Autor Tópico: Inteligência artificial  (Lida 15217 vezes)

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Offline Sdelareza

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Re:Inteligência artificial
« Resposta #150 Online: 25 de Janeiro de 2018, 23:41:36 »
Li que depois de uma decapitação, o cérebro ainda mantém por um tempo breve (mais ou menos um minuto) oxigênio suficiente
para continuar alguma atividade cerebral.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Inteligência artificial
« Resposta #151 Online: 25 de Janeiro de 2018, 23:43:55 »
Se a consciência é unicamente o resultado da atividade cerebral, então presumo que seria
perfeitamente viável fazer um transplante de cérebro.

Como trocar um processador de um PC para outro PC.

Gostaria bem conhecer a opinião dos neurocirurgiões sobre esse tema.

Isso "não seria um problema" se fosse possível tanto manter o cérebro vivo e depois de alguma forma estimulá-lo a se ligar ao sistema nervoso do novo corpo. Essa primeira parte deve ser bem operacionalmente complicada, se possível, e a segunda, tanto quanto se sabe, é ainda impossível. Pelo mesmo motivo que não se pode regenerar lesões na coluna vertebral.

Mesmo no transplante de coração, por exemplo, ele não fica diretamente ligado ao sistema nervoso do recipiente, mas funciona apenas pelo seu sistema nervoso autônomo, mantendo um ritmo mais elevado o tempo todo. Talvez possa ser controlado com um tratamento hormonal e/ou marca-passo, mas não é a mesma "instalação".

Offline Pedro Reis

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Re:Inteligência artificial
« Resposta #152 Online: 25 de Janeiro de 2018, 23:54:48 »
Gradualmente descambando para morte total, todas estruturas se decompondo. 


Isso é como chover no molhado.

Quando alguém é declarado morto, seu corpo continua orgânico.

O que é essa morte orgânica e essa morte total? Os organismos tem duas vidas? É isso?



Micrômegas, eu acho que você está usando um argumento tipo "Deus das lacunas".

E o Deus das lacunas é o deus que está sempre de prontidão para ser a explicação quando e onde houver uma lacuna de conhecimento. Mas toda vez que essa lacuna é preenchida pela Ciência, o Deus se retira para uma trincheira mais afastada, alguma outra lacuna.

O Deus das lacunas está sempre batendo em retirada, mas Ele jamais será vencido, pois sempre haverá alguma lacuna para a qual possa ser evocado.

É fato que hoje ninguém pode afirmar categoricamente que sabe como se dá o fenômeno da consciência. Ninguém pode dizer nem exatamente o que é consciência. Mas esse "ninguém" também inclui a você.

Você não sabe tanto quanto eu não sei, mas está se valendo dessa lacuna para sugerir que a consciência é uma faculdade da alma ou espírito. Uma crença tão embasada quanto foi a crença em Thor como a origem dos trovões. Ora, se eu posso ainda dizer como o cérebro se torna consciente, mesmo já conhecendo toda a estreita relação entre as funções cognitivas e as correspondentes atividades neurológicas, muito menos você poderia dizer como um espírito se tornaria consciente.

E espírito é uma construção de fé, o cérebro não. Quem suspeita que o cérebro é a origem da consciência o faz com base em muitos mais indícios do que quem afirma que a alma produz a mente. Porque diferentemente do cérebro, sequer há prova que almas existem.

Eu faço a seguinte reflexão sobre o problema da consciência:

O nosso cérebro é só um pouquinho mais sofisticado que o de um chimpanzé. Mas tem as mesmas estruturas e nós temos muito mais em comum com este nosso primo do que muitos gostariam de aceitar. No entanto há uma gigantesca distância entre a inteligência de um homem e a desse macaco.

Nós podemos conceber e lidar com muitos conceitos que estão completamente fora de alcance da mente de um macaco. Um macaco poderia aprender Cálculo Diferencial e Integral?

Tudo bem, tem muito estudante de engenharia que também não aprende. Mas a mente dele pode ao menos saber que estas ideias existem, pode refletir sobre elas, pode perceber que não as compreendeu.

