Muita coisa. Meu post vai ficar gigante. Já tô avisando
Post do Waldon: não vou comentar todas. Sim, há erros e simplificações absurdas nos livros de Geografia e História. E há viés de todos os lados.
Apenas nos referentes a comunismo, deve-se lembrar, que o que um comunista chama de comunismo é completamente diferente do que um anti-comunista chama de comunismo. Então, definições devem vir. Sempre.
Que os comentários da Veja se fazem em cima de citações em boa parte tiradas do contexto , já dá para perceber pelo uso de "..." frequente.
Mas alguém espera imparcialidade e um mínimo de decência da Veja?
E sobre a pesquisa que eles citam da Fundação Civita ( fundador da Abril) , encontra-se disponível no site da Fundação mas o dado divulgado ... estou procurando até agora.
Imparcialidade, eu não espero de
nenhum meio de comunicação. Nenhum, pouco importa se concordo com as opiniões expressadas ou não. Apenas acharia mais interessante que as pessoas dissessem "olhe, isso é uma opinião, é parcial".
O que fico mais puto da vida com a Veja não é por eu discordar dela, mas é por ela
se dizer imparcial. O que, obviamente, é mentira.
Não localizei o livro (minha estante ainda está uma bagunça) mas achei um texto do Michael Lowy , um autor muito bom e que é da mesma linha do Mandel.
Vou abrir um novo tópico com ele , senão este acaba sendo o tópico dos off-topics
Do Lowy, só li um sobre o Che e o guevarismo. Mas faz muito tempo, e pouco me lembro do livro.
Post do
Dono da Verdade:
A separação em três tipos de sistemas é bastante falha. Não é "certa" ou "errada" (não é esse o papel das definições, mas apenas restringir variáveis de trabalho), mas acho pouco trabalhável. Além de eu nunca conseguir entender o que é "positivo" e "negativo".
Por exemplo, quanto ao tribalismo. A definição de "tribalismo" para mim, é a seguinte: sistema econômico embasado em relações familiares, não-agrário e essencialmente nomadista. Isso o inclui no "sistema 1" que você citou, mas pode incluir junto diversos sistemas essencialmente diferentes.
O sistema 2 incluiria parte do capitalismo, ao que vejo. Um exemplo clássico seria a Inglaterra nos tempos da Rev. Industrial. Aqui, o vínculo "negativo" incluiria a ausência de propriedade privada obriga o trabalhador a 16 horas diárias e receber menos do que seu trabalho vale. Isto pode não ser ceder os bens diretamente, mas sim, a maior parte do trabalho para a produção destes (o que Marx denominava "mais-valia"). Além disso, o sistema 2 inclui juntos p.ex. o escravismo e o feudalismo, nos quais as relações econômicas e sociais são muito diferentes.
Se vale a pena trabalhar com essas variáveis? Depende do uso. Ao que me parece, para analisar sistemas econômicos de uma perspectiva histórica e/ou historicista, não.
Além do mais, se embora a definição de "ditadura do proletariado" de Marx inclua no "sistema 2", Marx a via como apenas fase transitória e, entretanto, obrigatória, para a passagem ao comunismo. [Aqui discordo de Marx: provável sim, obrigatória não.]
Entretanto, achei interessante o parêntesis para "não são mutuamente excludentes".
É muito difundida a idéia de que os sistemas econômicos são mutuamente excludentes e, como corolário, que o “capitalismo” é algo recente, que só passou a existir do século XV em diante. Nada mais incorreto.
Mais uma vez, depende das definições. Se você for definir toda e qualquer troca de excedentes como capitalismo, sem haver as relações históricas e as classes sociais na sua definição, você verá os três sistemas (1, 2 e 3) se entremeando na história inteira.
Não é uma boa analogia, já que a elite latifundiária não tinha nenhum privilégio legal em comparação aos demais grupos, como os que haviam na época da Revolução Francesa. Simplesmente foram sobrepujados economicamente.
Lembre-se que o Brasil era uma democracia com sufrágio universal (se eu não me engano).
Discordo completamente.
