil, Realidade, RV.  Se a Moderação reconquistar meu respeito, eu volto.  Questão de coerência.

Offline Tash

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Re: Deus no budismo
« Resposta #36 Online: 11 de Julho de 2008, 23:16:47 »
Citar
Existe alguém totalmente imune a qualquer tipo de sofrimento?
1-
Não, só nas promessas das religiões, budismo incluindo.

Primeira Verdade Budista: Todos os seres estão sujeitos ao sofrimento (velhice, doença, morte, insatisfação etc.);

Por isso que digo: A premissa da promessa já é completamente equivocada.
Sua pergunta também, já que a resposta é Não e continuará Não.

Não há promessa no budismo.

Citar
Me desculpe, mas gostaria que você apontasse em que momento a conclusão não segue as premissas. Se eu elimino a causa de algo, a consequência gerada por essa possível causa deixa de acontecer.

O que te disse acima em 1 E...
Não podemos eliminar todas as causas do sofrimento, vc já citou algumas (morte) E...

O que causa o sofrimento não é a morte em si... é o apego pela pessoa que morreu, é a vontade de tê-la novamente. Centenas de pessoas morrem todos os dias, você não sofre por todas elas.

Isso não é possível (não sofrer nunca, não me fale de lendas de buda que te falo das de cristo) E...
E que o sofrimento não tem uma relação direta com uma causa. Veja, tem pessoas que são preocupadas porque são viciadas em ser preocupadas, e encaixam uma causa para suprir seu vício.

Ninguém disse que existem pessoas que não sofrem.
Primeira Verdade Budista: Todos os seres estão sujeitos ao sofrimento (velhice, doença, morte, insatisfação etc.).

Se a pessoa encaixa uma causa...
Segunda Verdade Budista: O sofrimento surge de causas (cobiça, raiva, ignorância etc.);

(negrito meu)


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Não há como medir se uma pessoa pode ou não deixar de ser egoísta, logo não há como afirmar que é impossível, assim como não podemos afirmar que é possível. O Pensamento Correto nos orienta a desenvolver essa ação, não atingir um estado absoluto.

Em relação ao constrangimento, note que isso é uma opinião pessoal sua

Bom, aqui não temos nenhum ponto Tash.
Não temos como medir, mas sabemos que não podemos:

- Ser completamente altruistas
- Completamente verdadeiros

O conceito de algo infalseável é simples: se não há como medir, não há como saber se é possível ou não.

Como sei que não é possível? Estatística. Não conheço ninguém assim, nunca ví, nem conheço alguém que conhece alguém assim 

Você conhece todas pessoas do planeta?

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Falseabilidade
OBS: Editado para melhor compreensão
« Última modificação: 11 de Julho de 2008, 23:20:20 por Tash »

Offline Moro

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Re: Deus no budismo
« Resposta #37 Online: 11 de Julho de 2008, 23:25:30 »
Oi Luis (também na boa :-) )

Porque amargura? O que disse para mim representa evidência. Não ví em nenhum texto postado até agora, que li do Mauricio ou de qualquer outro, algo que me tenha mostrado nada a mais do que ví em outras religiões. Estou utilizando o mesmo critério que analiso o espiritismo/cristianismo com o Budismo.

Veja, se vc seguir o link que coloquei do outro debate com o Maurício, vai ver alguns textos que lí lá. E realmente não encontrei nada...  Me sugere algo objetivo? Sei que talvez esse algo objetivo é que não exista, e aí que entre a questão da busca que o Mauricio tanto fala...  mas ainda não ví sequer motivo para a busca.
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Re: Deus no budismo
« Resposta #38 Online: 11 de Julho de 2008, 23:30:17 »
Tash

Algumas promessas do budismo  ../forum/topic=16822.0.html#msg338764
Posso te mandar mais dos textos que o Mauricio me enviou...