Um chimpanzé não pode sequer pensar sobre isso. Mesmo que o animal aprenda a linguagem dos sinais, não será possível ensinar Cálculo porque ele não é capaz nem de pensar sobre tal coisa, está absolutamente além do escopo daquilo que pode ser apreendido pela mente de um macaco.

Porém o nosso próprio cérebro não é tão diferente assim do dele. E claro, você consegue ver aonde está a fronteira da limitação cognitiva de um macaco porque a sua mente abarca um universo bem mais amplo, complexo e sofisticado que o dele. Mas o próprio macaco não pode ter consciência da sua limitação: ele desconhece aquilo que a mente dele não tem capacidade para conhecer.

No entanto podemos ao menos imaginar algum ser que estivesse para nós assim como nós estamos para o macaco. Este ser ainda não existiu nesse planeta, mas nós podemos imaginar sua existência, porque evidentemente o cérebro humano não deverá ser o ápice intransponível das ferramentas cognitivas que a natureza deva ser capaz de gerar. Uma vez que essa ferramenta que tanto nos orgulha, é só um pouquinho diferente daquela que equipa o chimpanzé.

Então este ser hipotético, tão mais inteligente que nós quanto somos mais inteligentes que o macaco,
provavelmente poderia também enxergar a fronteira da nossa capacidade cognitiva. Talvez ele seja capaz
de lidar com ideias e conceitos que não poderiam nem ser expressados para um ser humano.

Imaginar um ser assim, este simples experimento mental, nos faz indagar: será que nós temos capacidade para compreender todos os aspectos da realidade?

Sabemos que um chimpanzé não tem. Um chimpanzé jamais vai resolver o problema da consciência porque o bicho sequer vai um dia vai entender Cinemática.

Bom, não é uma conjectura que agrade ao nosso ego, mas pode muito bem ser possível que existam aspectos da realidade inatingíveis para a inteligência humana. Talvez a nossa própria consciência seja um destes aspectos.

Um outro problema que pelo menos pra mim é inatingível é como é possível que exista algo em vez de nada existir. Físicos hoje acreditam ter provas de que uma flutuação quântica poderia ter criado nosso universo, mas isso ainda não responde a questão. Afinal, por que existem flutuações quânticas?!

Se alguém me disser que estes fenômenos sempre existiram, ou que existem fora do tempo, é incompreensível do mesmo modo. Porque entender que algo sempre existiu é como entender que algo surgiu do nada. Sem causa. Eu simplesmente não posso compreender, mas isso é uma limitação da minha mente humana, que só é capaz de conceber eventos ocorrendo numa dinâmica de causa e efeito. Mas parece que a realidade não é tão limitada quanto a minha inteligência, e tem possibilidades que estão além de minhas possibilidades de compreensão.

E não adianta querer usar isto como evidência de um Criador porque nem a minha mente e nem a sua podem conceber um Ser Criador surgindo do nada, sem causa. E um Criador que sempre existiu, incriado, ou existindo fora do tempo, é tão incompreensível quanto flutuações quânticas que existem como fenômenos não causados, fora do tempo.

Eu conjecturo que uma resposta definitiva para a pergunta "de onde viemos" nunca poderá ser dada. Porque mesmo que essa resposta seja possível a evolução não deu a nossa espécie a ferramenta para compreendê-la.

Mas considero também um outra possibilidade: antes do século 19 não se tem registro que algum ser humano tenha conjecturado que espaço e tempo poderiam ser grandezas não absolutas.

Em outras palavras, antes do final do século 19, nenhum ser humano pensou ou poderia ter pensado em alguma coisa parecida com a Teoria da Relatividade. A Física moderna não poderia ter surgido antes da Física clássica porque foi através da Clássica que se pôde estudar a eletricidade e o magnetismo, e depois, o eletromagnetismo. Sem a Física Clássica, e tudo que veio depois, Maxwel não teria estabelecido suas importantes equações, e sem estas equações seria impossível perceber discrepâncias entre estas e o modelo conceitual da Física Clássica.