Houve a ditadura Vargas no meio do caminho. De 1930 a 1945. Embora houvesse democracia representativa na maior parte do populismo, a reestratificação econômica que falo ocorreu em seu ápice na Era Vargas. E estou sendo específico, falando especialmente da economia: uma transição econômica pode ocorrer sem revolução, ao contrário da obrigatoriedade que Marx propunha.
[Em off: isso me alinha, de certa forma, aos luxembourguistas e socialistas democratas
de antigamente]
E houveram privilégios legais, sim. Antes do populismo, por exemplo, havia todo um destaque à exportação agrícola. Vide p.ex. Washington Luís e a compra de café, que fez o prejuízo dos produtores agrícolas ser repartido a toda a sociedade.
Em compensação, no populismo, havia toda uma gama de ações do governo visando incentivar a indústria. Subsídios diretos, "50 anos em 5", salário mínimo (implementado por Vargas e que para os trabalhadores foi uma "bênção mista"), passando pela construção de Brasília - o que movimentou, e muito, a produção industrial por aqui.
Esclareça melhor: a propriedade é descentralizada (como atualmente nas S.A), ou a administração é descentralizada?
Esclareça melhor esse ponto, pois a administração de uma instituição sem uma autoridade executiva que possa dar a última palavra nas questões maiores trás péssimos resultados (se duvida, pergunte a pessoas da área de administração).
Se for com a propriedade “descentralizada”, não vejo a princípio muita diferença com as atuais S.A.
Ambos. Tanto propriedade como administração.
A analogia às atuais sociedades anômimas é interessante. Os rumos da cooperativa poderiam ser definidos por votação direta ou por democracia representativa (na qual um "corpo representante" é votado pelos trabalhadores).
Mas a analogia pára por aqui. Numa SA, o poder de voto é relativo à propriedade, e não ao trabalho. Cargos executivos, devido ao trabalho posto, recebem um adicional; mas todos os acionistas recebem dividendos, pelo mero fato de possuírem ações. No que proponho, o voto é relativo à
quantidade de trabalho, e não a quantidade de ações, em dada empresa/cooperativa.
As "ações" por assim dizer, seriam públicas.
Essa relação não existe atualmente?
Esclareça melhor.
Não entendi também no que um sistema de cooperativas teria de tão diferente, nesse aspecto, do sistema atual (que você chama de burguês). A única diferença que consigo enxergar é que a cooperativa possui mais donos, e só.
Existir? Existe. Esparsa, pra lá e pra cá. Só que no sistema que eu chamo de burguês, a mera propriedade já lhe gera rendimentos; você não precisa administração ativa, ou trabalho acumulado, para garantí-los.
Além dos dividendos empresariais, há outros exemplos.
*Bens imóveis e aluguel. Exceto um pouco de manutenção (que pode ser terceirizada) e de busca por locatários (terceirizável também, por imobiliárias). Na prática, basta apenas a propriedade para estar gerando bens a você.
Ou, se formos ao extremo, analise um agiota. Um agiota empresta dinheiro (com potencial de capital) a juros.
Em ambos os casos, há passagem de capital->trabalho->produção->capital' para capital->capital', efetivamente excluindo a produção
Isso não invalida em nada o que foi dito (“é infinitamente mais fácil deixar as pessoas livres para viverem e estabeleceram suas relações econômicas da maneira que acharem melhor”). Eu não estou dizendo que essa opção é perfeita, estou dizendo que é absurdamente melhor comparada a uma tentativa de estabelecer um comunismo em larga escala.
Esse problema que você citou, que é a crescente dificuldade dos economicamente desprovidos conseguirem sair de sua situação econômica inferior, é um efeito colateral relativamente fácil de combater pelo Estado. Muuuuito mais fácil do que tentar estabelecer um comunismo em larga escala, que traria resultados mais catastróficos para a economia e a sociedade do que esse.
Seria fácil de resolver, se não fosse um detalhe.
