Seja N(t) o número de débitos cármicos num instante t. Pela lei de talião, esses débitos cármicos serão resgatados a partir de ações que envolvem necessariamente a criação de outros débitos cármicos. Então a taxa de variação temporal dos débitos cármicos, dN/dt, é proporcional ao número de débitos cármicos N, ou seja, dN/dt = k N, onde k > 0 é a constante de Kardec-Emmanuel-Denis-Roustaing. Resolvendo essa equação diferencial temos N(t) = N(0) exp(kt), tal que N(t) tende ao infinito quando o tempo cresce indefinidamente. Conclusão é que é impossível resgatar débitos cármicos a longo prazo, e por isso a lei de talião leva inevitavelmente a uma catástrofe moral e ética.
Brilhante!!!! Adorei a constante de Kardec-Emmanuel-Denis-Roustaing.
Pena que nem todos vão entender.
Brilhante mesmo, Sklogw!!!
O raciocínio lógico está perfeito. Só errou na premissa de considerar que o resgate de débitos cármicos se faz necessariamente através da aquisição de outros débitos cármicos. Entretanto, eu vou desenvolver um pouco mais o seu raciocínio (já considerando a premissa correta, claro):
É possível demonstrar que a sua constante "k" é igual a
zero se a função da expansão do número de espíritos no universo for uma função de primeiro grau, ou seja, uma linha reta, onde o número de carmas pendentes se estabilizaria numa constante de valor N(+inf). É claro que essas expansões são funções discretas, mais isso não é relevante devido ao número de elementos ser muito grande, assemelhando-se quase a uma função contínua, podendo-se fazer a aproximação.
Mas se a expansão do número de espíritos do universo em função do tempo for uma exponencial, a sua constante "k" será realmente maior que zero e o número de carmas tenderia ao infinito. Neste último caso, a sua expressão (apesar dos seus erros conceituais) estaria correta. Mas se me permite, aproveitando-me da sua função, vou sugerir outra, muito mais útil, que mostra a relação entre o número de "carmas" do universo e o número de espíritos do mesmo universo, também em função do tempo, considerando que ambos crescem obedecendo a funções exponenciais:
N%(+inf) = lim 100 . N%(0) . N(0) exp(kt) , onde: 0 < k =< r.
t->+inf Ne(0) exp(rt)N% = percentual de carmas em relação ao número de espíritos;
N = número de carmas
Ne = número de espíritos
Essa função é um pouco simplista, pois há outros fatores que deveriam ser considerados, mas como caso particular de um universo qualquer ela mostra bem o que aconteceria. Como pode ver, N% tenderia a 0 (zero) se "k" for menor que "r", e tenderia a uma constante N%(+inf) se "k" for exatamente igual a "r". Portanto, mesmo com o número de carmas tendendo ao infinito, como você bem disse, isso longe estaria de significar uma "catástrofe moral e ética". Consegue perceber?
Um abraço.