A Ciência não consegue pular etapas, é preciso subir um degrau para alcançar o próximo. Quando algumas peças chaves do quebra-cabeças ainda estão faltando é impossível visualizar a figura.

É possível, ao menos, imaginar que algumas peças chave para entender o enigma da consciência ainda sejam desconhecidas. E se for o caso, a consciência pode ser um problema ainda tão fora do alcance para nós quanto a Teoria da Relatividade ou a Mecânica Quântica estava fora de alcance dos homens do séc. 17.

Mesmo para gênios como Isaac Newton.

Mas talvez não. Se nós podemos pensar sobre estes problemas, então talvez isso signifique que eles não estão fora de alcance. Newton não poderia pensar na ideia de massas deformando a estrutura do espaço-tempo, por isso a Relatividade estaria para ele fora de alcance.

Offline Micrômegas

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Re:Inteligência artificial
« Resposta #153 Online: 26 de Janeiro de 2018, 00:11:10 »
Se a consciência é unicamente o resultado da atividade cerebral, então presumo que seria
perfeitamente viável fazer um transplante de cérebro.

Como trocar um processador de um PC para outro PC.



No futuro é bem provável que alguém consiga fazer isso, no entanto o resultado seria apenas um corpo orgânico em estado vegetativo, sem consciência e vontade. No máximo um zoombie com movimentos espasmódicos.
« Última modificação: 26 de Janeiro de 2018, 13:48:57 por Micrômegas »
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"Toda filosofia aspira a difundir-se, a ser uma propaganda. Ter a mão cheia de verdades e conservá-la fechada é de espíritos tacanhos. O que seria, pois, uma verdade que não quisesse comunicar-se?"

Todas as vezes que um fato novo se revela no campo da Ciência, logo o averbam de apócrifo; depois, que é contrário à Religião; e, por fim, que há muito era sabido. Efetivamente, a verdade tem duas espécies de adversários: os cépticos do materialismo, e os céptico do dogma.

Offline Micrômegas

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Re:Inteligência artificial
« Resposta #154 Online: 26 de Janeiro de 2018, 01:31:53 »

edit
« Última modificação: 26 de Janeiro de 2018, 17:27:46 por Micrômegas »
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"Toda filosofia aspira a difundir-se, a ser uma propaganda. Ter a mão cheia de verdades e conservá-la fechada é de espíritos tacanhos. O que seria, pois, uma verdade que não quisesse comunicar-se?"

Todas as vezes que um fato novo se revela no campo da Ciência, logo o averbam de apócrifo; depois, que é contrário à Religião; e, por fim, que há muito era sabido. Efetivamente, a verdade tem duas espécies de adversários: os cépticos do materialismo, e os céptico do dogma.

Offline Horacio

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Re:Inteligência artificial
« Resposta #155 Online: 30 de Janeiro de 2018, 14:29:34 »
Uma inteligencia resultante da integração de trilhões de células que se comunicam praticamente de forma instantanea entre si e com bilhões de bacterias e virus, cada um deles com um sistema inteligente próprio...

Será que um sistema com tamanho grau de complexidade pode ser replicado artificialmente, conforme impressão passada pela divulgação científica?

Se não podemos reproduzir artificialmente um sistema, também não parece que consigamos reproduzir artificialmente a inteligencia desse sistema, no máximo teremos uma inteligencia simulada, não artificial.


Online Sergiomgbr

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Re:Inteligência artificial
« Resposta #156 Online: 30 de Janeiro de 2019, 22:18:44 »
Um passo adiante para a autoconsciência robótica
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by Columbia University School of Engineering and Applied Science

An image of the deformed robotic arm in multiple poses as it was collecting data through random motion. Credit: Robert Kwiatkowski/Columbia Engineering
January 30, 2019—Robots that are self-aware have been science fiction fodder for decades, and now we may finally be getting closer. Humans are unique in being able to imagine themselves—to picture themselves in future scenarios, such as walking along the beach on a warm sunny day. Humans can also learn by revisiting past experiences and reflecting on what went right or wrong. While humans and animals acquire and adapt their self-image over their lifetime, most robots still learn using human-provided simulators and models, or by laborious, time-consuming trial and error. Robots have not learned simulate themselves the way humans do.