As elites econômica e política, em dado sistema econômico, tendem a se unificar em uma só. E se é hipoteticamente plausível alguém legislar ou executar contra si mesmo, a chance de puxar a sardinha para sua brasa é infinitamente maior.
Uma dica é comparar as proporções de intenções de voto, nas eleições atuais, e a propriedade estimada do sujeito. Nota-se que os que têm mais propriedade, em geral, recebem mais votos. Esse efeito de "sistema político 'democracia representativa'"+"sistema econômico 'capitalismo'" pode ser explicado facilmente.
Candidatos mais ricos têm mais condições financeiras de aparecer ao público com um marketing melhor. Isso inclui pagar um fonoaudiólogo, um acessor de imagem, ter mais aparições na mídia, contribuir mais com o partido financeiramente, e até mesmo as boca-livres pra lá e pra cá, que não garantem voto, mas fazem o sujeito se sentir como se "precisasse retribuir a gentileza".
(Em off 2: boca-livre, só ganhei dos democratas, que são politicamente opostos ao meu partido, o P-SOL. Ahhhh se meu partido tivesse dinheiro...
)
Outra coisa é apoio político. Você precisa de apoio político de gente que tenha propriedades para subir, e se subir se manter, no governo. O dito rabo-preso.
Peraí, você acha mesmo que as descobertas científicas e inovações tecnológicas não influenciam o curso dos acontecimentos?!
Para quem está acompanhando o tópico e não sabe, historicismo é um termo cunhado por Popper referindo-se às tentativas de encaixar a história humana em um padrão previsível e estável, descobrindo as “leis” e padrões da história, possibilitando inclusive prever o futuro curso dos acontecimentos. O marxismo é talvez o exemplo mais famoso de historicismo, mas existem muitos outros.
O argumento de Popper contra a possibilidade de prever o futuro curso dos acontecimentos humanos é o seguinte:
P1: As descobertas científicas, inovações tecnológicas e novas idéias influenciam profundamente o curso dos acontecimentos humanos.
P2: Não é possível prever, com um mínimo de segurança, as futuras descobertas, inovações e idéias.
Logo, não é possível prever, com um mínimo útil de segurança, o curso futuro dos acontecimentos humanos.
Eremita está dizendo que não concorda com P1, ou seja, para ele as idéias, as descobertas científicas e inovações tecnológicas (domínio do fogo, invenção da roda, domesticação do cavalo, invenção do estribo, motor a vapor, fissão nuclear, motor de combustão interna, avião, internet, liberalismo, cristianismo, islamismo, método científico, marxismo, positivismo, etc) não influenciam a história humana de forma profunda.
Frente a essa inusitada opinião, só me resta perguntar o porquê.
Sem susto, calma.
As descobertas, em si, são imprevisíveis. Não discordo de Popper na P2.
Descobertas científicas influenciam nos meios de produção, sem dúvida. Mas o que Popper não considerou, na P1, é que uma hipotética descoberta influencia de modo previsível na economia. Vou primeiro usar um exemplo, depois vou generalizar e formalizar. O exemplo será longo e bastante especulativo, para mostrar o erro de Popper; portanto, preparem um saco de paciência.
ExemploPegue um... (ah, qualquer coisa serve) vou usar aqui "ferro de passar roupa".
0)Não há, em dado período de tempo, nenhuma descoberta que possa ser aplicada à produção de ferros. A economia do setor continua a mesma.
1)Descobre-se um método alternativo para algum componente do ferro. É mais caro, mas o ferro tem as mesmas características de um sem esse método. Ele apenas não será utilizado, e não interferirá, sendo efetivamente similar a "nenhuma descoberta": ao industrial, aos trabalhadores, e ao consumidor.
2)Descobre-se um método alternativo, que produz ferros de igual qualidade, porém com um custo de produção menor. O preço da produção decresce. Entretanto, a iguais preços, o ferro antigo e o ferro novo terão a mesma aceitação pelo consumidor, pois têm a qualidade exatamente igual - a demanda por eles será igual, e o preço será igual também. Ao industrial, entretanto, o ferro novo é mais interessante, por requerer menor uso de recursos. O industrial mudará suas linhas de montagem para a produção somente do ferro novo. Para os trabalhadores, não há mudança de salários ou algo assim, pois o trabalho dispendido por eles será praticamente o mesmo. Isso é o que Marx chama de "mais-valia relativa", se não me engano - o preço da produção decresce, mas tanto salários quanto preço final se mantêm. Somente lucrou mais o industrial.