Veja, nem vou falar sobre o apego, de que minha se minha filha morresse eu não sofreria... Isto é non sense para mim. E ouço isso com a fé cristã, que seu a tivesse em estágio XYZ eu teria certeza de que voltaria a ve-la.

E veja, usei a palavra estatística apenas como decoração. Nem deveria ter usado. O bom senso diz que não há pessoas assim, com as capacidades que te passei acima, e outras que posso te enviar. Só existe pessoas assim nas lendas religiosas.

Vc conhece alguma?

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Offline Luis Dantas

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Re: Deus no budismo
« Resposta #39 Online: 11 de Julho de 2008, 23:33:17 »
Oi Luis (também na boa :-) )

Porque amargura? O que disse para mim representa evidência. Não ví em nenhum texto postado até agora, que li do Mauricio ou de qualquer outro, algo que me tenha mostrado nada a mais do que ví em outras religiões. Estou utilizando o mesmo critério que analiso o espiritismo/cristianismo com o Budismo.

O que talvez indique que você não sabe perceber as diferenças, não concorda?  Espiritismo, Cristianismo e Budismo são três coisas completamente diferentes.

A principal diferença talvez seja o que Banthe Rewatta Dhamma disse em uma das primeiras palestras que assisti: o Budismo não é uma religião de crença, é uma religião de prática. 

Citar
Veja, se vc seguir o link que coloquei do outro debate com o Maurício, vai ver alguns textos que lí lá. E realmente não encontrei nada...  Me sugere algo objetivo? Sei que talvez esse algo objetivo é que não exista, e aí que entre a questão da busca que o Mauricio tanto fala...  mas ainda não ví sequer motivo para a busca.

Eu honestamente não entendo a busca do Maurício.  Tenho muita dificuldade em acompanhar o que ele posta.

De fato, também não entendo o que você busca encontrar na religião em geral ou no Budismo especificamente.  A impressão que fica é que há muita desconfiança, e não vejo mesmo motivo para você ir atrás de algo em que não confia.
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Em 18 de janeiro de 2010, ainda não vejo motivo para postar aqui. Estou nos fóruns Ateus do Brasil, Realidade, RV.  Se a Moderação reconquistar meu respeito, eu volto.  Questão de coerência.

Offline Luis Dantas

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Re: Deus no budismo
« Resposta #40 Online: 11 de Julho de 2008, 23:36:28 »
E veja, usei a palavra estatística apenas como decoração. Nem deveria ter usado. O bom senso diz que não há pessoas assim, com as capacidades que te passei acima, e outras que posso te enviar. Só existe pessoas assim nas lendas religiosas.

Vc conhece alguma?

Lendas são lendas.  Inspiram a alguns, erodem a confiança de outros.  Nem por isso deixa de ser sensato zelar pelo próprio equilíbrio e paz de espírito.  E isso, Agnóstico, é POSSÍVEL, está dentro das nossas capacidades em algum grau.

Se há ou não essas pessoas sobre-humanas que você descreve, isso de fato não tem muita importância real.  É apenas uma especulação um tanto fútil.
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Em 18 de janeiro de 2010, ainda não vejo motivo para postar aqui. Estou nos fóruns Ateus do Brasil, Realidade, RV.  Se a Moderação reconquistar meu respeito, eu volto.  Questão de coerência.

Offline Moro

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Re: Deus no budismo
« Resposta #41 Online: 11 de Julho de 2008, 23:42:36 »
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A principal diferença talvez seja o que Banthe Rewatta Dhamma disse em uma das primeiras palestras que assisti: o Budismo não é uma religião de crença, é uma religião de prática.
Ok... e??

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Lendas são lendas.  Inspiram a alguns, erodem a confiança de outros.  Nem por isso deixa de ser sensato zelar pelo próprio equilíbrio e paz de espírito.  E isso, Agnóstico, é POSSÍVEL, está dentro das nossas capacidades em algum grau.

