Os B52 foram feitos para bombardear a alta atitude e Le May decidiu baixar a atitude para aumentar a precisão. E quando percebeu que muitos aviões estavam voltando devido a alegações vagas de problemas (na verdade perdiam quase 1/4 dos aviões então era medo mesmo) ele disse duas coisas: Eu vou estar comandando pessoalmente os próximos bombardeios e quem voltar será julgado como desertor.
Assim era Le May, que depois teve que ser domado na crise dos mísseis.
Mas há um ponto aqui que não concordo com Manhatan. A segunda guerra começou, não oficialmente, antes da Polônia e em várias frentes antes de 1945. Duas delas, na espanha e na china, civis eram alvo de ataques constantes e primários.
Tenha em mente que hoje não existe mais estados entrando em guerra, salvo países de terceiro escalão. Quando estados entram em guerra, toda a industria e foco do estado vai para ser utilizado. Na época, era apenas comum bombardear civis.
Japoneses fizeram antes em uma duzia de países, alemães também, sem contar as lutas coloniais. No começo, tirando o isolado bombardeio de berlin e tokyo (que foram mais atos propagandísticos do que de táticos) os aliados simplesmente não estavam prontos para fazer o mesmo tipo de guerra de aniquilação que o eixo fazia. Quem começou com a aniquilação de civis foi o eixo. E depois o rolo compressor aliado fez o resto.
McNamara disse que se tivessem perdido a guerra iriam ser julgado por crime de guerra, mas da mesma maneira que foram julgados o eixo, pois esses fizeram exatamente os mesmos massacres.
Na verdade, pela moral da época, americanos foram muito mais civilizados que os soviéticos, que a cada tomada de cidade faziam estupros coletivos com aval dos superiores.
Infelizmente a realidade é que o líder da época tomou uma decisão facilmente justificável em termos de perdas de vida humana e do melhor cenário político (um japão não dividido como a coréia).