3)A descoberta faz o ferro ser 2x vezes mais caro na produção, porém a durabilidade do ferro aumenta 5x, digamos. Diversas coisas podem ocorrer.
a)Não acontece nada. Não é do interesse do industrial aumentar a durabilidade de um produto pois, ainda que ele repasse totalmente o custo ao consumidor, ele estará deixando de ganhar pelo equivalente a cinco ferros (devido à durabilidade), enquanto apenas repassando ao consumidor apenas o custo da produção, ele ganha a mesma coisa que ganharia por um ferro sem a tecnologia. Isso deixa as hipóteses (3a) e (0) economicamente iguais, pois a descoberta não será usada.
b)O industrial lança uma linha de ferros, 5x mais cara - pois dura 5x mais. O consumidor irá ganhar, ou perder, a mesma coisa. Os trabalhadores continuarão ganhando os salários em base do número de ferros que produzem (na hipótese mais leniente, de salário proporcional ao número de itens). Efetivamente, os trabalhadores ganharão menos, pois a produtividade deles aumentou, mas o retorno deles, não. Sem contar que até quatro quintos desses trabalhadores poderão ser dispensados, pois a demanda por ferros normalmente é mais ou menos fixa (não há utilidade em se ter dois ferros numa mesma casa), mas diminuiu bruscamente (em dado período de tempo, as pessoas comprarão 5x menos ferros).
c)O industrial lança a linha de ferros com um preço intermediário a 2x e 5x em relação ao ferro comum. Industriais (e jogadores de pôquer
) procuram maximizar seus lucros, mas essa hipótese deve ser abordada devido às relações de mercado. Por vinte anos (se não me engano), a empresa que descobriu terá monopólio sobre o processo, privando-o de ser extendido a outras empresas. Efetivamente, o ferro da empresa citada será mais competitivo, o que levará à falência, absorção, ou diminuição das outras empresas. Monopólio. O consumidor ganhará um pouco a mais, pois terá um produto que dura 5x mais e custa, digamos, 4x mais. Entretanto, o trabalhador sairá perdendo, pelos mesmos motivos da hipótese 3b. O industrial domina o mercado e passa a efetivamente regular os preços deste.
Há outras hipóteses também, sintam-se livre para especulá-las, não vou postar aqui porque o exemplo é longo. Entretanto, aviso que posso ter esquecido de alguma coisa que seja realmente importante.
GeneralizaçãoQuando uma descoberta científica é realizada, ela pode
*Não mudar em nada os meios de produção,
*Gerar mais lucros ao industrial.
*Gerar prejuízo, ou não, ao trabalhador.
*Gerar um pequeno lucro, ou não, ao consumidor.
Entretanto, quem é o consumidor? Em uma pequena parte, o próprio industrial. Em grande extensão, o trabalhador. O que resume em "há passagem maior de capital ao industrial" ou "não há passagem", sem a hipótese de "a passagem é menor",
devido a uma descoberta científica.
FormalizaçãoP1: Descobertas científicas são imprevisíveis.
P2: Quando ocorrem, interferem de modo previsível nas relações econômicas.
Conclusão: pode-se prever, com razoável certeza, o rumo de uma economia, mesmo desconhecendo qual o rumo das descobertas científicas.
Se você acha que é preferível ser um “burguês” dono de um mercadinho, da qual obtém sua renda de 1000 reais mensais de forma autônoma, sem ser “explorado” por ninguém, do que ser um “proletário” que é “explorado” na Microsoft, ou na General Electric, Hyunday, Petrobrás, etc da qual obtém um salário médio de 3000 a 15 000 reais, então talvez você esteja certo.