Sim, lendas são lendas. É possível ser melhor do que somos, sempre. Não é possível atingir o grau que coloquei no link anterior. Se for, temos que ter evidências.

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Se há ou não essas pessoas sobre-humanas que você descreve, isso de fato não tem muita importância real.  É apenas uma especulação um tanto fútil.

Assim como nessa visão, para a prática do espiritismo é desnecessário ver se as mesas realmente se moveram, ou no cristianimo de ter evidências que ele ressucitou

Para mim, é extremamente relevante.
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Offline Oceanos

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Re: Deus no budismo
« Resposta #42 Online: 11 de Julho de 2008, 23:55:55 »
Pelo que acho que entendi sobre o texto que o Tash postou, e acho que o Agnostico não entendeu, é que aquilo é um GUIA MORAL e não uma verdade indubitável. Aquilo é um ideal à ser alcançado; é algo que, na medida do possível, deve ser tentado. Não que seja uma promessa ou motivo de ira divina se não for feito... E como um guia moral, não é que deva ser aceito e seguido para ser perdoado por deus ou coisa assim (é o contrário, inclusive, a intenção é diminuir o sofrimento do homem, não aumenta-lo culpando-o furiosamente pelo que supostos "antepassados" fizeram); é algo que podem levar à uma vida melhor da pessoa... De forma prática e real.
« Última modificação: 12 de Julho de 2008, 00:03:11 por Oceanos »

Offline Moro

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Re: Deus no budismo
« Resposta #43 Online: 12 de Julho de 2008, 00:04:57 »
Mais ou menos Oceanos. Lembrando que muito do que digo aqui veio de minhas interações com o Mauricio, e entendo que vcs descordam em alguns pontos.

Mas vejo assim: Para eu ser budista, eu deveria mudar algo em minha vida (é claro, se não continuaria não budista). E aí me pergunto porque devo mudar algo?
Então faço perguntas e não tenho respostas, e vcs sabem como os céticos são. E como já disse, não entraria em nenhuma prática sem alguma evidência que me levasse a isso, sob risco de entrar em todas as práticas religiosas que me aparece, já que dizem a mesma coisa.

Quanto à promessa. Só semântica.

Tem uma série de características que vc pode alcançar seguindo o budismo (as caracteristicas que postei). Veja, isso é uma iluminação como qualquer outra, ou o paraíso se vcs querem.  Isso é uma promessa. Eu faço A para alcançar B. Se não, eu não faço nada.
Só não é um lugar que existe fisicamente (ou espiritualmente), mas ainda é um estado a se estar, e continua sendo muito difícil alcançar, como o céu (no caso dos judeus, os escolhidos, no espiritismo, o mérito, e aí vai).

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Re: Deus no budismo
« Resposta #44 Online: 12 de Julho de 2008, 00:06:29 »
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A principal diferença talvez seja o que Banthe Rewatta Dhamma disse em uma das primeiras palestras que assisti: o Budismo não é uma religião de crença, é uma religião de prática.
Ok... e??

E portanto o que importa é o que você busca cultivar, e não em que você "acredita".  Não há promessas nem castigos, nem faria sentido buscá-los.

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Lendas são lendas.  Inspiram a alguns, erodem a confiança de outros.  Nem por isso deixa de ser sensato zelar pelo próprio equilíbrio e paz de espírito.  E isso, Agnóstico, é POSSÍVEL, está dentro das nossas capacidades em algum grau.

Sim, lendas são lendas. É possível ser melhor do que somos, sempre. Não é possível atingir o grau que coloquei no link anterior. Se for, temos que ter evidências.

Não encontrei essa referência, mas de qualquer forma não entendo por que seria importante "ser possível" atingir "esse grau".  Ou buscar evidências.  Parece uma questão puramente acadêmica, se tanto.

Realmente me parece que você está buscando "evidências de que é verdade" em algo que não tem mesmo essa proposta de "ser verdade".