Columbia Engineering researchers have made a major advance in robotics by creating a robot that learns what it is, from scratch, with zero prior knowledge of physics, geometry, or motor dynamics. Initially the robot does not know if it is a spider, a snake, an arm—it has no clue what its shape is. After a brief period of "babbling," and within about a day of intensive computing, their robot creates a self-simulation. The robot can then use that self-simulator internally to contemplate and adapt to different situations, handling new tasks as well as detecting and repairing damage in its own body. The work is published today in Science Robotics.

To date, robots have operated by having a human explicitly model the robot. "But if we want robots to become independent, to adapt quickly to scenarios unforeseen by their creators, then it's essential that they learn to simulate themselves," says Hod Lipson, professor of mechanical engineering, and director of the Creative Machines lab, where the research was done.


Video of Columbia Engineering robot that learns what it is, with zero prior knowledge of physics, geometry, or motor dynamics. Initially the robot has no clue what its shape is. After a brief period of "babbling," and within about a day of intensive computing, the robot creates a self-simulation, which it can then use to contemplate and adapt to different situations, handling new tasks as well as detecting and repairing damage in its body. Credit: Robert Kwiatkowski/Columbia Engineering
For the study, Lipson and his Ph.D. student Robert Kwiatkowski used a four-degree-of-freedom articulated robotic arm. Initially, the robot moved randomly and collected approximately one thousand trajectories, each comprising one hundred points. The robot then used deep learning, a modern machine learning technique, to create a self-model. The first self-models were quite inaccurate, and the robot did not know what it was, or how its joints were connected. But after less than 35 hours of training, the self-model became consistent with the physical robot to within about four centimeters. The self-model performed a pick-and-place task in a closed loop system that enabled the robot to recalibrate its original position between each step along the trajectory based entirely on the internal self-model. With the closed loop control, the robot was able to grasp objects at specific locations on the ground and deposit them into a receptacle with 100 percent success.

Even in an open-loop system, which involves performing a task based entirely on the internal self-model, without any external feedback, the robot was able to complete the pick-and-place task with a 44 percent success rate. "That's like trying to pick up a glass of water with your eyes closed, a process difficult even for humans," observed the study's lead author Kwiatkowski, a Ph.D. student in the computer science department who works in Lipson's lab.

The self-modeling robot was also used for other tasks, such as writing text using a marker. To test whether the self-model could detect damage to itself, the researchers 3-D-printed a deformed part to simulate damage and the robot was able to detect the change and re-train its self-model. The new self-model enabled the robot to resume its pick-and-place tasks with little loss of performance.

An image of the intact robotic arm used to perform all of the tasks Credit: Robert Kwiatkowski/Columbia Engineering
Lipson, who is also a member of the Data Science Institute, notes that self-imaging is key to enabling robots to move away from the confinements of so-called "narrow-AI" towards more general abilities. "This is perhaps what a newborn child does in its crib, as it learns what it is," he says. "We conjecture that this advantage may have also been the evolutionary origin of self-awareness in humans. While our robot's ability to imagine itself is still crude compared to humans, we believe that this ability is on the path to machine self-awareness."

Lipson believes that robotics and AI may offer a fresh window into the age-old puzzle of consciousness. "Philosophers, psychologists, and cognitive scientists have been pondering the nature self-awareness for millennia, but have made relatively little progress," he observes. "We still cloak our lack of understanding with subjective terms like 'canvas of reality,' but robots now force us to translate these vague notions into concrete algorithms and mechanisms."

Lipson and Kwiatkowski are aware of the ethical implications. "Self-awareness will lead to more resilient and adaptive systems, but also implies some loss of control," they warn. "It's a powerful technology, but it should be handled with care."