Para você (e os marxistas) pode até ser mais relevante a forma como as pessoas obtém sua renda do que a própria renda em si, mas para 99% da população não é assim. Elas preferem ser “exploradas” em uma indústria ganhando 3000 reais do que serem “burguesas” autônomas (comerciantes, artesãos, alfaiates, sapateiros, mecânicos, etc) ganhando 500 reais.
Acho que você confundiu "pequeno-burguês" com "burguês". São termos que confundem, sem dúvida; mas se referem a duas classes distintas ou, segundo alguns, a pequena-burguesia seria o encontro das duas classes.
(Não me culpe pelo termo confuso, culpe ao Marx
)
"Dono de mercadinho" seria
pequeno-burguês, e não burguês.
Se eu prefiro ser pequeno-burguês e ganhar 500, ou ser proletário ganhando 1500? Bingo! Fala sério, se somente me restassem essas duas opções, eu queria ganhar 1500!!! E acho que 99% da população, como você falou, prefere ser proletário e ganhar mais que ser pequeno-burguês ganhando menos!
E esse é um dos motivos pelos quais a pequena-burguesia é pouco a pouco extinta, e há a bipolarização entre burguesia e proletariado!
Agora, sendo bastante humano, todo mundo quer ser burguês. Por que vou ser pequeno-burguês e ganhar 500, ou proletário e ganhar 1500, se posso ser burguês e ter rendimentos similares aos acionistas da Batistella?
Só que: a entrada na burguesia é complicada. Não muito enquanto há a classe dos pequeno-burgueses, que efetivamente funciona de transição entre as duas. Mas, assim que ela deixa de existir, trata-se de algo praticamente impossível um proletário ser alçado a burguês. (O contrário não é verdadeiro; um burguês pode facilmente ser rebaixado a proletário).
Um pequeno mercadinho pode sempre ser expandido, e com isso, virar um hipermercado. Mas não quando "morto no ninho", devido ao Wal-Mart p.ex. ser mais competitivo.
A definição "classe média" engloba juntos parte do proletariado e a pequena-burguesia. É isso que quis dizer.
Aqui você está pressupondo implicitamente o jogo de soma zero (“se a renda de um indivíduo aumenta, necessariamente a renda de outro terá que baixar”) e a riqueza estática (“a riqueza não é criada por cada indivíduo, mas trata-se de uma riqueza total dada e invariável da qual alguns indivíduos se apossam mais e outros menos”). Talvez esteja utilizando também um pressuposto de ausência de mobilidade social, tanto ascendente quanto descendente.
Mobilidade social: acabei respondendo antes, as situações em que ocorrem e que não ocorrem.
Riqueza estática? Não, não estou assumindo isso. De fato, a riqueza pode ser traduzida por "trabalho acumulado". Só que a riqueza produzida é partilhada desigualmente, levando com isso, a uma maior proporção da riqueza nas mãos da burguesia, e menor na pequena-burguesia e no proletariado.
São questões de economia básica, que fogem ao objetivo deste tópico e eu não estou muito disposto a discutir agora. Se quiser, podemos abrir outro tópico para pôr isso em discussão.
Seria interessantíssimo, mas devido ao meu pouco conhecimento na área, era capaz de eu ficar meio de fora, só lendo, e dar pitaco muito de vez em quando. Como o tópico sobre a escola austríaca, que acompanho de longe.
Afinal, “burguesia” são os indivíduos autônomos ou simplesmente os mais ricos? Defina isso melhor, pois você parece misturar esses dois significados em suas postagens.
Burguesia é a classe detentora de meios de produção e que terceiriza o trabalho. Devido à característica dos meios de produção terceirizados poder gerar uma acumulação de bens maior do que o proporcional à quantidade e qualidade do trabalho que realiza (quando realiza), acaba havendo acumulação de bens nesta classe. Portanto, ela é em teoria a elite dos meios de produção, e acaba se tornando a classe mais rica, também.
Ufa. Foi coisa, mas pode continuar replicando que o debate tá interessante pra mim, rsrsrs. Mas, devido à hora, vou continuar amanhã, ok? Tô podre