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Se há ou não essas pessoas sobre-humanas que você descreve, isso de fato não tem muita importância real.  É apenas uma especulação um tanto fútil.

Assim como nessa visão, para a prática do espiritismo é desnecessário ver se as mesas realmente se moveram, ou no cristianimo de ter evidências que ele ressucitou.

Isso é comparar laranjas com cadeiras: uma coisa não está nem na mesma categoria da outra...

O Espiritismo valoriza a crença, o Budismo valoriza a clareza de propósito e de raciocínio.  E mesmo essa comparação é simplista e grosseira, passando por cima de muitas diferenças dramáticas de natureza, propósito e concepção entre um e outro.

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Para mim, é extremamente relevante.

Então receio que vai mesmo se desapontar.  O Budismo não é essa fonte de promessas "bem evidenciadas" que você espera que ele seja.  Ele sequer tenta sê-lo.
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Re: Deus no budismo
« Resposta #45 Online: 12 de Julho de 2008, 00:10:02 »
Mas vejo assim: Para eu ser budista, eu deveria mudar algo em minha vida (é claro, se não continuaria não budista). E aí me pergunto porque devo mudar algo?

Não faço idéia.  Se você não tem um motivo, não vou ser eu a te dizer que teria de ter algum...
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Offline Oceanos

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Re: Deus no budismo
« Resposta #46 Online: 12 de Julho de 2008, 00:15:39 »
Mas, bem, continuando a supor que eu entendi certo, não é que você DEVA ser budista (eu não li todo o tópico, então, estou supondo que ninguém falou isso), mas que isso é um guia moral da religião. E, como todo guia moral, ele deve ser refletido e posto em prática apenas se você quiser. Existem outras formas de encarar a moral e a ética, essa é apenas uma delas.

Eu, particularmente, acho que esse texto que o Tash postou faz bastante sentido. Mas, como eu disse, ele depende muito de reflexão pessoal (nem tudo pode ser debatido; certas coisas simplesmente dependem de entendimento e de que você concorde com certas premissas).

Tem uma série de características que vc pode alcançar seguindo o budismo (as caracteristicas que postei). Veja, isso é uma iluminação como qualquer outra, ou o paraíso se vcs querem.  Isso é uma promessa. Eu faço A para alcançar B. Se não, eu não faço nada.
Mas todo guia moral é assim... Esse não é exceção e nenhum outro será. E pelo que estou vendo, esse tem uma diferença bem grande do de outras religiões: ele não é nada metafísico.

Eu, como os outros - e ao contrário do que pensava -, não estou entendendo o motivo de suas críticas...
« Última modificação: 12 de Julho de 2008, 00:17:40 por Oceanos »

Offline Moro

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Re: Deus no budismo
« Resposta #47 Online: 12 de Julho de 2008, 00:19:42 »
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Isso é comparar laranjas com cadeiras: uma coisa não está nem na mesma categoria da outra...

O Espiritismo valoriza a crença, o Budismo valoriza a clareza de propósito e de raciocínio.  E mesmo essa comparação é simplista e grosseira, passando por cima de muitas diferenças dramáticas de natureza, propósito e concepção entre um e outro.

Luis, para mim é laranja com laranja. No mais, em qualquer discussão que envolve uma crença as pessoas me dizem que estou comparando coisas que não são comparáveis. O espiritismo segundo o Leafar valoriza a clareza de raciocínio, mas ele não me apresenta evidências.

E sim, espero evidências. Se não as tenho, não tenho nada.


Oceanos,

Acho as propostas não alcançaveis, metafísica se vc quer. E acho contraproducente um guia moral dentro do contexto religioso.
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Re: Deus no budismo
« Resposta #48 Online: 12 de Julho de 2008, 00:21:36 »
É apenas natural que uma religião tenha diretrizes morais, não acha?
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Re: Deus no budismo
« Resposta #49 Online: 12 de Julho de 2008, 00:24:24 »

 

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