The researchers are now exploring whether robots can model not just their own bodies, but also their own minds, whether robots can think about thinking.
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Zero

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Re:Inteligência artificial
« Resposta #157 Online: 10 de Agosto de 2019, 23:34:24 »



Offline Buckaroo Banzai

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Re:Inteligência artificial
« Resposta #158 Online: 11 de Agosto de 2019, 08:18:13 »
Você vê um vídeo assim:


E pensa que condiz à realidade. Porém, na verdade a "mulher" gravando o vídeo é essa, do meio:






Citar
https://www.bbc.com/news/blogs-trending-49151042

Chinese vlogger who used filter to look younger caught in live-stream glitch



Your Highness Qiao Biluo's real appearance (left) and one of her filtered faces (right) from an earlier livestream on Douyu

[...]

Qiao Biluo has since suspended her platform according to Weibo users, who are debating the impact of what happened.

Some users are saying it's good riddance to her for conning people out of their money. But others question the IQ of the men throwing money at her.

[...]


Offline Horacio

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Re:Inteligência artificial
« Resposta #159 Online: 30 de Dezembro de 2019, 11:07:30 »

Boa conversa sobre o tema. Incluindo a limitação e confusão trazida pelo proprio conceito de IA, já que ele sugere uma inteligencia operando em ambiente artificial, quando o que temos é o inverso, um sistema artificial operando com propriedades inteligentes. Computação Inteligente seria um conceito mais adequado, já que deixa claro que se trata apenas de um sistema computacional, embora com propriedades inteligentes como auto-aprendizado, etc.. Evitaria boa parte do ruido que temos hoje nesse tipo de debate, como debater se esses sistemas terão consciencia ou coisas do tipo.

Offline JJ

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Re:Inteligência artificial
« Resposta #160 Online: 09 de Janeiro de 2020, 10:14:17 »
Alguém fez uma comparação interessante.

Quando fazemos uso do nosso cérebro (pensando, calculando ou raciocinando), significa que por dentro, sinais elétricos são transmitidos via sinapse (o sinal elétrico é convertido num sinal químico, que em seguida é reconvertido num sinal elétrico) de um neurônio para outro, através de redes de trilhões de neurônios.



Trilhões, negativo, o número é de cerca de 86 bilhões.  E isso é apenas 0,086 de   UM   trilhão    ( 8,6 % de 1 trilhão )


Offline JJ

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Re:Inteligência artificial
« Resposta #161 Online: 09 de Janeiro de 2020, 10:35:00 »
Eu não sei qual a noção exata de consciência. Seria ela associada com inteligência?

Já que o título do tópico é "Inteligência Artificial", qual a definição de inteligência? Entendo inteligência como a capacidade de se adaptar a novas situações, tal como ela foi definida pelo epistemólogo Jean Piaget.

Uma máquina por mais sofisticada que ela parece ser (jogar partidas de xadrez, reconhecer vozes, padrões de rostos, formas ou de paisagens) sempre executa suas operações de forma bruta, analisando milhares de dados e combinações, das mais inúteis até as poucas que são realmente relevantes.

Enquanto um humano realiza essas atividades analisando apenas alguns dados e combinações - aqueles que ele sabe que são relevantes!

Uma máquina que executa cegamente e burramente milhares de dados e de instruções, sem saber com antecedência quais instruções devem ser descartadas,  pode ser considerada inteligente?

Para muitos, isso não tem nada a ver com Inteligência Artificial.


Uma máquina não pode entender uma linguagem (como disse Searle) e não pode mentalizar uma pessoa ou um objeto.  Para ela, tudo são apenas dados nas mais diversa formas (bancos de dados, registros, listas, matrizes, etc..). Ela pode por conta própria se adaptar a uma nova situação se ela não entende o domínio à sua volta ?



E como é que você pode dar certeza de que para a rede de neurônios  dentro das cabeças  tudo  não  são apenas dados nas mais diversa formas: bancos de dados, registros, listas, e outra formas  ?


 

Offline JJ

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Re:Inteligência artificial
« Resposta #162 Online: 09 de Janeiro de 2020, 10:37:01 »
Será que houve uma vez algum robô que se rebelou ou executou algo no qual não estava programado?



E você acha  que pessoas não são programadas pela genética e pelo ambiente (e pela interação genética e ambiente) ?   



Offline JJ

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Re:Inteligência artificial
« Resposta #163 Online: 09 de Janeiro de 2020, 10:40:31 »
Eu não sei qual a noção exata de consciência. Seria ela associada com inteligência?


É muito difícil definir consciência. Assim como inteligência.

No entanto não é sempre necessário definir as coisas para ser ter uma ideia bastante clara do que elas são. Por exemplo, você não consegue definir exatamente o que é uma cadeira, qualquer tentativa de definição se mostra insuficiente. Mesmo assim não há nenhuma dificuldade em reconhecer quando um objeto é uma cadeira.

A percepção da consciência é direta e imediata. Nossa mente percebe a si mesma como consciente. Já inteligência é um conceito que pode ser definido de várias formas.


Já que o título do tópico é "Inteligência Artificial", qual a definição de inteligência? Entendo inteligência como a capacidade de se adaptar a novas situações, tal como ela foi definida pelo epistemólogo Jean Piaget.


Já eu prefiro a definir inteligência como a habilidade de enxergar e/ou estabelecer relações entre eventos e objetos do mundo.  Quanto maior esta habilidade maior a sua capacidade de se adequar a novas situações.



"habilidade de enxergar e/ou estabelecer relações entre eventos e objetos do mundo"


Adicione verdadeiras:  habilidade de enxergar e/ou estabelecer relações    verdadeiras    entre eventos e objetos do mundo ,   pois  conjuntos de ideias religiosas  fazem isso : " enxergar e/ou estabelecer relações entre eventos e objetos do mundo"  e nem por isso  parecem ser um bom exemplo do que seja inteligência...



Offline Buckaroo Banzai

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Re:Inteligência artificial
« Resposta #164 Online: 09 de Janeiro de 2020, 12:20:21 »
Conclusões erradas ainda podem ser o resultado natural de um processo inteligente (e vice-versa, você pode ter acertos resultantes de um processo burro). O acerto não "define" inteligência, apenas é um resultado ideal.






Citar


The danger of artificial intelligence isn't that it's going to rebel against us, but that it's going to do exactly what we ask it to do, says AI researcher Janelle Shane. Sharing the weird, sometimes alarming antics of AI algorithms as they try to solve human problems -- like creating new ice cream flavors or recognizing cars on the road -- Shane shows why AI doesn't yet measure up to real brains.


Offline Zero

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Re:Inteligência artificial
« Resposta #165 Online: 09 de Janeiro de 2020, 21:54:22 »
Alguém fez uma comparação interessante.

Quando fazemos uso do nosso cérebro (pensando, calculando ou raciocinando), significa que por dentro, sinais elétricos são transmitidos via sinapse (o sinal elétrico é convertido num sinal químico, que em seguida é reconvertido num sinal elétrico) de um neurônio para outro, através de redes de trilhões de neurônios.



Trilhões, negativo, o número é de cerca de 86 bilhões.  E isso é apenas 0,086 de   UM   trilhão    ( 8,6 % de 1 trilhão )

Ele somente se enganou, apesar de podermos presumir o que ele quis dizer

"Junte 100 bilhões de neurônios – com 100 trilhões de conexões – e terá um cérebro humano"

http://sciam.uol.com.br/100-trilhoes-de-conexoes/

Offline Zero

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Re:Inteligência artificial
« Resposta #166 Online: 09 de Janeiro de 2020, 21:55:45 »
Será que houve uma vez algum robô que se rebelou ou executou algo no qual não estava programado?



E você acha  que pessoas não são programadas pela genética e pelo ambiente (e pela interação genética e ambiente) ?

O que dá nossa personalidade? | Nerdologia


Offline Zero

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Re:Inteligência artificial
« Resposta #167 Online: 09 de Janeiro de 2020, 21:58:14 »
Tempo atrás havia postado vídeos sobre inteligência artificial progredindo em jogos, mais um exemplo, muito interessante.[

Inteligência Artificial ZERANDO o jogo mais difícil do mundo! - Universo Programado


 

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